terça-feira, 15 de julho de 2025

Crise da Psicologia Burguesa

A correta compreensão do processo de evolução da psicologia burguesa é uma questão importante para reconhecer claramente a sua natureza reacionária e anticientífica e prevenir com antecedência sua infiltração. Isso porque as diversas transformações da psicologia burguesa estão sendo disfarçadas como se fossem algum tipo de “processo de desenvolvimento”.

O estimado Dirigente camarada Kim Jong Il apontou:

Os teóricos científicos devem expor com perspicácia a natureza reacionária e nociva de todas as ideias hostis que se opõem a Ideia Juche, e devem impedir completamente que mesmo os menores elementos de ideias não classistas e não revolucionárias penetrem em nosso interior.” (Sobre a ideia Juche, página 86)

A psicologia burguesa chegou até os dias de hoje passando por diversas alterações conforme as condições sociopolíticas e históricas de cada época e os interesses da burguesia.

O processo de transformação da psicologia burguesa reflete a crise da própria psicologia burguesa, decorrente da crise do capitalismo.

Desde o seu surgimento, a psicologia burguesa passou por diversas dificuldades devido às contradições que carrega, e chegou até os dias atuais enfrentando essas vicissitudes. Sempre que essas vicissitudes se aprofundaram, resultaram em uma situação de crise para a psicologia burguesa.

 A crise da psicologia burguesa tem origem nas condições socio-históricas da sociedade capitalista da época e no estado da filosofia burguesa sobre a qual ela se fundamenta.

Desde sua formação, a psicologia burguesa enfrentou duas grandes crises representativas, e em cada uma dessas ocasiões ela passou por diversas transformações.

A psicologia burguesa, iniciada com a psicologia experimental de Wundt na segunda metade do século XIX, enfrentou sua primeira crise no final do século XIX e início do século XX. Esse período corresponde à entrada do capitalismo na fase imperialista, e do ponto de vista do desenvolvimento interno da psicologia burguesa, tratava-se de um momento logo após sua separação da filosofia, quando ainda estava começando a adquirir os contornos de uma ciência psicológica própria.

A primeira crise da psicologia burguesa reflete as condições socio-históricas da época e a influência da filosofia burguesa.

Na segunda metade do século XIX, a acumulação de capital nos países capitalistas ocidentais e a transição para o imperialismo levaram a classe dominante a buscar meios para extrair não apenas a força física dos trabalhadores, mas também sua energia mental e psicológica. Em outras palavras, com a transição para o imperialismo, a natureza anti-humana do capitalismo e de seus representantes ideológicos se intensificou, e as tentativas de transformar as pessoas em instrumentos cegamente obedientes e escravos submissos ao capital tornaram-se ainda mais acentuadas.

Com isso, a psicologia burguesa, que em sua formação inicial se concentrava principalmente na consciência, começou gradualmente a se afastar desse enfoque e voltou sua atenção para a questão dos instintos, supostamente situados abaixo da consciência e do comportamento humano, passando a criar representações distorcidas da natureza social do ser humano e do significado de suas ações.

Isso marcou a crise da psicologia burguesa, que até então havia se centrado principalmente na consciência.

A burguesia chegou até mesmo a utilizar indevidamente os avanços da ciência para atingir esse objetivo.

A teoria da evolução de Darwin teve grande significado para a psicologia, pois esclareceu as leis do desenvolvimento dos seres vivos. Sob sua influência, tornou-se possível adotar uma nova perspectiva que via os fenômenos psíquicos não apenas como eventos internos e subjetivos, mas como atividades voltadas para a adaptação ao meio ambiente.

O desenvolvimento da ciência é influenciado pelas condições socio-históricas. Por isso, a ciência não avança apenas na direção da verdade científica, de forma neutra, mas pode tanto contribuir para a felicidade da humanidade como também, distorcida, ser usada como instrumento de reação que impede o progresso da sociedade.

A teoria da evolução de Darwin, um acontecimento marcante no desenvolvimento científico, foi utilizada pelos burgueses, em meio à crise da psicologia burguesa, para transformar a psicologia em um campo dedicado ao “controle do comportamento” de acordo com o ambiente. Os burgueses abordaram essa questão do controle do comportamento a partir da perspectiva da eficácia econômica voltada ao máximo rendimento. Eles investigaram como extrair completamente não só a força física, mas também todo o potencial da capacidade psicológica humana para intensificar a exploração capitalista. Esse estudo do controle do comportamento esteve estreitamente ligado ao avanço da tecnologia.

No entanto, como o ser humano, ao contrário das máquinas, possui características psicológicas, encontrar métodos adequados de controle comportamental não era uma questão simples.

Contudo, com a entrada na fase imperialista, o capital monopolista passou a exigir urgentemente a solução dessa questão. Assim, a resolução do problema do “controle do comportamento” tornou-se uma tarefa premente para a psicologia burguesa, o que impulsionou fortemente seu desenvolvimento. Como resultado, surgiram diversas correntes dentro da psicologia burguesa, entre as quais ocorreram intensas disputas teóricas. Com o agravamento das confusões e contradições, a psicologia da consciência e a psicologia burguesa em geral mergulharam em uma crise.

Essas foram, em linhas gerais, as condições socio-históricas que provocaram a primeira crise da psicologia burguesa.

A crise da psicologia da consciência burguesa está relacionada não só a essas condições socio-históricas, mas também à incapacidade da filosofia idealista, sobre a qual a psicologia burguesa se fundamenta, de resolver questões fundamentais da psicologia — como a relação entre o psíquico, entendido de forma subjetiva, e a realidade objetiva, ou entre o psíquico e o cérebro, especialmente no que diz respeito à essência do ser humano como ser social independente e criador. Essa incapacidade foi agravada pela infiltração do machismo (ideia de Ernst Mach) na psicologia burguesa, o que acelerou ainda mais sua crise.

Ao distorcer e utilizar indevidamente os novos avanços da física, o machismo surgiu com o lema de que “a matéria foi aniquilada”, e, ao se infiltrar na psicologia, gerou o lema de que “a consciência evaporou”, dando assim um respaldo filosófico à crise da psicologia burguesa e da psicologia da consciência da época.

