quinta-feira, 3 de julho de 2025

O ateísmo de Feuerbach e suas limitações

No ateísmo de Ludwig Feuerbach (1804–1872), filósofo alemão moderno e representante do ateísmo moderno, manifestam-se de forma concentrada as características e limitações desse tipo de ateísmo. Feuerbach voltou sua atenção para esclarecer a origem, a evolução e as formas de superação da religião, incluindo o cristianismo, buscando herdar e desenvolver ainda mais o pensamento dos ateus franceses que o precederam.

O ateísmo de Feuerbach também se torna um certo pressuposto teórico para uma correta compreensão do ateísmo marxista.

Portanto, esclarecer corretamente de que princípio Feuerbach partiu para tratar das questões religiosas e quais são as limitações de seu ateísmo possui um importante significado para o reconhecimento preciso das características gerais do desenvolvimento do ateísmo moderno e do ateísmo marxista.

O grande Dirigente camarada Kim Jong Il apontou o seguinte:

“Feuerbach, que foi um dos representantes da filosofia clássica burguesa alemã, opôs-se à visão teológica e idealista sobre o ser humano e defendeu que se deveria compreendê-lo a partir de uma perspectiva realista. No entanto, a visão de Feuerbach sobre o ser humano contém uma falha fatal e uma limitação essencial. O ser humano que ele tinha em mente era um indivíduo, um ser natural. Feuerbach não foi capaz de ver o homem como um ser social e interpretou sua natureza não com base em atributos sociais, mas em características instintivas e biológicas.”

Feuerbach tratou das questões religiosas em sua obra "A Essência do Cristianismo" (1841) e, posteriormente, escreveu "A Essência da Religião", na qual aplicou e aprofundou seus princípios ateístas em relação a todas as religiões. Seu pensamento ateu foi sistematizado nas "Lições sobre a Essência da Religião", realizadas em Heidelberg entre 1848 e 1849, e na obra "A Nova Revelação", publicada quase na mesma época.

Feuerbach, em primeiro lugar, criticou a compreensão teológica da origem da religião e esclareceu sua raiz epistemológica.

Na época, os teólogos religiosos pregavam que o sentimento religioso era inato ao ser humano. Feuerbach se opôs a essa pregação, afirmando que o ser humano não possui um sentimento religioso inato e que, se houvesse tal sentimento, seria necessário admitir a existência de um órgão sensorial específico para a superstição, a ignorância e a preguiça — mas como tal órgão não existe, concluiu que a religião surgiu no processo do desenvolvimento histórico.

Ele também afirmou que é errôneo considerar que a religião surgiu por acaso e explicou sua origem a partir de fundamentos epistemológicos.

Segundo Feuerbach, Deus é, em sua essência, um reflexo ilusório da essência humana, e nesse sentido, “não foi Deus quem criou o homem, mas o homem quem criou Deus.” Assim, ele considerava que o ser humano possui pensamento infinito e que, ao se independizar e objetivar a infinitude do pensamento e da capacidade de conhecer, isso se torna o Deus onipotente.

Para Feuerbach, a onipotência de Deus é a essência da onipotência humana, bem como sua esperança e anseio. Em sua visão, se o ser humano não tivesse esperança nem desejos, Deus não surgiria. As diferenças nas religiões decorrem das formas de esperança e desejo do ser humano. Os gregos, desejando felicidade terrena e longevidade, criaram os deuses do Olimpo; os judeus, cujo sonho era o poder, imaginaram um Deus invisível que criou o mundo a partir do nada e governava os homens por rígidas normas morais; e os cristãos, desejando livrar-se do sofrimento causado pela pobreza e preocupações, conceberam um paraíso com felicidade eterna, amor puro e salvação da humanidade.

Feuerbach afirmava que, embora a imaginação e os desejos humanos sejam infinitos, as capacidades do ser humano são limitadas — e é justamente essa limitação que cria Deus.

O fato de Feuerbach criticar o idealismo religioso e tentar esclarecer a essência da religião relacionando-a à essência humana constitui uma grande contribuição para o desenvolvimento do ateísmo. No entanto, ao considerar o ser humano de forma abstrata, separado das relações sociais, ele não pôde revelar a origem social e de classe da religião.

Feuerbach também apresentou uma proposta de superação da religião por meio de sua teoria da alienação religiosa.

Segundo essa teoria, Deus é a essência genérica do ser humano que se separou do próprio homem. Ou seja, na religião, o ser humano se divide entre gênero e indivíduo, e sua essência se opõe a si próprio. A superação dessa alienação só seria possível mediante o reconhecimento de que Deus, na verdade, é o próprio ser humano. A teoria da alienação religiosa de Feuerbach teve um significado positivo ao criticar o idealismo que, à época, defendia teologicamente a religião por meio da filosofia. No entanto, por não reconhecer o ser humano como um ser social, cometeu o erro de reduzir o caminho para superar a religião à transformação da consciência e das ideias individuais.

Quando Feuerbach fala do ser humano como um ser unido pelo amor, ele está se referindo sempre a um indivíduo abstrato. Além disso, o fato de analisar a função da religião apenas a partir de sua etimologia, e não de uma perspectiva de classe, revela sua posição de classe como pensador burguês que via a religião como instrumento de dominação.

A limitação do ateísmo de Feuerbach deriva, em última instância, de sua concepção errônea sobre o ser humano.

Uma das maiores fraquezas do ateísmo de Feuerbach é não admitir a existência do ser humano sem religião. Nesse sentido, ele chegou a afirmar: “Ao rebaixar a teologia à antropologia, elevei a antropologia ao nível da teologia.”

Feuerbach opôs-se à visão teológica e idealista sobre o ser humano e defendeu sua compreensão a partir de uma posição realista, propondo como fundamento o ser humano real e sensível, ou seja, o “homem de carne e osso”.

Nesse contexto, o ser humano real é aquele que existe como ser sensível. Isso significa que o ser humano é um ser que possui percepção sensível, é objeto da intuição sensível de si mesmo, pode ser confirmado sensivelmente e é capaz de experimentar o sentimento do amor.

Ri Yong Nam

Enciclopédia Científica (과학백과사), volume 1, 2013, páginas 43 e 44

Publicado em 13 de janeiro de 2013

Reforcemos a educação ateísta entre os estudantes


Objeto de debate

O que deve ser resolvido no trabalho de educação de classe dos estudantes?

A educação dos estudantes, que é uma das frentes educacionais indispensáveis à nossa revolução e construção, ainda carece de uma ligação adequada com a educação de classe.

Mesmo que um estudante seja oriundo do campesinato, dentro de poucos anos ele se tornará um intelectual. Por isso, a missão que tem diante do Partido e do povo é muito grande. Não se pode recorrer a artifícios nesse trabalho.

Foi numa aula de história.

“O que devemos ensinar aos estudantes por meio da lição de hoje?”

Depois de apresentar por escrito de onde surgiu a infelicidade nacional e por que ela ocorreu, o professor fez essa pergunta aos alunos.

Os estudantes responderam bem à pergunta.

“Responderam bem. Mas há um ponto que não responderam adequadamente.
É sobre por que os japoneses invadiram a Coreia.”

Disse o professor, levantando uma nova questão.

Qual foi o ponto que nossos estudantes não conseguiram responder de forma perfeita?

Nada mais foi do que o fato de que a educação ateísta entre os estudantes era fraca.

Reforçar a educação ateísta entre os estudantes é uma das tarefas fundamentais para consolidar sua visão de mundo científica.

Na Coreia do Sul, os grupos reacionários religiosos internacionais e os traidores da pátria espalham amplamente o pensamento religioso entre o povo, usando o cristianismo como um anestésico para iludir as massas.

Diante dessa situação, reforçar a educação ateísta entre os estudantes também é uma questão importante para nossa construção e para a luta patriótica pela reunificação.

Qual seria, então, o método correto para reforçar a educação ateísta entre os estudantes?

É o método de explicação e persuasão, vinculado à vida prática.

Para isso, precisamos sempre preparar os conteúdos educacionais.

Obtive a seguinte experiência em um processo de educação individual com um estudante.

Ele acreditava em Deus desde pequeno.

Aproveitei o aniversário dele para presenteá-lo e conversar com ele, ao mesmo tempo em que incutia o pensamento ateísta.

Essa é uma forma de educação e de trabalho ideológico que busca dotá-lo não de fé religiosa, mas de uma visão de mundo científica.

Assim, para realizar a educação ateísta, não devemos perder as oportunidades de, por meio de acontecimentos da vida dos estudantes, armá-los com o pensamento racional e uma visão científica do mundo.

Também é importante criar um ambiente adequadamente ateísta para os estudantes em sua fase de crescimento.

As escolas devem criar todas as condições necessárias.

O que senti ao longo desse processo foi que, para reforçar a educação ateísta entre os estudantes, é preciso não perder a “oportunidade” e saber aproveitar o “momento certo”.

Contudo, ainda há estudantes revolucionários que não estão completamente armados com o ateísmo científico, e mesmo entre os professores há os que não reconhecem corretamente a importância deste trabalho.

Se queremos incutir nos estudantes uma visão científica do mundo baseada no ateísmo, os professores devem antes se armar solidamente com essa visão e desenvolver o trabalho de educação ateísta de forma planejada.

Professora Yu Ju Hui

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 7 de setembro de 1957

A União Econômica da Eurásia, que expande constantemente seu escopo de cooperação

No final de junho, foram realizados na Bielorrússia o Fórum Econômico da Eurásia e a Reunião do Conselho Econômico Supremo da Eurásia (Cúpula da União Econômica da Eurásia). Participaram do evento os chefes de Estado dos países membros e observadores da União Econômica da Eurásia, bem como delegações governamentais da Mongólia e dos Emirados Árabes Unidos.

Na cúpula, o presidente da Bielorrússia declarou que a União Econômica da Eurásia mantém uma excelente velocidade de desenvolvimento, mencionando que, no ano passado, o Produto Interno Bruto da união cresceu 4,5%, enquanto a taxa de crescimento da produção industrial e o aumento dos investimentos registraram, respectivamente, 4,5% e 7,5%.

