Ordem
Prefácio
1. O que é ditadura?
2. Como surgiu e se desenvolveu a ditadura democrática popular?
3. Qual é a função desempenhada pela ditadura democrática popular?
4. O que deve ser feito para fortalecer ainda mais a ditadura democrática popular?
Prefácio
Nosso país é um Estado de ditadura democrática popular. A ditadura democrática popular é uma forma da ditadura do proletariado.
Na transição do capitalismo para o socialismo, é imprescindível que haja a ditadura do proletariado. Sem a ditadura do proletariado, não é possível construir o socialismo e o comunismo. A nossa ditadura democrática popular, como uma forma da ditadura da classe trabalhadora, desempenha de maneira excelente a função da ditadura do proletariado, garantindo com sucesso a luta pela reunificação pacífica da pátria e pela construção do socialismo na parte norte da República.
Portanto, entender claramente o que é a ditadura democrática popular, ou seja, seu conteúdo e as funções que desempenha, é de grande importância para acelerar a construção do socialismo na parte norte da nossa pátria e para impulsionar o avanço vitorioso da nossa revolução.
Especialmente, devido aos inimigos da nossa revolução e seus seguidores, que tentam destruir nossa revolução ao distorcer e difundir falsamente a ditadura democrática popular, devemos compreender claramente a essência e a superioridade da ditadura democrática popular. Devemos frustrar as astutas tentativas dos inimigos e fortalecer o Poder Popular, que é a arma da nossa revolução, para que a função da ditadura democrática popular seja plenamente realizada.
Além do nosso país, os países sob ditadura democrática popular na Ásia incluem a China, a Mongólia, o Vietnã, e na Europa, a Polônia, a Tchecoslováquia, a Iugoslávia, a Bulgária, a Romênia, a Albânia e a República Democrática Alemã.
Agora, atendendo ao pedido dos leitores para uma explicação mais detalhada sobre o que é a ditadura democrática popular, farei o esforço de apresentá-la de forma mais simples e compreensível a seguir.
1. O que é ditadura?
Pergunta: Primeiramente, explique o significado da palavra "ditadura".
Resposta: O significado da palavra "ditadura" é governar o país sozinho, conforme a própria vontade, sem compartilhar o poder com ninguém. Ou seja, isso significa poder ilimitado.
P: Então, antigamente, quando o rei governava o país sozinho, conforme sua própria vontade, isso era, na verdade, uma forma de ditadura?
R: Isso mesmo. Era uma ditadura. No entanto, é importante entender o seguinte: antigamente, quando o rei governava sozinho e conforme sua própria vontade, isso não significava que apenas o rei agia dessa forma. Abaixo do rei, havia grandes ministros, como o "ryonguijong" (primeiro-ministro) e os "jwauijang" e "uuijong" (ministros da esquerda e direita), que respondiam às perguntas do rei e executavam suas ordens.
Além disso, naquela época, havia diversos oficiais feudais leais, desde o centro até as regiões, que governavam o povo. Também havia prisões e exércitos. Esses sistemas existiam para que os nobres ou senhores, como os "bongjon" (nobres de alto escalão) e "ryongju" (grandes senhores), pudessem prender e reprimir os camponeses que não obedecessem às suas ordens ou que não estivessem de acordo com sua vontade.
Podemos ver que, naquela época, não apenas o rei e os ministros, mas também todos os oficiais feudais, nobres e grandes proprietários de terra (jiju), estavam unidos, formando um grupo que oprimia o povo. Ou seja, eles impuseram uma ditadura feudal sobre os camponeses e sobre o povo em geral. O rei era, justamente, o representante máximo da classe feudal dos grandes senhores. Portanto, o rei representava a ditadura da classe dos senhores feudais.
Assim, a ditadura não é um poder pessoal de um indivíduo, mas sim a ditadura de uma classe dominante sobre a classe submissa. É importante entender claramente esse ponto.
Da mesma forma que a classe dos grandes senhores feudais impôs uma ditadura na sociedade feudal, na sociedade capitalista, são os capitalistas que exercem essa ditadura. Essa ditadura, na verdade, é a ditadura da classe capitalista sobre os trabalhadores.
P: Então, por que a classe dos grandes proprietários de terra ou a classe capitalista impõe a ditadura?
R: Para entender por que essas classes exploradoras impõem a ditadura, é necessário, primeiramente, examinar as relações materiais de vida dos seres humanos.
Como sabemos, tudo o que comemos, vestimos e utilizamos, desde utensílios comuns até obras de arte valiosas, é produzido pelos trabalhadores. No entanto, qual é o resultado? Em uma sociedade dividida em classes, enquanto os trabalhadores produzem tudo, eles mesmos vivem em miséria e fome. Por outro lado, as classes exploradoras, que não produzem nada, vivem bem, se alimentam abundantemente e governam o país.
Por que isso acontece? A explicação é a seguinte: em uma sociedade de exploração, os meios de produção, como terras, minas, fábricas e máquinas, são propriedade privada. Aqueles que possuem os meios de produção, com base nessa posse, ocupam uma posição dominante na produção e, assim, tomam para si os produtos feitos pelos trabalhadores, sem sequer mover um dedo. Já os trabalhadores, que não possuem meios de produção, são obrigados a vender sua força de trabalho, seja cultivando a terra dos proprietários ou vendendo sua mão de obra a preços baixos aos donos das fábricas, sendo inevitavelmente explorados por eles.
Dessa forma, os trabalhadores não podem simplesmente ficar parados. Eles acabam se levantando e lutando contra a classe exploradora. No entanto, a classe exploradora, para manter seu sistema de exploração e manter o poder político, usa as instituições do Estado — especialmente a polícia, os serviços de segurança, as prisões e o exército — para oprimir os trabalhadores. Somente a classe exploradora desfruta da liberdade e dos direitos, ou seja, da democracia, enquanto nega esses direitos à classe trabalhadora. Em outras palavras, ela impõe a ditadura.
Em resumo, a classe exploradora impõe a ditadura sobre os trabalhadores para manter seu domínio, garantir que viva bem e possa exercer seu poder. A ditadura da classe exploradora é uma necessidade para reprimir e explorar os trabalhadores, a fim de preservar seu sistema de exploração.
P: Sendo assim, todos os países até agora foram, na verdade, uma ditadura da classe dominante, certo?
R: Isso mesmo. Todos os países até agora foram uma ditadura da classe dominante. Além das ditaduras dos senhores feudais e dos capitalistas, que já foram mencionadas acima, também houve a ditadura dos senhores escravocratas na sociedade escravista.
Os senhores escravocratas, os senhores feudais e os capitalistas são todos classes exploradoras.
Em uma sociedade dividida por classes exploradora e explorada, como a sociedade escravista, a sociedade feudal e a sociedade capitalista, a ditadura é a ditadura da classe exploradora dominante.
P: Então, o que dizer da ditadura imposta por Ri Sung Man pelos imperialistas estadunidenses no sul do país? Que tipo de ditadura é essa?
R: É também, essencialmente, uma ditadura da classe capitalista. Embora seja a mesma classe capitalista, a ditadura fascista imposta pelos imperialistas estadunidenses, que são os capitalistas mais reacionários e agressivos, realiza uma ditadura abertamente brutal, o que a distingue da ditadura da classe capitalista comum.
Na era do imperialismo, os grandes capitalistas exploram e oprimem severamente todos os trabalhadores, incluindo operários e camponeses, enquanto empurram a pequena classe média para a decadência, tornando-se cada vez mais ricos. Eventualmente, alguns poucos grandes capitalistas monopolizam quase toda a riqueza do país. Nesse processo, o poder também acaba nas mãos desses indivíduos. Eles se tornam cada vez mais gananciosos, praticando abertamente a política de agressão externa e implementando uma política bárbara de opressão contra outros países e povos.
Devido a essa política, a pobreza e a falta de direitos de todos os trabalhadores, incluindo a classe operária, tornam-se indescritivelmente graves. Além disso, uma grande parte da população, incluindo as classes médias e pequenas, assim como indivíduos progressistas e pessoas de pensamento livre, são todos atormentados por essa política bárbara.
Nesse contexto, as massas trabalhadoras começam a lutar ativamente contra a exploração e a opressão dos grandes capitalistas. A pequena classe média e os indivíduos progressistas, que se opõem à guerra, também se unem para combater a política desses grandes capitalistas.
Dessa forma, a classe capitalista, como anteriormente, não consegue mais reprimir a resistência das amplas massas populares, que se rebelam contra a exploração dos trabalhadores, utilizando os métodos burgueses habituais. Então, os grandes capitalistas, em sua fúria descontrolada, abandonam até mesmo os princípios da democracia burguesa que antes defendiam, e impõem uma política de escravização total dos trabalhadores, retirando até a última parcela de liberdade e direitos do povo. Isso é, na essência, a ditadura fascista.
Até a Segunda Guerra Mundial, o Partido Nazista de Hitler na Alemanha, o Partido Fascista de Mussolini na Itália e o militarismo japonês impuseram esse tipo de regime. Hoje em dia, os Estados Unidos estão seguindo esse exemplo.
A ditadura imposta pelos imperialistas estadunidense e pela camarilha de Ri Sung Man no sul do país é exatamente esse tipo de regime fascista. Os imperialistas estadunidenses e a camarilha de Ri Sun Man, no sul, quando alguém se opõe, mesmo que minimamente, aos seus interesses, agem como verdadeiros carrascos, prendendo até patriotas e cidadãos inocentes, incluindo mulheres e crianças, e os matando sem piedade.
P: Enquanto isso, a classe capitalista continua afirmando que a sociedade capitalista não é uma ditadura, mas a mais democrática e livre possível. Mas o que é que esses indivíduos têm para defender tanto essa ideia?
R: Isso não passa de uma mentira. Eles podem até, na aparência, falar de "liberdade" e "democracia" nos termos das leis e dos direitos civis. No entanto, essas são palavras vazias, pois na prática não há nenhuma democracia ou liberdade para as massas trabalhadoras. O que existe, na realidade, é apenas a "liberdade" da fome e da morte.
Quando se fala em democracia, significa que o poder pertence ao povo e que as pessoas devem desfrutar de direitos e liberdades iguais. No entanto, nos países capitalistas, incluindo os Estados Unidos, são os capitalistas e os grandes proprietários de terra que controlam o poder do Estado e oprimem e exploram os trabalhadores. Para os trabalhadores, não há outra opção senão lutar contra os capitalistas, pois precisam resistir para não morrer de fome. Como os interesses dessas classes são completamente opostos, a classe capitalista não pode conceder aos trabalhadores os direitos democráticos. A ideia de que eles poderiam dar democracia e liberdade aos trabalhadores é tão absurda quanto imaginar um gato dando lição a um rato.
A democracia dos trabalhadores só pode ser realizada e garantida quando os trabalhadores tomam o poder. Somente sob o domínio da classe trabalhadora é que a verdadeira democracia dos trabalhadores pode ser alcançada.
P: Por que isso acontece?
