A raiz dos problemas do Oriente Médio - A relação de conluio EUA-Israel (11)
Em julho de 2006, Israel expandiu sua agressão militar contra a Palestina e realizou uma grande ofensiva aérea no Líbano.
O Hezbollah, organização patriótica do Líbano, respondeu com força militar de maneira vigorosa a isso.
Isso resultou em mais um intenso confronto armado no Líbano.
Para diferenciá-lo da Guerra do Líbano de 1982, quando Israel lançou uma ofensiva contra as forças armadas da Organização para a Libertação da Palestina, este conflito também é chamado de Segunda Guerra do Líbano.
Israel atacou todo o território libanês, com foco nas áreas do sul, que eram bastiões do Hezbollah, destruindo indiscriminadamente pontes, estradas, centrais elétricas, escolas, mesquitas e outros alvos.
Durante os mais de 30 dias de ataques militares indiscriminados de Israel, 1.287 civis libaneses, incluindo crianças, mulheres e idosos, foram mortos, e 4.054 ficaram feridos. Mais de 1 milhão de pessoas, o que corresponde a 20% da população, se tornaram refugiados. Além disso, Israel recebeu das Estados Unidos bombas de fragmentação, internacionalmente proibidas, e as despejou de maneira indiscriminada sobre os inocentes libaneses.
A atitude desumana de Israel provocou uma ampla condenação da comunidade internacional. Apenas os Estados Unidos se empenharam em defender Israel de maneira veemente.
Os Estados Unidos rejeitaram a exigência internacional por justiça, exercendo o veto em uma votação no Conselho de Segurança da ONU que condenava as atrocidades de Israel. Além disso, forneceram generosamente a Israel diversas armas letais, incluindo bombas guiadas por lases para atacar alvos subterrâneos.
A verdadeira natureza criminosa e as intenções furtivas dos Estados Unidos, que orquestraram e incitaram a invasão de Israel ao Líbano, foram reveladas sem ambiguidade.
De acordo com uma revelação da revista estadunidense "The New Yorker", muito antes do início da Guerra do Líbano, os Estados Unidos já haviam elaborado, em conjunto com Israel, um plano de guerra.
O objetivo central do plano era provocar a guerra induzindo uma resposta do Hezbollah, responsabilizá-lo pelo conflito, fomentar a rivalidade entre o governo libanês e o Hezbollah, e, assim, isolar e enfraquecer essa facção no cenário internacional.
Na época, um jornal europeu informou: "Se Washington não tivesse dado seu apoio e proteção, Israel não teria sido capaz de realizar uma ação militar tão grande. Washington discutiu com oficiais israelenses durante a visita deles aos Estados Unidos na primavera de 2006 os planos de ataque ao Hezbollah e deu a aprovação final em maio."
Por que os Estados Unidos incitaram a invasão israelense ao Líbano?
Em março de 2005, o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder da oposição, levou à Revolução dos Cedros, um tipo de "revolução colorida".
Os opositores ao governo aproveitaram o incidente para criar distúrbios e forçar a renúncia do governo.
O verdadeiro manipulador por trás disso foi os Estados Unidos.
No entanto, o plano dos EUA falhou em duas semanas, e o governo que havia renunciado foi restabelecido.
O Hezbollah foi um forte opositor à "Revolução dos Cedros", que foi instigada sob a influência dos EUA.
O fracasso da "Revolução dos Cedros" foi um grande golpe para os Estados Unidos, que perceberam que não poderiam controlar o Líbano sem neutralizar o Hezbollah. Além disso, reconheceram que, enquanto o Hezbollah existisse, enfrentariam sérios contratempos caso tentassem exercer pressão militar ou realizar ataques contra o Irã, já que o Hezbollah poderia representar uma forte reação de retaliação.
Na época, o secretário de Estado dos Estados Unidos descreveu a Guerra do Líbano como "as dores do parto do novo Oriente Médio" e declarou que o objetivo dos Estados Unidos não era apenas um cessar-fogo ou a contenção mútua entre as partes, mas a desarmamento total do Hezbollah.
A mídia internacional comentou que o verdadeiro objetivo dos Estados Unidos era enfraquecer o Hezbollah, uma força anti-EUA, enquanto incitava um movimento pró-EUA dentro do governo libanês, visando estabelecer uma base para exercer controle sobre o sul do Líbano.
Em resumo, a guerra no Líbano foi uma guerra por procuração travada pelos EUA, que, ao manipular Israel como um instrumento subordinado, buscava eliminar o Hezbollah e testar sua estratégia contra o Irã no Oriente Médio.
A tentativa dos EUA não pôde ser realizada devido à condenação unânime da comunidade internacional e à forte resistência e ataques de retaliação das forças de resistência do Líbano.
Após a implementação do cessar-fogo em agosto, a retirada da força militar de Israel do sul do Líbano em 1º de outubro levou ao fim da guerra, que, na prática, resultou na derrota dos EUA e de Israel.
Jang Chol
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