Na reunião, foram discutidas questões como a proteção do mercado interno da União Econômica da Eurásia frente ao ambiente internacional de comércio alterado, incluindo guerras tarifárias; o estabelecimento de processos produtivos avançados em diversas áreas como farmacêutica, aviação, navegação e automobilismo; segurança alimentar; e o desenvolvimento da economia hídrica. Como resultado da reunião, foi assinado um conjunto de documentos para resolver questões técnicas e operacionais.

A União Econômica da Eurásia é uma organização regional de cooperação econômica criada para superar as dificuldades econômicas provocadas pelas sanções e pressões das forças ocidentais, por meio da integração regional e do desenvolvimento conjunto.

Desde sua fundação, a União Econômica da Eurásia desempenhou um grande papel no desenvolvimento econômico da região. Em meio ao fortalecimento das sanções econômicas e dos bloqueios dos Estados Unidos e das forças ocidentais, os países membros têm reforçado a cooperação mútua e, com força unida, construíram um amplo mercado comum, realizando a livre circulação de bens e serviços. O comércio entre os países membros e as exportações para terceiros países têm aumentado continuamente.

Em especial, com a crise na Ucrânia como ponto de inflexão, as sanções e pressões por parte dos Estados Unidos e do Ocidente se intensificaram, mas os países membros da União Econômica da Eurásia adotaram diversas medidas para fortalecer sua autonomia produtiva e tecnológica e ampliar a cooperação mútua. Como resultado, houve uma ampliação do Produto Interno Bruto, do comércio recíproco e dos investimentos entre os países membros.

O potencial econômico global dos países membros aumentou de forma notável, tornando a União Econômica da Eurásia um dos principais polos de desenvolvimento mundial.

A circulação de mercadorias com terceiros países aumentou 38%, alcançando 800 bilhões de dólares, valor comparável ao volume de comércio entre as grandes potências econômicas do mundo. O comércio recíproco dentro da União Econômica da Eurásia duplicou, e 93% dos pagamentos são realizados nas moedas nacionais dos países membros.

Com base na prática, os países membros da união perceberam profundamente que a cooperação mútua é uma via poderosa para alcançar o desenvolvimento socioeconômico de cada país e estão se esforçando ativamente para ampliar o alcance da cooperação em escala global.

O notável desenvolvimento da União Econômica da Eurásia tem atraído a atenção de muitos países, bem como de organizações internacionais e regionais. Grandes entidades regionais e multilaterais, como os BRICS, a Organização de Cooperação de Xangai, a Comunidade dos Estados Independentes e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), estão promovendo o desenvolvimento das relações com a União Econômica da Eurásia. O número de parceiros comerciais externos da união continua crescendo. A União já firmou ou está em processo de firmar acordos de livre comércio com diversos países, incluindo Vietnã, Irã, Singapura, Indonésia e Egito.

Por ocasião desta cúpula, foi assinado um acordo comercial entre os países membros da União Econômica da Eurásia e a Mongólia, assim como um acordo de parceria econômica entre a União e os Emirados Árabes Unidos. Além disso, a Nicarágua apresentou oficialmente o pedido de status de observador na União Econômica da Eurásia, e o primeiro-ministro de Mianmar expressou o desejo de seu país de ampliar a cooperação com a União e obter o status de observador.

Na reunião plenária do Fórum Econômico da Eurásia, realizada sob o tema “Estratégia de Integração Econômica da Eurásia: Resultados e Perspectivas”, o presidente da Rússia declarou que a União Econômica da Eurásia se fortaleceu ao longo dos últimos 10 anos e se tornou uma união de integração bem-sucedida, acrescentando que a união não se acomodará com os resultados alcançados, mas continuará consolidando seus mecanismos institucionais de integração e elevando sua autoridade e influência no cenário internacional.

Graças aos esforços firmes e unidos da Rússia e dos demais países membros, a União Econômica da Eurásia tornou-se hoje uma das principais forças na construção de um mundo multipolar, resistindo aos desafios e intenções maliciosas do Ocidente no palco internacional.

A União Econômica da Eurásia decidiu realizar a próxima cúpula no final deste ano na Rússia e conceder ao Cazaquistão a presidência rotativa em 2026.

Jang Chol

Rodong Sinmun

Porta-voz do MRE rechaça acusação de "crime cibernético"

Em entrevista exclusiva com a ACNC concedida no dia 3, em relação à acusação recente feita pelas autoridades judiciais dos Estados Unidos contra cidadãos coreanos sob a suspeita de "crime cibernético" e sua designação como alvos de prisão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) deu a seguinte resposta:

Este caso é a continuação das manobras hostis anti-RPDC das sucessivas administrações estadunidenses, que insistiram na inexistente "ameaça cibernética" da RPDC, e constitui uma absurda artimanha difamatória e uma grave violação da soberania, destinada a manchar a imagem do nosso Estado.

O MRE da RPDC expressa grande preocupação com a provocação das autoridades judiciais dos EUA, que ameaçam e violam a segurança, os direitos e os interesses dos cidadãos coreanos ao orquestrar esse caso sem fundamentos, e condena e rejeita categoricamente essa atitude.

A verdadeira ameaça que gera a instabilidade do espaço cibernético internacional não provém da RPDC, mas dos EUA.

O imperialismo estadunidense ameaça constantemente a segurança cibernética da RPDC e de outros países soberanos, transformando esse setor em um campo de batalha há muito tempo. E o utiliza como uma arma política com o objetivo de difamar as imagens de outros países e questionar o exercício de seus direitos legítimos.

A RPDC tem o direito de tomar as contramedidas adequadas e equivalentes para proteger a segurança e os direitos dos cidadãos coreanos frente à execução judicial com fins políticos malignos e para responsabilizar legalmente os autores dos atos malignos provenientes do exterior.

A RPDC nunca tolerará quaisquer atos hostis dos EUA destinados a prejudicar a soberania estatal por meio de calúnias infundadas e a aplicação ilegítima de meios judiciais, e defenderá firmemente os direitos e interesses legítimos dos coreanos.

QUAD deve deixar a coerção unilateral destinada a mudar a posição atual da RPDC

Declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

Em razão da recente reunião de chanceleres do QUAD, os Estados Unidos voltaram a cometer uma severa provocação política ao negar o legítimo direito soberano do nosso Estado e falar sobre a "desnuclearização".

A conduta hegemônica dos EUA, que, baseando-se em um punhado de coletivos chauvinistas como o QUAD, interfere nos assuntos internos de Estados soberanos e independentes, instiga a confrontação entre campos e causa a instabilidade das relações internacionais, constitui um dos principais fatores perigosos que prejudicam a paz e a segurança da região e do mundo.

O MRE da RPDC condena e rejeita enfaticamente a conduta maliciosa dos EUA, que, ao violar flagrantemente a dignidade, os direitos e os interesses do nosso Estado, deixou claro sem qualquer consideração sua inalterável vontade de ser hostil com a RPDC, e expressa grande preocupação pelas consequências negativas que dela surgirão.

São precisamente os EUA as forças instáveis que tentam mudar unilateralmente a atual circunstância por meio da força ou de métodos coercitivos na Península Coreana e no restante da região da Ásia-Pacífico.

Não se pode usurpar de forma alguma a posição da RPDC, um país possuidor de armas nucleares, que foi permanentemente estabelecida pela lei suprema do Estado e foi comprovada fisicamente.

Seria um ato extremamente anacrônico e contraditório, uma autotergiversação, insistir tanto na "desnuclearização" de alguém que, ele próprio, destruiu gravemente a paz e a segurança mundial por meio da vertiginosa modernização de armas nucleares e do uso ilegal das forças armadas.

A tentativa dos EUA de negar a posição atual da RPDC constitui a mais grave violação da soberania e representa um ato extremamente perigoso de exacerbação da situação, que cria a instabilidade na região e aumenta o nível de tensão.

A RPDC tomará as contramedidas apropriadas e reflexivas de caráter autodefensivo diante das ações militares provocativas, como a consolidação da aliança militar multilateral dos EUA, que ameaça a base da segurança regional, e os exercícios militares conjuntos com claro caráter agressivo.

Isso faz parte do espaço de soberania original do país socialista.

A RPDC jamais tolerará a intenção dos EUA e de suas forças seguidoras, que pretendem mudar unilateralmente a posição estatal da RPDC e a situação atual da região da Península Coreana, e fará esforços responsáveis e contínuos para garantir a paz da região e do restante do mundo, observando a realidade em que se torna cada vez mais aberta a política hostil anti-RPDC dos EUA.

Realizada 36ª Reunião Plenária da 14ª Legislatura do Presidium da APS da RPDC

Foi realizada em 3 de julho, no Palácio dos Congressos Mansudae, a 36ª Reunião Plenária da 14ª Legislatura do Presidium da Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia.


A origem da psicologia como uma ciência

A psicologia foi separada como uma ciência independente no final do século XIX.

Antes disso, o conteúdo da psicologia era estudado dentro do âmbito da filosofia.

Em 1879, foi instalado o primeiro laboratório de experimentos psicológicos na Universidade de Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado o pai da psicologia experimental. Os estudiosos apontam que, a partir dessa época, a psicologia começou a se desenvolver como uma ciência independente.

O entendimento da psicologia humana já foi abordado desde a antiguidade, com os filósofos gregos, sendo o filósofo Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) um dos primeiros a tratar desse tema de maneira abrangente em suas obras como "Sobre a Alma" e "Ética".

A palavra psicologia começou a ser utilizada a partir de 1594, quando o livro "Psicologia Antropológica" foi publicado. Posteriormente, com o lançamento de obras como "Psicologia Empírica" (1734), o termo se popularizou.