R: Em qualquer sociedade, a democracia é a democracia para a classe dominante que detém o poder do Estado. A democracia burguesa em uma sociedade capitalista é a democracia para os capitalistas, a classe dominante. Sob o nosso sistema de democracia popular, o povo é o dono do Estado, e por isso o povo possui os direitos democráticos. Observamos isso na realidade de nossa República e em nossa vida cotidiana.
Em primeiro lugar, todo o povo, como dono do Estado, tem o direito de participar da política, escolher os órgãos soberanos do país e participar ativamente nas atividades dos órgãos estatais. Além disso, todos os deputados têm responsabilidades perante o povo. Os eleitores podem destituir um deputado caso ele não cumpra a vontade do povo. A Assembleia Popular é o verdadeiro órgão representativo do povo. Além disso, para consolidar o sistema socialista e defender os interesses dos trabalhadores, todo o povo pode expressar livremente sua opinião por meio de jornais, revistas e outros meios de comunicação, bem como organizar reuniões, comícios e formar organizações de forma livre. Além disso, direitos como o direito ao trabalho, o direito a um salário igual pelo mesmo trabalho e o direito ao descanso, entre outros, são garantidos.
Somente sob a ditadura da classe trabalhadora, que constitui a esmagadora maioria da população, os trabalhadores têm pela primeira vez, na história, a verdadeira democracia. Isso é algo que seria impensável em uma sociedade de classes exploradora.
Por isso, a democracia sob a liderança da classe trabalhadora é a verdadeira democracia do povo, uma nova forma de democracia, a forma mais elevada de democracia. Isso é chamado de democracia socialista.
No entanto, sob a liderança da classe trabalhadora, enquanto são concedidos direitos democráticos verdadeiros e amplos às massas trabalhadoras, não se concede o direito de participar da política a elementos contrarrevolucionários que se opõem à revolução e tentam destruir o socialismo. Esse direito, na verdade, é dado apenas pela burguesia àqueles que estão ao seu lado.
P: Uma vez que a classe trabalhadora assume o poder, a classe exploradora é derrotada, então por que é necessária a ditadura da classe trabalhadora?
R: Para entender bem essa questão, é necessário primeiro compreender a situação em que a classe trabalhadora se encontra e as tarefas que ela possui.
A classe trabalhadora se opõe a toda forma de opressão e exploração existente neste mundo e luta para eliminar essas condições. A missão da classe trabalhadora é construir uma sociedade comunista sem exploração e sem classes. Este é justamente o ponto que a distingue fundamentalmente de todas as outras classes até o momento.
As classes anteriores, ou seja, os senhores de escravos, as classes feudal ou a capitalista, todas eram classes exploradoras e opressoras dos trabalhadores. Os senhores de escravos viviam à custa de seus inúmeros escravos, tratando-os como se fossem gado; os senhores feudais se alimentavam da exaustão dos camponeses; e os capitalistas viviam explorando os trabalhadores. No passado, após uma revolução, a classe exploradora antiga era substituída por uma nova classe exploradora, mas a forma de exploração mudava, enquanto o sistema de exploração em si não desaparecia.
No entanto, a classe trabalhadora, sendo a classe mais severamente explorada sob o capitalismo, tem como sua principal tarefa eliminar toda forma de exploração. Para isso, ela toma para o Estado as grandes propriedades dos capitalistas, como terras, minas, ferrovias, entre outros, e impede que os trabalhadores sejam novamente explorados. A classe trabalhadora, em aliança com os camponeses e unindo-se a outras amplas massas trabalhadoras, constrói uma nova sociedade sem exploração.
A classe capitalista, que perdeu o poder político e os meios de produção, não pode aceitar facilmente esses novo sistema social. Os que viviam bem explorando os outros, sonham em restaurar o mundo em que eram privilegiados e, por isso, se rebelam de várias formas.
P: Mesmo após a revolução, por que eles têm força suficiente para resistir?
R: Eles ainda têm forças prevalentes. No mundo ainda existe o imperialismo. As classes exploradoras derrotadas e os imperialistas estrangeiros têm interesses comuns ao se oporem ao socialismo, por isso se unem e colaboram. Assim, mesmo depois de derrotados na revolução, os elementos exploradores que ainda não desapareceram recebem o apoio e a ajuda dos imperialistas estrangeiros para se opor ao socialismo.
Além disso, eles ainda possuem dinheiro, conhecimento, tecnologia, experiência administrativa e militar, e habilidades. Além disso, em muitas pessoas, permanecem velhos hábitos transmitidos ao longo do tempo, o que favorece os elementos reacionários. Também existem ainda pequenos camponeses e artesãos, e essa economia de pequenas mercadorias é um terreno fértil para o crescimento do capitalismo, razão pela qual a classe exploradora ainda se apoia nela.
Assim, os elementos contrarrevolucionários, por um lado, se aliam ao imperialismo externo e, por outro, atraem seus cúmplices e elementos desleais dentro do país para, de várias formas, destruir o socialismo. Eles realizam sabotagens, repressões, espionagem e atividades subversivas, almejando as propriedades estatais e, ao mesmo tempo, prejudicando a produção e a construção. Os inimigos de classe chegam até a provocar revoltas abertas e insurreições. A Guerra Civil que se seguiu à grande Revolução Socialista de Outubro e a intervenção militar estrangeira são exemplos claros disso.
Isso pode ser observado também na realidade de nosso país.
Os imperialistas estadunidenses e a camarilha títere de Ri Sung Man infiltraram espiões, sabotadores e outros elementos subversivos, aliando-se a alguns elementos reacionários escondidos no norte para realizar ações contrarrevolucionárias. Além disso, em junho de 1950, chegaram até mesmo a realizar sabotagem pública, atacando até fábricas siderúrgicas. Em 1956, com o apoio dos imperialistas, foi manipulada uma revolta contrarrevolucionária. Essas ações subversivas e de sabotagem foram todas desmanteladas pela força unida do povo, mas ainda hoje os inimigos da revolução socialista, representados pelos imperialistas estadunidenses e seus lacaios, continuam suas tentativas contrarrevolucionárias de várias formas. Portanto, devemos elevar ainda mais a consciência revolucionária e fortalecer a função da ditadura da classe trabalhadora, para impedir que tais ações contrarrevolucionárias se realizem.
P: Então, para construir o socialismo e o comunismo, é necessário que em qualquer país haja a ditadura da classe trabalhadora?
R:Isso mesmo. Como já foi explicado acima, a ditadura da classe trabalhadora é uma arma para a construção do socialismo e do comunismo. Por isso, Marx e Engels ensinaram que, durante a transição do capitalismo para o socialismo, deve haver, necessariamente, a ditadura da classe trabalhadora. Lenin também ensinou que, na construção do socialismo, a ditadura da classe trabalhadora deve ser firmemente estabelecida em qualquer circunstância. Essas palavras são muito significativas e importantes.
Essas palavras são comprovadas pela rica experiência da Revolução Russa e pela experiência dos países de democracia popular, que demonstram claramente sua validade. A União Soviética, ao implementar a ditadura da classe trabalhadora, conseguiu derrotar a invasão de 14 países imperialistas que se aliaram aos reacionários internos, e hoje se tornou o país mais forte e próspero do mundo. Os países de democracia popular, igualmente, estão construindo o socialismo com sucesso ao aplicar a ditadura da classe trabalhadora. Como lição importante a ser acrescentada aqui, se não fortalecermos a questão da classe trabalhadora, é possível que, como ocorreu na Hungria, os imperialistas e os reacionários internos se unam para destruir o socialismo. Portanto, devemos aumentar nossa vigilância revolucionária e continuar fortalecendo constantemente a ditadura da classe trabalhadora.
Por isso, a classe exploradora e os elementos reacionários odeiam a ditadura da classe trabalhadora, afirmando que nela não há democracia, liberdade ou direitos. Em resposta a isso, o Marechal Kim Il Sung disse o seguinte: "Como podemos permitir que os vários elementos reacionários e subversivos destruam livremente nosso sistema, as propriedades do povo e sua vida próspera? Para esses elementos, dar liberdade significa tirar a liberdade do povo. Portanto, para conceder liberdade e direitos ao povo comum, é necessário privar os inimigos do povo de suas liberdades e direitos."(discurso proferido em comício com os eleitores de Mundok).
Dizer que a ditadura da classe trabalhadora é algo excessivo é justamente o pensamento da classe capitalista e dos proprietários de terras. Nossa classe trabalhadora, incluindo os camponeses, exige que a ditadura da classe trabalhadora seja implementada com ainda mais força, pois ela garante suas liberdades, direitos e felicidade.
Por outro lado, os elementos contrarrevolucionários, sem dúvida, temem isso. Isso ocorre porque a ditadura da classe trabalhadora impõe repressão aos inimigos. Se os elementos contrarrevolucionários se opuserem ao socialismo, devem, certamente, enfrentar as consequências legais. No entanto, aqueles que se envolvem nesse processo, se sinceramente se arrependerem de seus erros e pecados, e se esforçarem para apoiar o socialismo e caminhar ao lado da classe trabalhadora, a ditadura da classe trabalhadora os acolherá e perdoará.
P: Então, em um país socialista, a forma da ditadura da classe trabalhadora é sempre a mesma?
R: Não. A forma da ditadura da classe trabalhadora varia conforme o ambiente histórico e as condições de cada país. Até agora, conhecemos duas formas: uma é a soviética, e a outra é a democracia popular. Claro, não podemos afirmar com certeza que não surgirão outras formas no futuro. No entanto, o ponto a ser enfatizado aqui é que, independentemente da forma que ela assuma, a essência da ditadura da classe trabalhadora permanece a mesma.
2. Como surgiu e se desenvolveu a ditadura democrática popular?
P: Então, sob quais condições e ambiente históricos surgiu a democracia popular, fazendo com que ela seja diferente da forma soviética?
R:Para explicar essa questão, devemos entender o caminho da transição do capitalismo para o socialismo. Como já mencionado, a classe capitalista tenta, por meios ocultos, preservar o sistema capitalista por um longo tempo, recorrendo a manobras, ataques e propaganda falsa. No entanto, isso está destinado ao fracasso, pois o mundo, no futuro, inevitavelmente se tornará uma sociedade comunista. Isso ocorre porque é a lei do desenvolvimento social, e ninguém pode impedir esse caminho.
Então, como isso acontece e em que ordem? Todos os países do mundo se tornarão socialistas ao mesmo tempo?
Não, não é assim. Entre todos os países, primeiro um ou alguns países terão a vitória da revolução socialista. Esses primeiros países vencedores se tornarão o centro e a base para impulsionar o avanço do comunismo no mundo todo. Ou seja, esses países serão o núcleo, a vanguarda e a linha de frente na realização da revolução socialista global, derrubando o sistema capitalista e levando a revolução socialista adiante em todo o mundo. Assim, com esses países como base, os outros países irão gradualmente se afastar do capitalismo, até que, finalmente, o mundo inteiro se torne socialista e comunista.
O primeiro país no mundo a ter a vitória da revolução socialista foi a União Soviética. A União Soviética, após vencer na revolução, se fortaleceu progressivamente e se tornou o centro do movimento socialista. Com o apoio e a influência da União Soviética, os movimentos revolucionários em vários países se intensificaram, o que fez o capitalismo enfraquecer e se encontrar em uma situação crítica, caminhando para sua destruição.