A posição machista sobre a “aniquilação da matéria” e a visão da psicologia burguesa sobre a “evaporação da consciência” têm, em essência, o mesmo objetivo.

Enquanto Mach tomava a matéria como alvo de ataque, buscando reduzi-la às sensações como supostos “elementos neutros” da experiência, a psicologia burguesa, influenciada por essa visão, passou a duvidar da existência da psique ou da consciência, tentando igualmente reduzi-los a “elementos neutros” da experiência.

A visão da psicologia burguesa influenciada pelo machismo — que transformava as sensações em “elementos neutros”, como se o mundo fosse constituído a partir delas — acabou por se opor ao reconhecimento da existência material independente da consciência. Embora isso pudesse parecer uma forma de expandir ilimitadamente o campo da consciência e da psicologia, na realidade trouxe o resultado contrário: a psicologia perdeu seu objeto de estudo.

O fato de Wundt, defensor da psicologia da consciência, ter tentado fundir todas as ciências baseadas na experiência indireta dentro da psicologia, que se voltaria à experiência direta, pode parecer uma tentativa de ampliar o campo da psicologia.

No entanto, ao expandir o escopo da consciência e da psicologia para incluir toda experiência, acabou-se por retirar da psicologia seu caráter específico e próprio, e como resultado ela perdeu seu objeto. A perda do objeto de estudo pela psicologia — esse foi o aspecto essencial da crise da psicologia da consciência e da psicologia burguesa em geral naquela época.

Como resultado dessa perda de objeto, restou apenas a “experiência pura”. Foi a partir dessa posição da “experiência pura” que o liberalismo burguês se fundamentou, tanto filosoficamente quanto psicologicamente, o que, por sua vez, levou ao surgimento desenfreado de diversas correntes dentro da psicologia burguesa.

Segundo a teoria da “experiência pura”, tudo aquilo que é consciente, sentido e vivido é considerado real enquanto experiência individual, mas o mundo, com sua infinita riqueza e diversidade, só tem uma pequena parte inserida na consciência de cada indivíduo. A partir disso, conclui-se que não pode existir um critério de verdade plena que coincida com o objeto.

No entanto, como a experiência constitui um fato da vida do indivíduo, ela é tomada como expressão da realidade. Por isso, o valor da experiência passa a ser avaliado com base na satisfação que proporciona ou nos resultados obtidos nas atividades decorrentes dela.

Dessa forma, o liberalismo burguês foi fundamentado filosoficamente utilizando até mesmo conceitos da psicologia.

Com isso, cada ponto de vista individual passa a ser considerado como possuidor de uma faceta própria e legítima da realidade, o que leva à ideia de que todos os pontos de vista possuem o mesmo direito e, portanto, devem ser igualmente aceitos.

Essa perspectiva individualista e liberal influenciou também as tendências da psicologia durante a crise da psicologia burguesa, ao absolutizar a experiência pessoal de cada um, provocando o surgimento de várias “teorias” distintas. Em outras palavras, a crise da psicologia burguesa levou ao aparecimento de diversas escolas dentro da própria psicologia burguesa.

Desse modo, o processo de transformação da psicologia burguesa, desde o início, foi produto da crise interna dessa psicologia, baseada nas contradições do sistema capitalista e na falência da filosofia burguesa. Isso é uma consequência inevitável do caráter classista da psicologia burguesa, que serve aos interesses da classe capitalista.

As escolas psicológicas que surgiram como produtos da crise da psicologia burguesa incluem, principalmente, o estruturalismo, o funcionalismo, o behaviorismo, a psicologia da Gestalt e a psicanálise.

Cada uma dessas correntes apresentava visões e características próprias quanto à definição, à tarefa e aos métodos da psicologia.

O estruturalismo, considerado o “fundador” da psicologia burguesa, tratava do conteúdo da mente (consciência) e baseava-se no método da “introspecção” (ou auto-observação). Essa escola tornou-se o principal “alvo de ataque” durante a crise da psicologia burguesa.

O funcionalismo voltou sua atenção para a adaptação e buscava compreender por que surgiam os diversos fenômenos mentais (psicológicos).

O behaviorismo não tomava a experiência, mas sim o comportamento como objeto de estudo, e defendia que a única metodologia válida era a observação.

A psicologia da Gestalt, por sua vez, afirmava que tanto a experiência quanto o comportamento eram objeto da psicologia, e se opunha à análise fragmentada dos fenômenos psicológicos.

A psicanálise (ou freudismo) abordava os processos psíquicos inconscientes fundamentais e as forças dinâmicas que constituem a personalidade, utilizando como método a análise de associações e dos sonhos.

Embora essas diversas correntes da psicologia burguesa apresentassem diferenças teóricas entre si, todas abordavam os problemas a partir de uma posição de classe burguesa. Devido a essa orientação classista comum, essas escolas psicológicas, mais tarde, passaram a se aproximar e se unir com o objetivo de controlar a nova crise do capitalismo que havia se formado. Como resultado, ocorreu o colapso das escolas como correntes distintas, o que levou a uma nova transformação, indicando uma nova crise da psicologia burguesa.

No final da década de 1920 e início da década de 1930, formou-se uma nova crise econômica nos Estados Unidos e em vários outros países capitalistas. Essa crise lançou a classe operária no desemprego e levou as amplas massas trabalhadoras a uma situação de extrema pobreza. Como consequência, o movimento operário cresceu ainda mais e a luta de classes se intensificou. Em especial, a elevação da consciência de independência da classe operária e das amplas massas populares, bem como o avanço das lutas políticas de massas contra as classes dominantes dos regimes coloniais imperialistas, causaram fortes golpes aos imperialistas e agravaram ainda mais sua crise política.

A nova crise política e econômica dos países capitalistas do mundo lançou a psicologia burguesa em uma nova confusão, levantando diversas questões a respeito da psicologia.

Essas questões incluíam o tratamento do número crescente de pacientes com doenças mentais devido ao agravamento das contradições sociais, o aconselhamento psicológico para ajudar as pessoas a superar angústias e conflitos internos, a busca de métodos de adaptação às novas condições sociais em transformação e, especialmente, a investigação de formas psicológicas pelas quais a classe dominante pudesse explorar ao máximo as massas trabalhadoras e administrar e governar de maneira mais eficaz.

