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Atualmente, um sistema de serviços médicos está sendo estabelecido em todo o mundo, no qual médicos em tempo integral fornecem tratamento psicológico a pacientes deprimidos com deficiências físicas.
Na depressão, como as causas estão frequentemente relacionadas à personalidade ou aos fatores ambientais do paciente, é muito importante aplicar uma psicoterapia adequada. Mesmo nos casos típicos de depressão endógena, é necessário utilizar métodos psicoterapêuticos em conjunto com medicamentos para facilitar o tratamento.
Entre os pacientes deprimidos, é comum que, mesmo após a melhora dos sintomas, muitos não consigam retomar a vida social normalmente e continuem dependentes de médicos ou medicamentos.
Nesses casos, deve-se pedir que o próprio paciente registre suas observações sobre os sintomas, de modo a verificar objetivamente a evolução, e realizar psicoterapia voltada para o fortalecimento mental e físico.
1. Terapia cognitivo-comportamental
Recentemente, muitos estudos têm mostrado que a terapia cognitivo-comportamental é o tratamento psicoterápico de primeira escolha para a depressão.
A terapia cognitivo-comportamental combina a terapia cognitiva e a terapia comportamental, sendo a terapia cognitiva o método mais importante na psicoterapia da depressão.
Na terapia cognitiva para depressão, busca-se corrigir pensamentos e atitudes desnecessários que perpetuam comportamentos relacionados ao estado depressivo. A terapia comportamental baseia-se no princípio de que a depressão surge como resultado de comportamentos reativos originados de pensamentos inadequados, e tem como foco a correção desses pensamentos e comportamentos.
Na medicina geral, as indicações para a terapia cognitivo-comportamental incluem transtornos relacionados ao estresse, deficiências físicas, depressão e ansiedade. As contraindicações incluem psicose, transtornos de personalidade e transtorno bipolar.
2. Terapia de resolução de problemas
A terapia de resolução de problemas é uma forma de psicoterapia que combina algumas técnicas da terapia cognitivo-comportamental, baseada no princípio de que a depressão está relacionada a problemas psicossociais e ambientais.
O objetivo dessa terapia é desenvolver habilidades racionais e eficazes para resolver problemas. O paciente deve, com base em uma nova compreensão de seus próprios problemas, elaborar estratégias de solução e estabelecer metas. Em seguida, deve listar e avaliar os pontos fortes e fracos de todas as possíveis soluções, escolher a mais razoável, elaborar um plano, aprimorá-lo continuamente e avaliar os resultados.
3. Terapia interpessoal
A terapia interpessoal baseia-se no princípio de que os episódios atuais de depressão estão intimamente relacionados às interações interpessoais e ao ambiente do paciente. Essa terapia lida diretamente com os relacionamentos e fatores ambientais que estão ligados à depressão.
A terapia se fundamenta em quatro tipos principais de problemas:
- Luto por perda (como a morte de um cônjuge),
- Conflitos de papel (quando o paciente não consegue corresponder às expectativas das pessoas ao redor, seja no trabalho ou em casa, ou age de maneira conflituosa),
- Transições de papel (como parto ou aposentadoria)
- Déficits nas habilidades interpessoais (problemas para formar e manter relacionamentos, resultando em vínculos frios, conflituosos e insatisfatórios).
De modo geral, na medicina geral, as psicoterapias utilizadas para a depressão devem se limitar à terapia de apoio ou, em períodos menos graves, a uma forma breve de psicoterapia analítica. Não se recomenda o uso de terapias analíticas tradicionais voltadas à modificação fundamental da personalidade ou das relações humanas.
Palavras-chave: medicina geral, depressão
Referências
[1] Katon W. J., Biol. Psychiatry, 54, 216 (2003).
[2] Schulberh H. C., Hosp Gen. Psychiatry, 24, 203 (2002).
[3] Hollon S. D., Depression and Anxiety, 27, 891 (2010).
Ri Kum Suk, Choe Hye Yong
Publicado em Joson Uihak (Medicina da Coreia) da Editora Enciclopédica Científica, em 15 de março de 2021, página 53
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