quinta-feira, 18 de julho de 2019

Discurso proferido na primeira cerimônia de graduação no Instituto de Economia Política de Songdo


25 de agosto de 1957.

Camaradas:

Antes de tudo, permita-me agradecer e felicitar calorosamente os camaradas graduados do Instituto de Economia Política de Songdo que tem a honra de constituir os primeiros graduados do instituto; ao camarada reitor e aos camaradas professores e funcionários, que realizaram ingentes esforços ao longo de sua formação.

Como disse o camarada reitor em seu informe, este Instituto assume uma missão verdadeiramente importante. É conhecido por todos que o Instituto foi criado imediatamente depois do cessar fogo em Kaesong, zona recém liberta, em virtude das resoluções do Comitê Central do Partido e do Governo.

Este Instituto tem uma importante missão, diferente das de outros centros de ensino superior. Sua missão consiste em reeducar grande número de camaradas procedentes da Coreia do Sul que participaram ali na resistência popular ou no movimento clandestino, ou mesmo, que havendo incorporado-se incorporado ao Exército Popular combateram valentemente o inimigo durante a Guerra de Libertação da Pátria, para prepará-los como importantes quadros nacionais que trabalharão para a República e, para a reunificação da pátria, se encarregarão do trabalho de organização e direção nos diversos setores para a construção do Partido e do Estado no Sul. Por esta razão o Partido e o Governo depositaram grande esperança nela.

Transcorreram 4 anos desde a fundação do Instituto. Neste curto período seus professores, empregados e estudantes cumpriram satisfatoriamente com as tarefas fundamentais do Instituto, correspondendo assim às esperanças do Partido e do Governo, e hoje lhes cabe a honra de ver os primeiros graduados.

Todavia, este não é mais que seu primeiro êxito. Todavia tem que trabalhar muito para formar tantos quadros como se requer para poder cobrir a enorme necessidade que deles que tem diversos setores. Os mais de 70 estudantes que se graduam este ano são todavia demasiado poucos.

Sabe-se que existem atualmente no Sul 24 cidades e 120 distritos. Supondo que depois da reunificação se enviariam 3 funcionários a cada cidade e a cada distrito, seriam necessárias 432 pessoas. Deveria-se enviar funcionários competentes não somente às cidades e distritos, mas também a todos os cantões e comunas. Eles educarão os habitantes de todas as províncias, cidades, distritos, cantões e comunas e ao mesmo tempo criarão novas organizações sociais e do partido, e estabelecerão um novo poder.

Para essa tarefa se requer milhares de quadros. Portanto, o Instituto não deve se contentar com os elementais êxitos logrados até agora, mas esforçar-se para preparar maior número de quadros altamente qualificados.

Aproveito esta ocasião para reiterar a todos os camaradas professores, empregados, graduados e estudantes que o Instituto de Economia Política de Songdo assume o importante dever de capacitar quadros nacionais, sobretudo, aqueles que no futuro atuarão no Sul.

Como vocês sabem, dadas as condições em que os imperialistas ianques ocupam o Sul da Coreia, não é fácil reunificar nossa pátria. Como foi declarado no III Congresso de nosso Partido, a luta pela reunificação e independência da pátria será longa e dura.

Isto se deve a vários motivos. Faz alguns anos, na Conferência de Genebra, Dulles declarou abertamente que as tropas estadunidenses não se retirariam tão facilmente do Sul da Coreia porque haviam derramado muito sangue ali. Com semelhante bravata os imperialistas ianques tratam de converter o Sul em sua eterna colônia.

Porém nunca lograrão porque o imperialismo caminha à ruína, como demonstram as leis de desenvolvimento histórico e o que vocês estudaram no Instituto.

Como consequência da Primeira Guerra Mundial, triunfou na Rússia a revolução e nasceu o primeiro Estado socialista no mundo, e na Segunda Guerra Mundial foi lograda a vitória da revolução em diversos países de Europa e Ásia, dando lugar à constituição do poderoso campo socialista.

