quarta-feira, 17 de julho de 2019

O desenvolvimento da indústria mecânica é a chave para o cumprimento do exitoso plano quinquenal


Discurso pronunciado na Conferência Nacional de Ativistas da Indústria Mecânica, em 11 de setembro de 1957.

Camaradas:

Permita-me expressar, em nome do Comitê Central do Partido e do Governo da República, meu agradecimento a todos os trabalhadores da indústria mecânica que desempenham um papel medular no restabelecimento e na construção da economia nacional no pós guerra.

A Conferência Nacional de Ativistas da Indústria Mecânica possui significado histórico por ser a primeira reunião deste tipo para o setor.

Em outros tempos, em nosso país quase não existia a indústria mecânica. Na época da dominação imperialista japonesa havia aqui certas industrias, embora de carácter colonial e atrasado, porém não havia sido desenvolvida a mecânica, que é a base da indústria. Em 1944, ano anterior à libertação, a proporção de produção industrial de nosso país era apenas de 1,6 por cento e em sua maior parte se tratava de oficinas de reparação. Sem acabar este atraso da indústria mecânica, não seria possível eliminar o desequilíbrio colonial de que adoece nosso indústria nem industrializar o país.

Com vista a assentar as bases da industrialização do país e da economia independente, devemos acabar com o desequilíbrio colonial da indústria e, para isso, desenvolver, antes de tudo, a mecânica. Já no período de pré-guerra esta já havia progredido em grande medida em comparação à época precedente à libertação. Ainda depois do cessar fogo, enfatizamos mais uma vez que sem seu fomento prioritário seria impossível restabelecer e desenvolver a economia nacional destruída.

De acordo com a orientação do Partido a respeito do desenvolvimento da economia do país, já desde o período da guerra viemos fazendo preparativos para impulsionar a industria mecânica. O fizemos porque o Comitê Central do Partido considerou com previsão que para restabelecer prontamente a economia nacional devastada e assentar os cimentos da indústria no pós-guerra era indispensável criar, por mais difícil que fosse nossa situação durante a guerra, uma base da indústria mecânica que pelo menos fosse capaz de produzir peças de reposição necessárias. Como todos sabem, a construção das Fábricas de Máquinas-Ferramenta e de Máquinas de Precisão em Huichon e muitas outras do setor se iniciou já no período da guerra.

Em meio ao fogo da guerra, no seio do Partido surgiram diversas opiniões. Haviam aqueles que sob pretexto de que era difícil nossa vida, insistiam em receber a ajuda dos países irmãos em artigos como tecidos ou cereais, em sua maior parte, para viver em abundância.

Porém o Comitê Central do Partido rejeitou resolutamente estes argumentos equívocos dos faccionalistas anti-partido e procurou que, apesar de nossa condição difícil de pós-guerra, fossem introduzidas muitas máquinas e equipamentos e outros países com o objeto de assentar as bases da industrialização e, mais adiante, imprimir maior progresso a nossa economia nacional. Como resultado, durante os últimos 3 anos pudemos levantar a Fábrica de Máquinas-Ferramenta de Huichon, outras de máquinas agrícolas e para minas, estaleiros, assim como oficinas de manutenção na Fundição de Ferro de Hwanghae e na Fábrica de Fertilizantes de Hungnam.

Evidente que a criação da base da indústria mecânica que não existia antes no país nos apresentou várias dificuldades e obstáculos. Porém, os superamos e acabamos por fundá-la, e assim pudemos produzir diversas peças de reposição e equipamentos indispensáveis para la reabilitação e a ampliação das fábricas e empresas e inclusive construir uma série de novas máquinas, entre outras guinchos, trituradoras e perfuradoras para mineração; máquinas de lavoura, motores elétricos, bombas de água e transformadores para a economia rural; guindastes e outras máquinas vitalmente necessárias ao setor da construção.

Após o cessar fogo não podíamos pescar porque todos os barcos haviam sido destruídos durante a guerra, porém estamos construindo até lanchas, e o número dos barcos já passou visivelmente ao do pré-guerra. Foi criada uma base capaz de capturar 340 a 400 mil toneladas de pescado.

Se não tivéssemos sido capazes de produzir bombas de água, motores elétricos, transformadores, cabos de cobre e outras diversas máquinas e materiais, não poderíamos expandir tão amplamente como fizemos as instalações de irrigação. Graças ao desenvolvimento da indústria mecânica, pudemos criar condições para um maior progresso de nossa economia rural.

