quarta-feira, 2 de julho de 2025

Kim Jin

Nascido em 26 de novembro de 1912, em uma família de trabalhadores pobres, teve uma juventude difícil sob o domínio colonial do imperialismo japonês na Coreia, tendo que aventurar-se por terras estrangeiras.

Desde jovem, nutria um sentimento patriótico e o desejo de lutar pela recuperação da pátria e pela construção de uma nova Coreia. Por isso, seguiu o caminho da revolução, escrevendo uma brilhante história de lealdade ao líder, devoção à causa e autossacrifício pela pátria, pelos companheiros de armas e pela revolução.

Após se juntar, ainda jovem, ao Exército Revolucionário Popular da Coreia, em Badaohezi, no condado de Ningan, durante a segunda expedição do ERPC ao norte da Manchúria, participou de várias operações militares importantes, demonstrando firme determinação e coragem.

Tendo estudado apenas por um curto período em uma escola da aldeia onde se alistou, pôde continuar seus estudos com a ajuda de camaradas de armas durante os momentos de descanso, aprendendo a ler e escrever perfeitamente.

Em 23 de agosto de 1939, durante a Batalha de Dashahe, no condado de Antu, quando as tropas do ERPC enfrentavam uma situação difícil cercadas pelo inimigo, sacrificou-se voluntariamente ao cobrir com seu corpo a casamata inimiga, permitindo o avanço dos combatentes.

Por seu sacrifício pela pátria e pela revolução, bem como pelas futuras gerações que veriam uma Coreia livre, seu nome foi gravado com destaque na história da revolução coreana como modelo de patriota, sendo o primeiro herói “bomba-humana” da história das guerras — muito antes do soviético Aleksandr Matrosov.

Posteriormente, muitos combatentes repetiram seu ato durante batalhas renhidas contra os inimigos, como o camarada Ri Su Bok, herói da Guerra de Libertação da Pátria (1950–1953).

Embora sua vida física tenha se encerrado cedo, aos 26 anos, sua alma permanece viva na história sagrada da revolução coreana como exemplo de combatente revolucionário antijaponês.

A ambição do imperialismo estadunidense de invadir a Coreia nunca muda

Desde que cessaram os disparos da guerra imposta pelos imperialistas estadunidenses nesta terra, muitas décadas se passaram. De fato, muita coisa mudou — as gerações se sucederam e até as paisagens se transformaram.

Nossa República, que teve de enfrentar com forças modestas uma guerra feroz e brutal contra a aliança imperialista liderada pelos imperialistas estadunidenses, que se vangloriavam de ser a “maior potência do mundo”, hoje se ergue como uma potência militar que ninguém ousa desafiar, como uma fortaleza socialista invencível.

A velocidade do avanço de nosso Estado, que tem firmemente em mãos a garantia da revitalização e da prosperidade, está cada vez mais acelerada. Neste momento, uma nova história reluzente de saltos diários está se desdobrando em nosso país.

O mundo também mudou. A configuração das forças e o equilíbrio de poder entre os Estados sofreram alterações. O surgimento de nosso Estado como uma potência nuclear alterou profundamente o panorama de forças na região do Leste Asiático, que agora ocupa o centro da estratégia global dos EUA. Surgiram grandes fissuras na estrutura de dominação do imperialismo. Mesmo com os inimigos da paz ameaçando incessantemente o ambiente de segurança mundial, a luta da humanidade por uma nova sociedade justa está se intensificando.

No entanto, há algo que não mudou nem um pouco: a ambição do imperialismo estadunidense de invadir a Coreia.

Desde o governo Truman, que provocou a Guerra da Coreia, os EUA têm recorrido aos métodos mais cruéis — reforço de pressões militares e diplomáticas por todos os lados, sanções econômicas persistentes e brutais — na tentativa maligna de concretizar sua ambição de invasão e estrangulamento de nosso Estado.

Desde meados do século XIX, os EUA cobiçam a Península Coreana, que ocupa uma posição estratégica como porta de entrada da Ásia, e, após o fim da Segunda Guerra Mundial, planejaram devorar nossa República como trampolim para penetrar no continente.