Por outro lado, foram derrotados países imperialistas como Alemanha, Itália e Japão, que se gabavam de sua “supremacia” no mundo. Inglaterra e França ficaram debilitadas, perdendo sua antiga posição e influência na arena internacional. Ficou sozinho o imperialismo estadunidense. Se estala uma nova guerra mundial, chegaria a vez da derrota dos estadunidenses. Assim o imperialismo vai historicamente à ruína, enquanto avançamos em direção ao desenvolvimento e progresso. Nós seremos os vencedores. Provamos isso com nossa própria experiência. Quando os imperialistas japoneses ocupavam nosso país, muitos pensavam que o Japão não seria derrotado tão prontamente. Entretanto, o Japão foi derrotado e a Coreia finalmente libertada.

Depois de libertada a Coreia do domínio imperialista japonês, estacionaram na parte Sul as tropas agressoras do imperialismo estadunidense. Isto ocorreu em virtude de uma medida militar provisória imposta pela situação, porém o imperialismo ianque se propôs a permanecer por longo período na Coreia do Sul para convertê-la com sua colônia e base militar. A permanência por tempo indefinido das tropas estadunidenses dividiu nosso país em Norte e Sul e impede sua reunificação.

Isto é um infortúnio para nossa nação. Mas o imperialismo ianque não pôde realizar sua ambição de colonizar a Coreia em sua totalidade, porque no Norte, ao estabelecer o poder e unir as forças revolucionárias, o povo criou condições para cimentar as bases materiais da reunificação da pátria. Hoje os imperialistas ianques ocupam a Coreia do Sul, porém sem dúvida alguma chegará o dia em que se verão obrigados a retirar-se, e nossa pátria será reunificada.

A reunificação é uma necessidade legítima do desenvolvimento histórico. Porém, que o momento da reunificação esteja próximo ou demore dependerá de nós mesmos.

E serão decisivas estas três condições: primeiro, deve desenvolver-se e cobrar auge o movimento operário no Sul; segundo, a construção socialista no Norte deve avançar com maior ímpeto, o que estimulará a população sul coreana na luta; terceiro, há que impulsionar mais ainda a construção do socialismo nos países do campo socialista para incrementar o poderio deste campo, assim com há que consolidar as forças dos povos do mundo que se opõem ao imperialismo. Quando estas condições madurem, o imperialismo ianque se verá forçado a soltar suas garras da Coreia do Sul.

O mais importante para antecipar a reunificação de nosso país é fazer ressurgir o movimento operário na Coreia do Sul. Este é um problema de interesse para todo o povo coreano, que deseja a reunificação.

Como vocês sabem, com base na libertação nacional de 15 de Agosto o movimento operário na Coreia do Sul teve grande auge. As lutas de salvação nacional como a Resistência Popular de Ryosu e a de Outubro, e numerosas manifestações foram realizados na forma de movimento popular. Contudo, este movimento não durou muito, foi frustrado. Se não fosse assim, os imperialistas ianques não teriam podido provocar a guerra agressiva contra o Norte nem permanecer por mais tempo no Sul.

Então, por que foi frustrado o movimento operário na Coreia do Sulr? Conhecer sua verdadeira causa tem grande importância para a reconstrução do partido e a reanimação do movimento operário no Sul.

Há que diga que a frustração se deve à cruel repressão por parte do imperialismo ianque e da camarilha de Syngman Rhee. É certo que no geral foi dura a repressão contra o movimento de libertação nacional, especialmente, contra o movimento operário. Todavia, esta não pode ser a causa principal de que na Coreia do Sul acabaram destruídos o movimento operário e seu orientador, o partido, que é a vanguarda da classe operária.