A psicologia burguesa, até então dividida em várias correntes, tentou “unir-se” e “resolver” esses diversos problemas sociais e psicológicos como forma de superar a crise do mundo capitalista, mas essa tentativa resultou no colapso das escolas e acabou por gerar uma nova crise da psicologia burguesa.

Essa nova crise se manifestou da seguinte maneira:

A psicologia estadunidense, que se autoproclamava à frente da psicologia burguesa mundial, passou a depositar esperanças na psicologia da Europa Ocidental, buscando nela algum tipo de apoio para resolver os problemas sociais e psicológicos. Com isso, a psicanálise e a psicologia da Gestalt, que até então não eram amplamente difundidas, começaram a influenciar a psicologia estadunidense na década de 1930.

Isso ocorreu, sobretudo, porque as orientações ideológicas dessas correntes psicológicas correspondiam em muitos aspectos às exigências impostas pela crise sociopolítica vivida então pelos Estados Unidos.

Na época, a principal questão colocada diante da psicologia estadunidense era esclarecer as causas psicológicas dos diversos comportamentos das pessoas e explicar como determinados comportamentos são determinados por diferentes estímulos.

No entanto, a psicologia behaviorista tradicional, representada pelo esquema de “estímulo–resposta” de Watson, enfatizava apenas as causas externas do comportamento, sem considerar os fatores internos. Por isso, essa psicologia behaviorista não oferecia respostas à pergunta de como controlar o comportamento das pessoas — em outras palavras, como influenciar a psicologia humana para guiar suas ações de acordo com os objetivos da burguesia.

Esse foco nos fatores psicológicos internos era, desde o início, a principal preocupação da psicanálise e da psicologia da Gestalt.

Contudo, embora essas duas correntes tenham abordado, até certo ponto, os aspectos fisiológicos ou físicos dos fatores internos, negligenciaram seu aspecto social e a correlação entre estímulo e resposta.

No entanto, diante da crise do capitalismo, diversos problemas sociais foram colocados de forma aguda — especialmente a necessidade de esclarecer as causas psicológicas do comportamento humano — e, sem esse esclarecimento, a psicologia da época não poderia servir adequadamente ao capital. Por isso, tornou-se inevitável voltar a atenção para a psicanálise e a psicologia da Gestalt.

Desse modo, cada escola psicológica não pôde mais se apegar rigidamente às suas posições anteriores, e isso levou a uma série de transformações no panorama da psicologia burguesa até então estabelecido.

A psicanálise e a psicologia da Gestalt passaram a reformular suas posições com base em seus “estudos” sobre a determinação social da psicologia e sobre a estrutura da personalidade, adaptando-as aos interesses do capital.

Os sucessores da psicanálise (os neofreudianos), além dos fatores biológicos como o instinto — especialmente o instinto sexual, que viam como causa do comportamento humano — passaram a tratar, ainda que de forma limitada, de fatores socioeconômicos e culturais. Já a psicologia da Gestalt passou a abordar uma série de questões relacionadas à motivação psicológica dos comportamentos coletivos, ou seja, aos aspectos sociais.

A psicologia estadunidense, dominada pelo behaviorismo de Watson, também modificou sua posição ao incorporar a psicologia da Europa Ocidental. Ou seja, a antiga fórmula de “estímulo–resposta” foi “desenvolvida” para “estímulo → organismo → resposta”. O elemento recém-adicionado, o “organismo”, passou a ser considerado como um fator interno no comportamento.

Em suma, as diversas correntes da psicologia burguesa, movidas pela mesma ideia de salvar o capitalismo em crise, passaram a absorver aspectos umas das outras. Isso parecia ser um esforço para superar as limitações teóricas que cada escola possuía. Como resultado, as falhas de cada corrente psicológica foram, em certa medida, mitigadas, e os confrontos agudos entre elas começaram a diminuir, conduzindo ao colapso das escolas psicológicas distintas.

Tudo isso reflete o impacto da nova crise capitalista da década de 1930 sobre a psicologia burguesa.

A crise do capitalismo promoveu uma estreita ligação entre a psicologia burguesa e a prática social, fazendo com que a psicologia penetrasse não apenas na medicina, educação e trabalho, mas também nas esferas social, política, econômica, cultural e até militar.

Por exemplo, passaram a ser consideradas pesquisas sobre a opinião pública e sua inclusão na formulação de políticas estatais, bem como a “guerra psicológica”. Como resultado, as conexões entre psicologia e sociologia tornaram-se estreitas, a ponto de em alguns casos suas fronteiras ficarem pouco claras.

A segunda crise da psicologia burguesa foi resultado, junto às condições socio-históricas da época, da influência da filosofia burguesa vigente.

Na década de 1930, a principal influência filosófica que contribuiu para a formação da segunda crise da psicologia burguesa foi o positivismo lógico.

O positivismo lógico afirmava a “inutilidade” das questões filosóficas e, para convencer disso, focava principalmente na interpretação de sentenças, defendendo o que chamava de “lógica”. Para isso, introduziu métodos da lógica matemática para esclarecer o sentido de proposições individuais e buscava eliminar os “elementos sem sentido” que estivessem misturados nelas.

Com o tempo, o positivismo lógico se radicalizou, deslocando a “análise lógica” para uma “análise formal da linguagem” pura, completamente desvinculada do conteúdo das proposições.

Dessa forma, o positivismo lógico restringiu a filosofia ao limite da experiência humana limitada, agravando o empirismo crítico, e acabou reduzindo a análise lógica ao campo restrito da “linguagem comum” e da “linguagem científica”. Essa “linguagem científica” passou a ser vista apenas como meios linguísticos e simbólicos relacionados ao conhecimento científico e às relações lógicas entre eles, e sob o pretexto de investigar a “análise lógica”, retirou o conteúdo científico presente na linguagem.

Os psicólogos burgueses da época, buscando, assim como o positivismo lógico, uma orientação ideológica para salvar o capitalismo da crise, tentaram elevar a psicologia a uma ciência baseada nesse modelo filosófico.

Para isso, a psicologia burguesa adotou a tendência de abstrair os aspectos concretos da psicologia humana, fundamentando-os e formalizando-os por meio de fórmulas matemáticas.

