Transcorreu o longo período de 70 anos desde o estalar da guerra nesta terra.
A Guerra Coreana, imposta pelos EUA, deixou em nosso povo uma ferida dolorosa e as grandiosas perdas humanas e materiais e segue até os dias atuais o sofrimento da divisão nacional em que os irmãos consanguíneos devem viver separados.
A nação coreana, que todavia sofre da ferida dolorosa da guerra, teve uma aspiração mais ardente de viver na terra pacífica sem guerra que outras nações e fez esforços ativos durante muito tempo para lográ-la, porém não viu o resultado merecido.
Isso se deve às garras negras da política hostil dos EUA contra a RPDC.
O Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da Republica Popular Democrática da Coreia publica no dia 25 de junho de Juche 109 (2020) este informe de estudo para denunciar a todo o mundo as verdadeiras facetas da Guerra Coreana provocada pelos EUA na década de 50 do século passado e revelar a natureza agressiva e saqueadora da política hostil estadunidense contra a RPDC, a qual segue acarretando a toda nação coreana as incontáveis desgraças e sofrimentos.
A Guerra Coreana é produto inevitável da política hostil dos EUA contra a RPDC.
A Guerra Coreana foi a agressiva e criminosa preparada e provocada pelos EUA com base em cálculo detalhado de esmagar militarmente a RPDC, assim como conquistar o mundo inteiro.
Os EUA inventa todavia milhares de dados fraudulentos para encobrir suas maquinações criminosas de provocação da Guerra Coreana, porém nunca poderá esconder nem apagar a verdade da história.
Desde centenas de anos, os EUA considerou como política estatal a agressão e dominação da Coreia, porta do continente asiático, e se dedicou freneticamente à política hostil contra a Coreia para a pôr em prática.
Em fevereiro de 1845, as autoridades estadunidenses apresentaram em seu Congresso o "Plano de Abertura da Coreia" e provocaram os incidentes sucessivos como a invasão do navio Sherman em 1866, as intrusões dos navios Shenandoah e China em 1868 e a invasão armada de grande dimensão em 1871.
Depois da assinatura do "Convênio Taft-Katsura" em 1905, os EUA instigou os japoneses à ocupação e dominação colonial sobre a Coreia manobrando sistematicamente para convertê-la em sua colônia no futuro e no final da Segunda Guerra Mundial, aperfeiçoou seu plano de conquista de nosso país.
O então comandante das tropas estadunidenses no Extremo Oriente, MacArthur, assinalou na carta dirigida ao senador estadunidense Joseph Martin em março de 1951 que "o futuro da Europa dependerá do triunfo ou da derrota na luta contra o comunismo na Ásia" e prosseguiu:
"Com a dominação de todo o território da Coreia poderemos destruir completamente a única linha de fornecimento que conecta a região da Sibéria da União Soviética e a região sul… e dominar todo o território entre Vladivostok e Singapura. Sendo assim, não haverá nenhuma zona que esteja fora de nosso controle." ("História Contemporânea dos EUA." de Herschel Meyer, página 148)
Em poucas palavras, os EUA considerou a Coreia como a "faca" que cortava a "carne" chamada Ásia.
A Guerra Coreana era também uma necessidade ansiosa para os consórcios monopolistas bélicos dos EUA que se haviam enriquecido com pilhas de ouro durante a Segunda Guerra Mundial.
A crise econômica iniciada nos EUA desde o final de 1948 se tornou mais grave entrando em 1949.
A produção industrial reduziu em 15% em relação ao ano anterior e os preços subiram repentinamente, assim como quebraram aproximadamente 4 600 empresas no primeiro semestre de 1949 devido à diminuição dos investimentos em máquinas e equipamentos, o número de desempregados aumentou, chegando a 6 milhões, e os ganhos dos monopolistas reduziram de 36,6 bilhões a 28,4 bilhões de dólares entre setembro de 1948 e março de 1949.
Com o estalar da guerra coreana, os meios de imprensa estadunidenses escreveram com letras maiúsculas que "a empresa chamada Coreia recuperou a economia" e "o estalar da Guerra Coreana fez esfumar o fantasma da depressão que molestava o comércio estadunidense depois da Segunda Guerra Mundial". Estes fatos nos faz entender bem que os EUA necessitava da guerra como "receita especial" para sair da crise econômica.