Do mesmo modo, se a Fábrica Metalúrgica de Kangson, a Fábrica de Fertilizantes de Hungnam e outras grandes plantas metalúrgicas e químicas da indústria pesada, assim como muitas minas de carvão e minerais chegaram a funcionar normalmente, é porque a industria mecânica lhes forneceu suficientes peças de reposição.

Assim, logramos ressoantes êxitos na criação da industria de maquinarias, que não existia no tempo do imperialismo japonês. Cimentamos sua base que desempenha um papel importantíssimo na industrialização acelerada do país.

Estes grandes êxitos que logramos testemunham a justeza da política econômica de nosso Partido. Se não tivéssemos fundado a base da indústria mecânica e gastado em consumos toda a ajuda externa, tal como insistiam os faccionalistas anti-partido, não poderíamos criar condições para o progresso posterior e agora nos veríamos em uma situação muito lamentável. Porém, como criamos essa base, estamos hoje em condições de elaborar o Plano Quinquenal e falar com toda segurança da maneira na qual devemos desenvolver a indústria e outros ramos da economia nacional neste período planificado. Foi comprovado na prática que foi justa a política de nosso Partido acerca da criação da base da indústria mecânica e, por outro lado, errôneo o argumento dos faccionalistas anti-partido que se opuseram à ela.

Daqui em diante seguiremos nos esforçando para ensanchá-la e desenvolvê-la ainda mais. De outra maneira, não poderemos levar a cabo a transformação técnica em todas as esferas da economia nacional, nem estabelecer os cimentos para imprimir-lhes um rápido progresso.

O êxito do Plano Quinquenal da economia nacional que estamos executando, depende em grande medida, afinal de contas, dos trabalhadores da indústria mecânica, que devem estar profundamente conscientes da importante missão que lhes cabe.

Nosso Partido mantém a linha dar preferência ao fomento da indústria pesada e, ao mesmo tempo, desenvolver a indústria leve e a agricultura. Sem desenvolver com prioridade a indústria pesada, nosso país nunca poderá avançar.

Prova disso é o desenvolvimento da economia rural em nosso país. O nosso é um dos menores países no mundo enquanto a superfície territorial de trabalho. Para piorar, suas poucas terras são, em sua maioria, inclinadas e estéreis. Para superar essa limitação e aridez de terras agrícolas e incrementar com rapidez a produção agrícola até nos autoabastecer de alimentos, devemos desenvolver com prioridade a indústria pesada. Caso contrário, nos será impossível fomentar a agricultura.

Qual é a razão? Dada a limitação da superfície cultivável, o importante é elevar a taxa de utilização da terra e o rendimento das colheitas por hectare, para o qual é indispensável realizar muitas obras de irrigação. À industria pesada corresponde a tarefa de assegurar a produção de bombas de água, transformadores, arames de cobre, cimento e materiais de aço, que são necessários em grandes quantidades para essas obras. E para incrementar as colheitas, é preciso, ademais, fornecer muita quantidade de fertilizantes, para o qual é obrigatório desenvolver a indústria química, que é um ramo da indústria pesada.

Por que durante a guerra, as macieiras foram gravemente danificadas por insectos e renderam pouco? A causa principal encontra-se na escassa aplicação de pesticidas e fertilizantes. Depois da guerra aumentamos a quantidade de produtos químicos aplicados e, a partir do ano passado, o fizemos também com os fertilizantes, como resultado do qual se elevou o rendimento da colheita de frutas por hectare.

Em resumo, com vista a explorar com eficácia as terras e elevar o rendimento da colheita por unidade de área em nosso país, devemos levar a cabo amplas obras de irrigação e abastecer o campo de muitas máquinas, fertilizantes e produtos agroquímicos, e todo isso se resolve somente com o desenvolvimento da indústria pesada.

Graças à correta política de cooperativização agrícola que nosso Partido aplicada no pós-guerra, hoje a maioria de nossos camponeses está incorporada à economia cooperativista socialista. Porém a transformação socialista da economia rural não deve limitar-se à cooperativização da fazenda privada, é preciso acompanhá-la com a transformação técnica, que é necessitada hoje com urgência em nosso campo. Nos cabe esforçar-nos por todos os meios para mecanizar a economia rural o mais rápido possível.

