sábado, 18 de outubro de 2025

O Mar Negro está se tornando um campo de confronto intenso

Recentemente, o jornal russo "Izvestia" publicou um artigo intitulado “A OTAN está criando uma nova ameaça à Rússia no Mar Negro.”

O jornal afirmou que a OTAN está deslocando novas forças militares para a região costeira do Mar Negro, destacando que, em agosto passado, o governo da Bulgária aprovou o esboço de um acordo de cooperação militar com a Itália. O projeto prevê a construção de uma grande base da OTAN em território búlgaro, a aquisição de novas armas e a abertura de rotas para o deslocamento de tropas.

Então, qual é o verdadeiro objetivo da OTAN ao reforçar suas forças na região do Mar Negro?

Especialistas afirmam que a intenção é enfraquecer a influência da Rússia na área costeira do Mar Negro, criar obstáculos às suas atividades comerciais e abrir uma “segunda frente” contra o país.

A OTAN está se esforçando para transformar o Mar Negro em um campo de confronto anti-Rússia. Desde há muito tempo, a aliança tem considerado o Mar Negro e suas regiões circundantes como uma zona estratégica fundamental para pressionar a Rússia. Por isso, incorporou a Romênia e a Bulgária à organização e empenhou-se em fazer com que a Ucrânia e a Geórgia também ingressassem nela.

Nesse processo, as contradições e tensões entre a Rússia e a OTAN se agravaram ainda mais, resultando na eclosão da crise ucraniana.

Atualmente, o Mar Negro tornou-se um campo de batalha onde os sons de disparos ecoam sem cessar.

A OTAN, ao reforçar o apoio militar à Ucrânia, continua tentando obter o controle militar sobre o Mar Negro, enquanto a própria Ucrânia vem afirmando abertamente que é necessário transformar o Mar Negro em “um mar da OTAN”.

No espaço aéreo sobre o Mar Negro, incidentes de encontros entre caças russos e aviões de combate de países membros da OTAN ocorrem com frequência, aumentando a preocupação mundial quanto à expansão da guerra.

A OTAN, além de transferir diversos tipos de mísseis para a Ucrânia, tem instigado ataques frequentes contra navios da Frota do Mar Negro da Rússia.

Além disso, a aliança prepara-se para um confronto armado direto com a Rússia.

Uma agência de notícias dos Estados Unidos noticiou o seguinte.

“O número de tropas em prontidão de combate na região que se estende do norte, desde a Estônia, até o Mar Negro, na Romênia, é de cerca de 40 mil soldados. Nessa área, cerca de 100 aeronaves militares realizam voos diários, enquanto 27 navios de guerra conduzem operações no Mar Negro e no Mar Mediterrâneo. Esses números, ao que tudo indica, tendem a aumentar.

De acordo com um novo plano, a OTAN pretende manter uma força de 300 mil soldados que possam ser destacados para o flanco oriental.”

Atualmente, mesmo enquanto os países membros da OTAN enfrentam graves crises econômicas e instabilidade sociopolítica, a aliança não abandona sua ambição de transformar a Rússia em um derrotado estratégico.

A Bulgária, segundo diversas fontes, afirmou repetidas vezes que deve preparar-se para aumentar o número de tropas da OTAN estacionadas em seu território de 1.200 para 5.000 soldados.

Na Romênia, entre os dias 20 de outubro e 13 de novembro deste ano, será realizado o exercício militar "Dacian Fall 2025", com a mobilização de cerca de 5.000 soldados e 1.200 equipamentos técnicos. Segundo dados oficiais, há cerca de 5.000 militares da OTAN estacionados em território romeno. A Romênia tem adquirido ativamente equipamentos militares como caças, lançadores múltiplos de foguetes, veículos blindados de combate e drones. Além disso, há planos para a compra de fragatas de patrulha da Turquia, tanques dos Estados Unidos e obuseiros autopropulsados de esteira.

A OTAN busca controlar o espaço aéreo e as águas do Mar Negro. Os países membros da aliança situados na costa — Romênia, Bulgária e Turquia — participam de operações de remoção de minas marítimas e de exercícios militares anuais da OTAN na região.

Os aeródromos da Romênia estão sendo utilizados para patrulhas aéreas sobre o Mar Negro. As forças aéreas da Espanha, Turquia e Reino Unido realizam turnos de patrulha alternados, e, desde agosto passado, cinco caças da Força Aérea da Alemanha também se juntaram a essas missões.

Em resposta às manobras da OTAN para militarizar o Mar Negro, a Rússia vem adotando contramedidas. Em 2023, Moscou firmou um acordo com a República da Abecásia para construir, em uma de suas regiões, uma base de apoio logístico e técnico para a Marinha russa. Em janeiro deste ano, o presidente da Abecásia aprovou oficialmente o plano de construção da base. Além disso, a Rússia planeja, nos próximos anos, incorporar novos complexos técnicos navais e embarcações multifuncionais para fortalecer a Frota do Mar Negro.

A tentativa da OTAN de transformar o Mar Negro em um palco para suas operações militares e em uma base de agressão contra a Rússia pode, ao contrário, colocar em risco ainda maior não apenas a segurança da região litorânea do Mar Negro, mas também a de toda a Europa.

Pak Jin Hyang

Nenhum comentário:

Postar um comentário