Pak Jae Sun

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 10 de agosto de 2006

O Paek Ryong

Nascido em 24 de outubro de 1914, em uma família de camponeses pobres na cidade de Hoeryong, o camarada O Paek Ryong mudou-se ainda jovem para a Manchúria com seus pais em busca de condições mínimas de vida. Sem recursos financeiros para frequentar a escola, passou sua infância sem receber educação formal.

Com a firme determinação de contribuir para a libertação da pátria e estimulado pelas atividades da Guerrilha Antijaponesa na Manchúria, sob a liderança do General Kim Il Sung, juntou-se à organização revolucionária no condado de Yanji, província de Jilin, em 1933.

Desde então, participou ativamente de muitas batalhas renhidas, incluindo a histórica Batalha de Pochonbo em 1937, atuando como chefe de seção.

Em novembro de 1939, foi nomeado comandante da 7ª divisão do 2º exército do Exército Revolucionário Popular da Coreia, ocupando o posto deixado vago pela morte do camarada O Jung Hup. E, em 1940, quando a luta armada antijaponesa se intensificava, foi nomeado vice-comandante da 1ª companhia do 2º exército do ERPC.

Em 1942, foi enviado à União Soviética, onde recebeu treinamento e, quando a URSS declarou guerra ao Japão em agosto de 1945, regressou à Coreia, comandando as tropas do ERPC que empreenderam a ofensiva final pela libertação da pátria, ombro a ombro com as tropas do Exército Vermelho.

Após a libertação, como comandante da 38ª Brigada de Guarda, foi infinitamente leal ao grande Líder camarada Kim Il Sung, fazendo grandes contribuições para o fortalecimento das forças armadas revolucionárias regulares — o Exército Popular da Coreia — e combatendo os elementos faccionistas que deixavam de cumprir as importantes tarefas atribuídas pelo líder.

Também fez contribuições significativas para a construção partidista e estatal, promovendo o fortalecimento da liderança partidista dentro do exército e o trabalho ideológico, além de incentivar a participação dos soldados e oficiais na construção da nova Coreia.

Participou da Guerra da Libertação da Pátria como comandante da 8ª Divisão do Exército Popular da Coreia.

Durante a Guerra de Libertação da Pátria, comandou com sucesso unidades do Exército Popular da Coreia para aniquilar os inimigos de acordo com as excepcionais políticas estratégicas e táticas do Líder, contribuindo grandemente para a conquista da vitória brilhante na guerra.

Ocupando postos importantes no partido, no Estado e nos órgãos das forças armadas em várias etapas do desenvolvimento revolucionário após a guerra, ele realizou grandes feitos na luta pela defesa do quartel-general da revolução, no fortalecimento da capacidade militar e no desenvolvimento da economia do país.

Em abril de 1956, tornou-se diretor do Departamento de Guarda do Governo e, em 1961, foi promovido a vice-ministro do Interior e diretor do Departamento Geral da Guarda.

Em 1961, no 4º Congresso do Partido do Trabalho da Coreia, foi eleito membro do Comitê Central do Partido. Em 1963, após ocupar o cargo de vice-ministro do Ministério da Defesa Nacional, foi designado ministro da Defesa.

Em dezembro de 1969, foi nomeado comandante da Guarda Vermelha Operário-Campesina. Em dezembro de 1972, tornou-se vice-presidente do Comitê de Defesa Nacional. Em 1977, ingressou no Comitê Político do Partido do Trabalho da Coreia e, em outubro desse mesmo ano, foi eleito membro do Bureau Político.

Faleceu em 6 de abril de 1984, aos 69 anos.

A vida revolucionária do camarada O Paek Ryong foi brilhante, marcada por uma lealdade verdadeira, deixando rastros distintos na história ao defender com dedicação o líder, no caminho da gloriosa revolução Songun e da revolução coreana, sob a orientação do Partido do Trabalho da Coreia.

Graças à profunda confiança e amor do grande Líder e do grande General, a vida do camarada O Paek Ryong é imortal como o combatente de vanguarda que defendeu o líder, e seu nobre espírito revolucionário e seus feitos permanecerão brilhando para sempre junto com a história vitoriosa da revolução coreana.

Os comitês populares devem implementar com rigor as resoluções da 12ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido e acelerar o avanço para uma nova vitória

Neste momento, todo o povo do país está tomado de entusiasmo para obter feitos extraordinários dignos de destaque na história do Partido e da pátria, lutando com mais ousadia, mais substância e mais afinco no caminho da luta para implementar as resoluções da 12ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, cumprindo completamente as metas estabelecidas para este ano.

Para celebrar de forma significativa o 80º aniversário da libertação da pátria e o 80º aniversário da fundação do Partido, e para acolher com êxito o 9º Congresso do Partido como um congresso de vencedores e de glória, é necessário reforçar ao máximo as funções e o papel dos Comitês Populares, acelerando assim o avanço rumo a novas vitórias.

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"Todos os órgãos do Poder devem ter claramente em mente a missão de representar, em suas respectivas regiões, o digno regime da República e de serem responsáveis pela vida do povo, cumprindo fielmente seu dever."

Este ano é, ao mesmo tempo, um ano de importância histórica para cumprir o grandioso programa revolucionário apresentado pelo 8º Congresso do Partido, e um ano de extraordinária virada que abre uma nova fase de desenvolvimento. Para celebrar de maneira significativa o 80º aniversário da libertação da pátria e o 80º aniversário da fundação do Partido, e para acolher o 9º Congresso do Partido como um congresso de vitória e glória, as resoluções da Reunião Plenária do Comitê Central do Partido devem ser implementadas com êxito através de um trabalho organizacional e administrativo mais unificado e responsável.

Para isso, os Comitês Populares devem assumir, do ponto de vista de executores e consolidadores, a total responsabilidade por todo o processo da luta do segundo semestre e levá-la adiante com ousadia, cumprindo sua sagrada missão perante a época e a revolução.

Os Comitês Populares são os executores das diretrizes e políticas do Partido. Somente ao implementar de forma completa essas diretrizes e políticas, os Comitês Populares poderão manter seu caráter revolucionário próprio, cumprir sua missão e papel, e se fortalecer e desenvolver continuamente.

Durante o primeiro semestre do ano, os funcionários dos Comitês Populares, com confiança absoluta no Partido, empenharam-se com redobrada dedicação na luta ativa pela implementação das resoluções da 11ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido, alcançando valiosos resultados encorajadores, progressistas e de que se podem orgulhar no desenvolvimento econômico regional e na melhoria da vida do povo. O processo de luta dos Comitês Populares no primeiro semestre demonstrou que, ao avançar com ousadia e iniciativa com plena confiança em sua própria força, sob a sábia liderança do Partido e com uma postura de total responsabilidade pelas tarefas atribuídas, é possível abrir uma nova fase no desenvolvimento local, independentemente das condições e circunstâncias.

A liderança do Partido é a linha vital dos Comitês Populares. Somente ao resolver todas as questões relativas à construção e às atividades do Poder sob a liderança do Partido é que o ritmo de desenvolvimento do nosso Estado poderá ser ainda mais acelerado, permitindo erguer o quanto antes uma potência socialista próspera baseada na autoconfiança e no orgulho nacional.

Atualmente, os Comitês Populares enfrentam a grande e importante tarefa de liderar na linha de frente a execução da nova política de desenvolvimento regional do Partido. Como órgãos que existem para o povo e servem aos seus interesses, os Comitês Populares devem cumprir com responsabilidade e dedicação seu papel para que as políticas populares do Partido e do Governo cheguem de forma mais eficaz e precisa às populações locais. Os preciosos resultados alcançados ao longo da grande luta para promover a transformação e mudança nas regiões locais de maneira escalonada, tridimensional e ofensiva, fortalecem a esperança e a coragem do povo em todo o país e intensificam o ímpeto pela revitalização das regiões.

Isso demonstra que a garantia para que os Comitês Populares possam cumprir sua honrosa missão e tarefa reside em direcionar e subordinar todas as atividades à execução rigorosa das diretrizes e políticas do Partido.

A promoção contínua e vigorosa da execução da política de desenvolvimento regional do Partido é uma das principais tarefas apresentadas na 12ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido. A implementação bem-sucedida das resoluções da Reunião Plenária para acelerar a causa histórica da revitalização regional será garantida pela audaz capacidade de ação, combatividade e alta competência de liderança dos Comitês Populares.

Com plena convicção na vitória, devem intensificar ainda mais o ímpeto de luta demonstrado no primeiro semestre, avançando com mais ousadia, com mais substância na implementação das resoluções do Partido, e lutando com maior vigilância, sem relaxar nem por um instante, para concluir com sucesso o plano quinquenal — esta é a exigência do Partido, a exigência da revolução.

Os Comitês Populares devem consolidar ainda mais o espírito revolucionário e o credo de autoconfiança e autodesenvolvimento que têm mantido até agora, demonstrar um fervor e estilo de trabalho redobrados e dedicar-se plenamente à implementação das resoluções da 12ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido, contribuindo ativamente para um avanço decisivo nos assuntos estatais em geral neste ano.

É importante intensificar a luta para cumprir incondicionalmente as resoluções do Partido apresentadas a cada região.

Todos os Comitês Populares das províncias, cidades e condados devem revisar uma a uma as tarefas que estão sendo executadas ou ainda não foram implementadas e lançar, no tempo restante, fortes campanhas ofensivas e de múltiplas frentes para realizá-las com rigor. Devem concentrar todos os recursos e meios no impulso aos setores e processos que estão atrasados, promovendo um crescimento equilibrado em todos os ramos e unidades da região. É necessário incentivar e ampliar os êxitos e experiências conquistadas no primeiro semestre, bem como estabelecer metodologias práticas para superar as distorções e falhas que surgiram. De forma imediata, é preciso estabelecer medidas rigorosas para lidar com o clima anômalo de natureza desastrosa e impulsionar fortemente os trabalhos de proteção do meio ambiente e do território nacional.

Os recursos humanos e a ciência e tecnologia são elementos essenciais para garantir a autonomia e o desenvolvimento sustentável das regiões.

