sexta-feira, 5 de julho de 2019
Informe proferido no ato comemorativo do XV aniversário da libertação nacional
Pyongyang, 14 de agosto de 1960.
Queridos camaradas:
Transcorreram 15 anos desde que o povo coreano foi libertado do jugo colonial do imperialismo japonês.
Hoje nosso povo celebra o XV aniversário da libertação nacional, que se cumpre em 15 de agosto, evocando seu glorioso trajeto de luta, que lhe enche de alegria e orgulho por estar marcado por uma prosperidade e progresso sem precedentes na história do país.
Com motivo desta festa nacional, permita-me, em nome do Partido do Trabalho da Coreia e do Governo da República, expressar minha mais calorosa congratulação a vocês e a todo o povo coreano.
Em representação de todo o povo coreano envio meu profundo agradecimento ao grande povo soviético, que nos ajudou em nossa luta para libertar o país do domínio colonial do imperialismo japonês e nos oferece grande assistência material e espiritual. Também estendo profundo agradecimento ao grande povo chinês, que nos ajudou em nossa luta ao custo de seu sangue e segue prestando-nos muita assistência, assim como aos povos dos demais países irmãos que nos expressam seu constante apoio e respaldo.
15 anos representam um período muito curto na história milenar de nosso país. Porém neste tempo nosso povo, sob a direção do Partido do Trabalho da Coreia, realizou portentos que nossos antepassados não puderam sequer imaginar ao longo de milhares de anos, e obtiveram avanços transcendentais em todos os aspectos da vida. A fisionomia do país sofreu mudanças radicais; tanto o território pátrio como a população se transformaram em tal grau que quase não se pode reconhecer.
Desde a libertação até a presente data nosso povo venceu com valentia sucessivas dificuldades e duras provas na luta pela reunificação e independência da Pátria e pelo progresso social. Da velha sociedade herdamos uma economia e cultura coloniais, extremamente atrasadas, e empreendemos a construção de uma nova sociedade em condições de escassez de quadros nacionais. A divisão da Pátria e as persistentes maquinações subversivas do inimigo puseram obstáculos todavia em nossa obra de construção. Nosso povo teve que sofrer a catástrofe de uma renhida guerra devido à agressão do imperialismo ianque e da traidora camarilha de Syngman Rhee e, no pós-guerra, restaurar a economia a partir do nada, pois as cidades e aldeias foram reduzidas a cinzas.
Ainda nas complexas e difíceis circunstâncias, nosso Partido conduziu sempre vitoriosamente o povo que, unido invariável e estreitamente em torno dele, o seguiu com passos firmes pelo caminho que lhe indicou, superando heroicamente todas as dificuldades e provas.
A história dos 15 anos do povo coreano posteriores à libertação é a gloriosa luta em que rejeitou todas as maquinações agressivas do imperialismo, incluindo o ataque armado, e defendeu a liberdade e a independência da Pátria; uma história de grandes realizações em que construiu sobre as ruínas uma nova e magnífica sociedade, beneficiosa para o povo, vencendo múltiplas dificuldades.
Graças à heroica luta e ao trabalho criador de nosso povo a situação do país mudou decisivamente em favor de sua luta pela reunificação pacífica da Pátria e do progresso social.
A base revolucionária do Norte da Coreia, que se desenvolve com rapidez pelo caminho do socialismo, alcançou uma solidez inquebrável; as forças democráticas do Sul são incrementadas a cada dia mais e a luta revolucionária se expande. No Sul da dominação colonial dos EUA recebe fortes golpes, os imperialistas ianques e seus lacaios atravessam uma crise política e econômica irremediável.
Já é claro em que terminará a luta dessas duas linhas, a contradição de duas realidades opostas: o progresso e a reação, a prosperidade e a ruína, que se verificam respectivamente no Norte e no Sul da Coreia há 15 anos.
Hoje, quando celebramos o XV aniversário da libertação nacional, podemos dizer com segurança que se aproximam cada vez mais os dias em que todo povo coreano gozará de uma vida livre e feliz no território pátrio reunificado.
Camaradas:
Sob a direção do Partido nos 15 anos passados nosso povo realizou grandes tarefas revolucionárias e magnas obras de construção no Norte da Coreia.
A raiz da libertação de nosso povo destruiu todos os velhos aparatos de dominação imperialistas, estabeleceu o novo Poder popular e realizou com êxito a revolução democrática destinada a liquidar os remanescentes imperialistas e das forças feudais. Como resultado da reforma agrária, da nacionalização da indústria e outras reformas democráticas, o Norte da Coreia se converteu da atrasada sociedade colonial semifeudal em uma poderosa base democrática da revolução coreana.
Se nosso Partido não houvesse estabelecido e fortalecido rapidamente a base democrática no Norte, mobilizando todas as forças patrióticas, não poderíamos combater a agressão armada dos 16 países acaudilhados pelo imperialismo ianque, nem defender a independência e a honra da Pátria. Contando com as forças políticas, econômicas e militares do Norte da República, e com o apoio e respaldo ativos dos países irmãos, nosso povo pôde obter uma gloriosa vitória na Guerra de Libertação da Pátria.
Nos três anos de guerra as forças produtivas do país foram destruídas como nunca e a vida do povo arruinada ao extremo.
A linha de nosso Partido de priorizar o incremento da indústria pesada e desenvolver ao mesmo tempo a indústria leve e a agricultura, era a linha mais justa que permitiu superar todas as dificuldades depois do cessar-fogo e realizar com êxito a reabilitação da economia nacional. Graças à acertada política econômica do Partido e a heroica luta dos trabalhadores para materializá-la, a economia nacional, completamente arruinada, se recuperou e desenvolveu-se em ritmo acelerado.
Em nosso país, sob a direção do Partido, os trabalhadores não somente lograram grandes êxitos no desenvolvimento das forças produtivas mas também obtiveram a vitória decisiva na transformação socialista das relações de produção. Em curto período, de apenas quatro ou cinco anos posteriores à guerra, foi levado a cabo triunfantemente a cooperativização agrícola e a transformação da indústria e do comércio privados, estabelecendo-se o domínio único das relações de produção socialistas em todos os setores da economia nacional.
Assim as forças produtivas foram completamente libertas dos grilhões das velhas relações de produção, e a origem da exploração e da pobreza nas cidades e no campo foi eliminada de uma vez por todas.
Quando começaram a realizar o Plano Quinquenal depois de terminar a restauração pós-guerra, nosso Partido e povo tropeçaram com novas dificuldades. Os reacionários internacionais e seus lacaios, os revisionistas, fizeram desenfreadas campanhas anti-soviéticas e anti-comunistas e, ao compasso deste, os imperialistas ianques e seus lacaios intensificaram os atos subversivos contra o Norte da República e, no seio do nosso Partido, os elementos anti-partido e contrarrevolucionários promoveram uma batalha. Naquele tempo também a situação econômica do país era ainda precária e a edificação econômica socialista enfrentou muitas dificuldades.
Todavia, nosso Partido, sem vacilação alguma e hasteando a bandeira do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, agrupou mais compactamente em torno de si as massas populares e mobilizou todas as forças destas à construção econômica socialista, destruindo totalmente as ofensivas do inimigo e os complôs dos elementos contrarrevolucionários.
Na história Reunião Plenária do Comitê Central do Partido celebrada em dezembro de 1956, chamou as massas a por-se de pé em uma enérgica luta para superar todas as dificuldades criadas dentro e fora do país, dando lugar a um novo auge na edificação do socialismo.
Em todos os setores da economia nacional se produziu um movimento massivo de inovação, foram derrotados o conservadorismo e a passividade e estabelecidas novas normas. As forças produtivas cresceram em ritmo extraordinário e a fisionomia das cidades e aldeias foi mudando rapidamente. Foi assim que se produziu um grande ascenso na construção socialista e todos trabalhadores marcharam com o ímpeto de Chollima.
O grande auge da edificação socialista e o Movimento Chollima em nosso país são feitos legítimos, ocorridos sobre a base de haver triunfado decisivamente a revolução socialista e sido estabelecidas as bases da economia nacional independente; são reflexos da aspiração comum de nossos trabalhadores de colocar a sua atrasada e pobre Pátria o quanto antes nas filas dos países avançados; e são expressão do inquebrável espírito de combate e da grande faculdade criadora de nossos trabalhadores, que confiam e amam sem reservas o Partido e, unidos ferreamente em seu arredor, marcham adiante superando todos os obstáculos. Desenvolvendo o Movimento Chollima pudemos lograr o êxito transcendental de cumprir o Plano Quinquenal em dois anos e meio enquanto ao valor total da produção industrial e assegurar o alto ritmo da edificação do socialismo.
Nos seis anos posteriores à guerra a produção industrial registrou o alto ritmo de incremento anual de 43% e, nos primeiros três anos do quinquênio, de 45%, como média. Apesar de nosso país ter sofrido com três anos de guerra e atravessado dois períodos de restauração antes e depois dessa conflagração, este ano nossa produção industrial aumentará 6,4% em comparação com o ano anterior à guerra, 1949, e 7,7 vezes a respeito do ano anterior à libertação, 1944. Com o desenvolvimento acelerado da indústria pesada se assentou uma sólida base para a industrialização socialista e também foram estabelecidas as bases da indústria leve.
Nosso povo, que antes, por estar distante da civilização técnica, sendo pobre e débil, se viu oprimido e pisoteado por outros, se converteu hoje no digno dono da técnica e produz com seus próprios meios os equipamentos e máquinas modernas e levanta fábricas e empresas de grande tamanho.
Na agricultura foram levados a cabo, fundamentalmente, a irrigação e a eletrificação, e se impulsiona plenamente a mecanização.
Em alguns anos posteriores à guerra executamos obras de irrigação para uma área cinco vezes maior que as que irrigavam os imperialistas japoneses em seus 36 anos de ocupação, e realizamos em grande escala, ao longo do país, as obras de restauração florestal e fluvial. Os camponeses, que suportaram durante milhares de anos as catástrofes naturais, passaram a ter finalmente, em nossa época, terras de trabalho protegidas dos danos por inundações e secas.
Foi levada a eletricidade até as zonas montanhosas e forneceram-se continuamente novas máquinas de lavoura ao campo.
Nossos camponeses, que cultivavam as terras com instrumentos atrasados, atados ao estreito marco da economia privada, se converteram em donos de fazendas cooperativas de grande envergadura e contam com sólidas bases materiais e técnicas para poder recolher a cada ano ricas colheitas, embora trabalhando com maior facilidade. Isto trouxe, como dizem os camponeses, uma verdadeira revolução a nosso campo.
Não é casual de nenhuma maneira o rápido desenvolvimento de nosso país. Tal ritmo de crescimento constitui uma prova patente do quão grande é a força que pode exercer um povo liberto da exploração e opressão.
Em um curto período estabelecemos com êxitos os cimentos do socialismo e convertemos nosso país, antes atrasado, em um país industrial-agrícola socialista com uma base econômica autossuficiente. A vida de nosso povo melhora cada dia mais e a cultura e arte nacionais florescem plenamente. Todos os trabalhadores se orgulham de sua Pátria em prosperidade e desenvolvimento, gozam de uma vida feliz e digna, e seguem galopando no Chollima para um futuro mais brilhante.
Na época da dominação imperialista japonesa, os trabalhadores de nosso país, submetidos à cruel exploração e opressão, sofreram com escassez de roupa e comida, e muitos deles, despedidos, tinham que vagar sem rumo fixo.
Hoje em dia todos tem ocupação, trabalham com entusiasmo em seus postos pelo bem do Estado e da sociedade e por sua própria felicidade, sem sentir nenhuma inquietude por roupa, comida ou moradia.
Em nosso país o desempregou foi eliminado há muito tempo e o ingresso dos trabalhadores foi incrementado consideravelmente. O salário real dos trabalhadores e empregados em 1959 quase duplicou o do ano de 1949, e no mesmo período o ganho real dos camponeses também aumentou muito. Agora o salário dos trabalhadores e empregados está a nível suficiente para lhes assegurar uma vida estável, e a vida dos camponeses chegou, de modo geral, ao nível dos antigos "camponeses médios". Aos trabalhadores se destinam todo ano muitas novas moradias. Tão somente no período posterior à guerra foram construídas nas cidades e no campo as moradias modernas por uma área de mais de 22 milhões de metros quadrados.
Mesmo assim, ainda não se pode afirmar que nosso trabalhadores vivam na riqueza. Porém já resolvemos os problemas fundamentais da vida do povo e temos preparadas todas as condições para desfrutar de uma vida mais feliz e abundante no futuro.
Os trabalhadores de nosso país não se preocupam em buscar um posto de trabalho, nem com roupa, comida ou moradia, tampouco com a instrução de seus filhos.
Toda a nova geração pode receber gratuitamente o ensino médio às custas do Estado, e os estudantes das universidades e das escolas especializadas recebem incluso becas estatais. Atualmente em nosso país existem umas 8000 escolas de todos os níveis, incluindo 37 centros de ensino superior, com uma matrícula de 2.500.000 alunos. Todos tem livre acesso ao ensino, podem ingressar nas escolas especializadas ou nas universidades, segundo seus desejos, e desenvolver seus talentos.
Além disso, os trabalhadores recebem enormes benefícios materiais e culturais do Estado e da sociedade.
Os trabalhadores tem uma jornada de oito horas de trabalho e se beneficiam com o sistema de férias pagas pelo seguro social. As mulheres gozam de iguais direitos que os homens em todos os aspectos da vida social e funcionam para as mães e as crianças um grandes número de creches e jardins de infância às custas do Estado e da sociedade. Todo ano centenas de milhares de trabalhadores gozam de suas férias em casas de repouso e de saúde às custa do Estado e todo mundo pode receber a assistência médica gratuita nos hospitais estatais.
Nosso país assegura com medidas estatais uma vida estável aos desamparados, deficientes, idosos e órfãos. Embora tenha sido um país atrasado e tenha passado por uma guerra horrenda e sem precedente, não tem mendigos nem vagabundos.
Se sob o domínio do imperialismo japonês nossos trabalhadores nossos trabalhadores agoniados pela constante penúria e sem esperanças pelo futuro, se lamentavam de sua existência, hoje pensam na maneira de como viver melhor e amplamente neste belo mundo, toda sua vida é uma concreção de esperanças, alegria e ânimo. Livres de qualquer tipo de exploração e opressão, da ameaça do desemprego e da miséria, sem nenhuma preocupação e inquietude, as pessoas trabalham, estudam e vivem felizmente por igual; esta é precisamente a realidade atual do Norte, da vida de nosso povo sob o regime socialista.
Os nossos compatriotas que sofriam com a privação de seus direitos, com a discriminação por sua condição nacional e a penúria em terras japonesas, regressaram ao seio da cada dia mais próspera Pátria, e os já repatriados gozam de uma vida feliz, sem ter qualquer incômodo ou preocupações. No futuro também seguiremos acolhendo-os e lhes garantiremos todas as condições para uma nova vida.
A única preocupação que tem agora os habitantes do Norte é pela divisão de nossa Pátria, pela separação de seus compatriotas, pela situação de seus maridos, esposas, filhos, irmãos e irmãs, de seus parentes e amigos que foram levados ao Sul, e pela trágica vida de todos os sul coreanos. Porém estamos seguros de que esta preocupação também será dissipada e chagarão inevitavelmente os dias em que o povo inteiro, os trinta milhões de habitantes, viverão em abundância desfrutando da liberdade e felicidade.
Todos estes êxitos nossos corroboram à superioridade tangível do regime socialista estabelecido no Norte da República e a invencível vitalidade da política de nosso Partido. São realizações que puderam ser logradas somente pela heroica luta e abnegado esforço dos trabalhadores, estreitamente unidos em torno do Partido e infinitamente estimulados por sua política.
Através da revolução democrática e socialista, da renhida Guerra de Libertação da Pátria e da difícil construção econômica socialista no pós-guerra, nosso país demonstrou elevado zelo revolucionário, indomável espírito combativo, heroísmo massivo e inesgotável capacidade criadora.
Permita-me, em nome do Partido e do Governo, tributar um caloroso reconhecimento a nossos trabalhadores, camponeses, intelectuais, a todo o povo coreano que com sua heroica luta desenvolveu e fortaleceu monoliticamente a base democrática no Norte da República e acrescentou maior honra à Pátria socialista.
Camaradas:
Os grandes êxitos de nosso povo na revolução e na edificação socialistas abriram uma ampla perspectiva para levantar em nossa Pátria um Estado socialista mais rico e poderoso. Agora o Partido e o Governo preparam o Plano Septenal de desenvolvimento da economia nacional para os anos de 1961 a 1967, período que será de significado decisivo para a construção socialista em nosso país.
Durante o Plano Septenal, mantendo invariavelmente a linha de garantir o incremento priorizado da indústria pesada e desenvolver simultaneamente a indústria leve e a agricultura, devemos lograr um avanço decisivo na industrialização socialista do país e melhorar de modo transcendental o nível de vida de nosso povo.
Manuscritos do grande Líder camarada Kim Il Sung
Fator importante na elaboração de um plano de longo alcance é definir corretamente sua direção geral e, ao mesmo tempo, estabelecer com acerto a orientação concreta para o fomento econômico em cada época de conformidade com o nível de desenvolvimento das forças produtivas e da situação do país
Tendo em conta o nível atual de desenvolvimento econômico do país e suas perspectivas, nos primeiros três anos do septênio nosso Partido concentrará seus esforços em promover rapidamente a indústria leve e a agricultura e melhorar de modo sensível a vida do povo sobre a base de dispor melhor e explorar com eficiência a base da indústria pesada já criada, e nos restantes quatro anos se concentrará em expandir essa base e melhorar sua dotação técnica para reforçar resolutamente o cimento material-técnico do socialismo, sem deixar de melhorar todavia mais a vida do povo.