No entanto, embora o positivismo lógico tenha conseguido, por meio de seu método lógico-simbólico, alcançar em parte seus objetivos reacionários, na psicologia esse método não foi capaz de resolver os problemas concretos levantados, pois a psicologia, ao contrário da filosofia, lida com questões específicas e concretas. Não é possível resolver problemas psicológicos concretos apenas por meio de esquemas formais e formalizações matemáticas.

Assim, a contradição entre a demanda prática por soluções concretas e o método formal trazido pelo positivismo lógico tornou-se uma das condições que provocaram uma nova crise na psicologia burguesa.

De modo geral, esse é o contexto socio-histórico e a base filosófica da segunda crise da psicologia burguesa.

Essa segunda crise, oriunda dessas condições gerais, levou ao colapso das escolas da psicologia burguesa, fazendo com que essa ciência passasse da estabilidade temporária para um estado de nova instabilidade e confusão.

Após o colapso das escolas, a psicologia burguesa passou a adotar tanto a conciliação entre correntes quanto a criação de novas vertentes derivadas.

A psicologia behaviorista, adotando uma tendência de absorver ou assimilar outras psicologias da consciência, transformou-se no “novo behaviorismo”. A psicologia da Gestalt, por sua vez, foi absorvida ou utilizada por várias outras correntes, o que alterou um pouco suas características originais. A psicanálise, sem alcançar uma unidade completa, incorporou aspectos socioeconômicos e culturais, evoluindo para o que se chamou de “neofreudismo”.

O desmantelamento das escolas, a conciliação entre diversas correntes e a transformação das correntes intermediárias foram o resultado do colapso da psicologia burguesa.

Após o colapso das escolas, o novo behaviorismo tornou-se a corrente dominante na psicologia burguesa.

O novo behaviorismo trouxe de volta para a psicologia a mente, que havia sido ignorada pelo behaviorismo clássico. Contudo, essa mente não é a mente da psicologia interna, entendida como experiência direta, mas sim uma mente inferida objetivamente a partir da observação do comportamento — uma mente considerada como algo “realista” ou “empírico”.

O novo behaviorismo ampliou o alcance de sua teoria ao “absorver” a consciência a partir da posição behaviorista, buscando assim superar o conflito com a psicologia da consciência. Como resultado, os conceitos da psicologia da consciência foram distorcidos e incorporados pelo novo behaviorismo, transformando-o numa mistura de introspecção e mecanicismo. Isso revela a contradição e falhas da psicologia burguesa, ou seja, seu ecletismo.

No entanto, essa abordagem não conseguia resolver os problemas essenciais.

O novo behaviorismo reduzia os fenômenos psicológicos à sequência funcional do comportamento “estímulo → organismo (isto é, mente) → resposta”, formalizando e esquematizando esse processo. Ao abstrair o significado concreto e real do comportamento humano, especialmente os pensamentos e emoções complexas por trás dele, transformando-os em fórmulas e esquemas, ele minava e vulgarizava a compreensão dos fenômenos psicológicos. Isso impedia uma verdadeira compreensão da realidade do ser humano, que é um ser social independente e criativo.

A psicologia do novo behaviorismo não unifica comportamento e consciência, mas reduz a consciência ao comportamento, ignorando as características da psicologia e da consciência, configurando uma psicologia falsa.

Não se pode compreender o ser humano e sua atividade sem considerar sua consciência.

Essa tentativa do novo behaviorismo representa os interesses do capital monopolista.

No âmbito dessa psicologia, o objetivo prático do estudo do comportamento é a “regulação” ou “controle do comportamento” para adaptar melhor as pessoas ao sistema capitalista.

Entretanto, se, como defende o novo behaviorismo, as características psicológicas são ignoradas e tudo é reduzido à resposta, então o controle consciente do comportamento se torna impossível. Em outras palavras, o comportamento do indivíduo passa a ser controlado e determinado não por ele mesmo, mas por influências externas.

Para um controle racional do comportamento, é necessário que, além da pessoa que age, outra pessoa intervenha para controlar seu comportamento. Assim, admite-se tacitamente que o sujeito controlado ou dominado possui processos psicológicos e conscientes, enquanto o controlador ou dominador pode negar tais processos em si mesmo. Isso acaba por legitimar a existência do dominado, mas também a do dominador.

Em última análise, essa psicologia justifica psicologicamente as relações de dominação e subordinação, protegendo, assim, o sistema capitalista e imperialista.

Dessa forma, a psicologia burguesa chegou até hoje passando por várias reviravoltas.

A psicologia que se transforma enfrentando crises é a história da psicologia burguesa, e seu desenvolvimento tem como objetivo a perpetuação do capitalismo e do imperialismo.

Por isso, a característica essencial da psicologia burguesa atual é a sua orientação consistente de, sob a aparência de ciência, salvar o capitalismo e o imperialismo em sua crise descontrolada, utilizando todos os métodos e meios disponíveis.

Nam Sung Il

Enciclopédia Científica, volume 2 de 1989, páginas 44 a 48

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Psicólogo escolar e conselheiro psicológico escolar

O psicólogo escolar e o conselheiro psicológico escolar são todos profissionais especializados que atuam nas escolas para cuidar da saúde psicológica dos alunos.

Esses dois conceitos parecem semelhantes, mas possuem algumas diferenças.

Primeiramente, há uma diferença no foco de pesquisa.

O psicólogo escolar baseia seu trabalho principalmente na aplicação prática dos resultados da psicologia educacional à realidade concreta, ajudando nas atividades educacionais e pesquisando, do ponto de vista da psicologia educacional, os problemas práticos que surgem no ambiente escolar. Já o conselheiro psicológico escolar trabalha principalmente com os alunos, lidando diretamente com os problemas que eles enfrentam no cotidiano escolar, oferecendo soluções.

Devido a essa diferença na natureza das atividades, também há distinções no conteúdo e nos métodos de formação do psicólogo escolar e do conselheiro psicológico escolar.

Além disso, há uma certa diferença no âmbito de atuação.

O psicólogo escolar atua de forma mais dinâmica, podendo ser responsável por 2 a 4 escolas ou por uma determinada região. Já o conselheiro psicológico escolar atua sempre em uma escola fixa, e pode haver várias pessoas nesse cargo dentro de uma mesma escola.