Na época, os formuladores de políticas dos Estados Unidos estavam unanimemente convencidos de que, para dominar o mundo, seria necessário conquistar a Ásia, e que, para isso, deveriam primeiro se apoderar da Coreia, situada em uma posição geoestratégica vital.

Os enviados especiais do presidente Truman que visitaram a Coreia afirmaram em seus relatórios ao governo: “A Coreia é o campo de batalha ideológico onde se decide se os EUA terão ou não sucesso na Ásia”, e “a independência da Coreia representa uma grave ameaça aos interesses globais dos EUA e, por isso, jamais deve ser permitida. A área de ocupação militar deve ser ampliada para toda a Península Coreana.”

Essas declarações deixam claro que, desde o início, os EUA planejavam ocupar militarmente nossa República com a intenção estratégica de usar toda a Península Coreana como base de apoio para sua hegemonia, e que a invasão e opressão eram o cerne de sua política hostil contra a Coreia.

A Guerra da Coreia foi, justamente, fruto dessa ambição invasora dos EUA. Os agressores estadunidenses, proclamando que tomariam nosso país pela força em curto prazo, iniciaram a guerra e mobilizaram um gigantesco contingente de mais de dois milhões de efetivos, incluindo um terço do Exército dos EUA, um quinto da Força Aérea, a maior parte da Frota do Pacífico e tropas de países seguidores, além de investirem mais de 20 bilhões de dólares em despesas militares.

Transformaram toda a Coreia em um mar de fogo. Nas áreas temporariamente ocupadas, cometeram massacres tão bárbaros que fariam até os fascistas hitleristas corarem. Bombardearam e destruíram tudo em nosso território com tamanha intensidade que a vida se tornou insustentável.

Desde o início da guerra, ao perceberem que não conseguiriam alcançar suas ambições invasoras, os EUA passaram a cogitar abertamente o uso de armas nucleares.

Em 30 de novembro de 1950, o presidente Truman ordenou diretamente que o Comando Aéreo Estratégico dos EUA se preparasse para lançar bombas atômicas. Logo depois, em dezembro do mesmo ano, o comandante das forças estadunidenses no Extremo Oriente, MacArthur, afirmou que formaria uma “faixa radioativa” no norte da Coreia, do Mar Leste ao Mar Oeste, e trouxe porta-aviões com armamento nuclear para as águas próximas a Inchon.

Além disso, os EUA planejaram espalhar plutônio, resíduos nucleares e outras substâncias radioativas em larga escala na região central da Península Coreana, e chegaram a realizar 65 testes de campo para esse fim até 1952.

Eisenhower, sucessor de Truman, aprovou a chamada “nova ofensiva”, que previa o uso de armamentos nucleares na frente coreana, e chegou a declarar abertamente: “Não hesitaremos em usar bombas atômicas.”

Apesar das investidas dos imperialistas estadunidenses, que chegaram a cogitar o uso de armas nucleares, não conseguiram realizar sua ambição suja. O mito da “força invencível” estadunidense, que dizia não conhecer a derrota, foi despedaçado diante do espírito indomável do heroico povo coreano, que ama ardentemente tudo o que é seu e não hesita em sacrificar a própria vida pela pátria.

Na Guerra da Coreia, que pode ser descrita como um confronto entre bombas atômicas e fuzis, os imperialistas estadunidenses sofreram uma derrota desastrosa e foram forçados a assinar o Acordo de Armistício empunhando bandeiras brancas.

A paz se estabeleceu na Península Coreana, mas não foi uma verdadeira paz. Os EUA jamais abandonaram sua ambição de invadir nossa República — pelo contrário, tornaram-se ainda mais frenéticos em sua tentativa de concretizá-la.

Empunhando inclusive armas nucleares, os EUA tentaram nos esmagar.

A partir do final dos anos 1950, começaram a introduzir em larga escala armas nucleares na República da Coreia e a realizar frenéticos exercícios de guerra nuclear contra nosso Estado. Em 1969, chegaram a elaborar um plano de emergência chamado “Freedom Drop”, que previa um ataque nuclear à nossa República e até mesmo as consequências de tal ataque.

Nos anos 1960 e 1970, sempre que ocorriam incidentes impactantes — como o caso do navio espião armado Pueblo, o incidente do avião espião de grande porte EC-121 ou o incidente de Panmunjom — os EUA mobilizavam grupos de ataque com porta-aviões nucleares, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos nucleares para nos ameaçar.

