Hwang Jin I foi uma poetisa representativa da primeira metade do século XVI.
Além de ter uma aparência bela e uma personalidade vivaz, porém digna, ela era excepcionalmente inteligente e possuía um talento notável especialmente em poesia, caligrafia e música, sendo reconhecida como a principal poetisa e artista de sua época.
Embora tenha levado a vida de uma kisaeng por causa de sua origem social baixa, não se deixou seduzir pelo poder ou pela riqueza. Enfrentou com seu talento a sociedade ryangban, que desprezava e menosprezava os pobres, mantendo-se com uma postura altiva.
Orgulhosa, desprezava e zombava dos burocratas ryangban conservadores e hipócritas, e se orgulhava de ser considerada uma das “Três Excelências de Songdo”, ao lado do renomado filósofo Hwadam So Kyong Dok e da célebre paisagem natural da cachoeira Pakyon.
Graças ao seu talento artístico excepcional e aos seus princípios de vida firmes, deixou muitas histórias e anedotas.
As obras poéticas de Hwang Jin I, por sua vivacidade e originalidade nas imagens poéticas, bem como pela delicadeza e sinceridade das emoções, foram amplamente apreciadas não apenas em sua época, mas também entre diversas camadas sociais em períodos posteriores.
Tendo grande afeição pela poesia em língua vernácula, criou muitas obras ao longo de sua vida agitada, embora a maioria tenha se perdido.
Diferente dos estudiosos confucionistas da época, cujos poemas frequentemente se limitavam a interpretações literais da doutrina confuciana e restringiam a livre expressão das emoções humanas, as obras de Hwang Jin I expressavam de forma franca e vívida os sentimentos elevados do amor.
As suas poesias retratam com profunda emoção o mundo interior e os sentimentos das mulheres coreanas, que valorizavam a lealdade e a integridade, bem como a ternura de quem anseia pelo afeto humano. Por essas características, suas obras conferem um brilho singular ao legado literário poético da era medieval.
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