Na Alemanha, a moção de confiança ao chanceler foi rejeitada pelo parlamento federal, e a coalizão governamental liderada pelo Partido Social-Democrata entrou em colapso completo.
Consequentemente, uma eleição antecipada para o parlamento será realizada em fevereiro do próximo ano, e um novo governo será formado.
Na França, o governo, que estava em funcionamento há apenas três meses, teve uma moção de desconfiança aprovada pela câmara baixa do parlamento, sendo forçado a renunciar caso não apresentasse a sua demissão coletiva.
Na França, nas eleições parlamentares antecipadas deste verão, a coalizão governante foi reduzida a uma minoria, e o governo foi mantido com dificuldade. A moção de desconfiança contra o gabinete, aprovada pela aliança da oposição, foi a primeira a ocorrer no país em 62 anos.
A imprensa internacional analisa que o fator comum entre os dois países é o acúmulo de insatisfação popular, causada pelas dificuldades econômicas enfrentadas pela população, o que levou os governos a perderem sua coesão e apoio.
Antes disso, nas eleições parlamentares antecipadas realizadas em julho no Reino Unido, o Partido Conservador no poder sofreu uma derrota, sendo obrigado a ceder o poder ao Partido Trabalhista após 14 anos.
O Primeiro-Ministro foi forçado a deixar o cargo após 1 ano e 8 meses de governo, e o Partido Conservador caiu para a oposição.
Os analistas afirmam que, embora disputas de poder entre forças políticas sejam comuns no mundo ocidental, é extremamente raro que crises governamentais ocorram quase simultaneamente, como está acontecendo agora.
Por que ocorreram agitações políticas nos países europeus?
Em primeiro lugar, devido à crise econômica que se agrava.
Recentemente, os países europeus têm experimentado uma série de falências de empresas, altas taxas de desemprego e crises de dívida, com sinais de recessão econômica surgindo quase simultaneamente.
Na Alemanha, por exemplo, apenas no primeiro semestre deste ano, 11.000 empresas faliram, e em outubro, o número de falências foi 22,9% maior em comparação ao mesmo período do ano passado.
Recentemente, o Banco Central Europeu alertou que a dívida nos países da zona do euro continua aumentando e o déficit orçamentário não está diminuindo, prevendo que as pequenas e médias empresas europeias e as famílias com baixa renda enfrentarão grandes dificuldades econômicas.
Essa crise econômica é um golpe profundo de natureza diferente da confusão econômica causada pela crise financeira global de 2008 originada nos Estados Unidos. Ela é, na verdade, o resultado da cegueira dos países europeus, que, ao seguir cegamente as políticas de sanções dos Estados Unidos contra a Rússia, geraram essa situação.
Após o início do conflito na Ucrânia, os países europeus cortaram suas relações econômicas com a Rússia e, até agora, adotaram e implementaram um total de 15 pacotes de sanções contra a Rússia.
No entanto, os efeitos dessas sanções não têm afetado a Rússia, mas sim os próprios países europeus.
A Rússia diversificou suas rotas de exportação de energia e reduziu drasticamente sua dependência de importações, fazendo sua economia crescer, tornando-se a maior da Europa e a quarta maior do mundo.
Em contraste, a Europa bloqueou suas próprias rotas de fornecimento de energia da Rússia e, ao se tornar dependente dos Estados Unidos, causou uma alta geral nos preços do petróleo, gás natural, matérias-primas e produtos, resultando em sérias dificuldades econômicas para seus cidadãos.
Em segundo lugar, o aumento da insegurança nacional entre os cidadãos é um fator importante.
Os Estados Unidos, ao retratarem a Rússia como uma ameaça à segurança europeia, continuam pressionando os países europeus a fornecerem apoio militar à Ucrânia. No entanto, as dificuldades do bloco ocidental estão se tornando cada vez mais evidentes.
Recentemente, o diretor do Serviço de Inteligência Externa da Rússia declarou que, enquanto a Rússia alcança os objetivos de sua operação militar especial, as forças ucranianas chegam ao ponto da destruição total. Ele também afirmou que, em um contexto de declínio do poder dos Estados Unidos e da Europa, um período de guerra civil trágica está prestes a chegar para esses países.
A insegurança na Europa é resultado da interferência dos Estados Unidos. Ao romper tratados de controle de armamentos e destruir o sistema de segurança europeu, os Estados Unidos empurraram o regime fantoche da Ucrânia para um ataque contra a Rússia, transformando toda a região europeia em um campo de confrontos intensos.
As agitações políticas nos países europeus podem ser vistas como uma consequência natural da subordinação dos governantes europeus aos Estados Unidos.
Jang Chol
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