Além disso, após a Segunda Guerra Mundial, com a força decisiva da União Soviética, os países fascistas como a Alemanha, Japão e Itália foram derrotados, o que enfraqueceu consideravelmente o bloco capitalista. As relações no mundo tornaram-se extremamente favoráveis ao lado socialista. Esse foi o ambiente histórico que favoreceu o surgimento de países de democracia popular na Europa Oriental e na Ásia, permitindo que vários países realizassem suas revoluções socialistas de maneira mais favorável.
P: Sem a vitória da União Soviética, os países de democracia popular não teriam surgido, correto?
R: Sim, isso mesmo. Sem a vitória da União Soviética, seria impensável o surgimento dos países de democracia popular. Durante a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética libertou vários países do domínio fascista. Assim, foi possível estabelecer a democracia popular nesses países. Isso, é claro, refere-se ao aspecto internacional.
No entanto, uma revolução não pode ter sucesso apenas com condições externas; deve haver necessariamente uma luta revolucionária interna. Portanto, a natureza da revolução desses países é principalmente determinada pelas condições internas de cada um. Em particular, as relações entre as classes dentro do país têm um significado fundamental.
P: Então, como eram as condições internas desses países e as relações entre as classes?
R: Nos países de democracia popular da Europa, antes da libertação, esses países estavam subordinados à Alemanha fascista. Nos países de democracia popular da Ásia, antes da libertação, estavam principalmente sob a ocupação do imperialismo japonês.
Como mencionei no início, o fascismo é uma política reacionária e brutal dos grandes monopólios capitalistas. Os fascistas da Alemanha, Japão e Itália, dentro de seus próprios países, exploravam cruelmente os trabalhadores e camponeses, enquanto, no exterior, invadiam outros países, tornando-os colônias e escravizando seus povos. Os países invadidos perderam sua independência, e, sob o regime fascista, não havia sequer uma pitada de democracia ou liberdade. Trabalhadores e camponeses eram desprezados e oprimidos, sendo tratados como sub-humanos. A política implementada era verdadeiramente desumana e bárbara. Isso é algo que vivenciamos de forma dolorosa sob o domínio colonial. Assim, o imperialismo fascista arrancou a liberdade e independência desses países, bloqueando seu desenvolvimento.
No entanto, os proprietários de terras e grandes capitalistas desses países, ou seja, os capitalistas subordinados, se alinharam ao lado dos imperialistas e dos ocupantes fascistas. Os proprietários de terras e grandes capitalistas não se importavam com o destino de seu próprio país, contanto que seguissem o que fosse vantajoso para eles. Assim, eles se aliaram aos ocupantes estrangeiros e, de várias maneiras, ajudaram a explorar e oprimir o povo de seu país, enquanto, ao mesmo tempo, se beneficiavam da proteção dos ocupantes. Esses indivíduos se tornaram aliados dos imperialistas fascistas. Portanto, o destino desses indivíduos está intimamente ligado ao funcionamento do imperialismo fascista. Quando o imperialismo fascista cair, eles também cairão com ele, sendo uma consequência inevitável.
Assim, entre os capitalistas, os capitalistas subordinados se aliaram ao imperialismo fascista e venderam seu país e seu povo, enquanto alguns pequenas e médios capitalistas nacionais, que não eram subordinados, se opuseram ao fascismo. Por que isso aconteceu? Porque os pequenos e médios capitalistas precisavam vender seus produtos no mercado interno e obter lucros, mas os imperialistas estrangeiros e seus lacaios monopolizaram o mercado interno, o que criou um conflito de interesses com os fascistas. Assim, esses capitalistas, embora com algumas diferenças entre os países, participaram em grande número dos movimentos para libertar seus países do imperialismo fascista, ou seja, nas lutas contra o fascismo.
No entanto, eles não puderam, nem tampouco se tornaram, as forças diretivas dessa revolução. Mesmo entre os camponeses e artesãos da classe dos pequenos proprietários, que se opuseram ao imperialismo fascista, eles não desempenharam um papel principal, pois não eram suficientemente revolucionários nem tinham a capacidade de liderar de maneira eficaz. Isso aconteceu porque, embora possuíssem alguma propriedade, o que os fazia hesitar em relação à revolução, eles eram dispersos e careciam de organização.
P: Então, quem eram as principais forças dessa luta revolucionária?
R: A única classe que poderia ser a principal força e liderança dessa revolução era a classe trabalhadora. Essa classe estava sendo duplamente e triplamente oprimida pelo imperialismo fascista e pelos latifundiários e capitalistas subordinados aliados a ele, e vivia nas condições mais miseráveis e degradantes.
Primeiramente, derrotar o imperialismo fascista e os latifundiários e capitalistas subordinados aliados a ele, para alcançar a independência do país, era uma medida vantajosa e necessária para a libertação da classe trabalhadora. Ao se opor a essas forças imperialistas estrangeiras, a luta também levou à eliminação das relações feudais internas, como as dos latifundiários. Ou seja, foi necessário realizar uma revolução antifeudal. A classe trabalhadora, devido à sua posição de classe, sua natureza revolucionária, organização e capacidade de liderança, se colocou à frente dessa revolução.
A classe trabalhadora, encarregada da missão de eliminar toda exploração e opressão e de construir uma sociedade comunista, liderou essa revolução. No entanto, essa revolução não poderia terminar apenas como uma revolução antifeudal. Ela deveria, inevitavelmente, avançar para o socialismo. Isso é, em essência, o que caracteriza a revolução democrática popular.
Na prática, os trabalhadores de vários países da Europa, como a Polônia, Tchecoslováquia, Bulgária, Romênia, Albânia, a República Democrática Alemã, e também países da Ásia, como a Coreia, China, Vietnã, entre outros, triunfaram na revolução democrática popular sob a liderança da classe trabalhadora. À frente dessa luta estavam os partidos comunistas e os partidos operários, que haviam se fortalecido na luta e recebiam o fervoroso apoio e carinho do povo, liderando a revolução com sucesso.
Enquanto avançava com a revolução, a classe trabalhadora não agiu sozinha, mas uniu todas as forças possíveis ao seu redor. Assim, ela conseguiu reunir todas as forças patrióticas e democráticas que se opunham ao fascismo e desejavam a independência nacional, formando uma frente única pela democracia e a unificação do país. Essa frente única incluiu camponeses, a pequena burguesia urbana, intelectuais e capitalistas nacionais que se opunham ao fascismo. Na liderança dessa frente única, estavam os partidos comunistas e operários, com o núcleo central sendo a aliança entre a classe trabalhadora e os camponeses.
No entanto, a classe trabalhadora desses países não apenas uniu todas as forças possíveis dentro de seus próprios países para organizar a frente única, mas também se apoiou em todas as forças com as quais podia se unir no exterior. Em particular, a classe trabalhadora desses países se uniu firmemente com a União Soviética. A União Soviética forneceu a máxima ajuda possível, e essa ajuda teve um significado crucial para o sucesso da revolução democrática popular.
A União Soviética, com seu exército, libertou diretamente vários países da Europa Central e do Sudeste, assim como o nosso país. E não foi apenas isso. A grande União Soviética continuou ajudando incansavelmente, com dedicação sincera, para que os povos desses países alcançassem sua independência nacional e conseguissem realizar uma grande transformação social e econômica.
O exército soviético respeitou a soberania desses países, ajudando as massas trabalhadoras, incluindo a classe trabalhadora, a conquistar a vitória na revolução de forma mais fácil.
Além disso, o exército soviético deu grande ajuda no fortalecimento do poder das massas trabalhadoras e no aumento da sua confiança em relação à vitória. Enquanto os imperialistas estadunidenses e britânicos tinham planos de interferir nos assuntos internos desses países, a União Soviética frustrou esses planos, protegendo-os da pressão imperialista.
Os povos desses vários países realizaram vitoriosamente a revolução democrática popular sob a direção do Partido Comunista ou do Partido Trabalhista (ou do Trabalho), aproveitando as condições favoráveis proporcionadas pelo exército que os ajudou.
P: Então, como foi a situação em nosso próprio país?
R: Agora, falarei de forma detalhada sobre a situação e a luta revolucionária de nosso país.
A grande Revolução Socialista de Outubro inspirou o povo coreano a lutar contra a opressão e exploração do imperialismo japonês. Após a Revolução de Outubro, a ideologia marxista-leninista começou a se espalhar gradualmente em nosso país. Sob a influência da Revolução de Outubro, em 1919, ocorreu o levante popular de 1º de março, de caráter nacional. Naquela época, os nacionalistas burgueses abandonaram a luta e se entregaram ao imperialismo japonês, a maioria se alistando ao lado deste. Com isso, o período do movimento nacionalista burguês, que buscava estabelecer um Estado independente sob o sistema capitalista, chegou ao fim. A partir desse momento, foram as massas trabalhadoras, lideradas pela classe trabalhadora, que passaram a conduzir o movimento de libertação nacional.
Na década de 1930, com o agravamento da repressão brutal do imperialismo japonês, a luta da classe trabalhadora e dos camponeses da Coreia se intensificou ainda mais. Sob a liderança do Marechal Kim Il Sung, os sólidos comunistas organizaram corretamente a luta revolucionária das massas populares e transformaram a resistência em uma nova forma de luta armada. Assim, a luta pela libertação nacional foi conduzida de maneira gloriosa, contra-atacando a repressão imperialista com forças armadas.
Nesse processo de luta, o Marechal Kim Il Sung organizou uma poderosa frente única contra o imperialismo japonês, reunindo todas as classes sociais, com a classe trabalhadora e a aliança operária-camponesa como núcleo central. Foi assim que a pátria foi libertada.
Além disso, o Marechal Kim Il Sung organizou uma ampla frente única anti-imperialista, unificando todas as forças patrióticas, ao mesmo tempo em que fortaleceu os laços com a União Soviética e, juntamente com o povo chinês, uniu forças na luta contra o inimigo comum, o imperialismo japonês. Além disso, ele se aliou a todos os movimentos estrangeiros que apoiavam a nossa luta de libertação nacional e, com base na crescente luta internacional dos trabalhadores e na frente anti-imperialista dos povos de todo o mundo, conduziu a luta revolucionária.
Assim, os sólidos comunistas da Coreia, liderados pelo Marechal Kim Il Sung, desenvolveram de forma criativa e concreta a teoria marxista-leninista sobre a revolução dos povos coloniais, adaptando-a à realidade de nossa revolução. Dessa forma, mesmo quando a situação do nosso país era extremamente sombria, travaram uma luta prolongada por mais de 15 anos, com uma resistência inquebrantável. A tradição brilhante da luta revolucionária do povo coreano, liderada pelos comunistas íntegros, é, hoje, nosso orgulho e nossa força infinita. É essa tradição revolucionária brilhante que nos permitiu, após a libertação, realizar com sucesso a revolução socialista.
A libertação da Coreia pelo grande exército soviético abriu um novo capítulo no desenvolvimento da história do nosso país. Diante do povo coreano, foi aberta um amplo caminho para a independência nacional e o desenvolvimento democrático. Assim, a revolução coreana, que estava direcionada para a revolução democrática popular, agora possuía condições decisivas e favoráveis para alcançar a vitória.