Os Comitês Populares das províncias, cidades e condados devem dedicar-se com total empenho ao fortalecimento de sua capacidade científica e tecnológica, estabelecendo a prática de resolver as dificuldades econômicas com base na ciência e tecnologia. Devem criar as condições para que os talentos possam exercer plenamente sua criatividade, incentivando-os ativamente a desempenhar um papel central no desenvolvimento científico e tecnológico da região. É necessário fomentar um forte entusiasmo pelos estudos e impulsionar vigorosamente o movimento de inovação tecnológica em massa, a fim de garantir firmemente o desenvolvimento regional por meio da ciência e tecnologia.

Procurar realizar, ainda que seja apenas uma tarefa a mais em benefício do povo, é o dever essencial dos funcionários dos Comitês Populares.

Os funcionários dos Comitês Populares devem ser verdadeiros servidores leais, que se empenham sinceramente para encontrar e realizar boas ações que contribuam de maneira concreta para a vida do povo, sustentando com devoção a nobre ideia do nosso Partido de servir ao povo. Devem normalizar a produção das fábricas de indústria local estabelecidas sob o carinho do Partido, elevar a qualidade dos produtos e impulsionar com firmeza a construção de moradias rurais modernas, permitindo que os habitantes locais desfrutem plenamente da civilização socialista e de uma vida feliz. Com a postura de que são totalmente responsáveis pela vida dos moradores de sua região, devem dedicar-se incondicionalmente a qualquer tarefa que possa resolver os problemas do povo, deixando de lado todos os outros assuntos. No trabalho em benefício do povo, jamais pode haver um fim.

Os funcionários dos Comitês Populares devem ter em mente que, na medida em que se sacrificam e se dedicam de verdade, o povo verá refletida em seus olhos a verdadeira imagem do Poder popular. Devem ser mensageiros do povo que se entregam de corpo e alma para resolver os problemas que o povo sente como dolorosos e deseja com urgência que sejam solucionados.

Extraordinária capacidade de organização e liderança, assim como uma forte capacidade de execução, são garantias fundamentais para implementar com brilho as resoluções da Reunião Plenária do Comitê Central do Partido.

Os funcionários dos Comitês Populares devem ter plena consciência de sua importante missão perante o Partido e a revolução, e tornar-se verdadeiros competentes e práticos que organizam e executam todos os trabalhos com base nas políticas do Partido, demonstrando elevado compromisso ideológico, senso de responsabilidade e atitude ativa. Quanto mais apertado o tempo, mais devem carregar o peso da responsabilidade e agir com rigor organizacional, impulsionando com firmeza uma postura de luta que conclui cada tarefa com substância e solidez. Devem resumir de forma disciplinada e precisa a situação da implementação das resoluções do Partido e impulsionar, sem desvios, o progresso das tarefas planejadas.

Se todos os Comitês Populares das províncias, cidades e condados se levantarem com determinação e garantirem na prática a execução segura e substancial das resoluções da 12ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido, será possível avançar de forma ainda mais clara na concretização da intenção e do plano do nosso Partido de promover o desenvolvimento equilibrado e simultâneo de todas as regiões do país.

Os funcionários dos Comitês Populares devem impulsionar vigorosamente a execução rigorosa e perfeita das resoluções do nosso Partido, alcançando avanços concretos no desenvolvimento regional e na melhoria da vida do povo.

Minju Joson

China condena energicamente as tentativas de "independência de Taiwan" e a interferência de forças externas

Em relação ao fato recentemente revelado de que os EUA mantêm estacionados em Taiwan cerca de 500 soldados estadunidenses, o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China condenou e rejeitou categoricamente como uma violação aos interesses centrais de seu país.

Em resposta à pergunta sobre a presença militar dos EUA em Taiwan, ele destacou que a tentativa dos EUA e das forças pela “independência de Taiwan” viola os interesses centrais da China e constitui uma ilusão vã de mudar a situação atual no Estreito de Taiwan, sendo mais uma prova real de quem está agravando as tensões no estreito.

"A China expressa forte descontentamento e rejeita categoricamente, enfatizando que o Exército de Libertação Popular da China continuará esmagando categoricamente as tentativas das forças separatistas pela 'independência de Taiwan' e a interferência de forças externas", enfatizou.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

Cresce a discórdia dentro da UE em torno das sanções anti-Rússia

Recentemente, alguns membros da União Europeia manifestaram que jamais votariam a favor das novas sanções da União contra os bancos e as empresas energéticas da Rússia, caso essas medidas prejudicassem os interesses de seus países, o que está aumentando a discórdia dentro do organismo continental.

Segundo o "Politico EU", site especializado nos assuntos europeus, a UE tem planejado e está preparando o novo pacote de sanções contra Moscou, o 18º desde o início da guerra na Ucrânia, mas a oposição de Bratislava colocaria um obstáculo.

O parlamento eslovaco aprovou uma resolução que pede ao governo que não vote a favor de novas sanções contra a Rússia e o primeiro-ministro declarou em uma entrevista que jamais votaria a favor de sanções que prejudicassem seu país e que a recente resolução aprovada no parlamento serviria como uma poderosa ferramenta política e base para suas futuras medidas, informou o site e enfatizou que isso é uma clara manifestação da posição da atual administração.

Também Viktor Orbán, primeiro-ministro e líder ultradireitista da Hungria, ameaçou repetidamente bloquear as sanções adicionais contra a energia russa, que exigem a aprovação unânime dos 27 membros da União: o bloco enfrenta um desafio para a aprovação de novas sanções anti-Rússia, comentou.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

Chollima abriu uma era de milagres

A época de Chollima está registrada no percurso de desenvolvimento da nossa República, que é repleta de criações e transformações.

Neste período agitado, nosso povo registrou grandes saltos e inovações contínuas em todos os campos da construção econômica, acendendo a febre do movimento para o aumento produtivo e a economia em conformidade com a ideia e a direção do Partido do Trabalho da Coreia.

Superou os conceitos e fórmulas existentes nos locais de trabalho e alcançou, incessantemente, sucessos admiráveis na construção econômica.

Tudo foi terrivelmente destruído devido à Guerra da Coreia (25 de junho de 1950 a 27 de julho de 1953), iniciada pelos imperialistas estadunidenses.

No período de reabilitação pós-bélica, a situação econômica do país era tão difícil que o grande Líder camarada Kim Il Sung disse que a produção adicional de 10 mil toneladas de materiais de aço daria uma grande ajuda ao país. Em resposta à sua proposta, os trabalhadores da Aciaria de Kangson realizaram o prodígio de produzir 120 mil toneladas de materiais de aço com o laminador blooming, que tinha capacidade para 60 mil, acendendo a chama para o grande auge e colocando-se à frente da campanha para o aumento da produção e o Movimento Chollima.

Seguindo seu exemplo, os trabalhadores do setor da indústria metalúrgica produziram grandes quantidades de aços perfilados, redondos, laminados e especiais de diferentes tamanhos, tornando 1957 um ano de maior produção.

Em 1960, a proporção da indústria de construção de máquinas no valor total da produção industrial aumentou de 17,3% em 1956 para 21,3%, e a taxa de autoabastecimento de máquinas e equipamentos alcançou 90,6%, comparado com 46,5% em 1956, demonstrando plenamente o poder da indústria de máquinas nacional, que avançava para a industrialização socialista.

Os trabalhadores do setor ferroviário fabricaram com sua própria força e técnica, em dois anos, uma locomotiva elétrica que foi considerada um exemplo da moderna indústria elétrica e mecânica, que só era produzida por poucos países desenvolvidos na época.

Os construtores ergueram em pouco mais de um ano uma grande fábrica de vinalon, com o fervor patriótico de preparar uma base moderna e autóctone da indústria química.

Grandes usinas elétricas foram construídas, incluindo a Central Hidrelétrica nº 5 Jangjingang, e outras de médio e pequeno porte em diferentes locais do país, criando uma capacidade geradora adicional de 93 mil kW de eletricidade em 1959.

O setor da indústria carbonífera inaugurou muitas minas grandes e pequenas, de modo que, no final de 1960, o país assegurou reservas de carvão 3,5 vezes maiores que as de 1956.

Foi lançado um movimento em massa a nível nacional sob o lema "Um por todos e todos por um!".

Vale citar, por exemplo, o Movimento das Brigadas de Chollima. Mais de 8.600 equipes de trabalho do país participaram dessa campanha em menos de um ano e meio desde que foi iniciada, e vários movimentos massivos chamados Chollima foram realizados por todo o país.

Na efervescência do grande auge de Chollima, o primeiro Plano Quinquenal da Economia Nacional foi cumprido em dois anos e meio em termos de valor total da produção industrial e em quatro anos em termos de ramos de produção. A produção industrial aumentou a uma taxa média anual de 19,1% desde 1957.

Naqueles dias, as pessoas comuns se tornaram heróis e criaram os milagres de Chollima e o espírito da época. O espírito revolucionário e o estilo de trabalho da geração heroica daquele tempo continuam, geração após geração, como um temperamento ideológico-espiritual e um espírito criador próprios do nosso povo, que constrói um paraíso socialista nesta terra.

Ko Chol Hwa

Naenara

Clássico “Tangunsegi”

O clássico coreano "Tangunsegi" foi editado em 1363 por Ri Am.

O livro trata sobre os acontecimentos e fatos representativos, assim como os dados de vários setores, incluindo a língua, cultura e folclore no período da Coreia de Tangun (início do século 30 a.C. até meados do século 15 a.C.).

Escreve sobre os 47 monarcas da Coreia de Tangun, juntamente com o período de governo de cada um e os assuntos estatais representativos no respectivo período.

Também se refere aos materiais sobre os caracteres Sinji e Karimtho utilizados por nossos antepassados e os detalhes da criação de "Oaak", "Aehwanga", "Toriga" e outras canções.

Inclui informações astronômicas e meteorológicas, como o eclipse solar, ciclones, chuvas torrenciais, inundações e terremotos.