Nos anos posteriores à guerra nossa indústria foi incrementada a um ritmo muito elevado. Foram expandidos e fortalecidos rapidamente os ramos-chave da indústria pesada, entre outras a metalúrgica, elétrica, do carvão, química e de materiais de construção, e foi criada a nossa própria indústria mecânica. Isto significa que reforçando e desenvolvendo os ramos da indústria pesada, que constitui a armação da economia nacional, resolvemos o problema fundamental para o progresso econômico do país.
Porém, devido a sua curtíssima história de desenvolvimento, a indústria de nosso país, particularmente a indústria pesada, ainda não está perfeitamente dotada de todos ramos necessários. Embora tenhamos criado, por assim dizer, o esqueleto da indústria pesada, não lhe demos a carne necessária; se resolvemos bem o fundamental da indústria, temos ainda pendente o secundário.
Somente quando nossa indústria pesada encha essa lagoa poderá render maior proveito e melhor serviço para o progresso da indústria leve e da agricultura e para o fomento do bem estar do povo.
Assim sendo, a tarefa principal da indústria pesada nos primeiros três anos do septênio é por carne em seu esqueleto, dispor e aperfeiçoar mais as empresas existentes. No cumprimento desta tarefa deverão ser empreendidas as obras de construção de grande envergadura.
Incrementar com rapidez a indústria mecânica segue sendo tarefa essencial do Plano Septenal. Sem promovê-la mais é impossível garantir a reconstrução técnica geral da economia nacional.
Há que construir novas fábricas de máquinas-ferramenta de grande tamanho e aproveitar melhor as bases da indústria mecânica existentes a fim de produzir uma maior quantidade de máquinas e equipamentos que se necessitem em todos os setores da economia nacional.
Outra tarefa fundamental do Plano Septenal é lograr o desenvolvimento acelerado da indústria química.
Em favor do progresso da agricultura, sobretudo para fortalecer decididamente a base de matérias primas da indústria leve, é necessário desenvolver em grande escala a indústria química. Devemos concentrar as forças neste setor para poder fornecer suficientes matérias primas à indústria têxtil e de artigos de uso diário.
Será acelerada e terminada prontamente a construção da fábrica de vinalon, em construção atualmente, para produzir anualmente mais de 20 mil toneladas; será construída uma fábrica têxtil em Sinuiju e será expandida a Fábrica Têxtil de Chongjin para aumentar a produção de fibrana e raiom. Há que edificar as fábricas de náilon e nitro assim como as plantas processadoras de lino, cânhamo, casulo de bichos-da-seda e outras matérias primas de fibras naturais, para satisfazer as variadas demandas dos trabalhadores enquanto a tecidos. Desta maneira, dentro dois próximos dois ou três anos devemos dar solução cabal ao problema de fibras.
Para lograr inovações na produção de artigos de uso diário é preciso desenvolver por completo a indústria de resinas sintéticas como o cloreto de vinilo. Ao mesmo tempo, será construída uma nova refinaria de petróleo, de grande importância para a indústria química, e será criada também a indústria borracha sintética.
Será erigida uma sólida base de matérias primas e, apoiando-se nela, se levará a industria leve a um nível mais alto.
Seguirá sendo incrementada a indústria têxtil, será promovida a alimentícia e aumentará de modo decisivo a produção de artigos de uso diário.
A tarefa primordial na produção de artigos de uso diário é aumentar a variedade e a qualidade. Mobilizando todos os recursos e possibilidades deveremos produzir mais, melhor e em menor preço variados artigos de consumo necessários para o povo em sua vida cotidiana.
Será executada continua e consequentemente a política de nosso Partido de desenvolver paralelamente a indústria central de grande tamanho e a local de mediano e pequeno tamanho na produção de bens de consumo popular e, em especial, será prestada profunda atenção à mecanização da indústria local.
Nos últimos anos nossos trabalhadores levantaram muitas fábricas da indústria local ao longo do país oferecendo uma grande ajuda ao desenvolvimento da economia nacional e ao melhoramento da vida do povo. Se as mecanizamos e elevamos rapidamente o nível técnico e profissional de seus trabalhadores, podemos mobilizar amplamente os recursos da localidade, aproveitá-los com maior eficiência, aumentar em grande escala a variedade de artigos de uso diário e elevar de modo decisivo sua qualidade. Em todas as fábricas da indústria local será levada a cabo infalivelmente a tarefa da mecanização dentro de alguns anos.
A agricultura ocupa um lugar muito importante na edificação da economia socialista. Enfrentamos a tarefa de incrementar a produção de grãos e cultivos industriais e desenvolver a pecuária de modo transcendental nos baseando em êxitos já logrados na agricultura.
Hoje em dia, o ponto chave para a solução exitosa de todos os problemas relacionados com a agricultura está em sua mecanização.
Há bastante tempo, nosso Partido deu clara orientação de mecanizar a agricultura e este ano, propondo-se a mecanizá-la por completo, já alcançou êxitos inestimáveis.
Serão produzidos mais e melhores tratores, caminhões e outras diversas máquinas destinadas ao campo e serão utilizadas mais eficientemente todas as máquinas agrícolas. Para lograr a mecanização completa das tarefas agrícolas, não somente nas zonas planas mas também nas montanhosas, será aumentado o número de tratores medianos a mais de 20 mil unidades dentro dos próximos dois ou três anos e ademais se produzirão e fornecerão de 30 a 40 mil tratores de pequeno tamanho.
Assim é como devemos eliminar de uma vez por todas o atraso técnico do campo e mecanizar os trabalhos difíceis e que requer muita mão de obra, registrando novos avanços no desenvolvimento das forças produtivas agrícolas e em todos os aspectos da vida dos camponeses.
Uma das fórmulas mais importantes para incrementar a produção de cereais e de colheitas industriais na agricultura, sobre tudo para solucionar o problema de ração na pecuária, é aplicar amplamente o duplo cultivo. Isto equivale a obter novas terras de trabalho e constitui, ademais, um eficaz meio para aumentar a produção agrícola. Em todos os lugares onde haja possibilidades se introduzirá o duplo cultivo, estendendo-o até 700 mil zongbos, com vista a aumentar radicalmente a produção de grãos e cultivos forrageiros.
Enquanto se desenvolvem as forças produtivas agrícolas, há que executar de contínuo e amplamente as obras de construção no campo. Todavia em nossas áreas rurais há muitas coisas por construir. Se necessita levantar mais tantos estabelecimentos produtivos como as moradias e escolas. Há que seguir edificando mais e melhores creches e jardins de infância, estabelecimentos de higiene, barbearias e outros estabelecimentos de serviços.
Dando um forte impulso a todas estas obras de construção no campo deveremos mudar por completo sua fisionomia dentro de alguns anos. Então seguramente nosso campo se converterá em um campo socialista rico e civilizado, dotado de técnicas modernas.
O completamento e aperfeiçoamento da base da indústria pesada, a criação de uma sólida base de matérias primas da indústria leve, o aumento da produção de bens de consumo e a elevação da qualidade dos produtos, a mecanização da agricultura e o maior incremento da produção agrícola, são as principais tarefas que devemos realizar nos primeiros três anos do septênio.
Cumprindo com êxito estas tarefas prepararemos todas as condições para afiançar a base econômica do país e oferecer ao povo maior bem estar material e cultural.
Dentro dos próximos dois ou três anos lograremos produzir anualmente 300 milhões de metros de tecidos e, na agricultura, mais de 4 milhões de toneladas de cereais, 300 mil toneladas de carne e contaremos com 200 mil vacas leiteiras. Então estaremos em condições de fornecer à população produtos alimentícios e artigos industriais muito mais diversificados e de melhor qualidade do que agora.
O Partido e o Governo planejam abolir totalmente, no espaço de alguns anos, e a medida que se incremente rapidamente a produção, o imposto agrícola em espécie dos camponeses e o imposto sobre a renda dos trabalhadores e empregados. Esta será uma medida de significância política e econômica verdadeiramente grande, ao aumentar em grande medida a renda real dos trabalhadores e os liberar por completo dos impostos. Se trata da medida que pode ser adotada somente nos países socialistas, que tem o melhoramento da vida do povo como princípio supremo de suas atividades, e que pode ser efetuado somente sob o regime socialista em que os meios de produção estão socializados e a produção serve ao fomento do bem estar dos trabalhadores.
Nos dois ou três anos próximos melhoraremos notavelmente a vida do povo e nos três anos restantes do septênio alcançaremos novos e maiores êxitos na edificação do socialismo.
No último período do Plano Septenal deveremos expandir e desenvolver mais os ramos chave da indústria pesada para elevar decisivamente o nível de industrialização do país.
Serão construídas muitas centrais hidro e termelétricas de grande tamanho, serão exploradas as minas em grande escala, serão ampliadas as bases metalúrgicas existentes e serão cimentadas outras novas, se será promovida a indústria de materiais de construção. Em particular, se dará um rápido e continuo desenvolvimento às indústrias química e mecânica. Sobre a base de expandir e fortalecer assim os cimentos da indústria pesada, se levará ao nível mais alto o desenvolvimento da indústria leve, da pesca e da agricultura.