P: Então, o que é a revolução democrática popular?
R: A revolução democrática popular é, em primeiro lugar, uma revolução na qual os povos estabelecem sua soberania, liquidam as relações de exploração do imperialismo e do feudalismo, desenvolvem o país de forma democrática e, em seguida, transitam ao socialismo. Ou seja, é uma revolução que passa por duas etapas de desenvolvimento. Para explicarmos esse processo em detalhes, seria o seguinte.
Após a queda da Alemanha nazista e do Japão imperialista, os povos da Europa e do Sudeste Asiático não queriam mais submeter-se ao destino imposto pelos reacionários. O povo aprendeu muito ao se opor ao fascismo e ao imperialismo em suas lutas. Assim, as classes trabalhadoras desses países se uniram aos camponeses e estabeleceram leis que se opunham ao fascismo e a todos os elementos reacionários. Aproveitando-se da situação favorável criada pela luta, conseguiram liquidar os regimes reacionários e estabelecer um governo popular. O estabelecimento de um governo de democracia popular significa, na prática, a derrubada do domínio dos capitalistas e a conquista do poder pelo povo, liderado pela classe trabalhadora.
Após a instauração do governo de democracia popular, as massas trabalhadoras, lideradas pela classe trabalhadora, concentraram-se na tarefa de eliminar os resquícios do feudalismo, enquanto purgavam os vestígios do fascismo e do imperialismo. Em primeiro lugar, foi realizada uma reforma agrária, redistribuindo terras aos camponeses sem terra e derrubando o sistema de propriedade fundiária dos latifundiários, eliminando assim os vestígios do feudalismo. Nos países onde, anteriormente, a política era conduzida sob a monarquia, o regime monárquico foi derrubado.
Claro, na luta contra os elementos reacionários, as massas trabalhadoras, sob a liderança da classe trabalhadora, contaram com a participação ativa das amplas massas camponesas, e uma intensa luta de classes se desenrolou. As forças reacionárias, com o apoio e ajuda dos imperialistas estrangeiros, tentaram sabotar a reforma agrária, mas seus planos foram frustrados. A implementação dessa reforma agrária não apenas completou a revolução democrática burguesa, mas também se tornou uma das condições prévias para a transição para a construção do socialismo.
No primeiro estágio da revolução, ao resolver a questão anti-imperialista e antifeudal, a classe trabalhadora nacionalizou os meios de produção dos agressores e dos capitalistas traidores, e adotou medidas para que o comércio exterior fosse controlado pelo Estado. Como mencionado na revolução democrática popular, no início dessa fase da revolução, as indústrias, os transportes, os recursos e os bancos que estavam sob o controle dos imperialistas e dos capitalistas subordinados foram transformados em propriedade estatal, ou seja, em propriedade popular. Além disso, no estágio inicial, foram organizadas cooperativas de produção, e ao centralizar os meios de produção, surgiu também a propriedade coletiva. A propriedade estatal e a propriedade coletiva das cooperativas são formas econômicas socialistas, nas quais não existem relações de exploração.
Isso se tornou uma condição preparatória para a transição do primeiro estágio da revolução democrática popular para o próximo estágio, que é o socialismo. Assim, no primeiro estágio da revolução, já foram tomadas medidas adequadas dentro de uma esfera ampla para garantir o sucesso da revolução socialista, e essas medidas foram implementadas de forma eficaz e organizada.
Dessa forma, após a resolução das questões da revolução democrática, passaram a ser incorporadas também as tarefas da revolução socialista.
P: Como ocorre a transição do primeiro estágio da revolução para a revolução socialista, e quais são os processos e métodos envolvidos?
R: Primeiramente, no governo popular, os elementos capitalistas são eliminados, e os elementos socialistas passam a dominar completamente.
No entanto, no primeiro estágio, ainda permanecem elementos capitalistas, como pequenos capitalistas, pequenos comerciantes e proprietários de terras. Esses são chamados de elementos capitalistas porque possuem capital e podem explorar os trabalhadores. Além disso, os camponeses individuais e os artesãos, que possuem seus próprios meios de produção, também podem operar de maneira capitalista.
Portanto, na revolução socialista, esses elementos capitalistas devem ser eliminados por meio de medidas como proibição, limitação, transformação ou expropriação, e os pequenos produtos dos camponeses e artesãos devem ser coletivizados e transformados de forma socialista.
O governo da classe trabalhadora, sob a liderança do Partido, adota as medidas necessárias de acordo com as condições específicas de seu país.
Com a implementação dessas medidas, os elementos capitalistas ainda remanescentes resistem de diversas formas. Nesse ponto, uma intensa luta de classes se intensifica. O governo popular, além de enfrentar os imperialistas, os capitalistas subordinados e os latifundiários, deve também fortalecer sua função de poder frente aos novos elementos reacionários que tentam resistir, tanto internos quanto externos, e contra os elementos capitalistas que buscam reagir.
Para implementar uma ditadura forte contra esses elementos reacionários, é necessário fortalecer ainda mais a vanguarda revolucionária da classe trabalhadora.
Embora, no primeiro estágio da revolução, a democracia popular tenha sido implementada sob a liderança da classe trabalhadora, ao transitar para a revolução socialista, a liderança da classe trabalhadora é ainda mais fortalecida. Nesse contexto, a classe trabalhadora, seguindo o marxismo-leninismo, fortalece suas forças e une ainda mais os camponeses e outros trabalhadores ao seu redor. Sob essas condições, o governo popular exerce as funções do governo da classe trabalhadora.
Assim, ao transitar do primeiro para o próximo estágio da revolução, não ocorre uma mudança no poder, mas sim o fortalecimento e o desenvolvimento desse poder, com um fortalecimento ainda maior do papel orientador do Partido da classe trabalhadora.
Esse processo também ocorreu no norte da Coreia após a libertação em 15 de agosto. Sob a liderança do Partido do Trabalho da Coreia, estabelecemos o governo popular, realizamos a reforma agrária, nacionalizamos as indústrias chave, adotamos leis trabalhistas, leis de igualdade de direitos entre homens e mulheres, e uma lei de imposto agrícola em produtos, além de promover a democratização das instituições de trabalho e educação. Desenvolvemos a cultura e as artes democráticas e construímos bases democráticas. Após cumprir as tarefas da revolução democrática anti-imperialista e antifeudal, passamos a realizar as tarefas da revolução socialista.
P: A formação e o desenvolvimento da democracia popular na Europa e na Ásia seguem um padrão idêntico?
R: A origem e o desenvolvimento da democracia popular variam devido às diferentes condições de cada país, resultando em diferenças na escala, sequenciamento, métodos e velocidade das tarefas revolucionárias. Por exemplo, o desenvolvimento da revolução em nosso país possui características distintas quando comparado a outros países. Da mesma forma, na China, o desenvolvimento da revolução apresenta uma particularidade notável quando comparado aos países de democracia popular na Europa.
No entanto, ao comparar de forma geral a Ásia e a Europa, pode-se observar que a Ásia possui características próprias. Os casos da Coreia, China e Vietnã, por exemplo, são marcados pelo fato de esses países terem sido, anteriormente, colônias ou semicolônias, e por ainda possuírem vestígios feudais extremamente fortes. Por isso, as tarefas da revolução democrática, de caráter geral, foram muito mais amplas nesses países do que nos países europeus. Na Europa, a implementação das tarefas da revolução democrática foi concluída em um período relativamente curto após a libertação, com algumas variações de velocidade entre os países, e logo depois iniciou-se a transição para a revolução socialista.
P: Qual é o progresso da revolução democrática popular em nosso país?
R: A revolução em nosso país possui características próprias em comparação com as revoluções de outros países. Em relação à natureza, ao impulso e às tarefas da nossa revolução, o camarada Kim Il Sung esclareceu de forma científica e precisa durante a reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, em abril de 1955.
Após a libertação de nosso país pelo exército soviético, o povo coreano passou a desfrutar de verdadeira liberdade, iniciando o caminho para a independência e para a felicidade e prosperidade de sua pátria. No norte do país, sob a liderança do nosso Partido, o governo popular implementou várias reformas democráticas, estabelecendo uma base revolucionária democrática. No entanto, com a ocupação do sul pelo regime imperialista e a formação de forças reacionárias que se opõem à reunificação da Coreia, a revolução coreana se tornou mais complexa, difícil e prolongada. Devido à ocupação imperialista do sul, ainda não conseguimos alcançar a reunificação. Assim, no norte da República, completamos as tarefas da revolução anti-imperialista e antifeudal e estamos atualmente construindo o socialismo, enquanto o sul ainda permanece na condição de uma colônia. Contudo, com o crescimento da construção socialista, a política de reunificação da pátria, proposta pelo nosso Partido, será realizada.
P: Em que aspectos a ditadura da classe trabalhadora, na forma de democracia popular, difere da forma soviética?
R: A democracia popular e o soviete, ambos, são formas de ditadura da classe trabalhadora, e seu conteúdo é essencialmente o mesmo. No entanto, ao comparar o soviete e a democracia popular, existem algumas diferenças.
Como já mencionado acima, a democracia popular tem, em seu desenvolvimento, duas etapas: a revolução democrática anti-imperialista (antifascista) e antifeudal, e a revolução socialista.
A seguir, a característica da ditadura da democracia popular é que ela se baseia na mesma frente única, que surgiu na luta de libertação nacional. Nessa frente única, estão incluídos partidos de diversas orientações, incluindo partidos burgueses e pequenos-burgueses, que se alinham com o Partido Comunista na luta contra os invasores imperialistas.
Na União Soviética, há apenas um partido comunista. No entanto, nos países de democracia popular, existem vários partidos, além do Partido Comunista e do Partido do Trabalho. Por exemplo, na Albânia, além do Partido Comunista Unificado, existem o Partido dos Camponeses e o Partido Democrático. Na Checoslováquia, além do Partido Comunista, existem o Partido Socialista, o Partido Popular e outros. Na Hungria, além do Partido Comunista, há o Partido dos Camponeses, o Partido dos Direitos do Povo, entre outros. Em nosso país, além do Partido do Trabalho, existem o Partido Chongu e o Partido Democrata. O que se entende por isso é a realização da tarefa da ditadura da classe trabalhadora sob a condição de multipartidarismo. Esta é uma diferença em relação ao soviete.
Outra característica do sistema de democracia popular é que ele possui uma frente única que abrange vários partidos.
Como esses vários partidos abrangem todas as camadas da sociedade, a frente única se torna uma nova forma de organização da aliança entre a classe trabalhadora, os camponeses, os artesãos urbanos, a intelectualidade e a pequena burguesia urbana.
Exemplos disso incluem o Frente Patriótica da Bulgária, o Frente de Democracia Popular da Romênia, a Frente Nacional da Tchecoslováquia e a da Albânia, o Frente Popular da Grécia, a Frente Única Democrática para a Reunificação Nacional de nosso país, e a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Essas frentes unificadas têm como objetivo garantir a vitória da revolução e a construção do socialismo, sob a liderança da classe trabalhadora, unindo as forças de todos os trabalhadores e rompendo com as divisões entre eles.
