segunda-feira, 13 de outubro de 2025

As "descobertas geográficas", que marcaram o início da exploração colonial

Conhecimentos gerais internacionais

A longa história de invasões e saques sangrentos do imperialismo não pode ser separada das “descobertas geográficas” e do subsequente saque colonial que elas possibilitaram.

Entre os séculos XV e início do XVII, nobres e mercadores da Europa Ocidental dedicaram-se intensamente à exploração colonial de regiões da Ásia, África, América e Oceania.

No século XV, o crescimento da produção de mercadorias na Europa e o aumento da demanda por metais preciosos estimularam o desejo de saque dos colonialistas. Avanços tecnológicos — como o uso da bússola, a construção de embarcações com velas resistentes, o desenvolvimento de mapas marítimos e conhecimentos de geografia — tornaram possíveis longas viagens e a exploração colonial.

Diversos países europeus competiram para sair na frente na exploração de colônias. O primeiro a se lançar nessa empreitada foi Portugal.

Os portugueses ocuparam Ceuta, no Marrocos, e seguiram ao longo da costa oeste da África, saqueando ouro, marfim e capturando negros como escravos. Em maio de 1498, alcançaram a costa sudoeste da Índia, abrindo a rota marítima da Europa para a Ásia e estendendo seus tentáculos de invasão.

Cristóvão Colombo, em 1492, atravessou o Atlântico e chegou às Bahamas, Cuba e Haiti, considerando essas terras como “Índia” e seus habitantes como “índios”. Posteriormente, os povos nativos da América passaram a ser chamados de índios.

Colombo realizou quatro viagens, “descobrindo” diversas regiões da América Latina e promovendo saques e massacres, declarando todas as terras descobertas como colônias espanholas.

A conquista brutal e o saque da América pelos colonialistas europeus continuaram. Entre os séculos XV e início do XVII, a vasta conquista colonial e o saque ilimitado resultantes das “descobertas geográficas” fortaleceram a acumulação primitiva de capital nos países da Europa Ocidental e impulsionaram o surgimento do capitalismo.

Além disso, o ouro e a prata saqueados das Américas fluíram em grande quantidade para a Europa, provocando uma queda acentuada nos preços desses metais, desvalorizando a moeda e elevando os preços — um fenômeno conhecido como “revolução dos preços”.

Devido às invasões e saques dos colonialistas europeus, povos de muitos países da Ásia, África e América Latina permaneceram por longo tempo sob a condição de colônias escravizadas, privados de sua independência.

Outro resultado criminoso das “descobertas geográficas” foi a expansão máxima do comércio de escravos nos séculos XVII e XVIII.

Os colonialistas que chegaram às Américas massacraram indiscriminadamente os índios e obrigaram os sobreviventes a trabalhar como escravos em minas e grandes plantações. Quando os índios escravizados morriam em grande número devido ao trabalho exaustivo e à fome, os colonizadores buscaram mão de obra na África, capturando negros em larga escala, e até sequestraram nativos de diversas regiões da Ásia para vendê-los como escravos.

Assim, as “descobertas geográficas” da época funcionaram como o prólogo sangrento do saque colonial dos colonialistas europeus em vastas regiões do planeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário