domingo, 1 de dezembro de 2024

A anexação agressiva da região de Golã e seus bastidores

A raiz dos problemas do Oriente Médio - A relação de conluio EUA-Israel (10)

A região de Golã está localizada no sul da Síria.

Em junho de 1967, durante a terceira guerra do Oriente Médio, a região de Golã foi ocupada por Israel. Na época, Israel tomou aproximadamente 1.260 km² de um total de 1.860 km² da região, utilizando força militar.

Antes da ocupação por Israel, cerca de 133.000 sírios viviam na região.

A região de Golã, do ponto de vista militar, é uma localização estratégica que faz fronteira com a Palestina, o Líbano e outros países. A partir deste local, é possível atingir a capital síria, Damasco, mesmo com canhões de longo alcance. Assim, os invasores israelenses expulsaram muitos sírios que viviam na região de Golã e construíram 28 assentamentos judeus. Além disso, concentraram forças militares na área e realizaram exercícios militares de grande escala, ameaçando gravemente a segurança dos países da região.

Devido às provocações militares e ações invasoras de Israel, o risco de eclosão de uma guerra na região aumentou a cada dia, o que gerou fortes protestos e condenações da comunidade internacional.

A pedido de muitos países, essa questão foi tratada no cenário da ONU.

Em maio de 1974, por meio da Resolução nº 338 do Conselho de Segurança da ONU, Israel foi obrigado a assinar um acordo de separação de forças com a Síria na região de Golã. De acordo com esse acordo, uma força de monitoramento de 1.300 soldados da ONU foi destacada para vigiar a zona desmilitarizada entre as posições sírias e israelenses na região de Golã.

No entanto, Israel não abandonou seu objetivo de ocupação permanente da região de Golã.

Após adotar uma lei em 30 de julho de 1980 que declarava Al-Quds como sua capital, Israel passou a revelar abertamente sua ambição de ocupação permanente da região de Golã.

Em março de 1981, o parlamentar de extrema-direita israelense, Cohen, apresentou um projeto de lei propondo a anexação da região de Golã. No entanto, na época, o parlamento israelense não aprovou a proposta, temendo que a raiva e os protestos da comunidade internacional, já intensificados devido à anexação de Al-Quds, se agravassem ainda mais.

Alguns meses depois, o primeiro-ministro israelense Begin, que assumiu o poder após as eleições gerais, afirmou que "em momento oportuno, a anexação será realizada" e iniciou abertamente a execução de planos para tornar a região de Golã completamente parte de seu território.

Em dezembro de 1981, o parlamento israelense aprovou uma lei que aplicava suas leis, jurisdição judicial e autoridade administrativa à região de Golã da Síria, decidindo anexá-la. Com isso, Israel revelou sua verdadeira identidade como um expansionista territorial criminoso, sob o disfarce da "construção de um grande Estado judeu", e como um dos mais perigosos invasores do Oriente Médio.

A anexação de Golã por Israel indicou que o risco de guerra no Oriente Médio aumentaria, e que as ações de agressão territorial poderiam se tornar ainda mais descaradas.

Após a declaração de anexação da região de Golã, Israel mobilizou em grande escala equipamentos de guerra, como blindados e aviões, além de tropas invasoras para a área.

Todos os países árabes e a comunidade internacional condenaram e rejeitaram a ação imprudente de Israel.

Os países árabes, em condenação à tentativa de anexação de Israel da região de Golã da Síria, apresentaram uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU pedindo a adoção de medidas punitivas contra Israel. A resolução condenava as ações de Israel na região ocupada de Golã como atos de agressão e apelava para que os governos de todo o mundo tomassem "medidas concretas e eficazes" para tornar nula a anexação israelense. Também exigia que todos os países se abstivessem de oferecer qualquer apoio ou assistência a Israel e que não cooperassem com Israel em nenhuma área.

A resolução, que gerou amplo apoio e simpatia entre muitos países ao redor do mundo, não foi adotada pelo Conselho de Segurança da ONU devido ao veto dos Estados Unidos.

Quando Israel decidiu anexar a região de Golã, os Estados Unidos afirmaram que suspenderiam a vigência do "Acordo de Cooperação Estratégica" com Israel, demonstrando "indignação". No entanto, isso se revelou apenas uma manobra para enganar a opinião pública mundial.

Na época, o governo de um país árabe emitiu uma declaração condenando o fato de que, sem o apoio irrestrito dos Estados Unidos, os invasores israelenses não teriam sido capazes de tomar a decisão de anexar a região de Golã, da Síria.

De acordo com as informações, a ajuda econômica e militar dos Estados Unidos a Israel chega a 30 bilhões de dólares por ano. Com o apoio dos EUA, Israel está completamente armado, do topo da cabeça aos pés, e continua a se lançar em sua busca por expansão territorial.

Isso revela que os Estados Unidos estavam por trás da anexação agressiva da região de Golã por Israel.

Pak Jin Hyang

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