segunda-feira, 15 de julho de 2019

Incidente do Boeing-727


Fundada em 1969, a organização de estudantes esquerdistas "Grupo Vermelho" da Liga Comunista do Japão, atraiu a atenção do mundo ao realizar uma ação ultra-esquerdista sequestrando o avião japonês "Yodogo" com 129 pessoas a bordo, em 1970.

Com o avião da Companhia Aérea Japonesa sob seu controle e armados com espadas e bombas, eles levaram o avião ao aeroporto de Kimpo, na Coreia do Sul, onde negociaram por quatro dias com autoridades sul-coreanas e japonesas e libertaram os reféns em troca do vice-ministro de Transportes japonês, Shinjiro Yamamura, que se voluntariou para a resolução da questão.

Então, sem solução completa para o incidente, o avião partiu sem aviso prévio à República Popular Democrática da Coreia, onde os sequestradores renderam-se às autoridades norte-coreanas e libertaram o refém, no Aeroporto de Mirim.

O governo da RPDC, tomando em consideração o desejo dos estudantes japoneses de não regressar ao seu país e em acato ao direito e costumes internacionais, lhes concedeu asilo na Coreia socialista, e devolveu ao Japão o avião, o refém e a tripulação.

Os nove membros da organização esquerdista japonesa foram alocados na vila Hyokmyong (revolução), tendo quatro deles decidido se estabelecer no país de forma permanente, enquanto os demais deixaram o país livremente e sofreram as consequências de seus atos.

Segundo consta, receberam educação comunista em instituições de ensino locais e aprenderam a levar uma vida revolucionária, tendo usufruído dos direitos constitucionalmente garantidos aos cidadãos estrangeiros em condição de asilo na RPDC.

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