No entanto, o que o mundo presenciou foi o espetáculo humilhante de uma superpotência, que rugia como se fosse devorar-nos de imediato, sendo forçada a ajoelhar-se diante da temível disposição de retaliação da Coreia.

No século atual, a intensidade das ameaças e intimidações nucleares dos EUA contra a RPDC aumentou ainda mais. Os EUA passaram a expor descaradamente sua intenção de esmagar nossa República com armas nucleares. Proferiram abertamente declarações de que “não descartam o uso da força, se necessário”, incluíram nosso país em listas de alvos de ataques nucleares preventivos e agiram de forma irresponsável.

Concentraram grande quantidade de armas nucleares e meios de transporte ao redor da Coreia e intensificaram os exercícios de guerra de forma desenfreada. Calculavam que, como outros países, nos acovardaríamos diante da ameaça nuclear e levantaríamos as mãos pedindo diálogo.

A política de provocação de guerra nuclear dos EUA, nascida de sua ignorância sobre nosso país e da ganância extrema por esmagar nossa República, acabou gerando um resultado surpreendente: a Coreia Socialista emergiu no cenário internacional como um novo Estado detentor de armas nucleares no Oriente.

Após a Guerra da Coreia nos anos 1950, os EUA provaram novamente o amargo sabor da derrota em uma guerra sem tiros contra nosso Estado que durou décadas, sofrendo apenas humilhações diante do mundo. Em vez de tirar lições disso, intensificaram ainda mais seus exercícios de guerra nuclear. Com arrogância, chegaram a espalhar rumores sobre o “colapso” de nosso sistema, e intensificaram freneticamente suas manobras para esmagar nossa República.

Em 2010, ao divulgar o chamado “Relatório de Revisão da Postura Nuclear”, declararam abertamente que a RPDC estava excluída da política de não uso de armas nucleares. Isso expôs sem rodeios que a política dos EUA de ameaçar com ataques nucleares preventivos contra nosso Estado não havia mudado em nada.

Os EUA passaram a realizar incessantes exercícios de ataque nuclear contra áreas centrais de nosso território.

O objetivo era claro: finalmente colocar em prática os planos de ataque nuclear contra nós, há muito acalentados na história.

Há alguns anos, chegaram a realizar manobras militares conjuntas baseadas em um roteiro de guerra extremamente provocador e imprudente, que previa avançar de Kaesong até Pyongyang. Além disso, em nome de “treinamentos conjuntos” — como exercícios aéreos combinados, manobras com grupos de ataque de porta-aviões e exercícios navais conjuntos — realizavam diariamente movimentações belicistas que inflamavam a febre de agressão contra nossa República.

Chegaram até a proferir a absurda ameaça de “fim do regime”, e anunciaram a chamada “Declaração de Washington”, que contempla a criação de um “Grupo Consultivo Nuclear”, a implantação regular e contínua de ativos estratégicos como submarinos nucleares estratégicos, e o aumento de manobras militares conjuntas — tudo isso com o objetivo malicioso de avançar para a fase prática dos preparativos de uma guerra nuclear contra nossa República.

Ainda hoje, os EUA seguem repetindo sua política hostil contra a RPDC, mobilizando ativos estratégicos de forma praticamente permanente na região da Península Coreana. Ignoram nossas preocupações de segurança e cometem provocação atrás de provocação, agravando a situação.

A ambição dos EUA de invadir a Coreia não mudou em nada — nem no passado, nem agora.

Os exercícios de guerra de agressão iniciados no pós-guerra sob o nome de “Focus Lens” vêm sendo conduzidos ininterruptamente ao longo dos séculos e décadas com diferentes denominações, como “Ulji Focus Lens”, “Ulji Freedom Guardian”, “Ulji Freedom Shield”, “Focus Retina”, “Freedom Bolt”, “Team Spirit”, “Exercício Conjunto de Reforço em Tempo de Guerra”, “Key Resolve”, “Foal Eagle” e “Freedom Shield”.