O aconselhamento psicológico escolar, desde o início do século XX, se desenvolveu a partir da separação da higiene mental e do movimento de orientação infantil, progredindo para oferecer aos estudantes modos de entender seu desenvolvimento e adaptação.

Atualmente, em vários países do mundo, é entendido que escolas de primeira linha devem ter psicólogos e conselheiros psicológicos especializados. Por isso, profissionais de psicologia são alocados nas escolas, integrando-se à educação escolar para resolver problemas individuais de aprendizagem dos alunos e questões ambientais relacionadas.

Kim Chol Nam da Universidade Pedagógica Kim Hyong Jik

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 2 de julho de 2015

Quando surgiu a psicologia?

A psicologia como ciência que estuda os fenômenos psíquicos do ser humano surgiu como disciplina independente no final do século XIX. Antes disso, a psicologia era considerada um ramo da filosofia.

 Em 1879, foi instalado o primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha, e os estudiosos consideram esse momento como o início do desenvolvimento da psicologia como ciência independente. No entanto, já na Antiguidade existiam concepções psicológicas, sendo a visão apresentada por Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) em sua obra "Sobre a Alma" um exemplo representativo. O termo “psicologia” passou a ser utilizado a partir de 1594, com a publicação do livro "Psicologia Antropológica", e se popularizou posteriormente com obras como "Psicologia Empírica" (1732) e "Psicologia Racional" (1734).

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 22 de março de 2013


Escolas da psicologia burguesa

Ao olharmos para a história do desenvolvimento da psicologia, fica claro que as escolas da psicologia burguesa surgiram e deixaram marcas evidentes ao exercer uma enorme influência negativa sobre o progresso da psicologia científica.

Esse período foi precisamente do final do século XIX ao início do século XX.

As principais escolas que surgiram nessa época incluem o estruturalismo, o behaviorismo, o funcionalismo, a psicologia da Gestalt e a psicanálise.

Essas correntes nasceram sob as condições histórico-sociais da época e sob a influência da filosofia idealista subjetiva.

O final do século XIX e início do século XX corresponde ao período em que o capitalismo entrou em sua fase imperialista, e em que a psicologia burguesa começava a se separar da filosofia e das ciências naturais, desenvolvendo-se como uma ciência experimental independente.

Os porta-vozes ideológicos da burguesia, alinhados às orientações e exigências de sua classe exploradora, passaram a se interessar não pelas formas superiores da psique e da consciência humanas enquanto fenômenos sociais, mas sim por mecanismos inconscientes e comportamentos humanos comparáveis aos de escravos obedientes ao capital — guiando-se por uma psicologia do controle do comportamento humano e do inconsciente (instinto).

Como resultado, a psicologia burguesa viu emergir várias escolas que apresentavam diferentes teorias e posições em torno dessas questões, todas com a orientação comum de representar os interesses da burguesia. No entanto, cada uma tinha abordagens distintas sobre os objetos, tarefas e métodos da psicologia.

Ao examinar as bases ideológicas e as doutrinas que essas escolas apresentavam, vê-se claramente que elas refletiam as direções e exigências de classe da burguesia. Seus fundamentos filosóficos estavam ancorados no pragmatismo, no existencialismo e na filosofia idealista subjetiva — uma psicologia burguesa completamente reacionária.

Essas escolas da psicologia burguesa, nas décadas de 1930 em diante, não puderam evitar o colapso devido às contradições internas da própria psicologia burguesa.

Ri Song

Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação), 3 de março de 2005

Acolher o glorioso Congresso partidista com méritos laborais e elevado fervor revolucionário é uma nobre tradição de luta de nosso povo

Em todos os locais de trabalho do país, onde a luta pela conclusão bem-sucedida do plano quinquenal está sendo travada com intensidade, há uma frase que nossos funcionários, militantes do Partido e trabalhadores refletem a cada dia e a cada momento:

"Acolhamos com chamas de aumento produtivo o Congresso de glória!"

Seja no momento de descobrir reservas ainda maiores para o aumento DA produção e a economia, seja ao tomar a decisão corajosa de desafiar os próprios limites e estabelecer novos recordes, todos — desde a classe trabalhadora vanguardista de Sangwon, os construtores da zona de Hwasong até os agricultores de altos rendimentos dos arrozais de Jaryong, celeiro da costa oeste — afirmam com uma só voz que ao recitar novamente esta frase, ganham forças.

O fato de um único lema manifestar tamanha força vital demonstra que a luta sem precedentes deste ano pelo aumento da produção é justamente a vigorosa erupção do entusiasmo revolucionário de nosso povo, extremamente elevado diante do iminente 9º Congresso do Partido.

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"A causa socialista do Juche é invencível, e sob a direção do Partido do Trabalho da Coreia, há apenas vitórias e glória em nosso caminho."

Agora que entramos no segundo semestre do ano, nosso povo, tendo gravado profundamente o espírito fundamental da 12ª Reunião Plenária do 8º Período do Comitê Central do Partido, está lutando com ainda mais ousadia em cada local de trabalho.

Muitas unidades da economia popular estão intensificando o ritmo de avanço com o objetivo de concluir seus planos anuais de forma antecipada e alcançar resultados de produção ainda mais orgulhosos, enquanto nos canteiros de obras de importantes empreendimentos também se intensificam as batalhas fervorosas para criar novos feitos construtivos.

Para oferecer ao 9º Congresso do Partido um presente de lealdade!

Esta nobre aspiração está servindo como força motriz do avanço, e a marcha de todo o povo deste ano, que se acelera dia após dia, está mais uma vez registrando na história que acolher o glorioso Congresso do Partido com elevado entusiasmo revolucionário e realizações laborais é uma tradição combativa única e continuamente herdada por gerações do nosso povo.

Se olharmos para trás, veremos que os congressos do Partido, que brilham como marcos de virada de grande importância na sagrada história do nosso Partido, diferem entre si quanto às circunstâncias em que foram convocados e quanto às tarefas de luta que apresentaram — mas todos têm um ponto em comum:

Foram ocasiões históricas que multiplicaram centenas de vezes a unidade monolítica entre o Partido e o povo, e fizeram resplandecer com força o seu poder.

