No Irã, a crise causada pelo afundamento do solo está se intensificando. Principais instalações e sítios históricos próximos à capital Teerã, como o Aeroporto Internacional Imam Khomeini, estão sob risco de fissuras e colapso. O vice-presidente iraniano afirmou que uma parte considerável do território do país está ameaçada pelo afundamento do solo.
Sabe-se que quase metade da população vive em áreas de risco, e medidas de evacuação foram tomadas em escolas com alto risco de desabamento. Segundo dados divulgados pelo Centro Nacional de Informações Geográficas do Irã, a velocidade de afundamento em algumas regiões chega a até 31 cm por ano, cerca de 60 vezes acima do padrão internacional.
O presidente do Irã expressou preocupação de que Teerã possa se tornar uma cidade inabitável e chegou a propor a mudança da capital.
Na Indonésia, o Parlamento já aprovou, em janeiro de 2022, a transferência oficial da capital de Jacarta para uma região na ilha de Kalimantan, e o novo centro administrativo será chamado Nusantara. Um dos principais motivos para essa mudança é que grande parte de Jacarta está afundando em relação ao nível do mar.
Jacarta, com mais de 20 milhões de habitantes, está localizada na costa, e cerca da metade da cidade encontra-se abaixo do nível do mar. A região norte de Jacarta afundou cerca de 2,5 metros apenas na última década até 2019, e o processo continua.
Cientistas afirmam que grande parte de Jacarta pode ficar completamente submersa até 2050. Um relatório de uma organização britânica analisou que a principal causa do rápido afundamento da cidade é a extração indiscriminada de água subterrânea para uso doméstico, o que esgotou o lençol freático natural.
Nos Estados Unidos, dezenas de cidades costeiras, incluindo Nova Iorque, estão enfrentando riscos de afundamento do solo. A capital do México, Cidade do México, também está afundando a uma velocidade acelerada.
Segundo os dados, a principal causa do afundamento do solo nesses países é o uso excessivo da água subterrânea. Quando a água subterrânea é retirada em excesso, o nível do lençol freático diminui, fazendo com que o solo acima afunde.
Além disso, o próprio peso das cidades é um problema. Edifícios pesados e o acúmulo contínuo de sedimentos pressionam o solo, contribuindo para o afundamento.
Os efeitos do afundamento do solo tornam-se ainda mais graves em áreas costeiras, onde o aumento do nível do mar agrava a situação. Nessas regiões, tempestades, marés altas e enchentes podem causar danos facilmente.
Especialistas alertam que o afundamento do solo é uma preocupação séria em vários países e recomendam que uma das formas de minimizar os danos é limitar a extração excessiva de água subterrânea.

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