Roteiros de guerra com conteúdos agressivos e provocativos como “operação de decapitação”, “ataques cirúrgicos” e “ocupação de Pyongyang” — incluindo os chamados “Plano Operacional 5027” e “Plano Operacional 5030” — continuam sendo revisados e complementados, e uma série de manobras perigosas são realizadas de forma frenética com o objetivo de dominá-los na prática.

O que a história passada e a realidade presente indicam é claro: a instabilidade da situação na Península Coreana não pode ser facilmente resolvida enquanto persistir a política de agressão dos EUA contra a RPDC, que é a sua causa fundamental.

Além disso, se ficarmos complacentes com os êxitos já alcançados no fortalecimento da defesa nacional e relaxarmos mesmo que momentaneamente, o ambiente de segurança poderá tornar-se perigoso, e nosso Estado e nosso povo poderão se ver diante de uma situação ameaçadora.

Um país com forças frágeis inevitavelmente será pisoteado pela tirania e não escapará dos horrores da guerra. A realidade de certos países que, por causa de sua fraqueza, se tornaram alvos de agressão e sofreram brutais humilhações comprova essa verdade.

Devemos continuar a nos fortalecer — cada vez mais.

Somente ao reforçar ininterruptamente nosso poder, sem o menor retrocesso ou estagnação, e ao estabelecer uma força de defesa nacional suprema capaz de esmagar o inimigo, seremos capazes de defender a paz e garantir segurança e desenvolvimento duradouros.

Essa é uma verdade absoluta e inalterável que nosso povo aprendeu profundamente por meio da Guerra da Coreia e das décadas de confronto com os imperialistas estadunidenses que se seguiram.

Ri Hak Nam

O mundo ocidental turbulento pela discórdia

Estão surgindo novamente discordâncias dentro da OTAN e da União Europeia em torno de questões como o aumento dos gastos militares, as sanções contra a Rússia e a adesão da Ucrânia à União Europeia.

Atualmente, a União Europeia está tentando adotar o 18º pacote de sanções contra a Rússia desde o início da crise ucraniana, ao mesmo tempo em que tenta apressar a adesão da Ucrânia ao bloco.

Em 10 de junho, apresentou um pacote de sanções contra a Rússia que incluía a redução do teto de importação de petróleo russo e a inclusão de petroleiros e bancos russos na lista de sanções, mas enfrentou a oposição da Eslováquia e da Hungria.

A Eslováquia e a Hungria, insatisfeitas com a proposta recente da União Europeia de proibir completamente as importações de energia da Rússia, ameaçaram vetar a votação do novo pacote de sanções.

O primeiro-ministro eslovaco alegou que, caso rescindam unilateralmente o contrato de importação de gás de longo prazo já firmado com a Rússia, estarão sujeitos a um processo judicial no valor de 1 bilhão de euros, e que, sem uma solução para esse problema, não poderiam aprovar o pacote de sanções. Ele já vinha argumentando que interromper a importação de gás, petróleo e combustível nuclear da Rússia seria um ato de suicídio econômico.

A questão da adesão da Ucrânia à União Europeia também enfrenta as mesmas dificuldades.

A Hungria manifestou oposição às negociações para a adesão da Ucrânia ao bloco, alegando que, segundo um referendo realizado em seu país, 95% da população se opôs à entrada da Ucrânia. Caso a Hungria mantenha sua oposição até o fim, a adesão da Ucrânia à União Europeia se tornará impossível.

Enquanto isso, a decisão tomada recentemente na reunião de cúpula da OTAN realizada na Holanda — de aumentar os gastos militares dos países membros para 5% do PIB até 2035 — também está gerando controvérsias.

A imprensa observou que essa decisão representará um grande fardo para os países europeus que já estão enfrentando dificuldades financeiras, e avaliou que a imposição arbitrária dos EUA para que a OTAN aumente os gastos militares, bem como a aceitação passiva disso pela cúpula da OTAN, provocarão ainda mais divergências e atritos dentro da organização.

De fato, isso já está acontecendo. A Espanha se opõe veementemente à medida de aumento dos gastos militares da OTAN. Em uma carta enviada ao secretário-geral da OTAN, o primeiro-ministro espanhol rejeitou a exigência da organização, chamando-a de contraditória, injusta e ineficaz, e declarou que manterá os gastos militares em 2,1% do PIB. Também criticou a ameaça de sanções por parte dos EUA como “injusta e unilateral”.