Sempre que se anunciava a realização de um Congresso do Partido, nosso povo, tomado por imensa alegria e entusiasmo, criava notáveis inovações e milagres.

O forte desejo de caminhar lado a lado, passo a passo, com o Partido-mãe que assume a responsabilidade e protege o destino e o futuro do povo, bem como a convicção e o otimismo de que maiores felicidades viriam ao seguir o grandioso projeto traçado pelo Partido — esses sentimentos se manifestaram com ainda mais vigor em cada ocasião em que se aproximava um glorioso Congresso do Partido.

Assim foi na véspera do 3º Congresso do Partido, convocado quando a reconstrução da economia nacional do pós-guerra estava praticamente concluída, e também na época que antecedeu o 4º Congresso do Partido, no qual foram apresentadas tarefas programáticas para a construção integral do socialismo.

O mesmo se pode dizer ao relembrarmos os inesquecíveis dias de 1980, quando foi realizado o 6º Congresso do Partido.

Elevando bem alto as resoluções do 5º Congresso do Partido, nosso povo avançou ao longo da década de 1970 promovendo um crescimento vertiginoso na produção industrial do país ano após ano. Após a 19ª Reunião Plenária do 5º Período do Comitê Central decidir pela convocação do 6º Congresso do Partido, nosso povo se levantou com ainda mais empenho.

Tomada pelo ardente desejo de preparar um presente de lealdade para o 6º Congresso do Partido, nossa classe trabalhadora impulsionou um novo auge na produção e na construção, e como resultado, muitas fábricas e empresas concluíram seus planos econômicos nacionais antes da realização do Congresso.

Em todo o país, ergueram-se monumentais obras comemorativas, e nossos trabalhadores agrícolas, mesmo enfrentando condições climáticas desfavoráveis, cultivaram os campos com dedicação, segundo os princípios da agricultura jucheana, colhendo novamente uma grande safra.

Esse estilo de luta do nosso povo fortaleceu-se ainda mais como uma tradição herdada de geração em geração no processo de preparação para o 7º Congresso do Partido.

Para acolher com orgulhosas realizações laborais o 7º Congresso do Partido — um grande acontecimento digno de destaque na história do Partido —, nosso povo se lançou em ação, exaltando o poder da unidade monolítica, preenchendo cada página do "Registro da Batalha dos 70 Dias de Lealdade" com feitos heróicos.

Assim, em muitas unidades da economia popular, registrou-se um crescimento acelerado da produção, e realizaram-se inovações com o cumprimento antecipado dos planos econômicos nacional do primeiro semestre e do ano inteiro.

Além disso, nossa classe operária, cientistas e técnicos desenvolveram e fabricaram, com nossa própria força e tecnologia, novos equipamentos e os ofereceram como presente ao 7º Congresso do Partido.

Nossos construtores, por sua vez, relataram respeitosamente ao Comitê Central do Partido a alegria de haverem concluído, antes do Congresso, numerosas construções de importância nacional.

No mundo, há muitos países e muitos partidos em cada país.

Mas não existe outro país como nossa grande pátria, em que o Congresso do Partido se transforma em um grande evento de todo o povo, e em que todo o povo se lança em mobilização total com o único pensamento de acolher o Congresso com brilhantes realizações laborais.

A lealdade e o fervor patriótico de nosso povo, que se enobrecem ainda mais por ocasião do Congresso do Partido, têm raízes profundas e um núcleo ardente.

Essa força provém da intensa vivência e da convicção inabalável adquiridas no processo em que nosso povo, ao compartilhar alegrias e dores com o Partido, cresceu como o melhor do mundo — cultivando força e sabedoria dentro do generoso seio do Partido, protegendo e criando com as próprias mãos sua dignidade e felicidade.

Para sempre com o nosso Partido!

É somente no único caminho indicado pelo Partido que se encontram nossas vitórias e felicidades ainda maiores!

Essa é justamente a convicção inquebrantável e o otimismo vitorioso guardados no coração de nosso povo, que entrega tudo para oferecer ao grande Congresso do Partido, que é como uma mãe, um presente de lealdade.

A Batalha dos 80 Dias, lançada antes do 8º Congresso do Partido — um marco de virada no desenvolvimento da nossa revolução —, demonstrou isso com clareza.

Na época do início da Batalha dos 80 Dias, a situação do país era extremamente difícil. No entanto, nosso povo confiou.

Confiou firmemente em sua inalterável convicção de compartilhar para sempre o destino de vida e morte com o Partido; confiou firmemente no caminho radiante de prosperidade e felicidade que o Comitê Central do Partido abriria diante de si; e confiou como uma verdade absoluta que, sob a liderança do Partido, nossa pátria e nossa revolução alcançariam mais uma vez um salto histórico.

Foi por isso que, tomados por emoção ao receberem a carta do Comitê Central do Partido, nossos milhões de militantes se apressaram a ocupar a linha de frente da Batalha dos 80 Dias, e todo o povo se lançou em mobilização total.

Como resultado, nas regiões setentrionais do país devastadas pelas fúrias da natureza, as bandeiras vermelhas das divisões de militantes da capital tremulavam com vigor, e impressionantes novas aldeias do povo se erguiam como cogumelos após a chuva.

Na indústria de base e em toda a economia nacional, as chamas de criação de novos recordes ardiam com força.

Já se aproxima o quinto ano desde a realização do 8º Congresso do Partido.

Nesta trajetória marcada por lutas incansáveis e transformações históricas a cada passo, nossa força nacional alcançou um nível extraordinariamente elevado, a paisagem do país está sendo transformada de maneira surpreendente que impressiona o mundo, e na unidade monolítica de nossas fileiras revolucionárias e em seus membros de comando ocorrem inovações notáveis.

Nesse contexto, inúmeras tarefas políticas principais, decididas pelo 8º Congresso do Partido e concretizadas nas reuniões plenárias subsequentes do Comitê Central, estão avançando vigorosamente para sua fase final.

Em todos os locais de trabalho do país, onde domina o espírito de cumprimento intransigente das resoluções do Partido, os planos econômicos são realizados rigorosamente a cada mês e a cada trimestre.

A grande tradição deve ser herdada firmemente e sem vacilar.