Segundo o projeto preliminar do Plano Septenal, durante esse período se prevê aumentar mais de 2,5 vezes o valor total da produção industrial e mais de 1,5 vezes da colheita total de cereais.
Até o ano de 1967, o último do septênio, produziremos quase tantos artigos industriais como nos 6 anos de 1954 a 1959, ou seja, em todo o período pós-guerra em que se cumpriram o Plano Trienal e o Quinquenal.
Então em nosso país serão produzidos ao ano 17 milhões de kWh de eletricidade, mais de 23 milhões de toneladas de carvão, 2,5 milhões de toneladas de aço, 4,3 milhões de toneladas de cimento, 1,5 milhões de toneladas de fertilizantes químicos, 500 milhões de metros de tecidos e 1,4 milhões de toneladas de pescados.
Uma tarefa importante para alcançar os grandiosos objetivos do Plano Septenal é desenvolver a técnica em todos os setores da economia nacional. Pode-se dizer que este é o plano da revolução técnica geral do país. Por agora, sem introduzir novas técnicas não se pode avançar mais em nenhum setor de nossa economia nacional. Em todas as partes se necessitam novas máquinas e técnicas.
Não somente devemos mecanizar a agricultura e a indústria local, mas também desenvolver amplamente o movimento de inovação técnica em todos os setores da economia nacional.
Em especial, há que elevar decididamente o peso da mecanização nas obras de construção para levantar em maior número e mais rapidamente as fábricas modernas, moradias, estabelecimentos de serviços em favor dos trabalhadores.
Ademais, há que aperfeiçoar a dotação técnica do transporte e incrementar em grande escala sua capacidade a fim de satisfazer as crescentes necessidades da economia nacional. Será completada a eletrificação das principais linhas ferroviárias, serão construídas outras novas e será promovido também o transporte marítimo e fluvial e por rodovias. Ao mesmo tempo, em todos os ramos do transporte se mecanizarão os trabalhos de carga e descarga.
Do progresso técnico depende também o desenvolvimento da pesca, que tem grande importância ao melhoramento da vida do povo.
Rodeado de mar por três lados, nosso país é muito rico em recursos marítimos. Nos apresenta a urgente tarefa de afiançar a base técnica da indústria pesqueira para capturar mais peixes e melhorar seu processamento. Devemos transformar dentro de alguns anos os barcos de vela existentes em outros motorizados, construir grande quantidade de lanchas e introduzir amplamente a mecanização tanto na pesca como em seu processamento.
As fábricas de grande tamanho da indústria central, que restauramos e construímos no pós-guerra, estão equipadas, em sua maioria, com tecnologia moderna, e seu processo de produção, mecanizado. Porém isto não quer dizer que já não seja necessária a inovação técnica. As ciências e a técnica não permanecem estancadas mas progridem continua e rapidamente.
Nas fábricas da indústria central também há que esforçar-se para introduzir continua e amplamente os últimos avanços da ciência e técnica e alcançar um ininterrupto progresso tecnológico. Sobretudo, devem concentrar os esforços no melhor aproveitamento e incessante transformação de todas as instalações e equipamentos de produção e na automatização do processo produtivo.
Para levar a bom término as tarefas da revolução técnica é imprescindível resolver o problema dos quadros respectivos.
Tanto os que constroem as máquinas e desenvolvem a técnica, como os que as manejam, são quadros técnicos. Sem contar com o pessoal especialização não se pode nem sequer imaginar o progresso técnico.
De acordo com a resolução da Reunião Plenária do Comitê Central do Partido, celebrada recentemente, no mês de agosto, devemos intensificar por todos os meios o ensino técnico para engrossar prestamente as filas dos quadros técnicos e melhorar sua composição qualitativa.
Antes de tudo, será aumentado rapidamente o número de especialistas mecânicos que são necessários em todos os setores da economia nacional, e serão preparados uma maior quantidade de especialistas em eletricidade, química, mineração e prospecção geológica. Ademais, deverão aumentar decididamente, mediante um amplo trabalho de formação, o pessoal técnico para a indústria de alimentos e de artigos de uso diário, da pesca e da pecuária, nas que ainda é baixo o nível técnico.
No presente, dominar a técnica constitui o dever mais honroso para os construtores do socialismo. Todos os militantes do Partido devem aprende-la, todos os trabalhadores devem possuir cada um mais de uma especialidade técnica.
O Plano Septenal é o grandioso programa da construção socialista de nosso país. Cumprindo-o chegaremos a dotar todos os ramos da economia nacional da técnica moderna e afiançar ainda mais a base material e técnica do socialismo. Assim, nosso país se converterá em um país industrial socialista desenvolvido, nossas cidades e aldeias se tornarão mais belas e a vida material e cultural de nosso povo se tornará mais abundante.
Estas radiantes perspectivas inspirarão maior ânimo e fé a nossos trabalhadores e os estimularão mais em suas lutas trabalhistas. Todos os trabalhadores, pondo em pleno jogo seu entusiasmo e talento, devem lograr contínuos avanços e inovações em todas as frentes da edificação do socialismo.
A vitória sempre pertenceu ao nosso Partido, que se apoia nas inesgotáveis forças criadoras do povo, que se une estreitamente à sua volta. A inquebrável unidade e coesão de ambos, o zelo revolucionário e a abnegação patriótica de nosso povo, que avança contra o vento e a mará para materializar a política do Partido: eis aqui a fonte de nossa invencível força.
Se os trabalhadores, camponeses, intelectuais, o povo inteiro, se unem mais firmemente em torno de nosso Partido e se dedicam como um só à luta para realizar a obra da construção socialista, seremos capazes, indubitavelmente, de vencer todas as dificuldades, levar a bom término o Plano Septenal e escalar a cimeira do socialismo.
Camaradas:
A construção do socialismo e a vida feliz do povo no Norte da República exercem enorme influência revolucionária sobre a população sul coreana, a animam e estimulam infinitamente em sua luta contra os imperialistas ianques e seus lacaios.
O Sul da Coreia, devido à política agressiva dos imperialistas ianques e a da dominação reacionária da camarilha de Syngman Rhee, se converteu completamente em uma colônia dos EUA e em sua base militar destinada a desencadear uma nova guerra. A ocupação do Sul da Coreia pelos imperialistas ianques depois da libertação, que faz 15 anos, levou a economia sul coreano ao desmoronamento e a ruína, e a população ao precipício de fome e miséria.
As amplas massas populares do Sul da Coreia, ao não poder tolerar mais as calamidades sociais e a extrema penalidade de sua existência, impostas pela dominação colonial dos Estados Unidos, se levantou por fim em uma heroica resistência contra os opressores.
A insurreição das massas populares, promovida na passada primavera em todas as regiões do Sul da Coreia, foi uma explosão do rancor e da indignação acumulados pelo povo contra os imperialistas ianques e a camarilha de Syngman Rhee, e uma expressão de sua justa luta por liberdade e emancipação, por uma nova política e nova vida.
Os jovens estudantes, os intelectuais e outros amplos setores da população sul coreana, sem amedrontar-se ante à repressão da baioneta dos inimigos, lutaram heroicamente e derrubaram o governo títere de Syngman Rhee. Esta foi a primeira grande vitória da população sul coreana na luta contra os imperialistas ianques e seus lacaios. No transcurso destes valorosos combates ela pôs em manifesto o espírito revolucionário do povo coreano e adquiriu valiosas experiências e lições.
A insurreição da população sul coreana demonstrou que nem com a ameaça das baionetas, nem com fraudes se pode escravizar o povo por muito tempo e frear sua luta revolucionária. Patentizou, ademais, que quando o povo se levanta unido contra os opressores pode destruir qualquer bastião imperialista, e que somente sai vitorioso quando realiza sua luta em forma massiva.
Entretanto, a população sul coreana não pôde levar essa luta até suas últimas consequências nem lograr a vitória completa. Isso se deve a não ter contado com uma participação mais ampla dos trabalhadores e camponeses nela. Por esta razão não conquistou ainda a liberdade e a democracia, nem suas exigências foram tornadas realidade.
Para alcançar a total vitória da democracia é imprescindível que participem na luta os trabalhadores, os camponeses e outras amplas massas da população sul coreana e que essa luta seja, necessariamente, uma consequente batalha anti-imperialista e anti-feudal.
Enquanto as tropas agressoras do imperialismo estrangeiro permaneçam em seu território, não se pode falar da independência nacional, tampouco o povo pode viver com sossego e paz. A ocupação do Sul da Coreia pelas tropas agressoras do imperialismo ianque e sua política agressiva são as causas que originaram a divisão atual de nossa Pátria e todas as desgraças e sofrimentos da população sul coreana. Se as tropas agressoras do imperialismo ianque continuam ocupando o Sul da Coreia, a reunificação pacífica de nossa Pátria não poderá ser alcançada, nem a população sul coreana poderá libertar-se da miserável vida que leva hoje em dia.
As tropas agressoras do imperialismo ianque que ocupam o Sul da Coreia são os líderes das forças reacionárias nessa parte do país e os bandidos que roubam a população perpetrando todo gênero de atrocidades. O alvo número um da luta da população sul coreana constituem precisamente essas tropas agressoras, os líderes da reação e os bandidos.