Assim, os EUA que perseguia a estratégia de domínio mundial elegeu a Coreia como "o único ponto de contato entre seu mecanismo militar e o território continental da Ásia", como "o pátio da guerra ideológica", como "o local de exame" de confrontação decisiva para seu domínio mundial e como a única saída da crise econômica no pós-guerra.
Podemos saber mais detalhadamente a verdadeira identidade agressiva dos EUA que dirigiu a preparação da Guerra Coreana através da elaboração do plano bélico.
Os EUA dividiu em 3 etapas seu plano bélico no Extremo Oriente; a primeira começaria com a Guerra Coreana (A), a segunda seria a ampliação da guerra à China (B) e a última seria a invasão à zona siberiana (C), com o início da operação previsto para 1949.
A revista japonesa "Dicionário das Pessoas " publicada em setembro de 1964 revelou na página 67 as palavras de um coronel do velho exército japonês que havia participado na conjura bélica:
"A operação seria realizada em 3 etapas. Na primeira etapa, se concentrariam no paralelo 38 as 10 divisões das tropas sul-coreanas e estadunidenses para formar 2 regiões operativas respectivamente nas partes leste e oeste da frente. E em seguida, a frente do oeste atacaria diretamente Pyongyang acompanhando a realização do desembarque das tropas na região setentrional da cidade sob o apoio das forças aéreas e navais. Na frente do leste, o flanco esquerdo ocuparia Yangdok para assegurar a comunicação entre Pyongyang e Wonsan e o direito atacaria diretamente Wonsan. Lá também se realizaria a operação de desembarque na parte norte de Wonsan. No fim, as duas frentes avançariam paralelamente até o rio Amnok passando pelas fronteiras sino-coreanas. Assim seria terminada a primeira etapa planificada detalhadamente com base nos dados do antigo exército japonês e se passaria à segunda, e logo, as tropas do Japão e da ONU apoiariam na ofensiva."
Depois do cálculo e preparação detalhados, os EUA desatou a guerra às 4:00 do dia 25 de junho de 1950 incitando o exército títere sul-coreano.
Em vésperas da guerra, Robert, chefe do corpo de assessores militares estadunidenses, tagarelou como segue: "Por que escolhemos o dia 25 de junho? Aqui está nosso propósito discreto. O dia 25 cai no domingo. Os EUA e a Coreia do Sul são Estados católicos e, portanto, este dia é o de descanso. Por isso, ninguém acreditaria que iniciamos a guerra no domingo. Em outras palavras, tudo isso serve para convencer as pessoas que não fomos nós que provocamos a guerra."
Depois de provocada a guerra, os EUA atuou com astúcia para ocultar sua verdadeira natureza de invasor.
Em 25 de junho, os EUA convocou a reunião do Conselho de Segurança da ONU e fabricou a "resolução" nº 82 que definiu a RPDC como "invasora".
Para o passo seguinte, em 7 de julho fez fabricar sucessivamente a "resolução" nº 84 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que "recomendava" submeter as forças armadas dos países aliados sob o "Comando Conjunto dirigido pelos EUA", "solicitar" a este a designação do comandante e "permitir" o uso da bandeira da ONU.
Desta maneira, nossa República foi qualificada como "provocadora" da guerra e a Guerra de Libertação da Pátria do povo coreano foi definida como "invasão", assim como "as forças da ONU" apareceram como a parte beligerante.
Incluso os ex-Secretários-Gerais da ONU reconheceram oficialmente que o "comando das tropas das Nações Unidas" não era o mecanismo da ONU mas o aparato bélico dos Estados Unidos.
Em junho de 1994, o então Secretário-Geral da ONU, Boutros Boutros Ghali, reconheceu que o "Comando Conjunto" não havia sido criado como mecanismo anexo sob o controle do Conselho de Segurança mas que havia sido submetido ao comando dos EUA. (Carta do Secretário-Geral da ONU enviada em 24 de junho de 1994 ao Ministro das Relações Exteriores da RPDC).