Essas diferenças mencionadas são as principais distinções entre a forma soviética e a forma de democracia popular no que diz respeito à liderança da classe trabalhadora.
No entanto, as diferenças entre as duas não são essenciais. Elas surgem apenas como diferenças formais, decorrentes de contextos históricos e condições distintas. No que diz respeito à função de liderança da classe trabalhadora em nível nacional, ambas desempenham o mesmo papel.
3. Qual é a função desempenhada pela ditadura democrática popular?
P: Então, qual é a função da ditadura democrática popular?
R: A ditadura democrática popular, em essência, desempenha a função de uma ditadura da classe trabalhadora.
Sua principal tarefa é, principalmente, a classe trabalhadora exercer diretamente a repressão das forças reacionárias. Ou seja, internamente e internacionalmente, ela deve se opor aos elementos antirrevolucionários e fazer a revolução avançar. No processo de desenvolvimento da revolução da democracia popular, a luta entre o proletariado e os elementos antirrevolucionários, como os aristocratas e proprietários de terra, se intensifica. As classes exploradoras, cujos interesses estão em jogo, frequentemente tramam conspirações cruéis para destruir a revolução. Portanto, para defender e desenvolver a revolução, é necessário deter e punir esses indivíduos, evitando que grupos de oposição possam resistir, destruindo-os completamente. Ou seja, as manifestações de resistência e atos contrarrevolucionários dos exploradores devem ser esmagados sem piedade.
No entanto, nos países de democracia popular, existem diferenças na forma e no alcance das medidas que restringem os direitos democráticos dos capitalistas, em comparação com os casos passados. Após a revolução, no caso de alguns exemplos históricos, os capitalistas se opuseram ferozmente ao governo revolucionário, razão pela qual o governo revolucionário não lhes concedeu o direito de voto nem permitiu sua participação na vida política. No entanto, nos países de democracia popular, não se retira o direito de voto dos capitalistas nacionais, permitindo-lhes participar da vida política. Esse é um dos aspectos característicos do modelo.
Contudo, isso não significa que se permita que os capitalistas se oponham ao socialismo ou que se lhes ofereça uma "tolerância" ou tratamento brando. Também não significa que se permita que grupos que proclamam a chamada "democracia burguesa" enfraqueçam ou destrua a ditadura da classe trabalhadora. Se, em vez de instaurar a democracia socialista, se tentarem restaurar a democracia burguesa, isso será enfrentado com uma luta implacável.
Hoje, os países de democracia popular estão todos esmagando a resistência dos exploradores e desmascarando e erradicando conspirações contrarrevolucionárias, enquanto conduzem uma luta rigorosa e implacável contra os espiões e agentes do imperialismo, bem como contra atos subversivos. As instituições de segurança interna, os tribunais e os campos de reeducação estão sendo mobilizados para essa tarefa. Nos países de democracia popular, não apenas se reprime os elementos contrarrevolucionários internos, mas, considerando que os imperialistas estrangeiros também abominam a democracia popular e, de várias formas, tentam minar esses países, as forças armadas populares estão sendo organizadas para fortalecer a defesa nacional. Assim, o país e o povo são protegidos contra agressões externas. A força popular é a principal arma da democracia popular para repelir os inimigos vindos de fora. No entanto, os países de democracia popular não realizam essa função de forma isolada.
Além disso, os países de democracia popular, ao desenvolverem sua própria revolução, também buscam garantir o avanço e a vitória das revoluções em todo o mundo, fortalecendo sua aliança com os países socialistas, centrados na União Soviética. Simultaneamente, apoiam e estimulam a luta da classe trabalhadora contra o imperialismo em outros países.
Os países de democracia popular desempenham com sucesso as funções da ditadura da classe trabalhadora, em grande parte graças ao apoio significativo da União Soviética. Isso não se deve apenas ao fato de seguir a excelente experiência desse país, mas também ao fato de que é somente por meio de uma estreita colaboração com a União Soviética que é possível realizar com sucesso as funções da ditadura da classe trabalhadora.
As grandes funções internas e externas de um Estado, como os ideais de um país, existiam também em Estados de sociedades escravistas, feudais e capitalistas. No entanto, as funções do Estado sob a liderança da classe trabalhadora são fundamentalmente diferentes das funções dos Estados anteriores. Os Estados anteriores tinham como objetivo a opressão dos trabalhadores pela minoria exploradora. Por outro lado, as funções do Estado da classe trabalhadora visam suprimir a minoria exploradora e garantir os interesses das grandes massas do povo trabalhador.
A ditadura da democracia popular, além de desempenhar essa função, também cumpre outras importantes tarefas. Ela fortalece a aliança entre a classe trabalhadora e os camponeses, envolve os trabalhadores na construção socialista, organiza a economia socialista e forma os trabalhadores com a ideologia socialista. Essas funções, certamente, não existiam nos Estados anteriores.
P: Então, por favor, fale sobre como fortalecer a aliança operária-camponesa para que se envolvam na construção da economia socialista.
R: A classe trabalhadora, devido à sua posição, é a mais radical e revolucionária na luta contra toda forma de exploração e opressão, com o objetivo de construir uma sociedade socialista sem exploração. Os camponeses e artesãos, por interesse próprio, também se opõem à exploração e opressão dos latifundiários e capitalistas, podendo assim se unir a essa luta. A luta resoluta da classe trabalhadora representa os interesses fundamentais e comuns de todos os trabalhadores explorados, que sofrem a exploração e opressão dos latifundiários e capitalistas. Em particular, os camponeses pobres e trabalhadores rurais, ao se unirem à classe trabalhadora, poderão resolver seus problemas fundamentais e escapar da exploração dos latifundiários e capitalistas, alcançando uma vida feliz.
Neste contexto, a classe trabalhadora pode se aliar aos camponeses na revolução socialista, bem como a outros trabalhadores explorados. Por isso, o camarada Lenin afirmou que a ditadura da classe trabalhadora é uma forma especial de aliança entre a classe trabalhadora e as massas trabalhadoras, especialmente os camponeses.
Assim, as amplas massas trabalhadoras apoiam incondicionalmente o governo popular liderado pela classe trabalhadora. Esse apoio não pode ser encontrado nos Estados de proprietários de terras, nos Estados feudais ou capitalistas, sendo, portanto, fundamentalmente diferente deles. O Estado das classes exploradoras limita severamente os direitos políticos dos trabalhadores e os impede de participar dos assuntos do Estado. Já o governo popular incentiva mais ativamente a participação das massas trabalhadoras. Dessa forma, a aliança entre a classe trabalhadora e os camponeses, juntamente com todas as massas trabalhadoras, se fortalece, e o governo popular se fortalece também. Assim, a aliança entre a classe trabalhadora e os camponeses se torna a base inabalável do sistema socialista e da democracia popular.
Portanto, como podemos ver aqui, a classe trabalhadora reprime violentamente a resistência da classe exploradora, mas, em relação aos camponeses, artesãos e outros trabalhadores, lidera e os orienta, utilizando métodos de educação e persuasão para envolvê-los na construção do socialismo. O objetivo da classe trabalhadora é implementar de forma completa a democracia socialista entre as massas trabalhadoras, enquanto ela, juntamente com os camponeses, constrói o socialismo.
A economia socialista é a base fundamental do regime liderado pela classe trabalhadora. Por isso, a construção da economia socialista é de extrema importância.
P: Como é feita a construção dessa economia?
R: Primeiramente, o próprio Estado da ditadura da classe trabalhadora é visto como o organizador da economia socialista. O Estado socialista ou o Estado de democracia popular organiza e administra a economia popular, desenvolvendo-a de forma planificada e equilibrada.
Essa é uma das funções importantes que o Estado da ditadura da classe trabalhadora desempenha, diferenciando-se dos Estados anteriores. Os Estados das classes exploradoras não podem cumprir essa função. Por exemplo, nos países capitalistas, o próprio Estado, em princípio, não possui os meios de produção essenciais, o que impede a organização e gestão da economia. Além disso, como o poder estatal está nas mãos dos capitalistas, o Estado serve apenas como uma instituição para gerir os interesses dos capitalistas, ou seja, é uma ferramenta de dominação dos capitalistas. Por isso, o Estado não pode organizar e gerenciar a economia de forma planificada e equilibrada. Isso ocorre porque os capitalistas monopolizam os meios de produção e, visando apenas seus próprios interesses, oprimem e exploram os trabalhadores, produzindo sem planejamento, de forma caótica.
Em contraste, nos países da ditadura da classe trabalhadora, ou seja, nos países socialistas e de democracia popular, o Estado possui os meios de produção essenciais e também os meios de produção são de propriedade coletiva dos trabalhadores, que organizam a produção de forma cooperativa. Como o povo é o verdadeiro proprietário do Estado, ele pode desenvolver a economia popular de maneira planificada e equilibrada, garantindo que os produtos e os benefícios da economia sejam voltados para o bem-estar da população.
O fato do Estado da ditadura da classe trabalhadora possuir os meios de produção essenciais e organizar cooperativas para gerir a economia popular decorre do próprio objetivo fundamental do Estado. Isso está diretamente relacionado à missão do Estado socialista, que visa servir aos interesses das massas trabalhadoras e garantir a construção de uma sociedade sem exploração.
Como já mencionado, a classe trabalhadora tem a missão de eliminar toda forma de exploração e construir uma sociedade socialista e comunista sem classes. Por isso, após a vitória na revolução, o governo da classe trabalhadora toma os meios de produção dos latifundiários e capitalistas, transferindo-os para a propriedade do Estado ou para o controle coletivo através de outros métodos. Isso ocorre porque, quando os meios de produção são de propriedade privada, os proprietários têm o poder de dominar a produção e explorar os trabalhadores. Quando os meios de produção são de propriedade do Estado ou de propriedade coletiva do povo, os produtores estão em uma posição igualitária e cooperativa, e os produtos são distribuídos de acordo com o trabalho realizado. Nesse sistema, não há relações de subordinação ou exploração. Além disso, ao organizar cooperativas entre camponeses e artesãos, e ao tornarem as ferramentas de produção ou outros meios de trabalho propriedade comum, elimina-se, da mesma forma, qualquer relação de dominação, opressão ou exploração, como ocorre sob a propriedade estatal.
Assim, os meios de produção que são coletivamente possuídos, seja pelo Estado ou por cooperativas, são chamados de propriedade socialista, e a forma de organização econômica baseada nessa propriedade é chamada de forma econômica socialista. Isso é considerado um componente ou elemento socialista na economia popular.
Em contraste, a forma econômica em que os meios de produção são de propriedade privada dos capitalistas e os trabalhadores são explorados é chamada de forma econômica capitalista. Essa forma econômica representa um componente ou elemento capitalista na economia.
Portanto, o regime da ditadura da classe trabalhadora destrói a propriedade privada dos capitalistas, que é a fonte da exploração, e derruba a economia capitalista para estabelecer a economia socialista. Nos casos em que a propriedade capitalista não é expropriada imediatamente, os elementos capitalistas podem ser utilizados de maneira controlada, sendo limitados por impostos ou outros métodos para evitar sua expansão. Além disso, através da economia estatal ou das cooperativas, esses elementos são gradualmente transformados de forma socialista.