Por esta razão, os trabalhadores, camponeses e outros setores da população do Sul da Coreia devem levantar-se resolutamente à luta, em primeiro lugar, contra as forças agressoras do imperialismo ianque e para expulsar suas tropas invasoras dali. Se toda a população patriótica sul coreana se levanta como um só na luta contra os ianques, esses agressores imperialistas não poderão permanecer mais tempo no Sul da Coreia e se verão obrigados a retirar-se dali.
A luta antiimperialista da população sul coreana deve ser conduzida necessariamente em combinação com a batalha antifeudal. Os imperialistas ianques praticam sua política de agressão aproveitando-se dos serviços dos latifundiários feudais, dos capitalistas entreguistas e dos burocratas reacionários do Sul da Coreia, aos quais prestam ativa proteção. Os latifundiários feudais e os capitalistas entreguistas ajudam a desenvolver as forças agressivas do imperialismo ianque no Sul da Coreia, e oprimem e exploram a população em conluio com elas. Sendo assim, se prescinde que sem a luta contra as forças feudais não poderá ser levado a cabo exitosamente o combate antiimperialista, e sem combater as forças agressoras imperialistas não se poderá empreender exitosamente a luta antifeudal.
Somente quando todas as forças patrióticas sem exceção, ou seja, os trabalhadores, camponeses, jovens estudantes, intelectuais, empresários e comerciantes, se lancem unidos como um só na luta decisiva contra as forças agressoras do imperialismo ianque e as forças feudais, a população sul coreana poderá lograr sua autêntica liberdade e emancipação e conquistará a total vitória da democracia.
Para desenvolver no Sul da Coreia todas as forças de movimento patriótico e democrático, há que assegurar, antes de tudo, a completa democracia na vida política. Naquela sociedade onde é pisoteada a livre opinião do povo e imperam a repressão e o terror fascistas, não é possível estar fora do domínio da corrupção e da degradação, nem sequer pode haver qualquer progresso.
Hoje se discutem no Sul da Coreia os problemas da reunificação pacífica da Pátria e as negociações entre o Norte e o Sul. Porém, alguns círculos reacionários do Sul da Coreia tramam novas intrigas para reprimir esta tendência. Há que frustrar por completo estas tentativas da reação dirigidas a restaurar a dominação do terror fascista, que em nada se diferencia da de Syngman Rhee, e a suprimir as conquistas mais elementais que o povo logrou à custa de seu precioso sangue.
A população sul coreana não possui todavia os mínimos direitos e liberdades democráticos. Foram abolidas as liberdades de expressão, de imprensa, de associação, reunião e religião e são reprimidas em sua totalidade as ideias progressistas e o movimento patriótico. De modo particular as ideias comunistas seguem sendo objeto da mais cruel repressão.
Agora vejamos, se és livre para crer em Jesus Cristo, por qual motivo não se pode ser livre também para aceitar a ideologia comunista?
Esta é a ideologia mais científica e progressista. Hoje em várias partes do mundo, sob a bandeira do comunismo, milhares de pessoas lograram a liberdade e a emancipação e levam uma vida mais feliz. As ideias comunistas se prendem nos corações de cada vez maior número de pessoas em todo o mundo, convertendo-se na bandeira de sua libertação e vitória. No Norte da República elas chegaram a ser as ideias predominantes, e sob seus ensinamentos o povo cria uma nova vida livre e feliz. Sendo assim, por qual motivo estas ideias deveriam ser proibidas e reprimidas no Sul da Coreia?
A experiência histórica nos mostra que as ideias do comunismo seguem triunfando e os que tentam reprimi-las estão condenados inevitavelmente à derrota.
Evidentemente, aceitar ou não as ideias comunistas depende da livre vontade de cada pessoa; ninguém as impõe e nem pode assim proceder. Nenhuma ideia deve ser objeto de repressão.
Há que garantir a todas as pessoas a liberdade e o direito de aceitar uma ou outra ideia, expressar sua opinião e propagar seus ideais.
Ao mesmo tempo, devem ser asseguradas as liberdades de associação e de reunião, assim como a plena e livre atividades de todos os partidos políticos e organizações sociais. Atualmente no Sul da Coreia não existe partido dos trabalhadores e camponeses, que são a maioria absoluta da população. O Partido Liberal e o Partido Democrático não são dos trabalhadores e camponeses e nunca poderão representar os interesses do povo trabalhador. Os trabalhadores e camponeses devem ter um partido que represente sua vontade e lute por seus interesses, e esse partido deve ocupar sem falta uma posição reconhecida legalmente.
No Norte da Coreia, desde os primeiros dias da libertação até a presente data, o Partido Democrático, da classe dos proprietários, segue existindo legalmente e desenvolve com toda a liberdade suas atividades. Então, por qual motivo há de estar proibido no Sul um partido do povo trabalhador? Independentemente da classe a qual pertença o partido governante, deve permitir legalmente, como é lógico, que os trabalhadores e camponeses organizem seu partido, e garantir que este partido tenha plea liberdade de ação. Negar isso é ignorar a vontade das amplas massas populares trabalhadoras e quebrantar seus interesses.
Somente quando se permita a todas as classes sociais, especialmente as amplas massas de trabalhadores e camponeses, expressar livremente suas opiniões e garantir a plena e livre atividade a todos os partidos políticos e organizações sociais, incluindo o partido do povo trabalhador, será possível lograr o progresso da sociedade no Sul da Coreia e sua população poderá levar a cabo com êxito a luta pela libertação nacional e social.
Atualmente no Sul da Coreia os ianques, atemorizados pelo despertar e contínua batalha da população, recorrem a todo tipo de maquinações para manter seu domínio colonial. Introduzem armas de último modelo, aumentam seus efetivos militares ali estacionados e intensificam ainda mais sua preparação de guerra, ao mesmo tempo que trabalham febrilmente para reajustar o mecanismo da dominação títere que se encontra quase paralisado. O grupo reacionário do Sul da Coreia, cumprindo fielmente as instruções de seus amos estadunidenses, trata de quebrantar o espírito combativo da população mediante a repressão e ilusão.
As camadas "eleições parlamentares", que foram efetuadas recentemente no Sul da Coreia, são uma prova viva destas maquinações dos imperialistas ianques e seus lacaios. Os círculos governantes sul coreanos pregam que essas "eleições" foram as "mais justas e equitativas". Porém, na realidade, como todas as precedentes no Sul da Coreia, foram celebradas sob o signo da força do dinheiro, de mentiras e do terror. Em todas as partes o povo desmantelou as salas eleitorais, destruiu as urnas, atacou a polícia e outras instituições de dominação títere, realizou manifestações e declarou nula as eleições. Nestas lutas de massas foi completamente desnudada a natureza das chamadas "eleições justas e equitativas". No atual "parlamento", igual ao "parlamento" do período da dominação de Syngman Rhee, não há nenhum representante dos trabalhadores e camponeses.
É evidente que este "parlamento" não pode ser um organismo representativo do povo.
Os politiqueiros sul coreanos vociferam como se o chamado "novo parlamento" e o "novo governo" fossem capazes de aplicar uma política democrática, restaurar a economia e normalizar a vida do povo. Porém este charlatanismo não passa de uma tentativa de enganar o povo.
Hoje em dia o Sul da Coreia se encontra em uma situação irremediavelmente catastrófica em todos os ramos da política, economia e cultura.
A economia sul coreana foi destruída totalmente como consequência do cruel saque colonial e da política de militarização dos imperialistas ianques.
O Sul da Coreia se converteu em um mercado de mercadorias dos Estados Unidos e sua indústria nacional continua arruinando-se sob a opressão do capital monopolista estadunidenses e do reduzido capital entreguista. O número de fábricas diminuiu pela metade das que existiam no período da dominação do imperialismo japonês, e as empresas medianas e pequenas que ainda sobrevivem estão quase paralisadas ou funcionam com jornadas reduzidas pelas dificuldades no abastecimento de matérias primas, nas finanças e na venda, assim como pela pesada carga de impostos. A agricultura, que tem peso esmagador na economia sul coreana se encontra totalmente arruinada. A superfície semeada diminuiu em 600 mil zongbos e a colheita de cereais em mais de 6 milhões de soks, em comparação com o último período da dominação do imperialismo japonês. O Sul da Coreia é vitima todo ano das gravíssimas crises de cereais e se converteu na zona de fome crônica.
Atualmente a vida da população sul coreana é indescritivelmente miserável. O salário dos trabalhadores alcança menos de um terço do salário mínimo, com o agravante de não receber durante meses ou em mais de um semestre. Os camponeses sofrem sob a extrema exploração dos latifundiários e agiotas. A maioria deles contraíram enormes dívidas e a cada ano milhares de famílias camponesas carecem de mantimentos. Milhões de desempregados e semi-desempregados se debatem na fome e centenas de milhares de crianças mendigam pelas ruas.