Após o início da crise na Ucrânia, os países europeus despejaram grandes somas de dinheiro e armamentos no país, determinados a impor uma derrota à Rússia. Reduziram as importações de energia russa e passaram a importar energia dos Estados Unidos. No entanto, o resultado foi uma grave escassez energética, aumento dos preços e outras dificuldades econômicas. Além disso, muitos países que entregaram armas à Ucrânia agora são obrigados a comprar armamentos caros dos EUA para reabastecer seus estoques. A resistência de alguns países é algo natural.

Mesmo assim, a OTAN e a União Europeia continuam obcecadas com o aumento imprudente dos gastos militares e com as sanções contra a Rússia, dizendo que vão impor uma derrota estratégica ao país. Como disse o porta-voz da presidência russa, estão retratando a Rússia como “a encarnação do mal” e avançando “por um caminho de militarização desatinada”.

Mas o desfecho é evidente. As discordâncias que estão ressoando por toda parte são um prenúncio disso.

Ho Yong Min

Rodong Sinmun

Consciência revolucionária

Explicação de terminologias políticas

A consciência revolucionária é a atitude de se opor a tudo o que é velho, criar algo novo e lutar até o fim pela vitória das causas socialista e comunista. 

A luta revolucionária para realizar a soberania do povo é um processo intenso de luta de classes e uma dura luta para superar os obstáculos que surgem. Se não se compreender corretamente a legitimidade da luta revolucionária, surgirão indivíduos com crenças frágeis dentro das fileiras revolucionárias, o que acabará levando ao fracasso da revolução. O sangue das pessoas é herdado, mas a consciência revolucionária jamais é herdada. Não existe revolucionário perfeito, e ninguém pode viver uma vida brilhante como verdadeiro revolucionário sem se cultivar e se disciplinar revolucionariamente.

Com o surgimento das novas gerações, as forças hostis que tentam paralisar a consciência revolucionária e de classe do nosso povo estão se tornando mais agressivas. Se a consciência revolucionária for paralisada, não será possível cumprir o dever como revolucionário, defender e preservar o socialismo ao nosso estilo, nem proteger as conquistas da revolução até o fim.

A consciência revolucionária não é algo com que uma pessoa nasce, nem surge ou aumenta automaticamente. Ela só se forma e se fortalece por meio de educação ideológica constante, vida organizacional e luta prática. O conteúdo principal da consciência revolucionária inclui a lealdade incondicional ao líder, o espírito de luta intransigente contra os imperialistas e todos os inimigos de classe, o orgulho e a autoconfiança revolucionária, a firme crença na vitória da revolução, e a forte vontade de lutar até o fim, mantendo os princípios revolucionários e a integridade revolucionária, mesmo em face de dificuldades.

Todos os membros da sociedade devem estar conscientes de que, ao se cultivarem e se disciplinarem ideologicamente, podem se preparar para se tornar verdadeiros revolucionários comunistas. Portanto, devem se empenhar ativamente em se fortalecer com a ideia revolucionária do nosso Partido e com uma consciência revolucionária inabalável.

Rodong Sinmun

A justa causa do povo palestino

Nosso país celebra a “Semana de Apoio à Luta do Povo Palestino” de 15 a 21 de maio todos os anos.

Durante essa semana, diversas atividades são realizadas para expressar o apoio e a solidariedade do nosso povo à justa causa do povo palestino. Nesta ocasião, o povo coreano envia suas saudações combativas ao povo e aos combatentes da resistência da Palestina.

O grande Líder camarada Kim Il Sung disse:

“O povo palestino, engenhoso e corajoso, com uma longa história e tradições culturais, tem travado uma luta ousada contra os ocupantes desde que sua amada pátria foi tomada pelos agressores.”

Desde o início da revolução, o povo palestino tem sustentado uma vigorosa luta de resistência pela salvação nacional contra os sionistas israelenses e os imperialistas que os instigam, superando inúmeras dificuldades. Eles combinaram várias formas de luta com a luta armada e desferiram golpes significativos contra os inimigos.

A resistência nacional pela salvação do povo palestino é uma sagrada luta de libertação para recuperar seu país perdido, a independência nacional e a dignidade; é também uma luta justa para garantir uma paz duradoura e a segurança no Oriente Médio.