A todos os funcionários, militantes do Partido e trabalhadores do país!

Entramos agora na linha reta rumo ao 9º Congresso do Partido.

O Partido confia no povo e traça grandiosos planos para construir uma potência, enquanto o povo deve mais uma vez elevar vigorosamente o poder do todo harmonioso característico da Coreia Juche, lutando destemidamente para cumprir as resoluções do Partido. Este é o chamado de cada dia do presente.

Em retribuição à nossa grande mãe, que iluminou nosso caminho com sua sabedoria visionária e abriu uma nova era de prosperidade integral nesta terra, guiando-nos a uma vida brilhante e à felicidade, devemos redobrar nosso esforço com sentimento de gratidão.

Alimentemos ainda mais intensamente as chamas do auge produtivo em todos os locais de trabalho.

Ao lutar com ainda mais audácia, eficácia e intensidade para cumprir as resoluções das 11ª e 12ª reuniões plenárias do 8º Período do Comitê Central do Partido, tornemos o glorioso 9º Congresso do nosso Partido um congresso de vencedores registrado na história.

Ri Chol Min

O estudo é um processo primário de aprimoramento do partidismo, do espírito revolucionário e do espírito de servir ao povo

Para celebrarmos de maneira significativa o 80º aniversário da libertação da pátria e o 80º aniversário da fundação do Partido, bem como para acolhermos o 9º Congresso do Partido como um congresso de vencedores, um congresso de glória, é necessário lutar de forma mais audaciosa, mais substancial e mais intensa na frente administrativa mais responsável, com o objetivo de cumprir integralmente as metas estabelecidas para este ano.

Para isso, os funcionários, que são membros de comando da revolução, devem dedicar maiores esforços ao estudo, a fim de se armarem solidamente com as ideias, diretrizes e políticas do Partido.

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"Os funcionários devem compreender claramente que fortalecer o estudo é uma exigência essencial para o cultivo do partidismo e o aprimoramento do espírito revolucionário, e devem realizá-lo de maneira consciente, constante e substancial."

Atualmente, os funcionários enfrentam a importante tarefa de possuir e manifestar ainda mais um elevado partidismo, espírito revolucionário e espírito de servir ao povo. O fortalecimento do estudo por parte dos funcionários é uma exigência essencial para elevar esses três aspectos. Agora é o momento em que todos os funcionários devem reforçar seus estudos, tomar profundamente consciência de sua responsabilidade e missão como núcleo na sustentação das ideias e da direção do Partido, preparar-se como combatentes firmes dedicados à revolução e tornar-se servidores leais que se dedicam com devoção ao povo.

O estudo é a tarefa primária para que os funcionários se tornem revolucionários comunistas que internalizaram a ideia e o espírito da fundação do Partido.

A ideia e o espírito da fundação do Partido representam a essência do temperamento ideológico e espiritual que o revolucionário comunista jucheano deve possuir, e a vida dos revolucionários da primeira geração constitui um valioso modelo a ser seguido pelos nossos funcionários.

Ter bons exemplos não significa que as gerações futuras herdarão automaticamente as ideias, o caráter e a visão de vida de seus antecessores. A verdadeira sucessão se realiza quando os novos funcionários assumem voluntariamente o papel de aprendizes e assimilam profundamente a fidelidade ao Partido e à revolução e o espírito de serviço abnegado ao povo que os pioneiros da revolução possuíam.

Armar-se solidamente com a ideia revolucionária do líder é um requisito prioritário para que os funcionários se tornem encarnações e representantes do partidismo, do espírito revolucionário e do espírito de servir ao povo.

Somente quando a ideia revolucionária do líder for transformada em convicção e em parte da natureza dos funcionários, eles poderão adquirir de maneira completa o temperamento ideológico e espiritual que um comunista deve possuir — desde a perspectiva e a posição de defender plenamente a dignidade e autoridade do Partido até a elevada responsabilidade e infinita dedicação no cumprimento de suas tarefas, e a atitude de se sacrificar pelo povo.

A ideia revolucionária do líder é o nutriente que prepara firmemente os funcionários como verdadeiros revolucionários comunistas.

Hoje, nosso Partido deseja que todos os funcionários, como os combatentes antijaponeses, vivam e lutem tendo a ideia revolucionária do líder como única diretriz, com belas aspirações pelo socialismo e comunismo, uma convicção revolucionária firme e o espírito de autoconfiança e independência.

Quando todos os funcionários se dedicarem plenamente ao estudo para aprender o mundo espiritual dos revolucionários da primeira geração que, mesmo diante de dificuldades acumuladas, absolutizavam as ideias e a autoridade do Líder, superavam as adversidades com convicção inquebrantável e otimismo, e permaneceram fiéis até o fim à revolução, o corpo de quadros do nosso Partido se fortalecerá cem vezes mais como uma fileira de verdadeiros revolucionários comunistas.

O estudo é uma tarefa essencial para que os funcionários elevem incessantemente seu partidismo, espírito revolucionário e espírito de servir ao povo.

Na tarefa de se aprimorar e se forjar, pode haver um começo, mas não há fim. Os funcionários devem ter bem claro que, se deixarem de estudar por um dia, ficarão um dia para trás; se deixarem de estudar por dez dias, não apenas se tornarão ainda mais atrasados, como também se afastarão cada vez mais do Comitê Central do Partido, sua chama revolucionária se enfraquecerá e acabarão prejudicando os interesses e a comodidade do povo. Por isso, devem tornar o estudo parte de sua vida e um hábito constante.

Só o funcionário que realiza o estudo de forma persistente, refletindo sempre se não há nem mesmo uma leve mancha em sua lealdade ao Partido e à revolução, se está se esforçando o suficiente para elevar seu nível e capacidade ao padrão exigido pelo Partido, e se não surgiram elementos, ainda que pequenos, de autoritarismo, burocratismo ou ganho ilícito, poderá manifestar plenamente seu partidismo, espírito revolucionário e espírito de servir ao povo.

A intensidade do entusiasmo pelo estudo das políticas do Partido é a medida do nível do partidismo, do espírito revolucionário e do espírito de servir ao povo.