Em dezembro de 1998, o Secretário-Geral da ONU daquele tempo, Kofi Annan, apontou que acerca das forças militares enviadas pelos EUA à Guerra Coreana e seu Comando, que "nenhum de meus antecessores havia permitido a nenhum país a aplicação do nome da ONU." (Carta enviada pelo Secretário-Geral da ONU ao Presidente do Presídium da Assembleia Popular Suprema da RPDC em 21 de dezembro de 1998)
O porta-voz da ONU aclarou em 27 de julho de 2004 e em 6 de março de 2006, respectivamente, que "o Comando das tropas das Nações Unidas não era da ONU, era dirigido pelos EUA."
A ONU não tem o direito a designar o comandante das tropas das Nações Unidas, mas o tem o governo estadunidense e a redução ou aumento dos efetivos militares estadunidenses na Coreia do Sul, que puseram o capacete das "tropas das Nações Unidas", se decidem plenamente pelo governo estadunidense.
Apesar disso, em Panmunjon está exposta descaradamente a bandeira da ONU, o que constitui a vergonha da ONU.
Embora tenha terminado a enconada guerra com a vitória milagrosa do heroico povo coreano que contava com a direção do grande Líder, foram imensas as perdas humanas e materiais de nossa nação.
Não podemos escrever nesta edição limitada todos os atos criminosos de massacre cometidos pelo imperialismo estadunidense.
Os invasores ianques que penetraram no condado de Sinchon em outubro de 1950 assassinaram cruelmente durante mais de 50 dias de sua ocupação mais de 35 380 pessoas inocentes que correspondem a 25% da população do condado, jogando-as nos rios, disparando com fuzis, queimando-as vivas, desmembrando-as e destripando as mulheres grávidas, fato que demonstra que o imperialismo estadunidense é um lobo sedento de sangue, disfarçado de homem.
Segundo os dados oficiais, o imperialismo estadunidense assassinou mais de 1.23 milhão de pessoas na parte nortenha e mais de 1.24 milhão na parte sul durante a guerra coreana e buscou exterminar a nação coreana usando incluso as armas químicas e bacteriológicas.
A delegação de investigação da Federação Democrática Internacional das Mulheres, que visitou em 1951 o terreno dos delitos cometidos pelo imperialismo estadunidense, revelou que "os massacres e torturas dos invasores estadunidenses nas zonas ocupadas temporariamente eram mais salvagens que as cometidas pelos nazistas hitlerianos na Europa ocupada temporariamente."
Durante a guerra coreana, os EUA lançou no território da RPDC aproximadamente 600 mil toneladas de bombas convencionais e NAPALM, que chegam a ser 3.7 vezes mais que as lançadas no território japonês durante a Guerra do Pacífico, vociferando abertamente que "apagaria completamente as 78 cidades da Coreia do Norte do mapa" e que "converteria este país em local em que nada ficaria de pé."
Devido às barbaridades do imperialismo ianque , foram destruídos 50 941 fábricas e empresas, 28 632 escolas, 4 534 instalações sanitárias incluindo hospitais e clínicas, 579 edifícios de estudos científicos, 8 163 edifícios de imprensa e cultura e 2 077 226 moradias e foram danificados 563 755 hectares cultiváveis, incluindo a redução de 155 500 de arrozais.
Depois da Guerra, em nosso país só havia cinzas, portanto, os EUA se gabava de que a Coreia não se recuperaria nem mesmo em 100 anos.
Estes fatos demonstram claramente que os imperialistas ianques são os provocadores da guerra coreana e inimigos jurados do povo coreano e que enquanto não acabe a política hostil dos EUA contra a RPDC, nunca haverá paz na Península Coreana.
Os delitos dos EUA que destruiu sistematicamente o acordo de armistício.
Podemos definir em poucas palavras que a política hostil dos EUA contra a RPDC depois da guerra coreana é a divisão perpétua da Península Coreana e a constante chantagem nuclear contra nossa República.
A guerra coreana que foi comparada como a Terceira Guerra Mundial pelo chefe de guerra, Truman, baixou sua cortina temporalmente com a assinatura do acordo de armistício, porém não foi declarada sua terminação completa nem foi logrado um acordo de paz.
No momento da assinatura, o acordo de armistício foi a medida provisório que perseguía o objetivo de retirar todas as tropas estrangeiras da Península Coreana e assegurar a paz duradoura.