Porém, em que situação encontram-se as fábricas que devem produzir máquinas para o campo? A Fábrica de Maquinaria de Kiyang, onde estivemos este verão, faz debulhadoras de milho e outras máquinas agrícolas, porém não produz todavia arados adequados a nosso campo. As mulheres camponeses ainda carregam coisas como cubos com fertilizantes orgânicos, cereais e lenha, e para livrá-las destas tarefas são necessários muitos meios de transporte. Embora não estejamos atualmente em condições de fabricar caminhões, por que não podemos produzir pelo menos carrinhos de mão?

Somos capazes de produzi-los na quantidade requerida. Todavia, a Fábrica de Maquinaria de Kiyang não produz nenhuma destas coisas e mantém paradas muitas máquinas, argumentando que não há nada que fazer. Não é verdade que nos faltem trabalho, ao contrário, temos em grande quantidade. É que não estudam a realidade concreta no campo e não sabem o que produzir.

Os quadros das fábricas de maquinaria organizarão grupos que averiguarão no campo quais trabalhos são pesados e estudarão como aliviá-los, tomando as medidas pertinentes.

Na economia rural devemos resolver primeiramente, embora seja no elemental, o problema de transportes começando pela fabricação de carrinhos de mão a fim de libertar as mulheres da tarefa de levar as cargas sobre a cabeça.

Para 1961, último ano do Plano Quinquenal, prevemos produzir mais de 3,7 milhões de toneladas de cereais. Para alcançar este objetivo é preciso canalizar o curso dos rios, acondicionar as terras cultiváveis, estender em grande escala as instalações de irrigação, assim como também aumentar consideravelmente a superfície de arrozais. Para efetuar estos trabalhos é necessário produzir máquinas de construção adequadas ao campo como escavadoras de canais, pás para tratores e veículos com tração animal. Isto criará as condições de trabalho fáceis para os camponeses. Somente então poderá se elevar o rendimento das colheitas por hectare e consequentemente, a produção de cereais.

De igual maneira, os trabalhadores da indústria mecânica produzirão muitas máquinas simples para fábricas da industria leve e as cooperativas de produção que elaboram artigos de uso diário a fim de criar-lhes a possibilidade de aumentar suas variedades e sua produção. E para a indústria alimentícia, que se desenvolverá muito no futuro, terão que produzir também refrigeradores, exprimidores, moedores de carne e outras máquinas diversas.

Enquanto à industria pesada mesma, sem desenvolver a indústria mecânica não é possível realizar devidamente o processo de extração nas minas, tanto no caso do carvão como de outros minerais. Os dirigentes das minas de carvão dizem que embora avancem de 100 a 200 metros ao mês aplicando o método de perfuração de alta velocidade, tem dificuldades por falta de carregadores. Asseguram que vão tirar muito mais carvão do que pede o Partido com tal que lhes deem suficientes carregadores. Temos o devem de produzir-lhes máquinas para que possam trabalhar em condições mais fáceis e incrementar a produção. As minas metalíferas exigem também carregadores, perfuradoras, guinchos e equipamentos de enriquecimento. Naturalmente, produzimos em parte estas coisas durante o Plano Trienal, porém no futuro teremos que fazê-las em maior número de modo que as minas sobre-cumpram seus planos. Assim, dos trabalhadores da indústria mecânica depende em grande medida o cumprimento das tarefas designadas às minas dentro do Plano Quinquenal.

Atualmente, na indústria química se organiza a importante tarefa de produzir grande quantidade de cimento para a construção e fertilizantes para a agricultura. Para obter muitos materiais de aço, necessários ao restabelecimento e construção de fábricas deste setor, há que restaurar importantes fábricas dependentes do Ministério da Indústria Metalúrgica, sobretudo, a Fábrica Metalúrgica de Kangson e a Fundição de Ferro de Hwanghae. E neste caso também a indústria mecânica deve produzir os equipamentos e peças de reposição requeridos.