Pela sua justeza, a luta do povo palestino conta com o apoio e o encorajamento ativo dos povos progressistas do mundo. Com o passar dos dias, mais e mais países e organizações internacionais reconhecem a Organização para a Libertação da Palestina como representante legítima do povo palestino, e seu prestígio internacional também tem aumentado.

Para que a questão palestina seja resolvida de forma justa, os agressores israelenses devem se retirar dos territórios árabes que ocuparam, e os direitos nacionais do povo palestino, incluindo o direito de fundar um Estado independente, devem ser assegurados.

Apesar disso, os imperialistas estadunidenses e os agressores israelenses fazem esforços desesperados para reprimir e esmagar a luta do povo palestino, impedindo uma solução justa da questão palestina. Os imperialistas estadunidenses entregaram aos agressores israelenses enormes quantidades de equipamento militar, incluindo armas de destruição em massa, e protegem e incentivam com zelo suas barbaridades criminosas. Em julho passado, os agressores israelenses invadiram o sul do Líbano e massacraram palestinos sob instigação dos imperialistas estadunidenses. Mas, com nenhuma invasão de bandidos ou massacre brutal, os agressores conseguiram eliminar as forças de resistência palestinas.

O povo palestino, sob a liderança da OLP, está firmemente decidido a continuar lutando até conquistar a vitória final em sua causa, unindo suas forças e mantendo bem alto a bandeira de luta.

O povo coreano expressa firme solidariedade à justa luta do povo palestino. A amizade combativa e a solidariedade entre os dois povos foram estabelecidas e continuam sendo fortalecidas e desenvolvidas a cada dia, na luta comum contra o imperialismo, o colonialismo e o racismo, e em prol da independência e soberania nacionais.

Assim como no passado, também no futuro, o povo coreano fará tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar e incentivar a sagrada luta de libertação do povo palestino.

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, página 80

Panmunjom


A Coreia é uma

Há uma vila chamada Panmunjom na parte central da Coreia. Esta pequena vila, cercada por colinas baixas, está localizada a 12 quilômetros ao sul de Kaesong. No passado, a estrada neste local era ladeada por estalagens, onde os viajantes que se deslocavam entre o norte e o sul paravam para descansar ou passar a noite.

Hoje, esta pequena vila é conhecida em todo o mundo, pois foi o local onde os imperialistas estadunidenses, que iniciaram uma guerra de agressão na Coreia, se ajoelharam perante o povo coreano e assinaram o Acordo de Armistício, e onde são repreendidos por suas atividades criminosas para manter a Coreia dividida em duas para sempre e desencadear outra guerra coreana.

Os imperialistas estadunidenses ocuparam o sul da Coreia para substituir os imperialistas japoneses derrotados na Segunda Guerra Mundial e dividiram a Coreia. Eles fizeram esforços frenéticos para se preparar para a guerra, a fim de desencadeá-la em junho de 1950 para engolir também a nossa República. Mas encontraram a resistência heroica do povo coreano e foram obrigados a se ajoelhar em julho de 1953.

Em Panmunjom há uma casa onde o Acordo de Armistício foi assinado. É um grande edifício com uma área de cerca de 1.000 metros quadrados. Os agressores imperialistas estadunidenses inicialmente propuseram não construir a casa, mas montar uma tenda no local das negociações para a assinatura do documento. Eles se opuseram fortemente à construção da casa, numa tentativa de ocultar sua derrota na guerra da Coreia a todo custo dos olhos do mundo; temiam que o edifício histórico onde assinaram o Acordo de Armistício permanecesse para sempre. Mas a casa foi construída graças à nossa luta obstinada. Um grande edifício ao estilo coreano surgiu em cinco dias na vasta e deserta planície de Panmunjom.

No local da assinatura há um edifício onde as negociações do cessar-fogo foram realizadas com os agresssores imperialistas estadunidenses por dois anos e um mês. As mesas e cadeiras usadas durante as negociações estão preservadas nele. Os dois edifícios ainda existem, como se contassem a vitória do povo coreano e a história de sua luta heroica.