Com as ambições de converter de todo modo nosso povo em seu escravo e ocupar toda a Península Coreana, os EUA levou a situação deste país ao ponto de guerra violando abertamente o acordo de armísticio mesmo antes que se secasse a tinta de suas letras.
Às 22 horas e 20 minutos do dia 27 de julho de 1953, apenas meia hora depois da entrada em vigor do acordo de armísticio, os militares estadunidenses dispararam com metralhadoras contra nossa parte e continuaram disparando os canhões durante algumas horas em um intervalo de dezenas de minutos.
E fazendo vista grossa da cláusula 10 do artigo I do acordo de armistício que assinala que os efetivos na zona desmilitarizada e de vigilância comum devem carregar somente pistolas e rifles, as tropas estadunidenses levaram vários tipos de armamentos como fuzis automáticos, metralhadoras, canhões, tanques, lança-chamas, helicópteros etc. para essa zona e quase todos os dias dispararam contra nossos postos e efetivos militares de guarda.
Desde 1968, os EUA enviou as unidades bem armadas ao campo de combate repetindo as operações ofensivas militares que haviam realizado no monte Songhak e outros lugares da zona de demarcação do paralelo 38 em vésperas da provocação da guerra coreana.
As tropas estadunidenses perpetraram muitas provocações na zona de vigilância comum de Panmunjom como o incidente de 18 de agosto de 1976, o de tiro contra nosso militares patrulheiros ocorrido em 23 de novembro de 1984, etc.
Os EUA invalidou a cláusula 60 do artigo IV do mencionado documento que regulamentava a retirada de todas as tropas estrangeiras e a solução pacífica do problema da Coreia.
Segundo a cláusula 60 do acordo de armistício, a RPDC e os Estados Unidos deviam convocar a reunião política de nível mais alto dentro de três meses depois do acordo entrar em vigor e discutir sobre a retirada de todas as tropas estrangeiras da Península Coreana e o método pela resolução pacífica do problema coreano.
Durante a reunião preliminar realizada em Panmunjom desde 26 de outubro de 1953 para a convocação da conferência política, recorreu à criação de obstáculos artificiais e em 12 de dezembro desse ano se retirou unilateralmente da reunião. Por isso, a conferência política fracassou na fase prévia sem entrar sequer na reunião principal.
Logo foi convocada a Conferência de Genebra pela solução pacífica do problema coreano, porém também foi frustrada intencionalmente.
Os EUA chegou a fabricar o "Tratado de Defesa Mútua" com a Coreia do Sul em 8 de agosto de 1953 para legalizar seu estacionamento perpétua nesta parte.
Em 2 de janeiro de 1955. o então presidente da Junta dos Chefes de Estado-Maior dos EUA tagarelou que as tropas estadunidenses permaneceriam por tempo indefinido na Coreia do Sul, ponto estratégico para a hegemonia mundial, e que impediria constantemente a coordenação pacifica do problema coreano.
Depois da adoção da resolução de dissolver o "Comando das Tropas da ONU" na 30ª sessão da Assembléia Geral da ONU em novembro de 1975, os EUA fez mais aberta sua cospiração de ocupar de maneira perpétua a Coreia do Sul mediante a fabricação do "Comando das forças combinadas Coreia do Sul-EUA".
A princípios de março de 2006, os EUA apresentou o plano de ampliar e reorganizar o "Comando das Tropas da ONU" de mero nome em organismo permanente de forças conjuntas multinacionais e se empenhou em sua execução elevando os papeis dos países participantes na Guerra Coreana e fazendo-os participar na elaboração do plano de operação de guerra e em suas atividades detalhadas.
Por fim, o processo da conversão do acordo de armísticio em tratado de paz foi frustrado e na Península Coreana persiste o instável estado que não é o de paz nem o de guerra.
Em agosto de 1953, este país definiu à sua vontade a "Linha de Limite com o Norte" contrariando o parágrafo B da cláusula 13 do artigo II do Acordo de Armistício e convertendo essa zona em um local candente mundial e até agora realiza as manobras frenéticas para bloquear nosso país com o pretexto da "Iniciativa de Não Proliferação de Armas de Extermínio Massivo" violando a cláusula 15 do artigo II do mencionado acordo que definia a proibição de qualquer tipo de bloqueio na Coreia.