Na luta por sua própria emancipação, a classe operária tropeça sempre com uma forte oposição, repressão e perseguição por parte dos inimigos de classe. Não pode haver movimento algum de libertação que não enfrente a resistência da classe dominante. Conceber lograr a libertação da classe operária mediante conciliação ou transação, sem afetar os interesses dos exploradores, é um ponto de vista oportunista dos "socialistas" direitistas reacionários ou dos reformistas sociais.

Na história do movimento operário internacional encontramos vivos exemplos de como em numerosos países a classe operária lutou valentemente contra a classe exploradora apesar da cruel repressão, em aras de seus interesses classistas e de sua emancipação. Quando a classe operária da Rússia, dirigida pelo grande Partido Bolchevique e em aliança com o campesinado laborioso, se lanço na luta revolucionária para derrubar o despótico regime czarista e o poder burguês reacionário, a classe dominante em decadência se opôs e a reprimiu desesperadamente. Contudo, aqueles fizeram triunfar sua revolução e estabeleceram seu poder.

Também hoje, em diversas partes do mundo os governantes de países imperialistas atacam o movimento operário em seu país e sufocam pelas forças das armas os movimento de libertação nacional em suas colônias e países subjugados. Assim atuam tanto nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Japão e Itália como em diversos países do Oriente Médio, Sudeste da Ásia, África e América do Sul. Porém, apesar da repressão reacionária, seguem avançando os movimentos operários e de libertação nacional nesses países, e existem legal o ilegalmente partidos que os dirigem. É certo, desde logo, que há muita diferença no grau, envergadura e caráter desses movimentos, segundo as condições concretas que reinam em cada país.

Porque então o movimento operário na Coreia do Sul se enfraqueceu? Ali faltou valentia na luta dos operários, camponeses e jovens sul coreanos? Não, de maneira alguma.

Então, não existia ali uma situação favorável para desenvolver a luta? Tampouco isto. Na história do movimento operário de nosso país nunca existiu uma situação tão favorável como aquela, à raiz da libertação de 15 de Agosto.

Referente à frente unida, por exemplo, a situação daquele tempo favorecia muito aos comunistas. Tinham ao seu lado os operários e camponeses pobres, gentes excelentes que haviam experimentado a cruel exploração do imperialismo japonês. Ademais, não eram fortes os inimigos internos que tinham que combater. Os burgueses coreanos não tinham partido próprio e, por conseguinte, depois de 15 de Agosto, era débil sua influência sobre as massas. Estas, por própria experiência em época do domínio imperialista japonês, conheciam sobradamente suas traições. Além disso, os burgueses nacionais em maioria não gostavam da política colonizadora do imperialismo ianque e da ditadura pessoal de Syngman Rhee. Isto criava a possibilidade de que pudessem aliar-se com as forças de esquerda. Como todos sabem, até personalidades como Kim Ku e Kim Kyu Sik, que haviam sido figuras principais do chamado “Governo Provisório em Shanghai”, participaram na Conferência Conjunta do Norte e do Sul.

Nosso obstáculo constituía somente o imperialismo ianque e seu lacaio Syngman Rhee com uns tantos de seguidores. Não cabe dúvida de que se na Coreia do Sul fosse materializada consequentemente a política da frente unida, o Partido, aglutinando as amplas forças patrióticas, haveria logrado certo êxito na luta contra o imperialismo ianque e seus lacaios, a camarilha de Syngman Rhee.

O que levou ao fracasso o movimento operário na Coreia do Sul foi que sua direção estava integrada por faccionalistas não se identificavam com o marxismo-leninismo e inclusive por informantes dos Estados Unidos, e que, por causa dos atos criminosos destes, o Partido não pôde organizar-se solidamente e, em consequência, foi incapaz de dirigir devidamente o movimento.