Além disso, apresenta dados relacionados aos costumes, à vida política e econômica e às relações exteriores de nossos antepassados.

O livro é considerado um clássico nacional por conter dados que servem de auxílio para o estudo da história da Coreia antiga e por divulgar a vida política, econômica e cultural do povo.

Kim Song I, professora da cátedra de clássicos nacionais da Faculdade de Linguística e Literatura Coreanas da Universidade Kim Il Sung.

Naenara

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Kim Jin

Nascido em 26 de novembro de 1912, em uma família de trabalhadores pobres, teve uma juventude difícil sob o domínio colonial do imperialismo japonês na Coreia, tendo que aventurar-se por terras estrangeiras.

Desde jovem, nutria um sentimento patriótico e o desejo de lutar pela recuperação da pátria e pela construção de uma nova Coreia. Por isso, seguiu o caminho da revolução, escrevendo uma brilhante história de lealdade ao líder, devoção à causa e autossacrifício pela pátria, pelos companheiros de armas e pela revolução.

Após se juntar, ainda jovem, ao Exército Revolucionário Popular da Coreia, em Badaohezi, no condado de Ningan, durante a segunda expedição do ERPC ao norte da Manchúria, participou de várias operações militares importantes, demonstrando firme determinação e coragem.

Tendo estudado apenas por um curto período em uma escola da aldeia onde se alistou, pôde continuar seus estudos com a ajuda de camaradas de armas durante os momentos de descanso, aprendendo a ler e escrever perfeitamente.

Em 23 de agosto de 1939, durante a Batalha de Dashahe, no condado de Antu, quando as tropas do ERPC enfrentavam uma situação difícil cercadas pelo inimigo, sacrificou-se voluntariamente ao cobrir com seu corpo a casamata inimiga, permitindo o avanço dos combatentes.

Por seu sacrifício pela pátria e pela revolução, bem como pelas futuras gerações que veriam uma Coreia livre, seu nome foi gravado com destaque na história da revolução coreana como modelo de patriota, sendo o primeiro herói “bomba-humana” da história das guerras — muito antes do soviético Aleksandr Matrosov.

Posteriormente, muitos combatentes repetiram seu ato durante batalhas renhidas contra os inimigos, como o camarada Ri Su Bok, herói da Guerra de Libertação da Pátria (1950–1953).

Embora sua vida física tenha se encerrado cedo, aos 26 anos, sua alma permanece viva na história sagrada da revolução coreana como exemplo de combatente revolucionário antijaponês.

A ambição do imperialismo estadunidense de invadir a Coreia nunca muda

Desde que cessaram os disparos da guerra imposta pelos imperialistas estadunidenses nesta terra, muitas décadas se passaram. De fato, muita coisa mudou — as gerações se sucederam e até as paisagens se transformaram.

Nossa República, que teve de enfrentar com forças modestas uma guerra feroz e brutal contra a aliança imperialista liderada pelos imperialistas estadunidenses, que se vangloriavam de ser a “maior potência do mundo”, hoje se ergue como uma potência militar que ninguém ousa desafiar, como uma fortaleza socialista invencível.

A velocidade do avanço de nosso Estado, que tem firmemente em mãos a garantia da revitalização e da prosperidade, está cada vez mais acelerada. Neste momento, uma nova história reluzente de saltos diários está se desdobrando em nosso país.

O mundo também mudou. A configuração das forças e o equilíbrio de poder entre os Estados sofreram alterações. O surgimento de nosso Estado como uma potência nuclear alterou profundamente o panorama de forças na região do Leste Asiático, que agora ocupa o centro da estratégia global dos EUA. Surgiram grandes fissuras na estrutura de dominação do imperialismo. Mesmo com os inimigos da paz ameaçando incessantemente o ambiente de segurança mundial, a luta da humanidade por uma nova sociedade justa está se intensificando.

No entanto, há algo que não mudou nem um pouco: a ambição do imperialismo estadunidense de invadir a Coreia.

Desde o governo Truman, que provocou a Guerra da Coreia, os EUA têm recorrido aos métodos mais cruéis — reforço de pressões militares e diplomáticas por todos os lados, sanções econômicas persistentes e brutais — na tentativa maligna de concretizar sua ambição de invasão e estrangulamento de nosso Estado.

Desde meados do século XIX, os EUA cobiçam a Península Coreana, que ocupa uma posição estratégica como porta de entrada da Ásia, e, após o fim da Segunda Guerra Mundial, planejaram devorar nossa República como trampolim para penetrar no continente.

Na época, os formuladores de políticas dos Estados Unidos estavam unanimemente convencidos de que, para dominar o mundo, seria necessário conquistar a Ásia, e que, para isso, deveriam primeiro se apoderar da Coreia, situada em uma posição geoestratégica vital.

Os enviados especiais do presidente Truman que visitaram a Coreia afirmaram em seus relatórios ao governo: “A Coreia é o campo de batalha ideológico onde se decide se os EUA terão ou não sucesso na Ásia”, e “a independência da Coreia representa uma grave ameaça aos interesses globais dos EUA e, por isso, jamais deve ser permitida. A área de ocupação militar deve ser ampliada para toda a Península Coreana.”

Essas declarações deixam claro que, desde o início, os EUA planejavam ocupar militarmente nossa República com a intenção estratégica de usar toda a Península Coreana como base de apoio para sua hegemonia, e que a invasão e opressão eram o cerne de sua política hostil contra a Coreia.

A Guerra da Coreia foi, justamente, fruto dessa ambição invasora dos EUA. Os agressores estadunidenses, proclamando que tomariam nosso país pela força em curto prazo, iniciaram a guerra e mobilizaram um gigantesco contingente de mais de dois milhões de efetivos, incluindo um terço do Exército dos EUA, um quinto da Força Aérea, a maior parte da Frota do Pacífico e tropas de países seguidores, além de investirem mais de 20 bilhões de dólares em despesas militares.

Transformaram toda a Coreia em um mar de fogo. Nas áreas temporariamente ocupadas, cometeram massacres tão bárbaros que fariam até os fascistas hitleristas corarem. Bombardearam e destruíram tudo em nosso território com tamanha intensidade que a vida se tornou insustentável.

Desde o início da guerra, ao perceberem que não conseguiriam alcançar suas ambições invasoras, os EUA passaram a cogitar abertamente o uso de armas nucleares.

Em 30 de novembro de 1950, o presidente Truman ordenou diretamente que o Comando Aéreo Estratégico dos EUA se preparasse para lançar bombas atômicas. Logo depois, em dezembro do mesmo ano, o comandante das forças estadunidenses no Extremo Oriente, MacArthur, afirmou que formaria uma “faixa radioativa” no norte da Coreia, do Mar Leste ao Mar Oeste, e trouxe porta-aviões com armamento nuclear para as águas próximas a Inchon.

Além disso, os EUA planejaram espalhar plutônio, resíduos nucleares e outras substâncias radioativas em larga escala na região central da Península Coreana, e chegaram a realizar 65 testes de campo para esse fim até 1952.

Eisenhower, sucessor de Truman, aprovou a chamada “nova ofensiva”, que previa o uso de armamentos nucleares na frente coreana, e chegou a declarar abertamente: “Não hesitaremos em usar bombas atômicas.”

Apesar das investidas dos imperialistas estadunidenses, que chegaram a cogitar o uso de armas nucleares, não conseguiram realizar sua ambição suja. O mito da “força invencível” estadunidense, que dizia não conhecer a derrota, foi despedaçado diante do espírito indomável do heroico povo coreano, que ama ardentemente tudo o que é seu e não hesita em sacrificar a própria vida pela pátria.

Na Guerra da Coreia, que pode ser descrita como um confronto entre bombas atômicas e fuzis, os imperialistas estadunidenses sofreram uma derrota desastrosa e foram forçados a assinar o Acordo de Armistício empunhando bandeiras brancas.

A paz se estabeleceu na Península Coreana, mas não foi uma verdadeira paz. Os EUA jamais abandonaram sua ambição de invadir nossa República — pelo contrário, tornaram-se ainda mais frenéticos em sua tentativa de concretizá-la.

Empunhando inclusive armas nucleares, os EUA tentaram nos esmagar.

A partir do final dos anos 1950, começaram a introduzir em larga escala armas nucleares na República da Coreia e a realizar frenéticos exercícios de guerra nuclear contra nosso Estado. Em 1969, chegaram a elaborar um plano de emergência chamado “Freedom Drop”, que previa um ataque nuclear à nossa República e até mesmo as consequências de tal ataque.

Nos anos 1960 e 1970, sempre que ocorriam incidentes impactantes — como o caso do navio espião armado Pueblo, o incidente do avião espião de grande porte EC-121 ou o incidente de Panmunjom — os EUA mobilizavam grupos de ataque com porta-aviões nucleares, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos nucleares para nos ameaçar.

No entanto, o que o mundo presenciou foi o espetáculo humilhante de uma superpotência, que rugia como se fosse devorar-nos de imediato, sendo forçada a ajoelhar-se diante da temível disposição de retaliação da Coreia.

No século atual, a intensidade das ameaças e intimidações nucleares dos EUA contra a RPDC aumentou ainda mais. Os EUA passaram a expor descaradamente sua intenção de esmagar nossa República com armas nucleares. Proferiram abertamente declarações de que “não descartam o uso da força, se necessário”, incluíram nosso país em listas de alvos de ataques nucleares preventivos e agiram de forma irresponsável.

Concentraram grande quantidade de armas nucleares e meios de transporte ao redor da Coreia e intensificaram os exercícios de guerra de forma desenfreada. Calculavam que, como outros países, nos acovardaríamos diante da ameaça nuclear e levantaríamos as mãos pedindo diálogo.

A política de provocação de guerra nuclear dos EUA, nascida de sua ignorância sobre nosso país e da ganância extrema por esmagar nossa República, acabou gerando um resultado surpreendente: a Coreia Socialista emergiu no cenário internacional como um novo Estado detentor de armas nucleares no Oriente.