Os EUA anulou o parágrafo D da cláusula 13 do artigo II que refletia o conteúdo da proibição total da introdução de armamentos bélicos do exterior na Coreia e converteu a Coreia do Sul na exposição mundial de armamentos.
E chantageou os grupos de inspeção das nações neutras que supervisionavam e vigiavam a introdução de armamentos do exterior na Coreia segundo o parágrafo C da cláusula 13 do artigo II do acordo de armísticio e finalmente os expulsou da Coreia do Sul em junho de 1956 pondo fim à missão deles.
Em maio de 1957, o Secretário de Estado estadunidense disse abertamente que os EUA tinha que pensar em mandar à Coreia do Sul os armamentos mais modernos e eficientes e em 21 de junho do mesmo ano, a parte estadunidense que participou da 75ª sessão da Comissão de Armistício Militar declarou unilateralmente a renúncia do parágrafo D da cláusula 13 do acordo de armistício.
Os EUA introduziu na Coreia do Sul desde o final da década de 50 até a década de 80 muito mais de mil armamentos nucleares fazendo da Coreia do Sul um posto avançado para guerra nuclear que conta com grande quantidade de armamentos nucleares, o qual é o quádruplo do que têm os membros da OTAN e na 14ª reunião anual de segurança EUA-Coreia do Sul realizada em março de 1982 oficializou o oferecimento de guarda-chuva nuclear dos EUA à Coreia do Sul.
A princípios do século XXI, os EUA, que incluiu nossa República na lista de ataque preventivo nuclear mediante o "informe de revisão do estado nuclear" introduziu os equipamentos militares e as armas nucleares que alcançavam valor astronômico.
Ademais, implantou vários tipos de equipamentos modernos de ataque como o caça tipo stealth F-117, aviões de combate F-15, F-16, drones táticos de exploração Shadow 200, helicópteros Apache, novos mísseis Patriot, carros blindados Striker, navios destrutores de projétil teledirigido, tanques M1-A2 Abrams, mísseis terra-terra ATACMS e os carros especiais de proteção de mina junto com o sistema de defesa antimíssil de longo alcance THAAD.
E recentemente introduziu muitas armas de tipo de ataque sofisticado como o caça de tipo stealth F-35A, drone Global Hawk e os aviões de controle de alarme aéreo de ponta convertendo a Coreia do Sul na exposição real de armas assassinas.
Os EUA destruiu incluso a Comissão de Armistício Militar e a Comissão de Supervisão das Nações Neutras que eram as últimas organizações que monitoravam o cumprimento do armistício.
Os EUA desfez os grupos de inspeção de nações neutras, organização dependente da comissão de Supervisão das Nações Neutras e o grupo de vigilância conjunta, organização dependente da Comissão de Armísticio Militar regulamentada pela cláusula 23 do artigo 2 do acordo de armistício da década de 50 e em 25 de março de 1991 designou um general do exército títere sul-coreana que não era parte do armistício militar e que portanto não tinha nenhuma qualidade nem autoridade para manejar os assuntos a respeito do armísticio militar como representante principal da parte estadunidense da Comissão de Armistício Militar.
A Comissão Militar de Armistício que trabalhou durante quase 40 anos deixou de existir e a Comissão de Supervisão dos Países Neutros que perdeu seu objeto de trabalho também desapareceu automaticamente.
Os EUA destruiu também o prólogo e a cláusula 12 do acordo de armistício que definiam o cessamento total das ações hostis e militares na Coreia.
Os EUA, que desde 1954 iniciou pela primeira vez com a Coreia do Sul os exercícios militares conjuntos Focus Lens efetuou incessantemente até hoje numerosos exercícios militares de guerra de vários tipos como Freedom Bolt, Team Spirit, Ulji Focus Lens, Treinamento Combinado de Reforço no Tempo de Guerra, Key Resolve, Foal Eagle e Ulji Freedom Guardian, etc.
Estes exercícios superaram muito mais todos os realizados em distintas regiões do mundo tanto em seu número de vezes como em sua envergadura e os três grandes pilares nucleares que incluíam os porta-aviões-nucleares, os submarinos nucleares e os bombardeiros estratégicos nucleares etc. se mobilizaram nos exercícios de guerra nuclear contra nós.
