quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O que é o autismo infantil?

O grande Dirigente camarada Kim Jong Il ensinou:

"Os educadores devem amar as crianças e criá-las bem."

A comunicação é um fator importante na vida das pessoas. No entanto, algumas crianças não tentam se comunicar de forma alguma com seus educadores, colegas, pais ou parentes.

Entre essas crianças, algumas desenvolvem antes dos três anos de idade uma deficiência do desenvolvimento cerebral, que as impede de estabelecer relações sociais, de expressar seus pensamentos por meio da fala e as leva a comportamentos restritos e repetitivos.

Em 1943, um psiquiatra infantil de um certo país descobriu onze crianças peculiares que pareciam retraídas, fechadas em seu próprio mundo, e foi o primeiro a usar o termo "autismo infantil" para descrever essa condição.

Diferentemente das crianças com deficiência intelectual, a maioria das crianças autistas nasce com boa capacidade mental. No entanto, devido a uma disfunção no desenvolvimento cerebral, não conseguem se comunicar nem estabelecer relações sociais adequadas, e, por não receberem corretamente os estímulos externos, suas funções intelectuais não se desenvolvem normalmente.

O autismo não é de forma alguma uma doença mental, e as crianças autistas não se tornam doentes mentais quando crescem. Portanto, considerar o autismo como uma doença mental ou deficiência intelectual (retardo mental) é uma visão totalmente errada. Deixar essas crianças sem qualquer atenção ou medida é o ato mais cruel e desprezível que se pode cometer contra elas.

De acordo com dados recentes, o autismo ocorre em cerca de 4,5 crianças a cada 10 mil nascimentos. Se incluirmos as que apresentam comportamentos autistas, chega a 15–20 por 10 mil. É de 3 a 5 vezes mais comum em meninos, e o número de crianças com autismo vem aumentando.

As causas do autismo ainda não foram esclarecidas, mas, segundo dados de nosso país, fatores de risco importantes durante a gravidez e o parto incluem vômitos graves na gestação, risco de aborto, parto prematuro, asfixia no parto e convulsões no período neonatal.

As crianças com autismo geralmente apresentam desde o nascimento alguma diferença, mas a maioria dos pais não percebe, procurando o psiquiatra infantil apenas mais tarde, quando a criança não começa a falar.

Os sintomas básicos são a incapacidade de estabelecer relações com outras pessoas e a falta de controle emocional, o que as faz parecer isoladas do mundo exterior e presas em seu próprio mundo. Durante o período de amamentação, frequentemente não conseguem manter contato visual com a mãe e os familiares, não estranham pessoas desconhecidas e demonstram indiferença aos outros. Em termos de comportamento, não respondem quando chamadas pelo nome, não demonstram interesse pelo ambiente e costumam brincar sozinhas.

Na idade escolar, o apego aos pais aumenta um pouco e a sociabilidade melhora ligeiramente, mas ainda não gostam de brincar com outras crianças, não têm amigos e não imitam o comportamento dos outros.

Além disso, a comunicação é muito limitada. Em mais da metade dos casos, a linguagem não se desenvolve a ponto de permitir uma conversa adequada durante a vida, e muitas vezes nem expressões faciais ou gestos são usados para comunicar intenções.

Essas crianças também apresentam comportamentos peculiares, como andar na ponta dos pés, balançar o corpo, ligar e desligar repetidamente um interruptor, ser inquietas e incapazes de ficar paradas, correr repentinamente para a rua ou andar sem rumo, e fixar-se de forma obsessiva em brinquedos ou objetos (sacos plásticos, cordas, etc.), repetindo as mesmas brincadeiras o dia todo.

Por outro lado, muitas têm excelente memória e surpreendem as pessoas ao recordar frases inteiras sem entender seus princípios, ao contrário das crianças normais.

O desenvolvimento físico das crianças autistas é normal, e elas também tendem a resistir melhor a resfriados e outras doenças comuns.

Como o autismo é um transtorno do desenvolvimento, os sintomas tendem a melhorar gradualmente com a idade, mas alguns adolescentes podem apresentar convulsões e queda na sociabilidade e na linguagem. O prognóstico é melhor para aqueles que conseguem se comunicar verbalmente até os cinco anos de idade e que recebem educação especial.

O ideal é diagnosticar precocemente e iniciar o tratamento o quanto antes, pois quanto mais cedo o diagnóstico e o início da educação, mais rápida e significativa é a melhora. O diagnóstico do autismo deve basear-se em uma coleta minuciosa de informações sobre o desenvolvimento e o comportamento da criança, observação direta, avaliações padronizadas, exames neurológicos e exame físico geral.

Não existe um exame laboratorial específico para o diagnóstico do autismo. O objetivo do tratamento é desenvolver as capacidades cognitivas, linguísticas e sociais e melhorar o aprendizado.

Os métodos de tratamento incluem educação especial sistemática, terapia comportamental e tratamento medicamentoso.

Uma vez feito o diagnóstico, a criança deve receber educação especial contínua e precoce em uma instituição apropriada.

Ainda não existem medicamentos nem terapias especiais capazes de curar completamente o autismo. Por isso, é necessário aplicar programas educacionais específicos combinados com terapias comportamentais e psicológicas de forma sistemática.

Alguns educadores têm obtido bons resultados tratando o autismo infantil durante o período pré-escolar, permitindo que as crianças recebam uma educação regular antes da idade escolar.

Todos os educadores devem conhecer as noções básicas sobre o autismo infantil, observar as crianças com atenção, cooperar com as instituições de saúde e adotar medidas oportunas para ajudá-las a se desenvolver melhor.

Professora associada Jong Suk Kyong, Faculdade de Medicina de Pyongyang, Universidade Kim Il Sung

Publicado no Kyoyuk Sinmun (Jornal da Educação) em 20 de dezembro de 2018, páginas 61 e 62

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