Eles cegamente lançaram o povo em lutas sangrentas, sem analisar com base marxista-leninista as circunstâncias nem a correlação de forças entre o inimigo e suas forças em cada etapa de luta e, sem levar em conta a necessidade de combinar a luta legal com a ilegal. Em consequência, as organizações do partido foram descobertas pelo inimigo, grande número de seus membros foram detidos e foram dissolvidas as filas organizadas para a luta. As organizações do partido, fragmentadas pelos faccionalistas, foram desmanteladas todas por denúncia dos espiões infiltrados em seu seio e por causa da repressão inimiga. E incluso os camaradas que seguiam combatendo valorosamente em Seul caíram nas mãos dos inimigos, vítimas de delações.

O movimento operário na Coreia do Sul adoecia de defeitos desde seu início. Em primeiro lugar, a própria fundação do partido contravinha seus princípios. Uns tantos faccionalistas que se autodenominavam dirigentes, criaram um suposto “comitê central do partido” a escondidas. Não celebraram nem um só congresso. Por conseguinte, nem os órgãos centrais de direção do partido nem seus estatutos foram eleitos ou aprovados por congresso algum. Todas essas organizações, desde a célula até o comitê central, foram assim fabricadas em segredo e como se trata-se de um jogo de crianças. Em poucas palavras, o partido não pode fundar-se sobre o principio do centralismo democrático. E para piorar, ao levar a cabo o crescimento do partido mediante a chamada campanha para quintuplicar ou decuplicar o número de militantes quando o inimigo travava virulentamente de infiltrar espiões aproveitando qualquer oportunidade, o partido resultou não em um combativo destacamento de vanguarda da classe operária, mas em uma impotente congregação de pessoas.

Foi assim que o partido veio a ser um conjunto de faccionalistas e elementos estranhos de toda laia, que desde o primeiro dia de sua organização se engajaram em disputas sectaristas. Assim, longe de dirigir o movimento operário, o partido continha, desde o principio, muitos fatores que o dividia e sufocava.

Na direção do partido não somente estavam infiltrados espiões mercenários do imperialismo ianques mas também os quadros que abrigavam ilusões sobre este imperialismo sem dar-se conta de que se tratava de um inimigo sinistro. Como estavam centrados em frenéticas disputas sectaristas e desconheciam a situação do país, até consideravam os EUA como nosso "libertador” pelo simples motivo deste ter sido aliado da União Soviética na derrota do fascismo. Por conseguinte, nunca pensaram seriamente em como organizar e conservar o partido da classe operária nem como levar a cabo a luta nas condições criadas pelo desembarque das tropas do imperialismo ianque.

Ao contrário, o imperialismo ianque foi mais esperto que os “comunistas” sul coreanos para calibrar a situação. Ciente da colossal força do movimento comunista, de que as massas apoiavam o Partido Comunista e de que a situação havia se tornado a favor do movimento operário, começou a manobras para minar o partido desde seu interior. Aproveitou para essas manobras as disputas faccionalistas no seio do partido. Essas disputas não cessaram nem quando foram fundidos os três partidos, o que foi aproveitado pelo inimigo. Esta fusão não significou para o partido a oportunidade de arraigar-se profundamente entre as amplas massas trabalhadoras, foi somente a união formal de umas tantas pessoas da capa dirigente. Praticamente foram separados os intelectuais laboriosos e os membros que formavam o núcleo dos Partidos Popular e Neodemocrático. O mais grave foi que surgiu um novo partido, o "Partido do Povo Trabalhador". E esta divisão só favoreceu ao imperialismo ianque. Verdadeiramente todo foi por conta de seus esquemas.

Não é segredo para ninguém que os odiosos faccionalistas, que abrigavam ilusões incluso sobre Syngman Rhee, o elegeram por sua própria vontade como “presidente” da suposta “república popular” que haviam forjado. O marxismo-leninismo ensina que o principal em uma revolução é a questão do poder, porém estes sujeitos trataram incluso de entregá-lo a um traidor da nação.

Meu propósito ao repassar a história é esclarecer justamente que os atos criminosos dos faccionalistas foram a causa de que se frustraram o movimento operário, a luta antimperialista e as organizações de nosso Partido na Coreia do Sul de maneira que nunca se repita essa historia.