Os exercícios se desfizeram do caráter "anual" e "defensivo" e ganharam nomes mais agressivos e provocadores como "operação de decapitação", "ataque de precisão" e "ocupação de Pyongyang".
Os planos estadunidenses pelo ataque preventivo nuclear se tornaram mais detalhados com o "Plano de operação 5026", o "Plano de operação 5027", o "Plano de operação 5029", o "Plano de operação 5030", o "Plano de operação 5012", o "Plano de operação 5015", o "Plano de operação 8044", o "Plano de operação 8022", o "Plano de operação 8010", a "Estratégia de dissuasivo em forma de ajuste" e o "Plano de operação 4D".
Assim destruiu completamente todas as 63 cláusulas de 5 artigos do acordo de armistício e, portanto, o acordo foi jogado no lixo como um documento sem valor.
Devido à política hostil dos EUA e sua constante ameaça nuclear contra a RPDC, a Península Coreana se converteu na zona mais candente do mundo onde se pode produzir uma guerra nuclear a qualquer momento.
Se não houvéssemos fortalecido extraordinariamente nossa capacidade de dissuasão autodefensiva, a Península Coreana teria afundado no desastre da guerra mais de centenas de vezes e teria sido iniciada a Terceira Guerra Mundial.
O fortalecimento da capacidade dissuasiva de guerra constitui nossa opção final
Já passaram 67 anos desde o cessar de tiros da guerra nesta terra, porém há algo que não mudou em nada.
Isso é a política hostil dos EUA contra a RPDC.
Se tornam cada dia mais abertas as maquinações estadunidenses para nos esmagar pela força e tomar a superioridade militar na região da Ásia-Pacífico e realizar posteriormente o domínio do mundo.
O Governo da RPDC apresentou várias propostas e iniciativas pela paz como a proposta assinar o acordo de paz RPDC e EUA (década de 1970) e a proposta de estabelecimento de novo sistema de asseguramento da paz (na década de 1990), porém todas elas foram recusadas intencionalmente pelos EUA.
No final da década de 1990, também propomos as conversações de quatro partes com RPDC, EUA, China e Coreia do Sul para estabelecer um sistema sólido de paz na Península Coreana, porém tampouco houve resultado algum devido à atitude maligna dos EUA.
Os EUA também deu as costas às nossas propostas de convocar a reunião para discutir o assunto da declaração do fim da guerra e de iniciar prontamente as conversações para a conversão do acordo de armísticio em tratado de paz em 2010 com motivo do 60º aniversário do início da guerra da Coreia.
Os EUA definiu abertamente nosso país como "eixo do mal", "vanguarda da tirania" e "alvo de ataque nuclear preventivo" e nos difamou com todo tipo de estigmas como "ajuda ao terrorismo", "proliferação de armas de destruição massiva", "repressão dos direitos humanos", "lavagem de dinheiro", "falsificação monetária" e "narcotráfico". Eles incluso não hesitaram em falar disparates sobre "destruição total" de nosso Estado, assim como se esforçou freneticamente para denegar nossa ideologia e derrubar nosso regime.
A política hostil dos EUA contra a RPDC pode ser comprovada mencionando somente a declaração deles a respeito do uso das armas e a ameaça nuclear contra nós.
Os EUA mencionou abertamente durante a Guerra Coreana a possibilidade de uso da bomba atômica contra nós e ampliou sistematicamente sua ameaça nuclear depois da assinatura do acordo de armistício.
São apenas a ponta do iceberg das inumeráveis ameaçar nucleares contra a RPDC os fatos de que os EUA revisou o ataque nuclear contra nós em janeiro de 1968 quando foi capturado o navio espião armado estadunidense "Pueblo" e que quando em abril de 1969 foi derrubado o avião espião de grande tamanho "EC-121" em nosso espaço aéreo, Nixon, presidente dos EUA naquela época, vociferou após preparar com urgência os bombardeiros equipados com armas nucleares que decidiria a "permissão do uso de bombas atômicas em caso de contra-ataque da Coreia".
A guerra do Kosovo empreendida pelos EUA entre março e junho de 1999 foi a injusta que simulava a segunda Guerra Coreana.
A antiga Iugoslávia, parecida em sua condição geográfica com a Península Coreana e localizada também a semelhante distância do território estadunidense foi o campo de ensaio para a nova guerra coreana.