Sendo assim, como os políticos sul coreanos poderão encontrar saída para esta situação e satisfazer as demandas do povo? Como poderão restaurar a indústria nacional e a economia rural arruinadas, proporcionar trabalho a milhões de desempregados e salvar as amplas massas populares da fome e pobreza?
Enquanto siga a ocupação do Sul da Coreia pelos imperialistas ianques e nosso país continue dividido, nenhum que ocupe o poder - não importa quem seja e de que forma chegou ao poder -, poderá remediar a situação de bancarrota no Sul da Coreia e satisfazer as demandas da população. Se algo sucede, será somente a mudança do "governo" de Syngman Rhee pelo de outro "Syngman", embora desta vez chame-o de outro nome, que sofrerá a mesma situação e o mesmo destino que o precedente, e não haverá nenhum melhoramento na vida do povo. A experiência vivida nos 15 anos subsequentes à libertação demonstra isso com clareza.
A população sul coreana pede liberdade e o direito à existência e, antes de tudo, exige a solução do urgente problema de subsistências. Se não é resolvido este problema fundamental, o podo continuará e intensificará ainda mais sua luta.
Os imperialistas ianques e seus lacaios não poderão extinguir, com nenhuma repressão ou fraudes, o incêndio da luta começada no Sul da Coreia, nem poderão deter o crescimento arrebatador deste fogo.
Com motivo do 15º aniversário da libertação nacional, permita-me enviar, em nome do Partido do Trabalho da Coreia e do Governo da República, saudações combativas à população do Sul da Coreia que luta heroicamente contra o imperialismo ianque e seus lacaios, assim como transmitir-lhes o apoio e respaldo ferventes do povo do Norte.
Camaradas:
O único caminho para remediar a atual situação do Sul da Coreia e dar solução definitiva ao problema coreano está na expulsão das tropas ianques e na reunificação pacífica do país.
A reunificação pacífica de nossa Pátria deve ser realizada necessariamente de maneira independente, sem nenhuma interferência estrangeiras, sobre uma base democrática e mediante a celebração de eleições gerais livres no Norte e no Sul. Esta é nossa invariável proposta a respeito do problema de reunificação da Pátria.
As propostas de nosso Partido e do Governo da República para reunificar a Pátria por via pacífica refletem a aspiração e os interesses unânimes de todo o povo coreano e, por conseguinte, são objeto de seu absoluto apoio e aprovação. O fato de que no Sul da Coreia fracassou a agitação de Syngman Rhee em torno da "marcha para o Norte" e se faz cada vez mais persistente a exigência das massas populares pela reunificação pacífica, é uma demonstração patente da justeza e vitalidade de nossas propostas para a reunificação.
Na atualidade os políticos sul coreanos, sob a pressão do povo, pregam com palavras vazias a reunificação pacífica, porém, na realidade, seguem pondo obstáculos para a realização desta.
Se negam a aceitar as eleições livres e democráticas dizendo que "o sufrágio deve ser realizado somente no Norte da Coreia" ou que "as eleições devem ser efetuadas sob a supervisão da ONU."
Syngman Rhee temia, acima de tudo, as eleições livres no Sul e no Norte da Coreia porque somente pensava em manter sua ditadura pessoal sacrificando os interesses nacionais. Porém os que apreciam verdadeiramente a independência nacional e os interesses do povo, por qual motivo teriam que ter medo das eleições livres?
Por que nós, os próprios coreanos, não podemos solucionar independentemente o problema coreano? e por qual motivo é imprescindível a intervenção dos estrangeiros? Esta pretensão vem a ser uma ofensa intolerável a nossa nação e com ela tratam de submeter eternamente nosso povo ao jugo dos imperialistas estrangeiros.
A nação coreana tem uma história e tradições culturais milenares; é uma nação que hoje construiu com suas próprias mãos uma nova e magnífica sociedade na metade do país e que se ergue unanimemente para lograr a total libertação e a prosperidade da Pátria; é uma nação valente, laboriosa, inteligente, patriótica e com muita disposição à unidade. Nosso povo é suficientemente capaz para decidir seu destino de forma independente e excelente, sem nenhum intervenção estrangeiras.
Os políticos sul coreanos dizem, ademais, que são inaceitáveis as eleições gerais e livres no Sul e no Norte porque isto significaria a "admissão do comunismo" e acarretaria no perigo da "conversão vermelha".
Porém as pessoas que lutam sinceramente pelo povo e defendem is interesses nacionais nunca teriam medo dos comunistas, nem seriam contrários à "admissão do comunismo" , porque os comunistas servem invariavelmente ao povo, são os defensores mais consequentes dos interesses nacionais e os mais decididos patriotas. Precisamente por isso os imperialistas japoneses temiam os comunistas coreanos mais do que tudo e os reprimiram da forma mais cruel.
Na verdade, que foram, se não os comunistas coreanos, os que conservaram até o fim a firmeza revolucionária e nacional e lutaram valorosamente contra o imperialismo japonês, desafiando o cárcere e o patíbulo? E quem foram, se não os comunistas coreanos, os que nos dias mais tenebrosos da dominação do imperialismo japonês empunharam as armas e levaram a cabo uma sangrenta luta ao longo de 15 anos em aras da liberdade e da independência da Pátria, sofrendo indescritíveis penalidades e privações?
Depois da libertação, sob a direção dos comunistas, o povo do Norte do país, tomando firmemente em suas mãos o próprio destino, salvaguardou a independência e a honra da Pátria e construiu uma nova vida feliz. Se o comunismo é ruim, como é possível que o Norte a economia nacional se desenvolva tão rapidamente, sejam levantadas cada vez mais belas cidades e aldeias, melhorada dia a dia a vida do povo e floresça esplendidamente a cultura nacional?
No Norte militam um milhão de pessoas no Partido do Trabalho e o povo fez suas, desde muito tempo, as ideias do comunismo, unindo-se firmemente sob esta bandeira.
Na Coreia não se pode, nem remotamente, conceber a reunificação nacional excluindo os comunistas. Porque isso significaria negar uma realidade irrefutável e, em definitivo,, tratar de perpetuar a divisão do país.
Nós, os comunistas, sempre viemos insistindo na necessidade de nos unir firmemente com as forças de todos os partidos políticos, organizações sociais e personalidades que estejam dispostos a lutar pela reunificação pacífica e a independência nacional. Marcharemos ombro com ombro com aquelas personalidades que se proponham atuar em favor da reunificação pacífica da Pátria sem perguntar-lhes nada sobre seu passado.
Unicamente os lacaios dos imperialistas estrangeiros, que vendem os interesses nacionais, podem ter medo dos comunistas.
Nenhum partido político, organização social ou personalidade que se preocupe sinceramente pelo destino da nação e deseja a reunificação pacífica, se oporá à "admissão do comunismo" nem se negará a celebrar eleições livres no Norte e no Sul.
É absolutamente irrefutável que a celebração das eleições gerais livres no Sul e no Norte, sem nenhuma interferência estrangeira e sobre bases democráticas, constitui o caminho mais racional e realista para a reunificação pacífica da Pátria. Exortamos todos os partidos políticos, organizações sociais, classes e setores da população do Sul da Coreia a propugnar a realização das eleições gerais livres.
Se ainda à esta altura as autoridades sul coreanas se negam a aceitar as eleições gerais livres no Norte e no Sul, por temor à conversão ao comunismo de todo o Sul da Coreia, então haveria que tomar, como mínimo, uma medida transitória para dar solução, primordialmente, aos problemas urgentes a nível nacional.
Neste sentido, a medida que propomos é implantar um sistema confederal entre o Norte e o Sul da Coreia. Este consiste em manter, sem alteração e provisoriamente, os atuais regimes políticos do Norte e do Sul assegurando as atividades independentes dos governos da República Popular Democrática da Coreia e da "República da Coreia" e, ao mesmo tempo, organizar um Comitê Nacional Supremo integrado pelos representantes de ambos governos para coordenar, de forma unificada, fundamentalmente o desenvolvimento econômico e cultural do Norte e do Sul do país.
O estabelecimento deste sistema confederal, ao garantir os contatos e as negociações entre o Norte e o Sul, abriria possibilidades para o entendimento mútuo e cooperação e eliminaria as desconfianças. Consideramos que se em tais circunstâncias efetuássemos as eleições gerais livres no Norte e no Sul, seria possível realizar a total reunificação pacífica da Pátria.
Embora a constituição destes sistema confederal, por não ser um governo unificado de coalizão que inclua as distintas classes e setores sociais, não possa prestar uma direção estatal unitária, seu Comitê Nacional Supremo poderia salvar da quebra econômica o Sul da Coreia se consultam os assuntos econômicos e culturais de interesses nacional, realiza um intercâmbio do mesmo tipo e se estabelece a cooperação mútua entre o Norte e o Sul da Coreia.
Na atualidade, o restabelecimento da economia sul coreana e o melhoramento da mísera existência de seus habitantes são os problemas mais urgentes a solucionar.
Nós viemos insistindo constantemente, e a realidade nos dá razão, em que enquanto não se realizem os intercâmbios econômicos entre o Norte e o Sul será impossível encontrar solução para estes problemas.