Essa transformação é realizada com base na fundação econômica em que o Estado da ditadura da classe trabalhadora prioriza o desenvolvimento da indústria pesada, promove a industrialização do país e a cooperativização na agricultura, tornando-a coletiva.
Assim, a economia socialista não surge de forma espontânea ou automática, mas é organizada e desenvolvida através das funções do Estado da ditadura da classe trabalhadora e pela implementação de suas políticas. No entanto, mesmo em Estados da ditadura da classe trabalhadora, os métodos de construção da economia socialista podem variar dependendo das condições históricas e objetivas de cada país.
Por exemplo, na União Soviética, após a Revolução de Outubro, os bens dos capitalistas foram imediatamente expropriados e transferidos para a propriedade estatal. No entanto, nos países de democracia popular, isso foi feito de forma gradual e em várias etapas. No nosso país, inicialmente, os principais setores industriais, de transporte, comunicação e bancos, que estavam sob o controle dos imperialistas japoneses e traidores da nação, foram expropriados, resultando na formação de uma economia socialista. Em seguida, iniciou-se o processo de transformação dos elementos capitalistas por meio de métodos de uso, limitação e reforma socialista. Na República Popular da China, o Estado passou a administrar as empresas dos capitalistas junto com eles. Os capitalistas recebiam compensação pelos seus bens e, enquanto trabalhavam nas empresas, eram remunerados por seu trabalho. Após um período determinado, a propriedade se tornava do Estado. Esse método é conhecido como "propriedade conjunta estatal-privada".
A diferença nos métodos de erradicação dos elementos capitalistas e na construção da economia socialista entre a União Soviética e os países de democracia popular surge porque, na União Soviética, o socialismo foi construído isoladamente sob o cerco do capitalismo, enquanto nos países de democracia popular o socialismo se tornou um sistema global, com relações revolucionárias mais favoráveis à classe trabalhadora, e com o apoio da União Soviética. Isso fez com que os países de democracia popular tivessem uma vantagem significativa em comparação com a União Soviética.
Além disso, na construção do socialismo, não só é necessário destruir as estruturas capitalistas e transformar os elementos capitalistas de forma socialista, como também é crucial transformar a consciência das pessoas de maneira socialista. Não é possível construir o socialismo com uma mentalidade capitalista. Mesmo após a eliminação do sistema capitalista, ainda permanecem nas mentes das pessoas os vestígios das antigas ideias capitalistas. O egoísmo, o individualismo, a falta de planificação estatal, o consumo irracional, o liberalismo, o burocratismo, o localismo, o familismo, o sectarismo — todas essas são expressões de velhas ideias. Esses elementos são extremamente prejudiciais à construção do socialismo, por isso, o Estado da democracia popular se empenha em erradicar os resquícios dessas velhas ideias e educar os trabalhadores com ideias socialistas.
P: Como se realiza o trabalho de educação socialista aos trabalhadores?
R: Primeiramente, educa-se os trabalhadores para que amem os ganhos do socialismo alcançados pela luta das massas do povo trabalhador, defendam com zelo o sistema estatal socialista e lutem contra toda forma de exploração e opressão. Além disso, ensina-se a respeitar e a amar as coisas belas e as nobres tradições do seu país, reconhecendo que tudo isso pertence ao povo e serve para garantir a vida feliz do povo.
Ao mesmo tempo, a construção do socialismo nos países populares democráticos de hoje deve ser conduzida com ênfase na amizade e solidariedade proletária, reforçando a unidade com os países socialistas centrados na União Soviética, para que possa avançar de forma bem-sucedida. Isso também fortalece a unidade e o poder do campo socialista. Além disso, deve-se reforçar a educação sobre o pensamento do internacionalismo proletário entre os trabalhadores e intensificar o trabalho de educação no patriotismo socialista, para que as massas do povo trabalhador, como donas do próprio país, amem sua pátria e fortaleçam a solidariedade internacionalista.
Além do trabalho de educação aos trabalhadores, deve-se também elevar o nível cultural e técnico das massas populares. Nesse aspecto, é especialmente significativo fomentar de forma sincera o desenvolvimento da cultura e das habilidades técnicas. A construção do socialismo não pode ser realizada com êxito sem um alto nível cultural. Isso é algo que conhecemos bem na nossa realidade.
A revolução democrática popular de nosso país não apenas transformou as relações sociais, políticas e econômicas das pessoas, mas também iniciou uma revolução cultural. Fundamentavelmente, alterou o mundo espiritual das pessoas. O analfabetismo foi erradicado, o sistema de educação obrigatória foi implementado, e uma nova geração de intelectuais foi formada. Isso resultou no desenvolvimento da literatura, das artes e das ciências. Hoje, nosso povo está elevando ainda mais o nível técnico para o cumprimento bem-sucedido do Primeiro Plano Quinquenal e promovendo a educação no patriotismo socialista.
Como visto acima, a ditadura democrática popular, que exerce a função de ditadura da classe trabalhadora, desempenha o papel de suprimir a contrarrevolução, defender as mais altas instituições do Estado, organizar a economia do país e elevar o nível cultural e educacional dos trabalhadores. Com isso, vimos basicamente quais funções a ditadura democrática popular, uma forma política da ditadura da classe operária, exerce. Essa ditadura democrática popular é realizada por meio de várias organizações.
P: A ditadura democrática popular é realizada por meio de quais instituições?
R: A ditadura democrática popular realiza suas tarefas por meio de várias organizações, e quem a orienta é o Partido Comunista ou o Partido do Trabalho. A ditadura democrática popular, como uma forma de ditadura da classe trabalhadora, só pode ser realizada sob a direção do partido marxista-leninista. Sem a direção do partido, a ditadura da classe trabalhadora é impossível.
O Partido Comunista ou o Partido do Trabalho realiza esse trabalho de orientação através das organizações de massa dos trabalhadores e das estruturas do Estado. Entre as organizações que praticam a ditadura da classe trabalhadora, o Poder Popular é a que a expressa diretamente, enquanto os sindicatos, cooperativas, a União da Juventude e a Frente Única contribuem para sua implementação.
Primeiramente, vamos analisar o papel do Poder Popular. Como todos sabem, o Poder Popular engloba as amplas massas populares, incluindo trabalhadores, camponeses, intelectuais e as classes médias. O Poder Popular é liderado pela classe trabalhadora e busca unificar todos os residentes por meio de métodos que obrigam a conformidade com a vontade e as decisões do poder estatal, que representa os interesses e a vontade do povo. Portanto, o Partido Comunista ou o Partido do Trabalho realiza com sucesso a ditadura democrática popular por meio do Poder Popular. O Poder Popular exerce a liderança estatal das massas trabalhadoras, incluindo os camponeses, e desempenha um papel importante ao unir o partido e as massas do povo trabalhador.
A ditadura da classe trabalhadora executa todas as suas tarefas diretamente por meio do Poder Popular. Ou seja, através de órgãos internos, como a polícia e os serviços de segurança, ela se opõe aos inimigos internos e externos e fortalece a vitória da revolução. Através das instituições econômicas do Poder Popular, ela organiza e gerencia a economia do país, e por meio das instituições culturais e educacionais, promove a educação dos trabalhadores. Portanto, o Poder Popular implementa diretamente a ditadura democrática popular, que é a forma da classe trabalhadora exercer o poder.
Os sindicatos são uma excelente escola do comunismo, unindo trabalhadores e funcionários de diversas profissões. Os sindicatos, ao reunir amplamente trabalhadores e funcionários em torno do partido e do governo, garantem que as tarefas específicas da classe trabalhadora sejam bem executadas. Além disso, organizam amplamente o movimento de educação dos trabalhadores e funcionários na construção do socialismo, promovendo a formação deles com base no ideal socialista.
As cooperativas reconstroem socialmente os camponeses e artesãos, integrando-os à construção socialista, assim ajudando na ditadura da classe trabalhadora.
Além disso, a ditadura da classe trabalhadora, com o apoio da União da Juventude, educa os jovens com o espírito socialista. A União da Juventude, como reserva confiável do Partido, desempenha um papel importante na construção socialista.
Em seguida, como uma organização que implementa a ditadura democrática popular, temos a frente única. Diversos partidos e organizações, incluindo o Partido Comunista e o Partido do Trabalho, fazem parte da frente única, apoiando o Poder Popular e lutando para implementar suas políticas. O papel de liderança é desempenhado pelo Partido Comunista ou pelo Partido do Trabalho. Sob a direção desses partidos, a frente única realiza de forma eficaz as funções da ditadura democrática popular.
Como podemos ver acima, o Partido Comunista e o Partido do Trabalho, por meio do Poder Popular, sindicatos, cooperativas, União da Juventude e frente única, orientam as atividades dessas organizações para a realização da ditadura democrática popular. O Partido Comunista ou o Partido do Trabalho estabelece o que o Poder Popular deve fazer e como deve atuar, e também orienta os órgãos estatais, as organizações de trabalhadores e as frentes únicas quanto à direção que devem seguir em suas tarefas.
O partido, acima de tudo, estabelece a linha política e define as tarefas a serem realizadas nos campos político, econômico e cultural, determinando a natureza e a direção dessas atividades. Ou seja, o partido orienta a política do Estado e a direção em que o poder estatal deve atuar, ensinando os métodos e meios para a realização dos objetivos fundamentais da ditadura democrática popular.
O Partido Comunista e o Partido do Trabalho supervisionam o trabalho dos órgãos estatais e das organizações de trabalhadores, corrigindo pontos errados e garantindo que as decisões do partido e do governo sejam implementadas corretamente. No entanto, isso não significa que o Partido substitua o Poder Popular ou as organizações de trabalhadores. O Partido tem a intenção de orientar o trabalho dessas organizações. A ditadura da classe trabalhadora é implementada por meio do Poder Popular e das organizações de trabalhadores. Sob essa liderança única do Partido, o socialismo é construído com sucesso.
A orientação do Partido, ao concentrar os esforços das massas do povo trabalhador, liderada pela classe trabalhadora, em uma direção específica, permite que a ditadura da classe trabalhadora seja executada com sucesso.
Sem a direção do Partido, nem a ditadura da classe trabalhadora nem a construção do socialismo podem ser garantidas.
Nos países de democracia popular, existem vários partidos além do Partido Comunista e do Partido do Trabalho. No entanto, os partidos que exercem a liderança e o papel orientador nesses países são o Partido Comunista e o Partido do Trabalho. Isso ocorre porque, em primeiro lugar, o Partido Comunista e o Partido do Trabalho são organizações compostas por trabalhadores revolucionários, avançados tanto do ponto de vista de classe quanto político, que se destacam como a forma mais alta das organizações de trabalhadores.
O Partido Comunista e o Partido do Trabalho são orientados pela teoria marxista-leninista e são organizações compostas pelas pessoas mais qualificadas da classe trabalhadora. Como são capazes de formar líderes que podem orientar todas as organizações da classe trabalhadora, e com sua experiência e autoridade conquistada entre as massas, conseguem centralizar a luta da classe trabalhadora. Assim, são capazes de guiar com sucesso as grandes tarefas da ditadura da classe trabalhadora. A forma como a ditadura democrática popular alcança grandes conquistas sob a direção do Partido da classe trabalhadora é evidenciada pela nossa realidade.