Testemunham o plano estadunidense pela segunda guerra coreana os fatos de que os EUA e a OTAN bombardearam indiscriminadamente sem nenhum propósito estratégico e que empregaram sem vacilação alguma as bombas de urânio empobrecido e as armas de destruição massiva que proliferam as bactérias venenosas.
Entrando na década de 2000, os EUA tornou mais abertas suas ameaças nucleares contra nós.
Em 6 de junho de 2001, Bush proferiu a "declaração da política sobre a Coreia do Norte" vociferando que se a Coreia não aceitasse suas exigências como a permissão de inspeção nuclear, o cessar do desenvolvimento e lançamento de mísseis e a redução das armas convencionais, etc. usaria as forças militares, incluso as armas nucleares.
Em 2002, os EUA manifestou que poderia usar primeiro as armas nucleares na Península Coreana e desenvolveria as pequenas armas nucleares contra as instalações subterrâneas coreanas oficializando assim seu ataque preventivo nuclear contra nós.
Na 41ª reunião consultiva anual de segurança EUA-Coreia do Sul realizada em 2009, as autoridades estadunidenses proferiram frases sobre o oferecimento de guarda-chuva nuclear, a capacidade de ataque convencional, o sistema de defensa antimíssil, etc.
A ameaça nuclear dos EUA contra nós se intensificou extremadamente em 2017.
Os EUA enviou à Coreia do Sul e a seu arredor os recursos estratégicos nucleares e os armamentos bélicos ultramodernos como os porta-aviões nucleares Carl Vinson e Ronald Reagan, bombardeiros estratégicos nucleares B-1B, B-52H e B-2A, os submarinos de propulsão nuclear Columbus, Tucson, Michigan, etc. levando à Península Coreana o limiar da guerra nuclear.
A política hostil e ameaça nuclear dos EUA contra a RPDC se ficaram mais descaradas depois da Cúpula RPDC-EUA de Singapura que perseguía o objetivo da criação de novas relaçies entre ambas partes e a construção de um permanente e sólido sistema de paz na Península Coreana.
Tomamos as importantíssimas e significativas medidas como o cessar de testes nucleares e lançamentos de ensaio de mísseis balísticos intercontinentais para a construção de confiança entre RPDC e EUA. Todavia, em vez de responder-nos com medidas devidas, os EUA realizou dezenas de exercícios militares conjuntos, os quais o próprio presidente estadunidense havia prometido a suspensão e nos ameaçou militarmente com a introdução de armamentos bélicos de ponta na Coreia do Sul.
Os EUA realizou os exercícios de intercepções simuladas de nossos mísseis balísticos intercontinentais e lançamentos de ensaio dos mísseis de toda classe como o lançamento do míssil balístico intercontinental Minuteman-3 e do míssil balístico submarino Trident 2D-5 e assim elevou a ameaça nuclear contra nós.
Apesar de sua crise sem precedentes devido à COVID-19, não aliviou nem um momento sua ameaça militar contra nós realizando os exercícios conjuntos de combate aéreo e os ensaios conjuntos de desembarque pelo mar das unidades marinhas.
No mundo nenhuma nação sofreu ameaça nuclear mais direta e constante como a nação coreana e para nosso povo esta ameaça nuclear não é um conceito abstrato mas uma experiência real e concreta.
A nação coreana é a que sofreu diretamente os danos do ataque nuclear dos EUA contra Hiroshima e Nagasaki e que teve mais vítimas depois dos japoneses.
Para nosso povo que experimentou diretamente o desastre terrível da bomba atômica, a ameaça desta arma feita pelos EUA e a chantagem de bombas atômicas durante a Guerra da Coreia foi um pesadelo real e durante esta guerra nasceram na Península Coreana as filas dos "refugiados da bomba atômica" que se dirigiam da parte norte à sul.
As famílias, que não podiam mover-se todas juntas, enviaram seus esposos ou filhos à Coreia do Sul com o desejo de manter a linhagem familiar.
Familiares separados que chegam à cifra de milhões vivem todavia no Norte e no Sul da Península Coreana e no exterior.
O Governo da RPDC fez os esforços mediante os diálogos e baseou-se na lei internacional para eliminar a ameaça nuclear dos EUA, porém não viu os resultados merecidos.
