O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia publicou em 24 de agosto a seguinte declaração:
O mar, fonte de seres vivos e propriedade comum da humanidade, enfrenta a severa crise de contaminação nuclear.
Em 22 de agosto, o governo japonês decidiu por fim despejar no oceano as águas contaminadas por sustâncias nucleares da Central Nuclear de Fukushima, apesar da oposição e advertência da sociedade internacional.
Ninguém pode negar que o despejamento dessas águas, que contêm grande quantidade de substâncias radiativas, é um ato antiético que destrói o ecossistema da Terra e ameaça a existência da espécie humana.
É impossível que o Japão, único país do mundo atacado pela bomba atômica, que experimentou também a tragédia do atol de Bikini, desconheça as consequências catastróficas da perigosíssima liberação de águas contaminadas.
Embora esse país tente enganar a sociedade internacional dizendo que são "águas limpas" filtradas pela equipe de eliminação de nuclídeos, foi comprovado de modo científico que contêm, além de trítio, outros nuclídeos radioativos muito perigosos como césio, estrôncio e rutênio.
Isso foi reconhecido em setembro de 2017 pela própria Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, operadora da Usina Nuclear de Fukushima.
Em maio passado, houve um grande alvoroço na sociedade internacional com a detecção nas entranhas dos peixes capturados nas águas da frente do departamento de Fukushima de césio em quantidade 180 vezes maior que o limite de tolerância.
O Japão está obcecado em despejar no Pacífico as águas em questão apesar das fortes críticas de todo o mundo, o que constitui uma prova evidente da periculosidade e consequências catastróficas delas.
Não se pode ignorar as vozes de preocupação dos especialistas que apontam que se as águas contaminadas são despejadas na zona marítima nas proximidades de Fukushima, onde é forte a corrente marítima, elas se dispersarão para a metade do Pacífico dentro de 50 dias e, alguns anos depois, se expandirão às zonas marítimas de todo o mundo e causarão tremendas perdas à humanidade durante vários milênios.
Ignorando os fortes protestos, rechaço e advertências do interior e exterior, o Japão trata de realizar tal ação com seu típico e mesquinho modo de cálculo, considerando que isso custa pouco dinheiro e mão de obra. Isso constitui um antiético para impor sem hesitação alguma à humanidade até o desastre nuclear para satisfazer seus objetivos egoístas.
Eis aqui a imagem dual do país insular que preconiza um "mundo sem armas nucleares" escandalizando frequentemente a "ameaça nuclear" dos países circunvizinhos.
O fluxo de águas contaminadas, que é terrível só de imaginar, não é um assunto tolerável com o suposto "aval" ou "garantia" dos EUA, país criminoso de guerra e principal culpado pela crise nuclear, e de seus satélites.
Os países vizinhos e a sociedade internacional observam agora com rigor a conduta cínica do Japão para contaminar o mar comum da humanidade com sustâncias nucleares e o mau comportamento das forças que o defendem e amparam.
O Japão deve cancelar agora mesmo sua decisão de despejar águas contaminadas nucleares que ameaçam gravemente a vida e a segurança da humanidade e seu futuro.
Deverá assumir a responsabilidade de todas as consequências catastróficas que resultem de seu ato criminoso que a humanidade, no presente e no futuro, jamais poderá perdoar.
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