Nenhum país pode desenvolver a indústria leve, a agricultura nem melhorar a vida do povo sem contar com a indústria pesada, o que é uma verdade elemental da ciência econômica.
Nosso país tem essa indústria em sua parte Norte. Os trabalhadores norte coreanos, depois da libertação, assentaram com seu abnegado trabalho as potentes bases da indústria pesada e os cimentos de uma economia nacional independente. Além disso, dispomos de grande número de quadros técnicos nacionais e ricas experiências na construção da economia.
Nós desejamos encarecidamente que a eletricidade, o carvão, o aço, o cimento, a madeira, os fertilizantes químicos e diversas máquinas e equipamentos que são produzidos em grande quantidade na parte Norte, sejam utilizados para o restabelecimento da economia sul coreana e para o melhoramento da vida de sua população. Queremos, com fervor, compartilhar com nossos compatriotas sul coreanos todos os êxitos e experiências que logramos no desenvolvimento da economia, da ciência e da técnica.
Somente apoiando-se na poderosa base econômica da parte Norte será possível solucionar as dificuldades que o Sul da Coreia tem com as matérias primas, materiais e fundos, e desenvolver sua indústria nacional, pondo em marcha de recuperação as fábricas em bancarrota e construindo outras novas. Assim também, no campo será possível realizar em grande escala as obras de irrigação e fornecer uma suficiente quantidade de fertilizantes e máquinas para incrementar rapidamente a produção agrícola. Se não se procede a restaurar desta maneira a indústria e a agricultura do Sul da Coreia, será impossível proporcionar trabalho aos seus milhões de desempregados, nem tampouco resolver os problemas urgentes da vida das massas populares.
Querer reabilitar a economia em quebra do Sul da Coreia sem intercâmbio e a cooperação econômica com o Norte é um absurdo palavreado.
Algumas pessoas do Sul da Coreia argumentam que para desenvolver a economia é indispensável produzir capital estrangeiros, e incluso tratam de importar o capital japonês que dominou por um longo tempo a economia de nosso país. O povo coreano, com a amarga experiência da dominação do imperialismo japonês e vendo a atual realidade sul coreana, sabe de sobra o que significa a penetração do capital estrangeiro no país. Por que introduzir obstinadamente o capital estrangeiro em vez de utilizar os suficientes recursos econômicos que existem no próprio país? Isto tem como real consequência meter em um beco sem saída a economia sul coreanas que por si só está gravemente destruída devido à subordinação ao capital monopolista estadunidense.
De fato, se unimos as forças das 30 milhões de pessoas que compõem nossa nação, exploramos de maneira unificada os abundantes recursos naturais do país e desenvolvemos da mesma maneira a economia nacional, apoiando-nos na indústria pesada da parte Norte, poderemos viver sem invejar nada no mundo.
Todos os que se preocupam com a situação miserável das milhares de pessoas sem trabalho e das crianças obrigadas a mendigar, e sintam a mínima inquietude pelo destino futuro de nossos famintos e esfarrapados compatriotas do Sul da Coreia, nunca poderão opor-se ao intercâmbio e a cooperação econômicos entre ambas partes do país.
Se as autoridades sul coreanas consideram inaceitável por agora o sistema de confederação que nós planejamos, então propomos mais uma vez a criação, como mínimo, de um comitê econômico, integrado por representantes dos círculos de negócios do Norte e do Sul da Coreia, a fim de propiciar o intercâmbio de mercadorias, a colaboração e a ajuda mútuas entre ambas partes no plano da construção econômica. Desta maneira, deixando de lado os problemas políticos, deveríamos proceder, antes de tudo, a salvar da fome e da pobreza os compatriotas sul coreanos.
Junto com o intercâmbio econômico há que praticar amplamente o cultural e propiciar sem impedimentos as viajes da população de ambas partes.
A nação coreana é uma só, com o mesmo idioma, igual alfabeto e com uma mesma história e tradições culturais. Entretanto, já estamos 15 anos divididos, sem poder visitar-nos e ver-nos e, incluso, sem poder manter correspondência. Porta esta razão, o idioma e a escrita, assim como também a cultura e os costumes, sofrem uma diferenciação paulatina. E mais, no Sul da Coreia predominam a decadente cultura nacional e o modo de vida dos ianques, enquanto são pisoteadas a cultura nacional e os belos costumes de nosso povo.
Este precedente é muito perigoso posto que põe obstáculo no desenvolvimento unificação de nossa nação e, sobretudo, leva o Sul da Coreia ao fundo da corrupção e degradação.
Não devemos permitir jamais que o antagonismo político malogre o destino futuro da nação e engendre crimes imperdoáveis para as gerações vindouras.
Reiteramos mais uma vez nossa proposta de que se permitam as visitas recíprocas de missões culturais entre o Norte e o Sul e de que se realizem intercâmbios em todas as esferas da ciência, da cultura, da arte, do esporte, etc. Sustentamos que se deve permitir, pelo menos, a correspondência postal entre os pais, irmãos, parentes e amigos, e as visitas livres dos cidadãos.
Um dos aspectos mais importantes para melhorar as relações entre o Norte e o Sul e, em particular, para normalizar a vida econômica do Sul da Coreia, é a redução das forças armadas. Atualmente, a manutenção do enorme exército sul coreano constitui a mais pesada das cargas que oprimem a população.
Nós seguimos insistindo na retirada das tropas ianques do Sul da Coreia e na redução dos efetivos das forças armadas do Norte e do Sul a 100 mil ou menos cada. Esta seria uma medida importante para o alívio da tensão na Coreia e para aproximar o momento de sua reunificação pacífica e, sobretudo, aliviaria a população sul coreana da pesada carga dos gastos militares. Um exército de 200 mil efetivos pode perfeitamente cumprir em nosso país com a missão da defesa nacional.
Todos estes são problemas urgentes que devem ser resolvidos o quanto antes para defender os interesses do povo da Coreia e, especialmente, para salvar da miséria a população sul coreana. A atual situação do Sul da Coreia não tolera nem mesmo a mínima demora.
Com o fim de dar solução a estes problemas é preciso, antes de tudo, que os representantes do Norte e do Sul se reúnam em um lugar determinado e se consultem mutuamente. Afirmar, sem os necessários argumentos, que isto é inconveniente ou irrealizável, sem haver discutido reunidos em um lugar, não é a atitude de quem quer buscar a solução dos ditos problemas. Tal atitude é proveitosa unicamente para os imperialistas ianques, que pretendem manter dividida permanente a nossa nação para que nos enfrentemos em luta fratricida e converter o Sul da Coreia em sua eterna colônia. Se continuamos divididos e nos conformamos pacientemente com isso, sem abrirmos mutuamente as portas, a situação se agravará mais e a população sul coreana será vítima de maiores desgraças e sofrimentos.
Propomos às autoridades, partidos políticos, organizações sociais e personalidades do Sul da Coreia, que os representantes de ambas partes se reúnam o mais rapidamente possível em Pyongyang, em Seul ou em Panmunjom, para consultar sobre os mencionados problemas.
Não há razão para que nós, os coreanos, não possamos sentar-nos ao redor de uma mesa para tratar de tais assuntos. Por qual motivo os norte coreanos teriam que seguir discutindo os assuntos de nosso país com os imperialistas ianques, e ademais em Panmunjom, que é parte de nosso território? E por qual motivo os sul coreanos deveriam ceder seu assento aos ianques? Estes devem retirar-se e os problemas coreanos devem ser discutidos pelos próprios coreanos.
Todos os partidos políticos, organizações sociais e personalidades do Sul da Coreia devem exigir que o Norte e o Sul entrem o quanto antes em negociações. Toda a patriótica população sul coreana deve lutar para tornar realidade o intercâmbio econômico e cultural entre ambas partes do país, reduzir os enormes efetivos do exército do Sul da Coreia e efetuar as eleições gerais livres no Norte e no Sul.
A reunificação pacífica de nossa pátria de nenhuma maneira será realidade facilmente. Não devemos esquecer nem por um momento que os imperialistas ianques, que são líderes da reação mundial, seguem ocupando o Sul da Coreia. A reunificação pacífica da Pátria somente será alcançada com a tenaz luta de todo o povo coreano.
Quando se consolidem ainda mais as forças socialistas do Norte da República e quando todas as forças patrióticas do Sul se levantem firmemente unidas na luta decisiva contra os imperialistas ianques e seus lacaios, poderemos expulsar do Sul da Coreia os agressores imperialistas ianques e culminar a histórica causa a reunificação pacífica da Pátria.
Camaradas:
O povo coreano conta em sua justa luta com o poderoso apoio e ajuda do campo socialista, especialmente da União Soviética, e com o respaldo dos povos do mundo inteiro amantes da paz.
Hoje em dia a situação internacional se desenvolve em favor da paz e do socialismo. O poderio do campo socialista aumenta e se fortalece cada dia mais e exerce uma influência decisiva sobre o desenvolvimento da situação internacional.