O mesmo ocorre com as construções básicas. Uma das principais causas de que estas estejam atrasadas é que ainda não pôde realizar a industrialização de seus trabalhos. Sem isto é impossível levar a cabo as extensas construções previstas no Plan Quinquenal. Para a industrialização e construção se deve normalizar seus materiais para produzi-los com métodos industriais e aplicar o método de pré-fabricados. O mais importante para isto são os guindastes. Já fazem dois anos que observamos este problema. Somente valendo-se dos guindastes será possível introduzir o método de pré-fabricados e realizar a industrialização na construção. Os blocos são grandes e pesados, é impossível os mover com força humana e sem guindastes não poderemos carregá-los ou descarregá-los do caminhão, nem tampouco montá-los em obras.

Se agora é lento o ritmo na construção, a causa não está na falta de materiais mas que os trabalhadores da indústria mecânica não produzem máquinas necessárias. Se estes fabricassem grande quantidade de betoneiras, guindastes e outras máquinas de construção, seria possível edificar muitas moradias nas cidades e nas zonas fabris, assim como efetuar com êxito as construções nas áreas rurais. Com o tempo teremos que fabricar por nossa própria conta caminhões guindaste.

Muitas máquinas são necessárias também no transporte. Por agora nos concentramos nos veículos de carga. Porém, em vista de que não podemos produzir caminhões nem temos muita gasolina, devemos encontrar a solução para o problema de transporte no desenvolvimento do transporte fluvial e marítimo. Daqui deriva a necessidade de construir muitos barcos grandes e pequenos. Se transportamos em barcos grandes o carvão de Rajin à zona de Hungnam por via marítima, isto aliviará consideravelmente a situação da ferrovia. Agora, por falta de barcos de transporte, a industria pesqueira não pode render mais. Assim sendo, é necessário construir maior número de barcos.

No presente, os trabalhadores das fábricas de maquinaria dependentes do Ministério de Transporte enfrentam a tarefa de reparar vagões de mercadorias, mais rápido e em maior número. Temos agora as novas e magnificas fábricas como as Fábricas Ferroviárias de Pyongyang Oeste e de Wonsan. Lhes corresponde reparar muitos vagões de mercadorias e produzir outros novos.

Em poucas palavras, devemos ter em mente que dos trabalhadores da indústria mecânica depende tudo: o fomento da economia rural e das indústrias leve e pesada, o aumento da velocidade nas construções básicas, assim como o desenvolvimento do transporte.

A fim de cumprir estas colossais tarefas da indústria mecânica, o mais importante é elevar a taxa de utilização dos equipamentos. Se exploramos ao máximo os equipamentos que temos, poderíamos ir além do previsto no Plano Quinquenal. Entretanto, em nosso país hoje é muito baixa a taxa de utilização dos equipamentos nas fábricas mecânicas. Em comparação com os países avançados, é lenta a velocidade do corte nos tornos, o tempo de funcionamento ocupa uma proporção extremadamente pequena dentro da jornada e param durante largos lapsos. Se elevamos o coeficiente de exploração das máquinas e equipamentos, somente com isso poderemos superar em várias vezes a meta planejada atualmente.

Tampouco são usados com eficacia os fornos elétricos. Apesar de que hoje nosso país possui uma escassa capacidade de fundição de aço, a Fábrica de Maquinaria de Ryongsong utiliza seu forno elétrico somente em 60 por cento em comparação com a Fábrica de Maquinaria de Ragwon, enquanto as oficinas de manutenção e reparação dependentes do Ministério da Indústria Química apenas chegam a 40 por cento daquela fábrica.

Além das máquinas e equipamentos, tampouco se emprega racionalmente a superfície produtiva. Se na indústria mecânica seguem mantendo este nível tão baixo no uso dos equipamentos, isto significará cometer um grave delito ante ao Partido e Estado.

O aproveitamento dos equipamentos é ainda pior nas oficinas de manutenção adjuntos a outros ministérios. Apesar de possuírem mais 70 por cento das máquinas que tem nosso país, seus funcionários pedem ainda mais.

Nesta reunião, a primeira deste ramo em nosso país, é necessário que deliberemos seriamente a maneira de utilizar com mais eficácia os equipamentos e satisfazer as demandas de todos os ramos da economia nacional enquanto a máquinas e peças de reposição, com as que existem.

Nossas fábricas tem vastas superfícies produtivas. Na Europa vi que trabalham em espaço tão limitado que um apenas podia passar entre as máquinas. Porém, o que se passa em nossas fábricas? Na Fábrica de Vidros de Nampho construíram um enorme edifício para instalar umas tantas máquinas-ferramenta.

