domingo, 29 de dezembro de 2024

O padrão duplo é a raiz que fomenta os atos de terrorismo


Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA divulgou o "Relatório de Terrorismo por País-2023". Não é necessário dizer que o relatório segue o padrão duplo dos EUA em relação ao terrorismo de forma consistente.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentando o conteúdo do relatório, acusou que, apesar do regime de Kiev ter se transformado em um covil de terrorismo, os EUA mantêm um silêncio consciente sobre isso. "O relatório afirma que não ocorreu nenhum ato terrorista na Rússia no ano passado, o que é uma falácia", apontou. Ele afirmou que os EUA não demonstraram interesse algum pelos ataques terroristas contra jornalistas, ativistas sociais e alvos de infraestruturas civis, e condenou veementemente o conteúdo do relatório, afirmando que, com o recente ataque terrorista que tirou a vida do comandante das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia no dia 17, o conteúdo do relatório só pode ser visto como um absurdo.

Essa é uma crítica à arrogante conduta dos EUA, que incitam os fantoches a cometerem atos de terrorismo extremos. 

À medida que a perspectiva de destruição iminente se aproxima, o governo fantoche da Ucrânia, sob o controle e proteção dos EUA, se entrega cada vez mais aos atos terroristas, financiados e armados com o dinheiro e as armas fornecidas pelos EUA.

Nesse contexto, o diretor do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia zombou, afirmando que os EUA, ao perderem sua hegemonia global e se tornarem nervosos, estão agora se envolvendo abertamente em atos terroristas. O diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia revelou que, neste ano, os ataques terroristas em seu país aumentaram drasticamente, e que o regime de Kiev está usando armas da OTAN em seus ataques terroristas, recrutando ativamente executores de ataques terroristas e destruição sob o apoio de agências de inteligência ocidentais.

Os crimes dos EUA, que incitam e incentivam o terrorismo, não se limitam apenas aos fantoches ucranianos.

Os atos de terrorismo e crimes brutais cometidos pelas autoridades israelenses, que estão mergulhando o Oriente Médio em um redemoinho de guerra, também são tacitamente tolerados e incentivados pelos EUA.

Por trás de muitos dos crimes terroristas cometidos por Israel, como o assassinato do chefe do Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas), do secretário-geral do Hezbollah libanês e do vice-comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, sempre esteve a mão dos EUA.

Os EUA, em janeiro de 2020, demonstraram diretamente seu próprio padrão de terrorismo ao assassinar, por meio de um ataque com drone, o comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, uma ação que serviu de modelo para crimes terroristas.

O problema grave reside no fato de que, apesar dos EUA serem os maiores responsáveis por tais crimes de terrorismo, ainda insistem em promover discursos sobre "prevenção do terrorismo" e "antiterrorismo", enquanto incentivam o extremismo e colocam em sério risco a paz mundial. A raiz do problema está, sem dúvida, no padrão duplo dos EUA em relação ao terrorismo.

O terrorismo é um crime antitético à humanidade, caracterizado por ações de assassinato, subversão ou conspiração para cometer tais atos, seja contra indivíduos ou países, por meios violentos ou outros métodos conspiratórios.

Já na Convenção Internacional sobre Prevenção e Punição do Terrorismo, assinada em 1937, foram definidos como atos de terrorismo aquelas ações que ameaçam ou violam a saúde e a vida de figuras político-sociais, destroem ou saqueiam bens nacionais e sociais, e ainda a preparação, transferência ou fornecimento de armas, materiais e meios usados para o terrorismo.

Os EUA utilizaram esse entendimento universal do terrorismo, compartilhado pela humanidade, para justificar sua ambição hegemônica.

É bem conhecido que, após os ataques de 11 de setembro de 2001, os EUA declararam a "Guerra ao Terrorismo" e destruíram diversos países soberanos, como o Afeganistão e o Iraque. Até hoje, os EUA, sob a fachada de "antiterrorismo", impõem suas forças especiais ou drones em diversos países e regiões, cometendo sem hesitação sequestros, destruições e massacres, entre outros atos de terrorismo.

Esses atos cometidos pelos EUA são considerados, segundo seus próprios critérios, não como terrorismo, mas como ações legítimas. Já os massacres e destruições cometidos por seus aliados ou subordinados não são classificados como terrorismo. No entanto, qualquer indivíduo, grupo ou país que se oponha ou resista a seus interesses é automaticamente rotulado como uma força terrorista.

Os fantoches e subordinados que parasitam sob os braços dos EUA cometem crimes de terrorismo antitéticos à humanidade, baseados nesses padrões injustos e discriminatórios, sem sequer hesitar, enquanto permanecem impunes.

O padrão duplo dos EUA também está incentivando atos de terrorismo, permitindo que várias forças extremistas, incluindo o "Estado Islâmico", expandam gradualmente sua influência.

A observação de um professor de uma universidade do Iraque, que afirmou que "os EUA levantaram as bandeiras de 'antiterrorismo' e 'democracia', mas na realidade geraram terrorismo e caos, com o objetivo de proteger sua hegemonia mundial", não é, de forma alguma, uma coincidência.

A razão pela qual atos de terrorismo extremos, que ameaçam a paz mundial, não são erradicados é, sem dúvida, o padrão duplo dos EUA e o desejo subjacente de manter sua ambição hegemônica.

Jang Chol

Rodong Sinmun

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