Naqueles anos, praticamente não havia quadros equipados com verdadeiras ideias nem teorias do marxismo-leninismo na direção do Partido do Trabalho da Coreia do Sul. O mais importante é formar muitos quadros que saibam combater consequentemente atos faccionalistas, que dividem o partido e a classe operária, e defender resolutamente a unidade e coesão daquele. Seria um êxitos dos maiores se logramos preparar algumas centenas de quadros.

Como disse antes, a reunificação da pátria depende de um auge do movimento operário no Sul, e da consolidação da base democrática no Norte. Se realizará quando se unam as forças do Norte e do Sul, logo ao ser estabelecida, no Norte, uma poderosa base material para esta causa, mediante uma exitosa impulsão na construção socialista, e imprimido um auge ao movimento operário no Sul.

Como primeira medida para acelerar a reunificação da pátria propomos: contatos entre o Norte e o Sul; visitas mútuas e conferência conjunta de personalidades de diversos partidos políticos e organizações sociais. Declaramos sem titubear às autoridades sul coreanas: “Que vocês venham ao Norte organizar quantos partidos queiram. Criem também organizações sociais. Atuem com plena liberdade. Em troca, nos deixe ir também ao Sul com o mesmo propósito. Que pronunciem no Norte discursos ante nossos operários e camponeses e que nos permitam fazer o mesmo no sul.”

Todavia, as autoridades da Coreia do Sul temem aceitar a proposta. Por temor, se opõem até ao intercâmbio postal. Não respondem a nenhuma de nossas propostas de efetuar contatos entre o Norte e o Sul, nem dão ouvidos, ficando atrás de suas portas hermeticamente fechadas. Não nos importa que não respondam hoje, tampouco amanhã, que sigam caladas por 1 ou 2 anos. Nós seguiremos propondo-a sem trégua. Cremos que sem dúvida alguma chegará o momento em que sobre a pressão da população sul coreana, se verão forçadas a nos responder. Se põe-se em prática nossa proposta, os habitantes sul coreanos verão com seus próprios olhos como se impulsa no Norte a construção socialista, como prospera a vida material e cultural do povo, e compararão as diferentes realidades de ambas partes. E então se lançarão à luta para substituir o “poder” dos latifundiários e capitalistas pelo poder dos operários, camponeses e outros setores populares.

Nós confiamos em nossas próprias forças, asso, como estamos seguros de que se criará uma situação tão favorável como a de 1946- 1947.

Porém, mesmo em meio destas circunstâncias ótimas é possível que o movimento fracasse de novo se não contamos com quadros firmes que acertem na direção. Portanto, o Comitê Central do Partido considera muito importante a tarefa de capacitar um grande número de quadros procedentes do Sul e criou o Instituto de Economia Política de Songdo.

Desta forma, o labor docente-educativo neste centro deve corresponder ao propósito de sua fundação. Há que estudar as experiências do movimento operário e o trabalho do partido que se realizaram anteriormente na Coreia do Sul, e analisar e definir corretamente todas as deficiências que o fizeram adoecer.

É necessário programar os estudos em relação com a vida real de modo que uma vez colocados nos centros de trabalho possam aplicar praticamente o aprendido em aula. Começará por questões práticas: como constituir organizações sociais e do partido em tal ou qual circunstância, como dirigir seu trabalho e de que maneira formar a frente unida com os partidos e grupos de caráter democrático, etc.

Será necessário estudar também a história de luta de nosso Partido e as experiências que os partidos irmãos acumularam em sua luta.

Também será necessário aprender com suas experiências na edificação estatal e econômica, e os métodos de gestão da economia socialista.

O mais importante no labor docente-educativo é fortalecer o espírito partidista dos estudantes, e imbuir-lhes uma firme concepção marxista-leninista do mundo. Se aproveitam a lição dos dolorosos fracassos que sofreu o anterior movimento operário na Coreia do Sul, não descuidarão em nenhum momento do fortalecimento do espírito partidista.