Os funcionários devem reforçar o estudo sobre o espírito fundamental da 12ª Reunião Plenária do 8º Período Comitê Central e sobre as novas diretrizes e políticas de desenvolvimento regional do Partido, entre outras, para compreender com precisão sua essência. Só assim poderão identificar com clareza suas tarefas em prol do Partido, da revolução e do povo, e estabelecer corretamente as medidas para sua execução.

A sensibilidade para captar, no momento certo e com exatidão, os planos e intenções do Comitê Central do Partido; a ousada capacidade prática de alcançar resultados concretos no cumprimento das tarefas revolucionárias; e a firme combatividade para assumir maiores responsabilidades e dedicar-se ainda mais pelo povo — tudo isso está ligado diretamente ao estudo das políticas do Partido.

Entre as tarefas de se armar com a teoria e a ideia do nosso Partido, o que tem importância especialmente destacada na atualidade é realizar de forma substancial o estudo sobre a linha de construção do Partido na nova era.

Essa linha constitui, em sua essência, um programa revolucionário destinado a herdar de forma completa e implementar de maneira perfeita a ideia e o espírito da fundação do Partido.

Quando todos os funcionários reforçarem o estudo e assimilarem com convicção a essência, a originalidade, a legitimidade e o imenso vigor vital da linha de construção do Partido na nova era, e a implementarem na prática, seu partidismo, espírito revolucionário e espírito de servir ao povo serão ainda mais claros e firmes, e a causa de construção do nosso Partido reforçará sua força motriz ilimitada, avançando com êxito contínuo.

Para ocupar de forma segura as posições dos revolucionários da primeira geração — que criaram a ideia e o espírito da fundação do Partido —, dos da segunda geração que foram diretamente educados e influenciados por eles, e dos antigos leais servidores do Partido, os novos funcionários devem dedicar grande empenho ao estudo para sua própria constante revolucionarização.

O espírito sublime da geração anterior, que defendeu incondicionalmente a dignidade e a autoridade do Partido e protegeu a revolução ao longo de um caminho árduo e complexo de lutas, não pode permanecer apenas como um legado do passado, mas deve ser herdado de forma pura, completa e perfeita — essa é a intenção do nosso Partido.

Todos os funcionários devem agarrar-se ao estudo como linha vital, internalizar e elevar continuamente o partidismo, o espírito revolucionário e o espírito de servir ao povo que a geração fundadora demonstrou, e, assim, cumprir plenamente sua responsabilidade e missão como membros da vanguarda da revolução e servidores leais do povo, na luta atual para realizar de forma brilhante o grandioso programa revolucionário apresentado pelo 8º Congresso do Partido.

Myong Ju Hyok

Decreto do Conselho de Estado da República Popular da China sobre a rebelião do Tibete

[Pyongyang, 29 de março de 1959 – despacho especial da Agência Central de Notícias da Coreia]

De acordo com a agência Xinhua, no dia 28, o Conselho de Estado da República Popular da China anunciou a seguinte medida relacionada à repressão aos elementos rebeldes no Tibete:

A maioria dos membros do governo local tibetano, juntamente com a camarilha reacionária da classe dominante que se aliou ao imperialismo, reuniu forças rebeldes, iniciou uma rebelião, oprimindo o povo, aprisionou o Dalai Lama, rompeu o Acordo de 17 Pontos sobre a libertação pacífica do Tibete e, em 19 de março, ordenou que tropas locais e elementos hostis atacassem em força total as unidades do Exército Popular de Libertação estacionadas em Lhasa. Essas ações, que traem a pátria e destroem a unidade nacional, são absolutamente inaceitáveis segundo a lei.

Para proteger a unidade do país e a unidade democrática, o Exército Popular de Libertação da China recebeu ordens da Sede do Distrito Militar do Tibete para reprimir firmemente a rebelião. Ao mesmo tempo, foi decidido dissolver o governo local do Tibete a partir de hoje e transferir suas funções e autoridade para o Comitê Preparatório da Região Autônoma do Tibete.

Enquanto o presidente do Comitê Preparatório da Região Autônoma do Tibete, o Dalai Lama, estiver detido por elementos rebeldes, o vice-presidente Panchen Erdeni exercerá suas funções como presidente em exercício. Pela decisão, o membro do Comitê Permanente do Comitê Preparatório, Phabala, foi nomeado vice-presidente do Comitê.

Ngapoi Ngawang Jigme, membro do Comitê Permanente e secretário-geral do Comitê Preparatório, foi nomeado vice-presidente e secretário-geral do Comitê Preparatório da Região Autônoma do Tibete.

Os 18 traidores, incluindo Surkhang Wangchengele, Thubten Damba, Senkha Bame Dorje (Xiasu), Yuthok Tashi Dhondup, Trijiang Lobsang Yeshe, Gadrang Lobsang Rigzin, Lobsang Samden, Kemai Soinam Wangdü, Ronglangse Thubten Norsang, Phala Thupten Woenden, Oxie Thubten Chodron, Namselin Banjo Jigme, Jamyang Gyaltsen, Tsewang Dorje, Panggyur, Woeser Gyaltsen, Gongga Lama e Chubugamapa Ribe Dorje foram destituídos dos seus cargos e serão punidos de acordo com a lei do Estado. 

Novos membros nomeados para o Comitê Preparatório da Região Autônoma do Tibete:

Deng Shaodong, Zhan Huayu, Hui Yiran, Liang Xuanxian, Dengzhu Zeren, Losang Langjie, Tudeng Gunga, Jam Dpal Prinlas, Ngapoi Cedain Zhoigar, Doje Cedain, Khyerdo Thubdru, Kyizom Gyaltsen Phuntsok, Lobsang Tsering, Qunjue, Phuntsok Wangchuk e Wang Peisheng.

Esses 16 nomes foram designados como membros do Comitê Preparatório da Região Autônoma do Tibete.

Espera-se que o Comitê, promovendo a união do povo tibetano sem distinção entre cargos superiores e população comum, apoie a rápida repressão da rebelião pelo Exército Popular de Libertação da China, fortaleça a defesa nacional, proteja os interesses de todos os povos de todas as etnias, mantenha a ordem social e se empenhe com total dedicação na construção de um novo Tibete democrático e socialista.

28 de março de 1959

Zhou Enlai, Primeiro-Ministro do Conselho de Estado