Após a Guerra da Coreia nos anos 1950, os EUA provaram novamente o amargo sabor da derrota em uma guerra sem tiros contra nosso Estado que durou décadas, sofrendo apenas humilhações diante do mundo. Em vez de tirar lições disso, intensificaram ainda mais seus exercícios de guerra nuclear. Com arrogância, chegaram a espalhar rumores sobre o “colapso” de nosso sistema, e intensificaram freneticamente suas manobras para esmagar nossa República.

Em 2010, ao divulgar o chamado “Relatório de Revisão da Postura Nuclear”, declararam abertamente que a RPDC estava excluída da política de não uso de armas nucleares. Isso expôs sem rodeios que a política dos EUA de ameaçar com ataques nucleares preventivos contra nosso Estado não havia mudado em nada.

Os EUA passaram a realizar incessantes exercícios de ataque nuclear contra áreas centrais de nosso território.

O objetivo era claro: finalmente colocar em prática os planos de ataque nuclear contra nós, há muito acalentados na história.

Há alguns anos, chegaram a realizar manobras militares conjuntas baseadas em um roteiro de guerra extremamente provocador e imprudente, que previa avançar de Kaesong até Pyongyang. Além disso, em nome de “treinamentos conjuntos” — como exercícios aéreos combinados, manobras com grupos de ataque de porta-aviões e exercícios navais conjuntos — realizavam diariamente movimentações belicistas que inflamavam a febre de agressão contra nossa República.

Chegaram até a proferir a absurda ameaça de “fim do regime”, e anunciaram a chamada “Declaração de Washington”, que contempla a criação de um “Grupo Consultivo Nuclear”, a implantação regular e contínua de ativos estratégicos como submarinos nucleares estratégicos, e o aumento de manobras militares conjuntas — tudo isso com o objetivo malicioso de avançar para a fase prática dos preparativos de uma guerra nuclear contra nossa República.

Ainda hoje, os EUA seguem repetindo sua política hostil contra a RPDC, mobilizando ativos estratégicos de forma praticamente permanente na região da Península Coreana. Ignoram nossas preocupações de segurança e cometem provocação atrás de provocação, agravando a situação.

A ambição dos EUA de invadir a Coreia não mudou em nada — nem no passado, nem agora.

Os exercícios de guerra de agressão iniciados no pós-guerra sob o nome de “Focus Lens” vêm sendo conduzidos ininterruptamente ao longo dos séculos e décadas com diferentes denominações, como “Ulji Focus Lens”, “Ulji Freedom Guardian”, “Ulji Freedom Shield”, “Focus Retina”, “Freedom Bolt”, “Team Spirit”, “Exercício Conjunto de Reforço em Tempo de Guerra”, “Key Resolve”, “Foal Eagle” e “Freedom Shield”.

Roteiros de guerra com conteúdos agressivos e provocativos como “operação de decapitação”, “ataques cirúrgicos” e “ocupação de Pyongyang” — incluindo os chamados “Plano Operacional 5027” e “Plano Operacional 5030” — continuam sendo revisados e complementados, e uma série de manobras perigosas são realizadas de forma frenética com o objetivo de dominá-los na prática.

O que a história passada e a realidade presente indicam é claro: a instabilidade da situação na Península Coreana não pode ser facilmente resolvida enquanto persistir a política de agressão dos EUA contra a RPDC, que é a sua causa fundamental.

Além disso, se ficarmos complacentes com os êxitos já alcançados no fortalecimento da defesa nacional e relaxarmos mesmo que momentaneamente, o ambiente de segurança poderá tornar-se perigoso, e nosso Estado e nosso povo poderão se ver diante de uma situação ameaçadora.

Um país com forças frágeis inevitavelmente será pisoteado pela tirania e não escapará dos horrores da guerra. A realidade de certos países que, por causa de sua fraqueza, se tornaram alvos de agressão e sofreram brutais humilhações comprova essa verdade.

Devemos continuar a nos fortalecer — cada vez mais.

Somente ao reforçar ininterruptamente nosso poder, sem o menor retrocesso ou estagnação, e ao estabelecer uma força de defesa nacional suprema capaz de esmagar o inimigo, seremos capazes de defender a paz e garantir segurança e desenvolvimento duradouros.

Essa é uma verdade absoluta e inalterável que nosso povo aprendeu profundamente por meio da Guerra da Coreia e das décadas de confronto com os imperialistas estadunidenses que se seguiram.

Ri Hak Nam

O mundo ocidental turbulento pela discórdia

Estão surgindo novamente discordâncias dentro da OTAN e da União Europeia em torno de questões como o aumento dos gastos militares, as sanções contra a Rússia e a adesão da Ucrânia à União Europeia.

Atualmente, a União Europeia está tentando adotar o 18º pacote de sanções contra a Rússia desde o início da crise ucraniana, ao mesmo tempo em que tenta apressar a adesão da Ucrânia ao bloco.

Em 10 de junho, apresentou um pacote de sanções contra a Rússia que incluía a redução do teto de importação de petróleo russo e a inclusão de petroleiros e bancos russos na lista de sanções, mas enfrentou a oposição da Eslováquia e da Hungria.

A Eslováquia e a Hungria, insatisfeitas com a proposta recente da União Europeia de proibir completamente as importações de energia da Rússia, ameaçaram vetar a votação do novo pacote de sanções.

O primeiro-ministro eslovaco alegou que, caso rescindam unilateralmente o contrato de importação de gás de longo prazo já firmado com a Rússia, estarão sujeitos a um processo judicial no valor de 1 bilhão de euros, e que, sem uma solução para esse problema, não poderiam aprovar o pacote de sanções. Ele já vinha argumentando que interromper a importação de gás, petróleo e combustível nuclear da Rússia seria um ato de suicídio econômico.

A questão da adesão da Ucrânia à União Europeia também enfrenta as mesmas dificuldades.

A Hungria manifestou oposição às negociações para a adesão da Ucrânia ao bloco, alegando que, segundo um referendo realizado em seu país, 95% da população se opôs à entrada da Ucrânia. Caso a Hungria mantenha sua oposição até o fim, a adesão da Ucrânia à União Europeia se tornará impossível.

Enquanto isso, a decisão tomada recentemente na reunião de cúpula da OTAN realizada na Holanda — de aumentar os gastos militares dos países membros para 5% do PIB até 2035 — também está gerando controvérsias.

A imprensa observou que essa decisão representará um grande fardo para os países europeus que já estão enfrentando dificuldades financeiras, e avaliou que a imposição arbitrária dos EUA para que a OTAN aumente os gastos militares, bem como a aceitação passiva disso pela cúpula da OTAN, provocarão ainda mais divergências e atritos dentro da organização.

De fato, isso já está acontecendo. A Espanha se opõe veementemente à medida de aumento dos gastos militares da OTAN. Em uma carta enviada ao secretário-geral da OTAN, o primeiro-ministro espanhol rejeitou a exigência da organização, chamando-a de contraditória, injusta e ineficaz, e declarou que manterá os gastos militares em 2,1% do PIB. Também criticou a ameaça de sanções por parte dos EUA como “injusta e unilateral”.

Após o início da crise na Ucrânia, os países europeus despejaram grandes somas de dinheiro e armamentos no país, determinados a impor uma derrota à Rússia. Reduziram as importações de energia russa e passaram a importar energia dos Estados Unidos. No entanto, o resultado foi uma grave escassez energética, aumento dos preços e outras dificuldades econômicas. Além disso, muitos países que entregaram armas à Ucrânia agora são obrigados a comprar armamentos caros dos EUA para reabastecer seus estoques. A resistência de alguns países é algo natural.

Mesmo assim, a OTAN e a União Europeia continuam obcecadas com o aumento imprudente dos gastos militares e com as sanções contra a Rússia, dizendo que vão impor uma derrota estratégica ao país. Como disse o porta-voz da presidência russa, estão retratando a Rússia como “a encarnação do mal” e avançando “por um caminho de militarização desatinada”.

Mas o desfecho é evidente. As discordâncias que estão ressoando por toda parte são um prenúncio disso.

Ho Yong Min

Rodong Sinmun

Consciência revolucionária

Explicação de terminologias políticas

A consciência revolucionária é a atitude de se opor a tudo o que é velho, criar algo novo e lutar até o fim pela vitória das causas socialista e comunista. 

A luta revolucionária para realizar a soberania do povo é um processo intenso de luta de classes e uma dura luta para superar os obstáculos que surgem. Se não se compreender corretamente a legitimidade da luta revolucionária, surgirão indivíduos com crenças frágeis dentro das fileiras revolucionárias, o que acabará levando ao fracasso da revolução. O sangue das pessoas é herdado, mas a consciência revolucionária jamais é herdada. Não existe revolucionário perfeito, e ninguém pode viver uma vida brilhante como verdadeiro revolucionário sem se cultivar e se disciplinar revolucionariamente.

Com o surgimento das novas gerações, as forças hostis que tentam paralisar a consciência revolucionária e de classe do nosso povo estão se tornando mais agressivas. Se a consciência revolucionária for paralisada, não será possível cumprir o dever como revolucionário, defender e preservar o socialismo ao nosso estilo, nem proteger as conquistas da revolução até o fim.

A consciência revolucionária não é algo com que uma pessoa nasce, nem surge ou aumenta automaticamente. Ela só se forma e se fortalece por meio de educação ideológica constante, vida organizacional e luta prática. O conteúdo principal da consciência revolucionária inclui a lealdade incondicional ao líder, o espírito de luta intransigente contra os imperialistas e todos os inimigos de classe, o orgulho e a autoconfiança revolucionária, a firme crença na vitória da revolução, e a forte vontade de lutar até o fim, mantendo os princípios revolucionários e a integridade revolucionária, mesmo em face de dificuldades.