Serão por acaso necessários muitos tornos e máquinas cortadoras para uma fábrica de vidro? Apesar disso , dito edifício tem uma dimensão três vezes maior que este Teatro Artístico Nacional.

Os quadros da indústria mecânica devem ser mais sensíveis às cifras, mais cuidadosos e certeiros no cálculo. Todavia, instalam máquinas por aqui e ali, a grandes distâncias. A julgar por isso, entre eles há, sem dúvida alguma, pessoas que adoecem de más ideias. Vocês devem estar bem conscientes desse fenômeno e combatê-lo. Ao ter em conta que os trabalhadores da indústria mecânica são pessoas que devem trabalhar medindo por milímetros, como podemos tolerar que construam edifícios de modo desmesurado e trabalhem irreflexivamente? Vocês não devem fazer vista grossa a tais práticas.

Onde está a causa principal da baixa taxa de utilização dos equipamentos? Primeiro, consiste em nosso baixo nível técnico; segundo, em um ineficiente trabalho de administração e de organização.

Todos, desde o diretor até o operário, devem elevar seu nível técnico. Somente assim será possível incrementar a taxa de utilização dos equipamentos. É errôneo que o diretor considere que lhes é tolerável a ignorância tecnológica, porque não se encarrega diretamente do manejo da máquina. Somente possuindo conhecimentos técnicos, pode ser exigente com o pessoal técnico.

Outro problema importante é elevar o nível da administração empresarial. Como não prestam atenção ao trabalho administrativa, nem ao organizativo, e tampouco fornecem a tempo os materiais, é impossível elevar a taxa de utilização das máquinas. Esta crescerá se os quadros melhoram seu nível técnico e o trabalho administrativo-organizativo.

Dentre nosso pessoal administrativo há todavia muitas pessoas que não sabem cumprir suas tarefas na indústria mecânica. Nos corresponde aprender com as boas experiências dos países adiantados para organizar com eficácia o trabalho administrativo e prevenir o malgasto do tempo laboral. A causa de que em nossas fábricas de maquinaria seja baixo o coeficiente de utilização dos equipamentos radica inteiramente na defeituosa organização do trabalho de gestão. Se os chefes de oficina, os engenheiros-chefe e os diretores procuram que as ferramentas e materiais estejam sempre à disposição dos trabalhadores, estes não perderão tempo procurando-as.

Ao acabar com essas deficiências e organizar com êxito o trabalho administrativo, a indústria mecânica poderá alcançar com segurança suas metas do Plano Quinquenal e satisfazer a demanda de nossa economia nacional. Por esta razão, o justo seria que reexaminassem com mais seriedade suas tarefas. A meu ver, vocês tem possibilidades de executar tarefas duas ou mais vezes maiores que as atuais.

Por agora, nosso país necessita de diversas máquinas. Por isso, é muito importante que a indústria mecânica multiplique as variedades de seus produtos. Em vez de dar vivas pela produção de uns tantos variados, deve progredir continuamente em variedade, quantidade e qualidade.

Tanto nas minas metalíferas como nas carboníferas se queixam de que é baixa a qualidade das máquinas provenientes de nossas fábricas. São pesadas, toscas, de aspecto feio. Certamente que não devemos nos queixar demasiadamente delas, já que apenas começamos a construí-la. Na medida do possível, temos que utilizar nossas próprias coisas e amá-las. Nos é preciso superar as deficiências enquanto à qualidade.

Com vista a produzir grande variedade e quantidade de máquinas de ótima qualidade, há que melhorar a concepção dos desenhos. Faz bastante tempo que nosso Partido apontou o problema de formar grande número de designers e melhorar e fortalecer seu trabalho. Até agora foram muito nutridas suas filas, porém não o suficiente para satisfazer nossas necessidades. Devemos forma-los em maior número. Como possuímos poucas fábricas de maquinarias, temos maior necessidade delas, porque todavia não estamos em condições de dedicar estas fábricas a produzir em série um só artigo. Dessas poucas fábricas, nos vemos obrigados a tirar muitas coisas e, ademais, aumenta a necessidade de diversos produtos, assim que nos interessa mais produzir múltiplos artigos, embora haja coisas que serão necessárias em grandes quantidades.