Hoje, nosso Partido se converteu em um forte combativo destacamento, graças aos incansáveis esforços que vem realizando para o fortalecimento do espírito partidista entre seus militantes. Devemos combater resolutamente, por insignificante que seja, qualquer manifestação tendente a prejudicar a unidade e coesão de nosso Partido, que são tão caras a todo o povo coreano, porque nosso Partido se responsabiliza com seu destino, que, por conseguinte, depende dessa unidade e coesão. Assim o reconhecem incluso as personalidades dos partidos amigos. Eis aqui a razão pela qual todo o povo coreano deseja o fortalecimento de nosso Partido.

Camaradas graduados: a partir de amanhã vocês trabalharão em centros de construção do socialismo. Neste curso tropeçarão com muitas dificuldades. Nosso trabalho não está livre de obstáculos de modo algum. Todavia não foram cicatrizadas por completo as feridas causadas pela guerra, o quadros carecem de suficiente experiência e estão pendentes muitos problemas no plano tecnológico. Porém, não há dificuldade que não possamos superar. Nosso povo avança a passos firmes, com esperança no triunfo.

Depois da Reunião Plenária de Dezembro de 1956 do Comitê Central do Partido foi elevado o ímpeto da população do Norte da Coreia e são feitos esforços extraordinários, sem precedentes, para aumentar a produção e para a poupança.

Ao começar a execução do Plano Trienal houveram várias vacilações. Incluso, entre alguns setores retrógrados houve que expressasse com preocupação que os comunistas estavam sonhando. Olhando retrospectivamente, a restauração da economia nacional, em todos seus ramas, que iniciamos em condições em que não dispúnhamos nem de uma tonelada de cimento nem de um pedaço de ferro, foi coroada com a vitória graças ao elevado entusiasmo político e laboral que todo o povo trabalhador manifestou sob a direção de nosso Partido.

Hoje temos assentada certa base material para poder converter o nosso em país industrial-agrícola. Se executa-se o Primeiro Plano Quinquenal, a base da industrialização socialista ganhará em firmeza. A tarefa mais importante que enfrentamos na presente etapa de edificação do socialismo é a execução cabal de dito Plano.

Neste ano inicial do Plano Quinquenal já estamos alcançando grandes êxitos. Na indústria estatal e na cooperativista foi superado em 2 % o plano para a primeira metade deste ano, incluídas as metas extras, e o mesmo ocorreu com o plano de julho. Se espera igual resultado do plano de agosto.

Na economia rural, o movimento de cooperativização agrícola foi impulsionado a ritmo formidável e se concluirá em breve. Nossos camponeses, estimulados pelas justas medidas do Partido e do Governo, lograram sobrepor-se a uma intensa seca sem precedente, e ainda que algumas zonas tenham sido afetadas por essa calamidade, em geral se prevê uma colheita abundante.

Contamos com um povo magnífico que faz esforços heroicos tanto para a prosperidade da pátria como por sua própria felicidade. Por isso mesmo, se nossos dirigentes sabem orientar o trabalho e mobilizar o povo, não cabe a menor dúvida de que nossa obra sairá vitoriosa.

Com motivo desta significativa cerimônia de graduação deste Instituto, na que participo por encargo do Comitê Central do Partido, exorto a vocês, camaradas professores, empregados e graduados a esforçar-se com afinco para lograr maiores êxitos no cumprimento das tarefas designadas pelo Partido e Governo.

Além disso, recomendo aos estudantes do Instituto que participem diretamente na construção do socialismo para cultivar seu espírito laborioso e fortalecer sua vontade combativa.

Para terminar, felicito mais uma vez os camaradas que hoje deixam as salas de aulas tendo a honra de serem os primeiros graduados do Instituto de Economia Política de Songdo, e faço votos por sua saúde e êxito em suas novas tarefas.

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