sábado, 12 de julho de 2025

Tentativa bandidesca de ocupação total do território palestino

Um membro do gabinete israelense exigiu que as autoridades acelerassem a anexação da Cisjordânia.

Ele afirmou: “Chegou o momento de exercermos nossa soberania”, acrescentando que “agora é a hora de não perdermos esta oportunidade histórica”.

Desde há muito tempo, vozes dentro do gabinete israelense têm defendido incondicionalmente a anexação da Cisjordânia ocupada.

Atualmente, a situação na Cisjordânia é extremamente instável.

Desde outubro de 2023, Israel, sob o pretexto de eliminar o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica da Palestina), tem intensificado sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza e, ao mesmo tempo, tornado mais explícita sua tentativa de domínio sobre a Cisjordânia.

Em maio passado, Israel decidiu construir mais de 20 assentamentos na região.

Em julho do ano passado, anunciou e impôs à força um plano de construção de cerca de 5.200 residências para colonos.

O plano incluía, entre outros pontos, a expansão dos assentamentos para o centro da Cisjordânia.

Anteriormente, as autoridades israelenses declararam a confiscação de 12,7 km² de terra no vale do Jordão — a maior apropriação de terras desde a assinatura dos Acordos de Oslo.

Somente no último ano, cerca de 23,7 km² de terras da Cisjordânia foram declaradas como propriedade de Israel.

A comunidade internacional elevou sua voz de condenação contra os atos de expansão de assentamentos, considerados como atos de banditismo por parte de Israel.

Países do Oriente Médio, incluindo o Egito, qualificaram essas ações israelenses como uma violação do direito internacional e como manobras deliberadas que intensificam ainda mais a instabilidade regional, exigindo fortemente sua suspensão.

No entanto, as autoridades israelenses, obcecadas com a expansão territorial, proferiram declarações desafiadoras como: “Continuamos trabalhando para normalizar nossas atividades de assentamento. Não estamos escondendo nem pedindo desculpas, mas sim construindo e assentando com orgulho”, ao mesmo tempo em que pisoteiam impiedosamente os meios de subsistência dos palestinos.

Também é preocupante o fato de que os ataques militares de Israel contra a Cisjordânia estão sendo intensificados.

Entre agosto e setembro do ano passado, o exército israelense realizou grandes ataques aéreos contra cidades do norte da Cisjordânia, mobilizando forças terrestres, helicópteros e drones.

Também em janeiro e fevereiro deste ano, realizou repetidos ataques indiscriminados, reduzindo a escombros campos de refugiados, residências e demais construções civis, além de destruir impiedosamente a infraestrutura, como estradas, redes elétricas e de esgoto.

Israel insiste que o objetivo das operações militares é “reforçar a segurança da região”, mas analistas políticos afirmam que isso não passa de um engodo, sendo o verdadeiro propósito impedir a criação de um Estado palestino independente.

Apenas o fato de, em fevereiro passado, um oficial do exército israelense ter instruído suas tropas a se prepararem para estacionar na Cisjordânia por um ano já deixa isso ainda mais claro.

Mais grave ainda é o plano do exército israelense de construir em breve uma barreira ao longo da fronteira entre a Cisjordânia ocupada e a Jordânia.

Em março passado, um alto funcionário do exército declarou que seria construída uma barreira ao longo de mais de 400 km, desde as Colinas de Golã, ao norte da Cisjordânia, até o extremo sul, seguindo a linha fronteiriça com a Jordânia.

Israel alega que o plano, que deverá ser concluído em até três anos, visa “impedir o contrabando de armas e atos terroristas, além de reforçar a segurança dos assentamentos”, mas ninguém no mundo acredita sinceramente nisso. Além disso, o fato de que Israel pretende instalar postos militares ao longo da barreira “para reforçar o controle sobre a área” revela que pretende transformá-la futuramente em um marco fronteiriço.

Recentemente, sob o pretexto de “eliminar o Hamas”, Israel tem elevado drasticamente o nível de suas operações militares na Faixa de Gaza. Gaza transformou-se literalmente em uma zona de fome, massacre e ruínas.

Ao mesmo tempo, Israel, frenético com a expansão dos assentamentos e o massacre de palestinos na Cisjordânia, está promovendo também a construção dessa barreira com um objetivo claro: ocupar todo o território da Palestina.

As manobras expansionistas de Israel, que visam eliminar completamente os palestinos e seu meio de subsistência para erguer um grande império judaico sobre suas ruínas, estão entrando numa fase extremamente perigosa.

A comunidade internacional está expressando forte condenação e críticas contra as ações bandidescas dos invasores israelenses, que mergulham o Oriente Médio em extrema instabilidade, crescente tensão e conflitos armados, impondo uma morte horrenda aos povos árabes.

Un Jong Chol

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