sábado, 12 de agosto de 2023

O invencível Exército Revolucionário Popular da Coreia


O Exército Revolucionário Popular da Coreia tinha apenas mais de 100 soldados na época de sua fundação por seu comandante Kim Il Sung em 25 de abril de 1932. Tal exército guerrilheiro antijaponês alcançou a causa histórica da libertação nacional em 15 de agosto de 1945, lutando contra o exército Kwantung do Japão de um milhão de homens, uma força armada de elite equipada com aeronaves, tanques e outras armas modernas.

Qual foi o segredo da vitória conquistada pelo ERPC?

Soldados com forte fé e vontade.

No verão de Juche 25 (1936), Wan Shun, comandante de uma unidade do Exército de Salvação Nacional que tinha muita inveja do sucesso alcançado pelo Exército Revolucionário Popular da Coreia em várias batalhas, disse que famosos generais chineses na antiga era de guerra derrotaram seus inimigos por meio de uma estratégia engenhosa e que os japoneses lutaram bravamente, e perguntou a Kim Il Sung quais táticas ele usou para alcançar a vitória em cada batalha.

Kim Il Sung respondeu que a arte da guerra era importante, mas que o estado mental dos soldados era ainda mais vital.

Desde os primeiros dias da luta armada, ele treinou todos os seus soldados como os fortes em ideias e fé, aqueles de coragem incomparável, com patriotismo ardente, fé inabalável e vontade firme.

Os soldados ERPC, sob a bandeira de defender o Líder ao risco da vida, tornaram-se escudos humanos para proteger o Comandante Kim Il Sung das balas inimigas e se disfarçaram para atrair e atingir milhares de tropas inimigas. Eles exibiram o espírito de luta inflexível e o espírito heroico de autossacrifício nas batalhas decisivas contra os imperialistas japoneses para alcançar a libertação nacional. O ERPC naqueles dias produziu um soldado que bloqueou a casamata do inimigo com o peito para permitir o avanço de sua unidade, ficando registrado na história mundial das guerras revolucionárias como o primeiro herói que sacrificou sua vida como uma bomba humana; outro soldado que mordeu a língua para manter seus princípios revolucionários diante de todo tipo de tortura; uma soldado que gritou: "Ainda posso ver a vitória na revolução!" embora seus olhos tenham sido arrancados depois de ser presa pelo inimigo; e um combatente que amputou sozinho o pé necrosado com uma serra flexível para ficar vivo e continuar lutando contra o inimigo.

Fila unida com a obrigação revolucionária.

Durante a Marcha Penosa em meados da década de 1930, ocorreu um caso em que um guerrilheiro novato teve seu uniforme queimado enquanto dormia próximo de uma fogueira. A roupa ficou tão destruída que não podia cobrir nem a metade do corpo. Desde aquele dia, teve que marchar com ela tremendo de frito.

Um veterano, angustiado com o sofrimento do guerrilheiro novato, tirou sua única jaqueta militar e colocou nele. Seus camaradas se preocuparam de como o veterano superaria o frio invernal. Contudo, ele nunca se queixou. Sempre se colocava à frente da coluna para romper a camada de neve que estava intacta.

Os soldados do ERPC possuíram obrigação revolucionaria de amar seus camaradas e não poupar nada para eles.

Kim Il Sung escreveu em suas memórias “No Transcurso do Século”:

Como o Exército Revolucionário Popular da Coreia se tornou tão forte? Cada vez que me fazem esta pergunta, explico que foi porque era um coletivo aglutinado com senso de dever. Se nossa coesão fosse baseada somente na pura comunidade de ideologia e vontade, sem fundamentar-se na moral e no senso de dever, não teríamos sido tão fortes.

Otimistas

Isso ocorreu na primavera de 1940 quando o grosso do ERPC empreendia as intensas atividades militares e políticas na região nordeste do monte Paektu.

Naquele período, a unidade sofria severas dificuldades alimentares.

Certo dia, Kim Il Sung deu a um chefe de comando a ordem de ir com seus soldados recolher vegetais silvestres. Os soldados, que subiram as montanhas, voltaram nas últimas horas da tarde, porém os vegetais não enchiam sequer um cesto.

Explicaram que como batia a suave brisa primaveral, levando o aroma das flores e, sobretudo, vendo um tapete macio de grama, pensaram espontaneamente em suas terras natais, evocando a época da infância, quando corriam livremente as colinas na primavera, e inconscientemente, perderam boa parte do dia jogando ssirum (luta coreana).

Depois de criticá-los severamente, Kim Il Sung não conseguiu dormir naquela noite.

Pensou que, mesmo em meio às adversas condições, os soldados, em vez de desanimar-se, levam sua vida com otimismo como foi, por exemplo, divertir-se incluso nas partidas de ssirum, e logo sorriu de satisfação.

Se alguém não tivesse tido tranquilidade mental nem otimismo na vida, não teria podido nem sequer pesar em coisas como partida de ssirum em uma circunstância tão severa como a daquela época.

Em suas memórias “No Transcurso do Século”, ele escreveu como segue:

O ERPC foi um grupo de otimistas sem precedentes na história. Existiram muitos exércitos ou guerrilhas de fama mundial, porém, creio que não existiu tropa tão animada e prometedora, com transbordante otimismo e entusiasmo revolucionário, como foi o ERPC. Precisamente, foi um coletivo de combatentes que, rindo, sabiam vencer as adversidades e converter o desfavorável em favorável; um coletivo de otimista que confiavam que existia a salvação mesmo que o mundo inteiro desmoronasse.

Yang Ryon Hui

Naenara

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