Todos os membros da sociedade devem estar conscientes de que, ao se cultivarem e se disciplinarem ideologicamente, podem se preparar para se tornar verdadeiros revolucionários comunistas. Portanto, devem se empenhar ativamente em se fortalecer com a ideia revolucionária do nosso Partido e com uma consciência revolucionária inabalável.

Rodong Sinmun

A justa causa do povo palestino

Nosso país celebra a “Semana de Apoio à Luta do Povo Palestino” de 15 a 21 de maio todos os anos.

Durante essa semana, diversas atividades são realizadas para expressar o apoio e a solidariedade do nosso povo à justa causa do povo palestino. Nesta ocasião, o povo coreano envia suas saudações combativas ao povo e aos combatentes da resistência da Palestina.

O grande Líder camarada Kim Il Sung disse:

“O povo palestino, engenhoso e corajoso, com uma longa história e tradições culturais, tem travado uma luta ousada contra os ocupantes desde que sua amada pátria foi tomada pelos agressores.”

Desde o início da revolução, o povo palestino tem sustentado uma vigorosa luta de resistência pela salvação nacional contra os sionistas israelenses e os imperialistas que os instigam, superando inúmeras dificuldades. Eles combinaram várias formas de luta com a luta armada e desferiram golpes significativos contra os inimigos.

A resistência nacional pela salvação do povo palestino é uma sagrada luta de libertação para recuperar seu país perdido, a independência nacional e a dignidade; é também uma luta justa para garantir uma paz duradoura e a segurança no Oriente Médio.

Pela sua justeza, a luta do povo palestino conta com o apoio e o encorajamento ativo dos povos progressistas do mundo. Com o passar dos dias, mais e mais países e organizações internacionais reconhecem a Organização para a Libertação da Palestina como representante legítima do povo palestino, e seu prestígio internacional também tem aumentado.

Para que a questão palestina seja resolvida de forma justa, os agressores israelenses devem se retirar dos territórios árabes que ocuparam, e os direitos nacionais do povo palestino, incluindo o direito de fundar um Estado independente, devem ser assegurados.

Apesar disso, os imperialistas estadunidenses e os agressores israelenses fazem esforços desesperados para reprimir e esmagar a luta do povo palestino, impedindo uma solução justa da questão palestina. Os imperialistas estadunidenses entregaram aos agressores israelenses enormes quantidades de equipamento militar, incluindo armas de destruição em massa, e protegem e incentivam com zelo suas barbaridades criminosas. Em julho passado, os agressores israelenses invadiram o sul do Líbano e massacraram palestinos sob instigação dos imperialistas estadunidenses. Mas, com nenhuma invasão de bandidos ou massacre brutal, os agressores conseguiram eliminar as forças de resistência palestinas.

O povo palestino, sob a liderança da OLP, está firmemente decidido a continuar lutando até conquistar a vitória final em sua causa, unindo suas forças e mantendo bem alto a bandeira de luta.

O povo coreano expressa firme solidariedade à justa luta do povo palestino. A amizade combativa e a solidariedade entre os dois povos foram estabelecidas e continuam sendo fortalecidas e desenvolvidas a cada dia, na luta comum contra o imperialismo, o colonialismo e o racismo, e em prol da independência e soberania nacionais.

Assim como no passado, também no futuro, o povo coreano fará tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar e incentivar a sagrada luta de libertação do povo palestino.

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, página 80

Panmunjom


A Coreia é uma

Há uma vila chamada Panmunjom na parte central da Coreia. Esta pequena vila, cercada por colinas baixas, está localizada a 12 quilômetros ao sul de Kaesong. No passado, a estrada neste local era ladeada por estalagens, onde os viajantes que se deslocavam entre o norte e o sul paravam para descansar ou passar a noite.

Hoje, esta pequena vila é conhecida em todo o mundo, pois foi o local onde os imperialistas estadunidenses, que iniciaram uma guerra de agressão na Coreia, se ajoelharam perante o povo coreano e assinaram o Acordo de Armistício, e onde são repreendidos por suas atividades criminosas para manter a Coreia dividida em duas para sempre e desencadear outra guerra coreana.

Os imperialistas estadunidenses ocuparam o sul da Coreia para substituir os imperialistas japoneses derrotados na Segunda Guerra Mundial e dividiram a Coreia. Eles fizeram esforços frenéticos para se preparar para a guerra, a fim de desencadeá-la em junho de 1950 para engolir também a nossa República. Mas encontraram a resistência heroica do povo coreano e foram obrigados a se ajoelhar em julho de 1953.

Em Panmunjom há uma casa onde o Acordo de Armistício foi assinado. É um grande edifício com uma área de cerca de 1.000 metros quadrados. Os agressores imperialistas estadunidenses inicialmente propuseram não construir a casa, mas montar uma tenda no local das negociações para a assinatura do documento. Eles se opuseram fortemente à construção da casa, numa tentativa de ocultar sua derrota na guerra da Coreia a todo custo dos olhos do mundo; temiam que o edifício histórico onde assinaram o Acordo de Armistício permanecesse para sempre. Mas a casa foi construída graças à nossa luta obstinada. Um grande edifício ao estilo coreano surgiu em cinco dias na vasta e deserta planície de Panmunjom.

No local da assinatura há um edifício onde as negociações do cessar-fogo foram realizadas com os agresssores imperialistas estadunidenses por dois anos e um mês. As mesas e cadeiras usadas durante as negociações estão preservadas nele. Os dois edifícios ainda existem, como se contassem a vitória do povo coreano e a história de sua luta heroica.

O grande Líder camarada Kim Il Sung disse:

“Transformando a Coreia do Sul em sua colônia e base militar e levando a sociedade sul-coreana à ruína, os imperialistas estadunidenses estão constantemente ameaçando a paz na Coreia ao agravar a tensão. Eles estão impedindo a reunificação do nosso país ao recorrer a todos os tipos de esquemas sinistros.”

Por Panmunjom passa o rio Sachon, que faz parte da Linha de Demarcação Militar. Na ponte pode-se ver claramente as realidades contrastantes entre o norte e o sul.

Casas de fazenda modernas ficam aconchegantes ao norte do rio. Em escolas organizadas, crianças leem com vozes claras e cantam alegremente e vigorosamente. Campos de arroz do nosso lado se estendem até a foz do rio Han. É literalmente um paraíso do povo, cheio de nova vida e felicidade. Mas, ao sul da Linha de Demarcação Militar, estendem-se vastas áreas desabitadas, onde apenas pássaros selvagens cantam. Os agresssores imperialistas estadunidenses estão entrincheirados ali, afiando suas espadas ensanguentadas. Não conseguimos conter nosso ódio e fúria crescentes contra esses agresssores, que dividiram a Coreia em dois e transformaram sua metade sul em uma terra estéril, uma terra de sofrimento.

Em Panmunjom há uma área oval chamada Área de Segurança Conjunta. Nessa área ficam as salas de reunião da Comissão Militar do Armistício e da Comissão de Supervisão das Nações Neutras, além dos anexos de ambos os lados.

A Linha de Demarcação Militar cobre uma distância de 550 ri desde a foz do rio Han até Pooejin-ri, no condado de Kosong, Província de Kwangwon. Ela passa pelo centro de muitos edifícios em Panmunjom. Para ser mais exato, a linha do microfone, que atravessa exatamente o meio da mesa colocada no centro da sala de reuniões da Comissão Militar do Armistício, forma a Linha de Demarcação Militar.

O povo coreano é um povo homogêneo com uma longa história de 5.000 anos. No passado, vivia harmoniosamente em um mesmo território. Mas atualmente a Coreia está dividida em norte e sul pelos agresssores imperialistas estadunidenses.

Por isso, expomos aqui em Panmunjom os agressores, responsáveis pelas tragédias do povo coreano, a fim de amaldiçoá-los com profundo desprezo e condená-los com rigor.

Kim Ryong Sun

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, páginas 66 e 67

Linha de Demarcação Militar

A atual Linha de Demarcação Militar na Coreia é um limite fixado para fins militares, de acordo com o Acordo de Armistício Coreano concluído em 27 de julho de 1953.

A LDM tem 550 ri de comprimento, começando da foz do rio Han até Pogejin-ri, ao sul da Altura 351. É indicada por 1.292 marcadores da Linha de Demarcação Militar, que estão posicionados em intervalos de dois quilômetros.

A LDM passa pelo centro da Zona Desmilitarizada, que tem dois quilômetros de largura em ambos os lados da linha.

A LDM não é uma fronteira nacional. No entanto, impede que os coreanos do norte e do sul se visitem ou tenham notícias uns dos outros. Eles nem sequer conseguem saber como estão suas famílias e parentes espalhados pelas duas partes do país.

Os imperialistas estadunidenses, que ocupam o sul da Coreia permanecem entrincheirados lá há quase 40 anos, e transformaram essa LDM em uma barreira que divide nosso povo, e uma linha que separa o território coreano em norte e sul. Eles concentraram enormes forças armadas e uma grande quantidade de material e construíram instalações militares ao longo da LDM. E perpetram provocações armadas contra a metade norte da nossa República quase todos os dias.

Nos últimos anos, os imperialistas estadunidenses fizeram os títeres sul-coreanos construírem um grande muro de concreto reforçado ao longo da LDM. Ele tem cinco metros de altura e dez metros de largura na base. 

Por mais desesperadamente que os imperialistas estadunidenses tentem manter nosso país dividido e fazer da Coreia do Sul sua colônia permanente, eles não conseguirão frustrar o desejo do nosso povo de viver junto em um só território. Hoje, todo o povo do norte e do sul da Coreia está lutando dinamicamente para derrubar a LDM, a barreira artificial da divisão nacional, e promover uma Coreia unificada.

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, página 87

Realizada Sétima Conferência de Cúpula dos Países Não Alinhados

A Sétima Conferência de Cúpula dos Países Não Alinhados foi realizada em Nova Délhi, capital da Índia, de 7 a 12 de março, em circunstâncias históricas nas quais a luta revolucionária dos povos do mundo pela independência contra o imperialismo está se intensificando, tornando-se mais urgente do que nunca o desenvolvimento do movimento dos não alinhados.