A última e única opção foi a confrontação de Estado nuclear contra Estado nuclear.
Na realidade, os EUA nos obrigou persistentemente a possuir armas nucleares.
Assim terminou o desequilíbrio nuclear da região nordeste da Ásia que estava cheia de armas e guarda-chuvas nucleares e que somente la RPDC não possuía tais armas.
Todos estes fatos comprovam que a situação da Península Coreana se põe tensa devido à política hostil dos EUA contra a RPDC e que se os EUA não renuncia sua política hostil que considera nossa República como seu inimigo e parte beligerante, nunca desaparecerá o perigo de guerra nuclear na Península Coreana.
Os EUA persegue um cálculo ao seu modo com a manutenção de seu concepto de hostilidade contra a RPDC e das relações beligerantes com ela.
Durante o processo da transformação da estratégia dos EUA a respeito do Extremo Oriente na "Doutrina de Nixon", na "Nova Doutrina do Pacífico", na estratégia do trato da Ásia-Pacífico e na estratégia Indo-Pacífico, o estado de armísticio na Península Coreana foi usado indevidamente para conter militarmente seus rivais potenciais.
Nos últimos anos, os EUA instalou o sistema de defesa antimíssil de máxima altitude THAAD na Coreia do Sul tomando como seu pretexto nossa "ameaça de mísseis" e passou a vigiar completamente as regiões do nordeste da China e do Extremo Oriente da Rússia, assim como manifestou descaradamente suas ambições de instalar os mísseis de alcance mediano em nossa proximidade sob o pretexto da destruição dos tratados de eliminação dos mísseis de médio e curto alcance.
Devido a isso, o início da corrida armamentista nuclear nos arredores da Península Coreana se tornou questão de tempo e os movimentos militares dos EUA para conter China e Rússia se tornam mais abertos com o passar do tempo.
Nesta circunstância, se os interesses dos EUA continuam sendo os de quase 70 anos em vez da manutenção do estado de armísticio na Península Coreana não existirá nenhuma garantia de que não voltará a ser reproduzido um segundo 25 de junho.
Para nosso povo que se viu obrigado a sofrer com uma guerra cruel pelos EUA, a poderosa capacidade dissuasiva de guerra para a defesa do Estado constitui um meio estratégico indispensável.
O fortalecimento de nossa capacidade dissuasiva de guerra para a defesa da segurança estatal e garantia do desenvolvimento constitui o uso justo do legítimo direito de autodefesa que ninguém pode criticar.
A história de confrontação de 70 anos entre RPDC e EUA mostra com clareza que nenhuma generosidade pode conter a coação, arbitrariedade, agressão e maquinações bélicas dos EUA e mais os incita.
Os EUA fala em tal e qual sentido sobre um diálogo recrudescendo ao máximo sua pressão política, econômica e militar contra nós, o que não passa de uma maligna artimanha de padrão duplo e a escusa de desnuclearização que os EUA repete como um gravador automático é uma manifestação da intenção de bandidos que tentam nos desarmar e abrir o caminho da guerra de agressão.
O Presidente da Comissão de Assuntos Estatais da RPDC, Kim Jong Un, apresentou na IV reunião ampliada do VII período da Comissão Militar Central do Partido do Trabalho da Coreia as novas orientações para fortalecer ainda mais o poder do dissuasivo nuclear de guerra e manter as forças armadas estratégicas no estado máximo de alerta, de acordo com a exigência geral da construção e desenvolvimento das forças armadas nacionais.
Seguiremos intensificando nossas forças para deter as permanentes ameaçar nucleares dos EUA e não daremos nem um passo atrás neste caminho que escolhemos na circunstância em que os EUA, máximo possuidor de armas nucleares e país que a usou pela primeira vez no mundo, continua suas extremadas ameaças e chantagens nucleares recorrendo a sua política de hostilidade mórbida e crônica contra nós.
Ninguém no mundo poderá deter o avanço vitorioso de nosso povo e exército que herdaram o espírito e coragem heroicos da grande geração que venceu as camarilhas imperialistas lideradas pelos ianques na Guerra de Libertação da Pátria que pode ser qualificada como o confronto entre o fuzil e a bomba atômica.