O grande Líder camarada Kim Il Sung disse:

“Transformando a Coreia do Sul em sua colônia e base militar e levando a sociedade sul-coreana à ruína, os imperialistas estadunidenses estão constantemente ameaçando a paz na Coreia ao agravar a tensão. Eles estão impedindo a reunificação do nosso país ao recorrer a todos os tipos de esquemas sinistros.”

Por Panmunjom passa o rio Sachon, que faz parte da Linha de Demarcação Militar. Na ponte pode-se ver claramente as realidades contrastantes entre o norte e o sul.

Casas de fazenda modernas ficam aconchegantes ao norte do rio. Em escolas organizadas, crianças leem com vozes claras e cantam alegremente e vigorosamente. Campos de arroz do nosso lado se estendem até a foz do rio Han. É literalmente um paraíso do povo, cheio de nova vida e felicidade. Mas, ao sul da Linha de Demarcação Militar, estendem-se vastas áreas desabitadas, onde apenas pássaros selvagens cantam. Os agresssores imperialistas estadunidenses estão entrincheirados ali, afiando suas espadas ensanguentadas. Não conseguimos conter nosso ódio e fúria crescentes contra esses agresssores, que dividiram a Coreia em dois e transformaram sua metade sul em uma terra estéril, uma terra de sofrimento.

Em Panmunjom há uma área oval chamada Área de Segurança Conjunta. Nessa área ficam as salas de reunião da Comissão Militar do Armistício e da Comissão de Supervisão das Nações Neutras, além dos anexos de ambos os lados.

A Linha de Demarcação Militar cobre uma distância de 550 ri desde a foz do rio Han até Pooejin-ri, no condado de Kosong, Província de Kwangwon. Ela passa pelo centro de muitos edifícios em Panmunjom. Para ser mais exato, a linha do microfone, que atravessa exatamente o meio da mesa colocada no centro da sala de reuniões da Comissão Militar do Armistício, forma a Linha de Demarcação Militar.

O povo coreano é um povo homogêneo com uma longa história de 5.000 anos. No passado, vivia harmoniosamente em um mesmo território. Mas atualmente a Coreia está dividida em norte e sul pelos agresssores imperialistas estadunidenses.

Por isso, expomos aqui em Panmunjom os agressores, responsáveis pelas tragédias do povo coreano, a fim de amaldiçoá-los com profundo desprezo e condená-los com rigor.

Kim Ryong Sun

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, páginas 66 e 67

Linha de Demarcação Militar

A atual Linha de Demarcação Militar na Coreia é um limite fixado para fins militares, de acordo com o Acordo de Armistício Coreano concluído em 27 de julho de 1953.

A LDM tem 550 ri de comprimento, começando da foz do rio Han até Pogejin-ri, ao sul da Altura 351. É indicada por 1.292 marcadores da Linha de Demarcação Militar, que estão posicionados em intervalos de dois quilômetros.

A LDM passa pelo centro da Zona Desmilitarizada, que tem dois quilômetros de largura em ambos os lados da linha.

A LDM não é uma fronteira nacional. No entanto, impede que os coreanos do norte e do sul se visitem ou tenham notícias uns dos outros. Eles nem sequer conseguem saber como estão suas famílias e parentes espalhados pelas duas partes do país.

Os imperialistas estadunidenses, que ocupam o sul da Coreia permanecem entrincheirados lá há quase 40 anos, e transformaram essa LDM em uma barreira que divide nosso povo, e uma linha que separa o território coreano em norte e sul. Eles concentraram enormes forças armadas e uma grande quantidade de material e construíram instalações militares ao longo da LDM. E perpetram provocações armadas contra a metade norte da nossa República quase todos os dias.

Nos últimos anos, os imperialistas estadunidenses fizeram os títeres sul-coreanos construírem um grande muro de concreto reforçado ao longo da LDM. Ele tem cinco metros de altura e dez metros de largura na base. 

Por mais desesperadamente que os imperialistas estadunidenses tentem manter nosso país dividido e fazer da Coreia do Sul sua colônia permanente, eles não conseguirão frustrar o desejo do nosso povo de viver junto em um só território. Hoje, todo o povo do norte e do sul da Coreia está lutando dinamicamente para derrubar a LDM, a barreira artificial da divisão nacional, e promover uma Coreia unificada.

Revista "Korea Today", volume 5, 1983, página 87