Participaram delegações de 99 países-membro do Movimento dos Países Não Alinhados, incluindo delegações de mais de 60 países lideradas por seus chefes de Estado ou de governo; observadores de 18 países e de organizações internacionais e nacionais; convidados de 26 países e organizações internacionais.

O vice-presidente Pak Sung Chul, chefe da delegação da República Popular Democrática da Coreia, discursou na ocasião.

O chefe de nossa delegação, por autorização, transmitiu calorosas felicitações e cordiais saudações de amizade do grande Líder camarada Kim Il Sung à conferência e aos seus participantes.

Os participantes da conferência expressaram seu imenso respeito e admiração pelo grande Líder camarada Kim Il Sung com entusiásticos aplausos.

Chefes de delegações e delegados de muitos países discursaram na conferência.

A Cúpula de Nova Délhi discutiu diversas questões que exigem solução internacional urgente no momento atual e adotou uma declaração final e muitos outros documentos. Os problemas discutidos foram o papel do MPNA e o fortalecimento da política de não alinhamento; a situação política internacional e o fortalecimento da solidariedade entre os países não alinhados na execução de suas políticas e decisões; o relaxamento das tensões intercoreanas; a posição dos países em desenvolvimento nas relações econômicas internacionais; o fortalecimento do papel dos países não alinhados e de outros países em desenvolvimento na criação de uma nova ordem econômica internacional; a análise de planos, medidas e programas de ação para o fortalecimento da solidariedade e da cooperação socioeconômica entre os países não alinhados e outros países em desenvolvimento; o aumento do papel dos países não alinhados na preservação e consolidação da paz e da segurança mundiais; e outros problemas.

A conferência decidiu admitir Vanuatu, Colômbia, Bahamas e Barbados como membros do MPNA e aceitar Antígua e Barbuda como observador.

A conferência decidiu formar um novo Escritório Coordenador dos Países Não Alinhados, composto por 68 países, incluindo o nosso.

Também ficou acordado que a data e o local da Oitava Conferência de Cúpula dos Países Não Alinhados serão decididos na próxima conferência de ministros das Relações Exteriores.

A Sétima Cúpula demonstrou de forma convincente a força unida do MPNA, uma grande força revolucionária anti-imperialista de nossa era, e contribuiu significativamente para defender os princípios fundamentais e a natureza intrínseca do não alinhamento, bem como para fortalecer e desenvolver esse movimento.

A declaração final adotada pela conferência reafirmou seu apoio aos esforços do povo coreano para alcançar a reunificação independente e pacífica de seu país, de acordo com os três princípios da independência, reunificação pacífica e grande unidade nacional, estabelecidos na Declaração Conjunta Norte-Sul de 4 de julho de 1972, e exigiu a retirada de todas as tropas estrangeiras da Coreia do Sul.

A Sétima Cúpula demonstrou de forma convincente a força unida do MPNA, uma grande força revolucionária anti-imperialista de nossa era, e contribuiu significativamente para defender os princípios fundamentais e a natureza intrínseca do não alinhamento, bem como para fortalecer e desenvolver esse movimento.

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, páginas 52 e 53

A revolução popular da Guiné avança

A agricultura é feita por máquinas

Viagem ao redor do mundo

Visitamos a Guiné e, durante nossa estadia neste país, pudemos testemunhar os enérgicos esforços de seu povo cheio de confiança para impulsionar a revolução popular sob a bandeira do anti-imperialismo, da independência e do socialismo.

Na Praça do Palácio do Povo, no centro de Conacri, ergue-se a Torre dos Mártires de 22 de Novembro. Ela foi construída em homenagem aos soldados desconhecidos que tombaram na luta para defender o país dos invasores colonialistas portugueses.

Na torre estava inscrita a seguinte frase: “A revolução viverá. Os imperialistas encontrarão sua cova na Guiné.”

Embora curta, a inscrição impressiona fortemente, revelando a firme vontade do povo guineense de salvaguardar a independência do país a todo custo. No topo da torre havia estátuas de um soldado avançando com arma em punho, de uma mulher conclamando as massas à linha de frente e de rapazes vigorosos empunhando granadas de mão. Parecia que iriam avançar a qualquer momento, como prenunciava a inspiradora inscrição.

Quando estávamos deixando o local, nosso guia disse: “A Coreia derrotou o imperialismo estadunidense no Oriente, e nós vencemos os colonialistas. Lutaremos sempre juntos, na mesma trincheira contra o imperialismo.”

Acrescentou que, no presente, o Partido e o Governo da Guiné estavam construindo as bases humanas e materiais da revolução, por meio da profunda convicção do povo de que é o mestre da revolução, e da mobilização ativa da juventude, estudantes, soldados e mulheres para o trabalho produtivo.

Na Guiné, atribui-se grande importância à educação da juventude para a preparação e defesa da revolução. Esforços nacionais estão sendo feitos para formar quadros locais. A educação obrigatória no ensino médio está em vigor e bolsas de estudo são oferecidas a estudantes universitários. Quando visitamos a Universidade de Conacri, tivemos a oportunidade de assistir a uma cerimônia matinal. Havia um mastro de bandeira em um amplo espaço atrás do centro estudantil, e todos os estudantes da universidade estavam alinhados ao seu redor em forma de “L”. Ao comando, dois estudantes, um rapaz e uma moça, marcharam até o mastro. Ao apresentarem o comando, a bandeira nacional da Guiné começou a subir lentamente. Todos saudaram e observaram a bandeira com reverência. Assim que ela chegou ao topo, todos os estudantes foram conduzidos a gritar vigorosamente os seguintes slogans: “Estejamos prontos para a revolução”, “Abaixo o imperialismo!” e “Vida longa à liberdade e dignidade do povo!”

O reitor explicou que o hasteamento das bandeiras naquele dia, nos principais órgãos e empresas nacionais, simbolizava a liberdade, a independência e a dignidade de seu povo.

Em seguida, inspecionamos a universidade. As salas de aula e laboratórios estavam bem equipadas e, ali, os estudantes nos saudaram com os mesmos slogans que haviam gritado pela manhã.

Sala de prática da Universidade de Conacri

Ficamos bastante impressionados com o fato de que a universidade vinculava de forma estreita a teoria com a prática na educação. Ao concluir o programa de três anos, os estudantes vão para o campo e trabalham ali por um ano. Em seguida, prestam exames para ingressar no quarto ano. Durante o último ano, devem realizar treinamento especializado por 10 meses, além de alguns meses de serviço militar.

Além disso, os estudantes realizam treinamento prático no campo um dia por semana e, durante as férias, participam de atividades públicas, como explicar as políticas do Partido e combater o analfabetismo. Isso é eficaz para permitir que os estudantes façam uma preparação contínua para seu trabalho social após a graduação.

O último local que visitamos foi a sala de treinamento em eletricidade.

Após explicar os equipamentos e o conteúdo do treinamento, o instrutor disse: “Não há discriminação racial na ciência e tecnologia. O que importa são nossos esforços. Formaremos muitos técnicos e especialistas úteis e competentes em um curto período de tempo.”

Ao nos despedirmos, o reitor destacou que a exposição de livros, fotografias e artesanato da RPDC, realizada recentemente em sua universidade, havia sido uma excelente oportunidade para fortalecer o intercâmbio e a cooperação, e promover o entendimento mútuo entre os dois povos.

A Guiné dedica muitos esforços à construção de uma economia nacional independente. Pudemos testemunhar isso também na Companhia de Bauxita de Kindia e na Cooperativa Agropecuária do condado de Telekuri.

Quando visitamos a companhia de bauxita, escavadoras gigantes, tratores, caminhões pesados estavam em movimento, produzindo ruídos estrondosos.

Essa empresa é uma das maiores da Guiné em reservas e produção.

O gerente da empresa declarou: “A bauxita representa 98% da receita em moeda estrangeira da Guiné. Por isso a chamamos de ‘ouro vermelho’. Ela contribui ativamente para a construção de uma economia nacional autossuficiente.”

Na Cooperativa Agropecuária do Condado de Telekuri tivemos muitas impressões. Em particular, pudemos perceber o forte desejo do povo guineense de desenvolver rapidamente a agricultura — base da economia do país — por meio da criação de uma agricultura e pecuária modernas através da cooperativa, com base no desenvolvimento socialista do campo.

Camponeses aprendem a manusear máquinas agrícolas

Também visitamos o Instituto de Ciências Agrícolas na província de Kindia.

Um responsável do instituto nos levou a um campo experimental. Diversas variedades de arroz, milho e hortaliças cresciam vigorosamente em diferentes estágios. O responsável afirmou com orgulho que o instituto era um centro importante para solucionar os problemas agrícolas, especialmente o problema alimentar, não apenas para aquela região, mas também para toda a Guiné e, além disso, para os países da África Ocidental como um todo.

Acrescentou:

“Por meio dessas pesquisas, aumentaremos consideravelmente a produção por hectare de grãos e de todas as demais culturas. Estamos fortemente convencidos de que nós, na África, seremos capazes de resolver nosso problema alimentar.”

Ele falou sobre como o instituto havia sido criado e os sucessos alcançados nas pesquisas científicas desde sua fundação. Enfatizou que, para eternizar os cuidados do grande Líder camarada Kim Il Sung, o povo guineense havia dado seu nome ao instituto.

“O povo guineense jamais esquecerá a calorosa solicitude do grande líder do povo coreano, o Presidente Kim Il Sung, e a dedicada cooperação dos camaradas coreanos. E nosso povo sempre dará firme apoio e encorajamento ao povo coreano em sua justa causa revolucionária, que inclui a reunificação nacional.”

Essas palavras nos convenceram de que a amizade e a solidariedade entre os povos coreano e guineense se fortalecerão e se desenvolverão no futuro.

Han Bong Chan

Revista "Korea Today", volume 6, 1983, páginas 78, 79 e 80