Os esforços dos países africanos para impulsionar o desenvolvimento do continente com forças unificadas e alcançar a paz e a estabilidade regional estão se intensificando.
Recentemente, a 24ª Cúpula dos Chefes de Estado da Comunidade da África Oriental foi realizada em Arusha, Tanzânia. A reunião contou com a participação dos presidentes da Tanzânia, Uganda, Quênia, Sudão do Sul e Somália, do vice-presidente de Burundi, do ministro da Justiça de Ruanda e da delegação da República Democrática do Congo.
Na reunião, foram discutidos os resultados alcançados desde a criação da comunidade, bem como os diversos problemas que a comunidade enfrenta atualmente.
Os participantes da reunião enfatizaram a importância da união e cooperação entre os países membros, abordando questões relacionadas à política, defesa e segurança, economia, infraestrutura e serviços sociais, com o objetivo de acelerar a integração em diversas áreas.
A presidente da Tanzânia, em seu discurso, afirmou que, para alcançar o progresso coletivo da região e o bem-estar dos povos, é fundamental estabelecer a unidade, ressaltando que a comunidade desempenha um papel importante na criação de oportunidades para isso.
A presidente do Quênia fez um apelo para que os países membros da comunidade se unam, destacando que, durante seu mandato, dará prioridade ao aumento da competitividade regional, à promoção do comércio e à atração de mais investimentos para a economia da região.
Nos últimos tempos, as manobras de dominação e subordinação dos países africanos pelos Estados Unidos e pelo Ocidente têm se tornado cada vez mais furtivas e traiçoeiras. Apenas o "Ato de Crescimento e Oportunidades para a África" criado pelos EUA, por exemplo, disfarça-se como uma lei destinada a trazer "benefícios econômicos" aos países africanos, mas na realidade, é apenas um meio de impor o modelo de democracia e valores estadunidenses, visando transformá-los em colônias.
A imprudente política de hegemonia dos Estados Unidos e seus aliados, que provoca conflitos e disputas em várias partes do mundo, também tem um impacto negativo significativo no desenvolvimento socioeconômico dos países africanos.
Atualmente, no continente africano, a proliferação de conflitos armados tem gerado uma instabilidade constante.
O Sudão, a República Democrática do Congo e muitos outros países do continente não conseguem se libertar de guerras civis prolongadas e instabilidade política, enquanto pessoas inocentes são forçadas a enfrentar miséria e sofrimento em meio à pobreza e atraso.
Os países africanos, ao perceberem através de suas próprias experiências que só poderão alcançar a verdadeira paz e desenvolvimento ao se livrarem das armadilhas da dominação e subordinação, estão se levantando contra a interferência e as políticas de força dos imperialistas.
Países como Zimbábue e Uganda, entre outros, estão condenando a interferência interna e as sanções dos Estados Unidos e do Ocidente, buscando, por meio da cooperação mútua, promover um desenvolvimento independente e estável.
O governo do Níger, após romper de forma resoluta o acordo militar com os Estados Unidos em março, fechou, em agosto, a última base militar dos EUA, expulsando todas as forças militares estadunidenses de seu território.
Outros países africanos, como Etiópia e Zâmbia, também estão se opondo ao domínio neocolonial e às manobras de subordinação imperialista, e estão se esforçando ativamente para superar os desafios ao acelerar o desenvolvimento independente de seus países, promovendo a união e cooperação regional.
A 19ª Cúpula dos Chefes de Estado do Movimento dos Países Não Alinhados, realizada no início deste ano em Uganda, e a 3ª Cúpula do Sul, foram marcos importantes que confirmaram a intenção e o entusiasmo dos países africanos em contribuir ativamente para o fortalecimento e desenvolvimento do movimento, a cooperação entre os países em desenvolvimento e a construção de uma nova ordem internacional.
Em fevereiro passado, os países africanos realizaram a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, onde discutiram questões relacionadas à garantia da paz e estabilidade no continente com base na força própria dos países da região, ao impulso do desenvolvimento social e ao fortalecimento da posição da África no cenário internacional.
Este ano, a adesão oficial do Egito e da Etiópia ao BRICS demonstrou a determinação dos países africanos em acabar com o mundo unipolar dominado pela hegemonia imperialista e construir um mundo multipolar justo.
A União Africana está promovendo com força a integração do continente, concentrando esforços na ativação do comércio e acelerando a integração econômica, aproveitando ao máximo o potencial da zona de livre comércio.
Os esforços para combater a dominação e a intervenção das potências externas, fortalecer a união e a cooperação regional e alcançar o desenvolvimento independente estão se tornando uma força poderosa para impulsionar a prosperidade do continente.
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