Hoje, a liberdade, a felicidade e todas as conquistas alcançadas pelo povo coreano foram realizadas e garantidas pelo papel e pela função da ditadura democrática popular sob a liderança de nosso Partido. Sob a ditadura democrática popular, nosso país, assim como outros países socialistas, tornou-se o país mais democrático da história da humanidade. Nossa revolução democrática popular transformou o povo coreano, que antes sofria com a opressão, exploração e privação, em dono de sua própria pátria, permitindo-lhe desfrutar plenamente da liberdade, da democracia e da felicidade.
O trabalho tornou-se dignificante, as mulheres conquistaram igualdade de direitos com os homens, e operários, camponeses, mulheres e jovens participam amplamente e ativamente na administração do Estado. Não seria isso a forma mais ampla e elevada de democracia? Sabemos, através de nossa própria experiência, que a ditadura democrática popular é a forma mais alta de democracia.
Como resultado da implementação bem-sucedida da ditadura democrática popular em nossa República, conseguimos repelir as agressões militares externas e defender a liberdade, independência e honra de nossa pátria. Desde o pós-guerra até hoje, temos alcançado vitórias sucessivas na construção do socialismo. A economia popular se desenvolveu de forma impressionante, a vida do povo melhorou significativamente e a unidade política e moral das massas populares foi ainda mais fortalecida.
Durante o período do Plano Trienal pós-guerra, conseguimos restabelecer rapidamente as condições de vida do povo e recuperar a economia popular, que havia sido devastada. Assim, a produção total das indústrias estatais e cooperativas aumentou para 2,8 vezes o valor de 1949, alcançando um crescimento notável até 1957. Em 1957, a produção total de cereais ultrapassou 3,2 milhões de toneladas, estabelecendo recordes históricos. Mais de 98,6% dos lares agrícolas estavam então integrados às cooperativas agrícolas. Quanto à renda nacional, em 1956, ela aumentou 146% em relação a 1949, e em 1957, cresceu ainda 37% em relação ao ano anterior. O salário real dos trabalhadores e funcionários, assim como a renda real dos camponeses, aumentaram consideravelmente em comparação aos níveis anteriores à guerra. Com isso, a qualidade de vida do povo foi substancialmente melhorada e aprimorada.
Essas diversas conquistas estabeleceram uma base material sólida para continuar avançando na construção do socialismo e melhorar ainda mais as condições de vida do povo. Hoje, estamos implementando com sucesso o Primeiro Plano Quinquenal. Com isso, olhamos para o futuro com ainda mais otimismo, vislumbrando perspectivas amplas e grandiosas enquanto avançamos continuamente.
Essas conquistas, como as mencionadas acima, foram alcançadas graças ao Poder Popular, que, sob a liderança do nosso Partido, desempenhou as funções da ditadura democrática popular. No entanto, não devemos nos deixar levar pela satisfação com essas realizações, mas sim fortalecer ainda mais a ditadura democrática popular para alcançar maiores felicidades e um futuro ainda mais brilhante.
4. O que deve ser feito para fortalecer ainda mais a ditadura democrática popular?
P: O que devemos fazer primeiro para fortalecer ainda mais a ditadura democrática popular?
R: rimeiramente, devemos compreender claramente a teoria marxista-leninista sobre a ditadura da classe trabalhadora e defendê-la. Para isso, devemos, em primeiro lugar, combater o revisionismo que distorce a teoria marxista-leninista sobre a questão da classe trabalhadora.
O revisionismo rejeita, na prática, a ditadura da classe trabalhadora e, através de pessoas com consciência de classe débil, tenta destruir a revolução com todas as suas manobras. Esses indivíduos, embora falem em nome da revolução, na realidade, a comprometem, e por isso devemos aumentar ainda mais nossa vigilância.
Entre esses indivíduos, alguns afirmam o seguinte: "Agora que o socialismo se tornou um sistema global, a ditadura da classe trabalhadora já não é necessária. Em vez de lutar contra os elementos contrarrevolucionários, devemos agora lutar contra o burocratismo". Esses indivíduos também tentam distorcer dizendo: "A ditadura da classe trabalhadora é burocrática. Portanto, devemos ser mais 'liberais'".
Isso é uma distorção da teoria marxista-leninista sobre a ditadura da classe trabalhadora, com o objetivo de modificá-la e, no final, destruí-la.
De fato, que classe esses indivíduos estão representando? Eles estão do lado dos capitalistas. Portanto, os imperialistas os elogiam e concordam com o que dizem, dizendo "está certo". Se der liberdade e democracia aos reacionários, o povo perderá sua liberdade e democracia. Assim, o objetivo desses indivíduos é destruir a revolução, retornar ao capitalismo e submeter o país ao imperialismo. Por isso, devemos rejeitar completamente esse revisionismo. Além disso, devemos também rejeitar o dogmatismo que distorce o marxismo-leninismo.
A ditadura democrática popular de nosso país compartilha princípios gerais em comum com a ditadura da classe trabalhadora da União Soviética e com as ditaduras democráticas populares de outros países irmãos, mas, devido às condições específicas de nosso país, existem diferenças na forma de sua implementação.
Por isso, os princípios gerais e as experiências de outros países devem ser aplicados de maneira adequada às condições específicas de nosso país. Não devemos tentar adaptar mecanicamente o que foi feito em outros países para nossa revolução. Agir sem uma visão revolucionária clara, sem um sujeito, e imitar de forma cega o que não se adapta à nossa realidade também prejudica o desenvolvimento da revolução. Portanto, devemos rejeitar o revisionismo, ou seja, qualquer tentativa de distorcer a essência revolucionária do marxismo-leninismo, e também devemos ser firmemente contra o dogmatismo, que tenta aplicar mecanicamente qualquer princípio ou experiência sem considerar as condições específicas. Assim, devemos combater qualquer tentativa de distorcer a teoria marxista e defender rigidamente o marxismo-leninismo, avançando fortemente na construção da democracia popular, ou seja, na revolução.
P: Como se deve aplicar de forma rigorosa a ditadura democrática popular?
R: Primeiramente, trata-se de fortalecer a função ditatorial de nosso regime e aumentar a vigilância revolucionária, a fim de intensificar a luta contra as forças contrarrevolucionárias.
Devemos ter em mente que, entre os elementos que originalmente pertenciam às classes oprimidas, ainda existem figuras contrarrevolucionárias que tentam destruir a construção socialista. Além desses elementos, também existem em nossa sociedade diversos criminosos, como os que se envolvem em fraudes, sabotagens e outros tipos de atividades criminosas, que buscam destruir a ordem socialista. Naturalmente, devemos manter vigilância sobre esses indivíduos e neutralizá-los.
No entanto, o que devemos especialmente ter em mente é o fato de que os imperialistas estadunidenses estão diretamente ocupando a metade sul de nosso país e enviando diversos elementos subversivos para a metade norte, empenhando-se em todas as manobras cruéis para destruir a construção socialista.
Os imperialistas estadunidenses e a camarilha de Ri Sung Man não apenas enviam vários elementos subversivos, mas também, em sua tentativa de enfraquecer nossa base revolucionária democrática, estão espalhando todas as formas de calúnias e mentiras cruéis contra o socialismo. Em particular, os inimigos estão fazendo uma intensa campanha de propaganda difamatória para atacar a ditadura democrática popular de nosso país e o Partido do Trabalho da Coreia. Portanto, nossa luta contra eles não é apenas uma luta simples, mas uma luta política e ideológica, uma luta de classe extremamente importante em todas as áreas, e uma batalha decisiva entre a ditadura democrática popular e a ditadura da burguesia.
Portanto, se enfraquecermos a luta contra os elementos contrarrevolucionários, nossa construção socialista estará em perigo.
O Marechal Kim Il Sung ensinou o seguinte sobre essa situação: "Neste contexto, devemos fortalecer ainda mais a unidade de nossas fileiras e elevar todo o nosso poder na luta contra os inimigos. Devemos reprimir completamente todos os elementos contrarrevolucionários e hostis, esmagando a cada passo as atividades subversivas, destrutivas e clandestinas dos inimigos. Não devemos permitir que elementos hostis se infiltrem em nossas fileiras, e devemos impedir que os inimigos tenham qualquer espaço para agir." (Na Primeira Sessão da Segunda Legislatura da Assembleia Popular Suprema) Portanto, devemos manter uma vigilância revolucionária aguçada e expor e neutralizar em tempo hábil os elementos contrarrevolucionários e aqueles que tentam desorganizar e destruir a ordem socialista.
Aqui, é de extrema importância fortalecer as funções dos órgãos de segurança interna, tribunais e procuradorias, e garantir a correta execução de suas tarefas. Além disso, devemos fortalecer nossas forças armadas populares, de acordo com a situação em que nos encontramos. Todo o povo deve cooperar ativamente com o trabalho dos órgãos de segurança interna, judiciais e de investigação, prestando apoio em todos os aspectos às forças armadas populares.
No entanto, os elementos contrarrevolucionários como Choe Chang Ik e Pak Chang Ok, no passado, se esconderam sob a sombra das políticas do nosso partido, libertaram os elementos contrarrevolucionários e tentaram enfraquecer o papel da ditadura democrática popular, causando danos consideráveis. O fato de esses indivíduos, no final, terem se alinhado com a contrarrevolução e se entregado a ela não foi de forma alguma uma coincidência. Não podemos conter nossa indignação de classe diante de suas ações contrarrevolucionárias. Devemos continuar lutando para erradicar suas raízes de uma vez por todas. E, além disso, devemos continuar fortalecendo o Poder Popular, que é a arma de nossa revolução. Somente com o fortalecimento do Poder Popular a ditadura da classe trabalhadora poderá exercer suas funções de maneira mais eficaz.
P: O que deve ser feito para fortalecer o Poder Popular?
R: Primeiramente, para fortalecer o Poder Popular, é necessário simplificar a estrutura do Estado, elevar o nível de trabalho das instituições estatais e melhorar o estilo de trabalho dessas instituições. Além disso, deve-se aproximar o povo das questões do Estado.
É necessário envolver ativamente as massas populares nos trabalhos do Estado e fortalecer a conexão com o povo, promovendo a democracia socialista de forma significativa. Por outro lado, as massas populares devem participar ativamente dos trabalhos do Estado, cumprir rigorosamente as leis e regulamentos estatais, e reforçar o sistema e a ordem. Também devem implementar com sucesso as decisões e orientações do Estado. Dessa forma, para fortalecer o Poder Popular e consolidar ainda mais o sistema de democracia popular, é necessário reforçar a unidade política e ideológica do povo e realizar com êxito a construção econômica socialista, que constitui a base material de nosso sistema.
P: Qual é a questão fundamental na construção da unidade do povo e na construção econômica?
R: Acima de tudo, trata-se da liderança do nosso Partido e do fortalecimento da unidade interna do Partido. Também é importante fortalecer a aliança operária-camponesa, que é a base essencial da democracia popular sob a direção do Partido. Sem o fortalecimento dessa aliança, a unidade do povo não pode ser consolidada, e a construção econômica socialista não pode ser realizada com sucesso. Estes aspectos estão intimamente interligados e não podem ser pensados separadamente.