A União Soviética é um inexpugnável baluarte da paz mundial e está firmemente liderando o campo socialista. O povo soviético logra grandes êxitos no desenvolvimento da economia, das ciências e da técnica e avança com passos firmes ao comunismo. A edificação do comunismo, e especialmente o progresso rápido das ciências e técnicas na União Soviética, incrementam a confiança na vitória entre os povos do mundo inteiro que lutam pela paz e pelo socialismo.
O povo chinês, de 650 milhões de habitantes, segue alcançando grandes êxitos na construção do socialismo. Na China popular é incrementada rapidamente a produção industrial e agrícola e é melhorada mais e mais a vida do povo.
Em todos os países irmãos da Europa e Ásia a construção do socialismo é levada a cabo exitosamente e se incremente aceleradamente sua potência política e econômica.
O campo socialista está monoliticamente unido e em coesão sobre a base do princípio do internacionalismo proletário. Esta unidade e coesão constituem a garantia mais importante para frustrar a política de agressão dos imperialistas, implantar uma paz duradoura no mundo e assegurar a vitória do socialismo. É por isso que os imperialistas e seus lacaios, os revisionistas, recorrem a todas as maquinações possíveis para miná-la. Porém todas suas manobras estão destinadas ao fracasso, assim como foi no passado.
O Partido do Trabalho da Coreia e o povo coreano vem realizando constantemente todos os esforços para fortalecer a solidariedade com os povos da União Soviética e de outros países irmãos e afiançar a unidade do campo socialista, em prol da paz no mundo, da vitória do socialismo, da vitória de nossa causa comum.
A União Soviética e a República Popular da China, em particular, são nossos grandes irmãos, nossos vizinhos mais íntimos. Manter uma firme solidariedade com os povo de ambos países constitui uma das garantias importantes para todas as vitórias de nosso povo.
No futuro, hasteando a bandeira do internacionalismo proletário, seguiremos fortalecendo a amizade e a solidariedade com o povo soviético e avançaremos mais firmemente unidos com os povos de todos os países socialistas.
O rápido incremento das forças socialistas no mundo desfere um duro golpe nas forças agressoras imperialistas e dão grande estímulo aos povos das colônias e dos países dependentes em sua luta de libertação nacional. No mundo cada vez mais povos conquistam a independência nacional e o sistema colonial do imperialismo está a ponto de ser totalmente derrubado. Na Ásia, África e América Latina se intensifica mais a luta dos povos contra a agressão imperialista e pela paz e a independência nacional. Nos últimos dias a enérgica resistência do povo no Sul da Coreia, no Japão, na Turquia, etc., desferiu duros golpes à política de agressão dos imperialistas ianques.
O povo cubano defende resolutamente sua independência nacional frente aos agressores estadunidenses, o povo argelino continua sua guerra de libertação contra o imperialismo francês e o povo congolês luta para salvaguardar sua independência nacional.
Já passou a época em que os imperialistas podiam perpetrar a agressão e a pilhagem ao seu gosto. Hoje em dia os imperialistas ianques tropeçam em todos rincões do mundo com a poderosa resistência dos povos e seu política de agressão sofre contínuos fracassos. No âmbito mundial aumenta cada vez mais o número de pessoas que lutam para frear a agressão, prevenir a guerra e salvaguardar a paz.
Se tornam mais agudas as contradições internas dos países imperialistas onde a classe operária e outros amplos setores das massas populares lutam energicamente pela paz e progresso social.
Tudo isto é reflexo do conteúdo principal de nossa época, em que o socialismo triunfa decisivamente, o imperialismo acelera seu caminho à ruína e as forças da paz prevalecem sobre as da guerra.
A mudança radical da correlação de forças na arena internacional implica a possibilidade real e previne a guerra, frustrando as conspirações que agora urdem os imperialistas para provocá-la. Quando se fortalecem mais a unidade e a potência do campo socialista, se desenvolve a maior nível o movimento de libertação dos povos das colônias e dos países dependentes, se segue intensificando o movimento operário nos países capitalistas e se faz mais firme a luta dos povos do mundo inteiro pela paz, será mantida e consolidada a paz no mundo e se acelerará o progresso da humanidade.
Porém isto não quer dizer de nenhum modo que já não exista mais o perigo de guerra. Enquanto existir o imperialismo não pode desaparecer o perigo de guerra.
Os imperialistas liderados pelos EUA tratam de buscar na carreira armamentista e na elevação da tensão a saída para sua situação ruinosa. Os imperialistas ianques perpetram incessantemente atos provocativos contra os países socialistas, interveem nos assuntos internos de outras nações em todos os lugares do mundo e reprimem cruelmente o movimento de libertação nacional das colônias. Montam diversos blocos militares agressivos, estabelecem mais bases militares ao redor da União Soviética e outros países socialistas e ressuscitam os revanchistas da Alemanha Ocidental. Ultimamente os agressores estadunidenses violaram o espaço aéreo da União Soviética com um avião militar, e levou ao fracasso a conferência de cúpula das quatro potências e a reunião dos dez países para o desarme. Além disso, tratam de violar a soberania e a independência do povo cubano e voltam a perpetrar atos de agressão contra o povo congolês.
Na Ásia os imperialistas ianques seguem ocupando o Sul da Coreia e Taiwan e não tiram suas garras agressivas do Sul do Vietnã. Recentemente assinaram o tratado EUA-Japão e ressuscitam desesperadamente o militarismo japonês.
Tudo isto prova que o imperialismo ianque é o inimigo mais cruel da humanidade, sobretudo dos povos asiáticos.
Devemos elevar ao máximo a vigilância frente aos complôs de provocação bélica dos imperialistas e revelar e destruir incansável e consequentemente suas ações agressivas. A paz deve ser conquistada com a luta tenaz dos povos.
A União Soviética e todos os países socialistas aplicam invariavelmente uma política externa favorável à paz aderindo com firmeza ao princípio leninista da coexistência pacífica entre os países com distintos regimes sociais.
A política pacifista dos países socialistas desempenha um grande papel ao isolar os agressores imperialistas, agrupar todas as forças pacíficas e manter e consolidar a paz.
O povo coreano apoio inteiramente a firme posição, as iniciativas pacíficas e os incansáveis esforços da União Soviética para deter os atos de agressão dos imperialistas, diminuir a tensão e consolidar a paz.
Continuaremos lutando energicamente para reforçar a solidariedade com todos os povos pacíficos do mundo e pela paz na Ásia e no resto do mundo.
O povo coreano condena resolutamente as ações agressivas dos imperialistas ianques no Sul da Coreia, Taiwan, no Sul do Vietnã, Japão e outras zonas da Ásia e exige energicamente a retirada total das tropas ianques destas zonas. Nosso povo lutará, juntando nossas forças com os demais povos asiáticos, para expulsar as tropas agressivas ianques de todas regiões do continente.
Apoiamos ferventemente a luta do povo japonês para a revogação do agressivo tratado militar EUA-Japão. Da mesma forma a do povo do Sul do Vietnã contra os imperialistas ianques e a camarilha de Ngo Dinh Diem. Expressamos nosso enérgico apoio ao povo cubano em sua luta contra a agressão dos imperialistas ianques, e ao povo congolês na luta que desenvolve contra o colonialismo e pela independência nacional. Apoiamos os combates pela paz e independência nacional de todos os povos das colônias e dos países dependentes.
O povo coreano, aglutinando e fortalecendo mais ainda suas forças revolucionárias sobre a firme base que lhe proporcionam o enérgico apoio dos povos dos países do campo socialista e o respaldo dos povos amantes da paz do mundo inteiro, implantará uma paz duradoura no país e logrará seguramente a reunificação pacífica da Pátria. Deste modo defenderá com firmeza o avanço do campo socialista no Oriente e contribuirá à causa comum da paz e do socialismo.
Queridos camaradas:
O povo coreano alcançou grandes vitórias em seus 15 anos de combate pela independência nacional e progresso social.
Toda sua luta é guiada pelo Partido do Trabalho da Coreia. Este organizou e mobilizou sempre vitoriosamente o povo aplicando de maneira criadora o marxismo-leninismo à realidade do país.
Nosso Partido foi forjando-se em meio à complicada e dura batalha e ganhou o absoluto apoio das massas populares e sua confiança e amor. Seus milhares de militantes estão ferreamente unidos em torno do Comitê Central, e todo o povo está mais unido mais estreitamente que nunca ao redor do Partido.
Os comunistas coreanos lutaram até a vitória confiando na verdade do invencível marxismo-leninismo, mesmo quando sua Pátria inteira estava ocupada pelos imperialistas japonês e eram todavia débeis as forças revolucionárias do povo.
Hoje as forças revolucionárias de nosso povo tem uma magnitude e solidez nunca antes vistas. Contamos com um férreo Partido. Um Partido com forte poder e base revolucionária monolítica.
A nosso favor temos o apoio do grande campo socialista e o respaldo dos povos pacíficos do mundo inteiro.
O povo coreano logrará, sem dúvidas, a vitória final em sua luta pela reunificação pacífica da Pátria e pelo socialismo.
Todos, hasteando a bandeira do marxismo-leninismo e unidos de modo mais compacto em torno de nosso Partido, marchemos valorosamente em direção a novas vitórias!
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