domingo, 27 de agosto de 2023

Para preservar o espírito nacional


Entre as pessoas que gravaram seu nome na história da Coreia figura Ri Kuk Ro, que dedicou tudo de si para desenvolver a língua nacional.

Nascido em 28 de agosto de 1893 na comuna Tugok, cantão Jijong, condado de Uiryong, província de Kyongsang Sul, ele esteve muito desejoso de aprender desde pequeno. Porém, a dominação militar japonesa o deu a enxada e a foice e não o pincel.

Somente quando tinha 17 anos de idade, pôde ingressar na escola. Após a graduação, se tornou professor da Escola Tongchang fundada pelos patriotas pela independência em Jiandao Oeste onde era ativa a luta dos voluntários naquela época.

Com a determinação de consagrar-se à sagrada causa pela independência, ele só pensou em qual era o caminho que a Coreia deveria tomar.

Participou no movimento independentista e ensinou a história da nação de Tangun, a língua materna e a geografia da Coreia, esperando por um grande homem que pudesse ter uma resposta para sua pergunta. Viajou pelo mundo por longo período, além de suas viagens dentro de seu próprio país, para encontrar a solução, mas em vão.

Depois de graduar-se na Universidade Berlim e obter o diploma de doutor em filosofia, ele regressou para a Coreia em janeiro de 1929 e não se incorporou aos círculos políticos ou de negócios, mas à Sociedade de Estudo da Língua Coreana com o fim de empreender uma luta antijaponesa e recuperar o país com o movimento da língua coreana.

Ampliou a associação incorporando muitos intelectuais jovens e progressistas, ao mesmo tempo em que organizou uma sociedade para redigir o dicionário da língua coreana e promoveu sua compilação.

Diante das manobras dos imperialistas japoneses para exterminar a nação coreana do mundo, reorganizou em janeiro de 1931 a Sociedade de Estudo da Língua Coreana como Sociedade de Linguística Coreana e empreendeu uma campanha para fomentar a uniformidade da língua nacional e defendê-la e divulgá-la entre as amplas massas.

Além disso, estabeleceu a Editora de Livros Comemorativos Coreanos em sua tentativa de descobrir, preservar e divulgar os clássicos nacionais da Coreia.

Os imperialistas japoneses, que obstaculizavam as atividades da associação em cada passo, inventaram o “incidente da Sociedade Linguística Coreana” em 1942, qualificando-a como organização antijaponesa, e prenderam muitos intelectuais e religiosos em vários lugares do país, incluindo Ri Kuk Ro.

Apesar das torturas cruéis, ele não se curvou e seguiu lutando em defesa da língua nacional.

Recordando sua carreira cheia de vicissitudes, o grande Líder camarada Kim Il Sung escreveu em suas memórias "No Transcurso do Século”: O incidente da Sociedade de Linguística Coreana nos comoveu fortemente. Nas imagens dos intelectuais, que mantiveram o espírito nacional à custa de seu sangue, sem temer fuzis, baionetas ou a forca, vimos nossa pátria viva, nosso país vivendo e lutando.

Somente quando Ri Kuk Ro se reuniu com Kim Il Sung, pai da nação, por quem tanto esperava, depois da libertação da pátria (15 de agosto de 1945), pôde encontrar o caminho que deviam seguir a Coreia e sua nação.

Em abril de Juche 37 (1948), visitou Pyongyang para participar na Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais da Coreia do Norte e do Sul, ocasião em que se encontrou com o grande Líder camarada Kim Il Sung.

Naqueles dias, recebeu importantes instruções sobre o desenvolvimento da língua coreana por parte de Kim Il Sung.

Isso serviu para ele como novo ponto de viragem em sua vida.

Graças à grande confiança do Líder, Ri Kuk Ro atuou como deputado à Assembleia Popular Suprema da RPDC, primeiro ministro sem pasta da República e presidente da Sociedade de Estudos da Língua Coreana.

Se dedicou a divulgar corretamente a língua nacional ao povo, principalmente aos estudantes, desenvolvê-la mais e redigir o “Manual de gramática coreana” e o “Dicionário coreano”. No período da Guerra de Libertação da Pátria (25 de junho de 1950 - 27 de julho de 1953), fez contribuição a desenvolver a língua nacional ao compilar o “Dicionário do léxico coreano”.

Ele trabalhou como primeiro diretor do Instituto de Língua e Literatura Coreanas, adscrito à Academia Estatal de Ciências, fundado no tempo de guerra.

Escreveu um grande número de obras e livros valiosos que contribuíram a padronizar a língua coreana e desenvolver a linguística coreana, entre outros “Fonética coreana de diagrama experimental” (1948), “Pequeno dicionário coreano” (1956), “Estudo sobre o acento coreano” (1957) e “Estudo sobre a entonação coreana” (1966).

No último período de sua vida, na avançada idade de 80 anos, apresentou o manuscrito “Dicionário de pronúncia coreana”.

Em reconhecimento de seus grandes aportes feitos para defender o espírito nacional, o Estado outorgou a ele muitas ordens e medalhas como o Prêmio Reunificação da Pátria e a Ordem Bandeira Nacional de primeira classe.

Jong Sun Gi

Naenara

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