P: Por que?
R: Os operários e camponeses são as principais forças impulsionadoras da revolução da democracia popular. Os trabalhadores e camponeses representam a grande maioria da população. Além disso, na economia popular, a indústria e a agricultura são os dois setores fundamentais, sendo ambos estreitamente interligados, e são os operários e camponeses que os lideram. Visto isso, não é óbvio que, sem a aliança operária-camponesa, a ditadura da democracia popular, a unidade na frente única e a construção econômica socialista não seriam bem-sucedidas?
P: Então, para fortalecer a aliança operária-camponesa, o que deve ser feito?
R: Primeiramente, a questão é fortalecer os laços econômicos. Para isso, é essencial, acima de tudo, dar prioridade ao desenvolvimento da indústria pesada, ao mesmo tempo em que se promove o desenvolvimento simultâneo da indústria leve e da agricultura, implementando a política do Partido.
Sem priorizar o desenvolvimento da indústria pesada, não será possível fornecer os equipamentos agrícolas, fertilizantes, pesticidas, cimento e outros insumos necessários para o desenvolvimento da agricultura. Da mesma forma, sem o avanço da agricultura, não será possível garantir adequadamente os recursos e alimentos necessários para a indústria. Há também uma interdependência entre a indústria leve e a agricultura no que diz respeito ao fornecimento de bens essenciais e matérias-primas. Assim, a indústria e a agricultura estão estreitamente relacionadas, tanto na produção quanto no consumo. Para fortalecer esses laços comerciais, é necessário implementar a política comercial do Partido. A troca de mercadorias deve ser promovida para reforçar os vínculos entre as cidades e as áreas rurais, entre os operários e os camponeses.
Na agricultura, é importante implementar a cooperativização. Através da cooperativização, a produção agrícola se torna planificada, em maior escala, e a introdução de máquinas é facilitada. Dessa forma, à medida que a agricultura se desenvolve, aumenta também a dependência da indústria, como no caso da produção de máquinas agrícolas. Assim, o papel das fábricas estatais de máquinas agrícolas se torna mais importante. Isso leva ao fortalecimento da aliança operária-camponesa.
Uma questão importante para fortalecer a aliança operária-camponesa é fortalecer a liderança sobre os camponeses da classe média, além de intensificar o trabalho de educação socialista, especialmente entre os trabalhadores e camponeses.
P: que deve ser feito concretamente para fortalecer a frente única?
R: Já foi mencionado que a frente única uma característica da ditadura democrática popular. No nosso país, a frente única é a frente democrática para a reunificação da pátria, ou seja, a frente nacional.
Portanto, todos os partidos e organizações sociais devem fazer todos os esforços a fim de alcançar esse objetivo. Aqui, é necessário fortalecer a unidade e a unificação das camadas inferiores. No entanto, para fortalecer a unidade nacional, o mais importante é reforçar a orientação do nosso partido sobre este assunto.
O nosso partido orienta-se para garantir que as forças políticas e econômicas desempenhem plenamente suas capacidades nas esferas política e econômica, a fim de promover a unificação nacional, o desenvolvimento democrático do país e a melhoria das condições de vida do povo. Para isso, fortalece a liderança em todos os aspectos.
Portanto, devemos nos empenhar de todas as formas para adotar a política de frente única do nosso partido, com o objetivo de fortalecer a unidade nacional. Assim, ao fortalecer a unidade nacional e unificar a totalidade do sentimento patriótico, devemos mobilizar o povo para a reunificação pacífica do país e a construção socialista no norte da República, o que é uma tarefa crucial para o desenvolvimento de nossa revolução.
P: Em m seguida, o que devemos fazer para fortalecer a ditadura democrática popular?
R: A construção econômica, base material do sistema democrático popular, deve ser realizada com êxito.
Na construção econômica, é necessário expandir e fortalecer os elementos socialistas enquanto se desenvolve a economia popular. Nesse processo, é importante priorizar o desenvolvimento da indústria pesada, ao mesmo tempo em que se desenvolvem a indústria leve e a agricultura de forma simultânea. Sem o desenvolvimento prioritário da indústria pesada, não será possível realizar a industrialização do país, o que dificultaria a implementação da cooperativização e mecanização da agricultura. Não só a agricultura, mas também a artesanato deve ser cooperativizado e transformado de maneira socialista.
Enquanto houver elementos capitalistas, os trabalhadores não poderão se livrar completamente da exploração. No entanto, em nosso país, em relação às pequenas e médias empresas e ao comércio individual, não vamos expropriar seus meios de produção e capitais, mas sim transformá-los de maneira socialista por meio de cooperativas ou órgãos estatais. Essa transformação pode ser alcançada sob as condições de fortalecer ainda mais o desenvolvimento do socialismo na indústria, na agricultura e no comércio. Aqui, é especialmente importante ressaltar que, na construção da economia socialista, bem como no fortalecimento da aliança operária-camponesa e na frente unida, a liderança do partido deve ser reforçada. Sem o papel de liderança do partido, não podemos pensar no fortalecimento do Poder Popular nem na consolidação do sistema de democracia popular.
P: Então, fale sobre a orientação do partido para fortalecer a ditadura democrática popular.
R: A ditadura democrática popular só pode ser estabelecida sob a liderança do partido marxista-leninista. Caso contrário, a ditadura democrática popular não será realizada de forma espontânea. Como ensina a lei do desenvolvimento social, sem a liderança do partido que representa os interesses da classe trabalhadora e de todas as massas, a função da ditadura democrática popular não poderá ser cumprida.
O nosso Partido do Trabalho da Coreia, como partido marxista-leninista de nova forma, fortaleceu o poder da classe trabalhadora e estabeleceu a ditadura democrática popular com base na aliança operária-camponesa. Nosso partido está organizando e mobilizando todo o povo coreano para a vitória, enquanto implementa com êxito a revolução e as tarefas de construção. Portanto, só ao fortalecer a liderança do partido é que podemos explicar com precisão as políticas do partido e do governo, e realizar adequadamente as tarefas econômicas, culturais, de construção e político-ideológicas. Além disso, ao fortalecer a aliança operária-camponesa e a frente única, podemos cumprir totalmente as funções da ditadura democrática popular e realizar bem a construção socialista.
Para que a ditadura da democracia popular realize bem todas as suas funções, nosso partido deve ser forte e estar unido com firmeza. Para fortalecer a unidade do nosso partido, devemos defender a pureza do marxismo-leninismo, que é a base teórica do partido, viver de acordo com os ensinamentos dos nossos estatutos e reforçar o princípio do centralismo democrático do partido. O partido deve ser prático na implementação de suas políticas e aumentar a vigilância revolucionária, a fim de detectar e desbaratar, em tempo hábil, as conspirações e intrigas dos inimigos. Em particular, na luta pela unidade do partido, é de grande importância fortalecer a luta contra as facções. As facções, desde a década de 1920 e durante o período de libertação, causaram grandes danos ao nosso movimento operário e trouxeram sérios prejuízos à nossa revolução.
Embora no norte da República também tenham surgido fenômenos prejudiciais da facção, esses foram rapidamente resolvidos graças às sábias e adequadas medidas do nosso partido. Os elementos antipartido e antirrevolucionários foram expostos e criticados na reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, em agosto de 1956, e foram removidos. Esses elementos de facção negaram todos os feitos passados do partido, rejeitaram a disciplina do partido e se opuseram ao princípio do centralismo democrático do partido. Além disso, esses indivíduos levantaram slogans de democracia e liberdade sem princípios, fazendo alianças com elementos hostis e conspirando contra a revolução e o Estado. Esses elementos antipartido e antirrevolucionários foram purgados através de uma luta interna partidária. Por isso, a luta contra as facções tem grande importância para o movimento operário e a construção do partido em nosso país.
A primeira conferência de representantes do nosso partido, ao liquidar as facções que surgiram desde a década de 1920, cumpriu com êxito uma importante tarefa que foi imposta à nossa geração. Todos os militantes do partido elevaram sua moral e se dedicaram à luta para erradicar as raízes da facção e eliminar suas influências.
Nosso partido hoje está mais unido do que nunca. No entanto, não podemos afirmar com certeza que facções não surgirão novamente no futuro. Precisamos continuar fortalecendo a luta contra todas as ideias ultrapassadas e contrárias à classe trabalhadora, como o liberalismo, o localismo, o familismo, e outras, com forte resistência. Nesse sentido, a educação socialista tem grande importância.
P: Então, como devemos conduzir o trabalho de educação socialista?
R: Devemos desenvolver uma luta ideológica contínua e fortalecer o trabalho de educação para eliminar todos os resquícios das velhas ideias e nos armar ainda mais com com o marxismo-leninismo. Assim, nossos trabalhadores devem aumentar sua consciência de classe, reconhecendo que são a classe dirigente, e fortalecer seu papel. Embora nossos camponeses tenham se tornado trabalhadores socialistas, ainda estão atrasados em termos de consciência, e, de maneira geral, ainda existem vestígios de ideias caducas entre nós. Precisamos eliminar isso o mais rápido possível.
Devemos refletir sobre o quanto sofremos com a exploração cruel do imperialismo japonês, dos latifundiários e dos capitalistas no passado, e comparar com o quanto vivemos felizes hoje. Ao mesmo tempo, devemos pensar na difícil situação de nossos compatriotas no sul do país e, assim, sentir mais intensamente o quanto nosso sistema social é superior e valioso. Devemos amar ainda mais nosso sistema socialista e nossa pátria socialista.
Devemos valorizar e proteger, acima de tudo, as conquistas socialistas que nosso povo trabalhador alcançou na luta e nosso sistema social, e devemos nos armar firmemente com a consciência de classe, que se opõe a todas as formas de exploração e opressão.
Devemos valorizar e amar todas as coisas belas e progressivas do passado e do presente de nosso país, e garantir que essas coisas sirvam para o bem-estar e a felicidade de nosso povo.
Especialmente, devemos estudar profundamente as tradições revolucionárias de nosso país e a história de luta do nosso partido, para reforçar ainda mais a unidade e coesão do partido.
Devemos nos armar ainda mais com as ideias do internacionalismo proletário e, com o espírito de amar profundamente nossa pátria, que está prosperando como uma grande família socialista, fortalecer nosso compromisso.
Assim, devemos nos unir ainda mais firmemente em torno do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, liderado pelo camarada Kim Il Sung, e do Governo da República, a fim de promover a construção socialista no norte da República para alcançar a unificação pacífica e a independência de nosso país. Devemos continuar a luta resoluta para fortalecer a nossa ditadura democrática popular de todas as maneiras. Apenas com essa determinação garantiremos a felicidade e a vitória do nosso povo.
Edição (versão coreana): Kim Yong Chun
Arte (versão coreana): Yo Thae Hon
Revisão (versão coreana): Ri Sun U
Publicado pela Editora do Partido do Trabalho da Coreia em 30 de junho de 1958
Tradução de Lenan Menezes da Cunha, criador e administrador do "A Voz do Povo de 1945"
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