Faz algum tempo, quando estivemos na Fábrica de Maquinaria de Ragwon, seu engenheiro chefe e alguns outros companheiros me disseram que lhes cabia produzir somente uma variedade de máquina durante um, três ou mais anos seguidos, porém como lhes encomendavam a tarefa de fabricar múltiplas coisas, passariam dificuldades. Estavam equivocados ao pensar assim. Seria conveniente que uma fábrica produzisse uma mesma máquina durante vários anos, porém a situação do país não permite e nos obriga a produzir muitas coisas de uma vez só. Devem compreender esta realidade difícil. Como a situação do país exige produzir diversas máquinas nas poucas fábricas que existem, não há outro meio que produzir de uma vez uma infinidade de coisas. Dali que se deriva a necessidade de designers altamente preparados e hábeis.

Assim como tivemos que formá-los em grande número, de alto nível técnico, estes, por sua parte, devem se esforçar para superar-se. A causa da baixa qualidade dos produtos mecânicos radica principalmente na defeituosa confecção dos planos. Claro, há outras causas, por exemplo, a deficiência na operação das máquinas, no tratamento térmico ou na fundição, porém, a principal está na baixa qualidade do desenho. Portanto, há que adotar medidas rigorosas para formar mais projetistas, elevar seu nível técnico e assegurar a confecção oportuna dos planos.

Na melhora da qualidade da máquina é importante, ademais, estimular a faculdade criadora dos trabalhadores. Uma prova eloquente de quão importante é este problema vemos no cumprimento da resolução da Reunião Plenária de Dezembro do CC do Partido. Cada vez que se tropeça com dificuldades, há que por em jogo a faculdade criadora e a inteligência das massas e aceitar sem demora suas iniciativas. Não devem deixá-las de lado, mas sintetizar as positivas e difundi-las.

Porém, há todavia muitos casos em que se suprimem as boas sugestões das massas e não as divulga. Não podem proceder dessa maneira. Vale propagá-las em jornais ou folhetos e em outras diversas formas para estimular ao máximo sua faculdade criadora. Se a eleva em todos os aspectos, tanto na confecção de desenhos como nos postos de trabalho, será possível superar qualquer dificuldade. O demostrou patentemente a Reunião Plenária de Dezembro do Comitê Central do Partido. Se esta Reunião Plenária não houvesse posto em jogo a faculdade criadora das massas, hoje não haveríamos podido lograr tantos êxitos.

No curso da execução das resoluções da dita Reunião Plenária, a faculdade criadora e a atividade das massas são postas em vigor em alto grau em todos os domínios, porém a indústria mecânica não marcha de acordo com isso. A razão radica em que todavia não sabem organizar o trabalho dirigido a estimular as iniciativas das massas e alentar e difundir suas opiniões criativas. Se na indústria de maquinarias, ao igual que em outros ramos, se realiza em ampla escala o trabalho encaminhado a avivar a faculdade criadora das massas trabalhadoras, surgiriam muitas opiniões e invenções de valor. Assim sendo, é preciso estender mais este trabalho.

A fim de elevar o nível técnico dos trabalhadores da indústria mecânica, faz falta organizar amplamente sessões de superação profissional para os técnicos e trabalhadores qualificados. Em comparação com outros países, o nosso tem uma indústria mecânica de nível técnico baixo. Esta é a razão pela qual seus trabalhadores, sem exceção, devem aplicar-se no estudo profissional.

Precisamos introduzir com audácia melhores experiências, métodos de trabalho e avanços tecnológicos da União Soviética e outros países avançados. Para ajudar o estudo dos trabalhadores do setor tem que editar suficiente quantidade de livros tecnológicos e organizar adequadamente grupos de estudo e sessões de divulgação tecnológica.

Para terminar, enfatizo a necessidade de elevar o espírito partidista na atividade econômica. Isto significa ser fiel à linha do Partido e empenhar-se em plasmar pontualmente sua política. Elevando este espírito na esfera econômica devemos desenvolver ainda mais a indústria mecânica, que constitui a base fundamental do progresso econômico em nosso país.

Os trabalhadores da indústria mecânica, bem conscientes da pesada responsabilidade que assumiram ante ao Partido, se esforçarão abnegadamente por cumprir suas honrosas tarefas previstas no Plano Quinquenal.

Estou seguro de que esta Conferência será um motivo para efetuar uma grande viragem na indústria mecânica.

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