domingo, 13 de julho de 2025

A política neocolonialista do Ocidente, inevitavelmente fadada à falência

Recentemente, a França transferiu o controle de sua quarta instalação militar ao Senegal.

Em novembro do ano passado, o presidente senegalês declarou que seu país é um Estado independente e que a soberania nacional é incompatível com a presença de bases militares estrangeiras, exigindo firmemente a retirada das tropas francesas. Assim, mais uma vez, os militares franceses foram obrigados a empacotar e bater em retirada. Em breve, não haverá mais bases militares francesas em território senegalês.

A eliminação das bases militares ocidentais tornou-se uma tendência no continente africano. Vários países da região já emitiram ordens de expulsão às tropas ocidentais estabelecidas em seus territórios.

As forças dos EUA foram expulsas do Níger. A França retirou seus soldados do Mali, de Burkina Faso e do Níger, e está sendo pressionada a sair do Chade. Outros países ocidentais também estão apressadamente retirando suas tropas da África.

A retirada das forças ocidentais do continente africano é fruto da luta tenaz dos povos locais, decididos a pôr fim à longa história de interferência estrangeira e construir, com suas próprias forças, uma nova sociedade independente.

Durante décadas, os Estados Unidos e outras potências ocidentais, sob os pretextos de "ajuda" e "cooperação", estenderam suas garras de dominação e pilhagem sobre os países africanos, explorando severamente seus recursos humanos e materiais.

Com a ampla disseminação da chamada democracia ocidental, destruíram as culturas tradicionais do continente, promoveram o caos social, a desordem e um ciclo vicioso de terrorismo e represálias. Usando essas situações como justificativa, intervieram militarmente e não hesitaram em derrubar governos que não lhes agradavam.

Em 2011, sob a liderança dos EUA e da França, a OTAN interveio militarmente na Líbia e ajudou os opositores a derrubar o governo legítimo. Como consequência, não apenas a Líbia, mas toda a região ao redor mergulhou em instabilidade, permitindo a rápida expansão de organizações terroristas extremistas.

A partir de 2013, os EUA começaram a estacionar tropas no Níger sob o pretexto de combater grupos extremistas na região. Em 2014, a França iniciou uma operação militar chamada "Barkhane", alegando combate ao terrorismo no Sahel, e enviou tropas a Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.

No entanto, o que os EUA e outras potências ocidentais levaram para a região não foi paz nem estabilidade. Desde o início, seu objetivo não era a paz, mas sim interferir nos assuntos internos dos países africanos e facilitar o saque de seus recursos por meio da presença de tropas estacionadas.

Não foi por acaso que meios de comunicação do Níger afirmaram que um dos verdadeiros objetivos da presença militar dos EUA na África é controlar o rico urânio do Níger, bem como o petróleo e os recursos minerais de alguns países africanos.

Na realidade, o Ocidente conquistou ainda mais interesses na África do que no passado, impondo seus modelos político e econômico, transformando os países da região em meras fontes de matérias-primas e mercados consumidores.

Ao processar os recursos saqueados dos países africanos e revendê-los, aprofundou ainda mais a dependência econômica desses países..

Com a política neocolonialista do Ocidente, a África sofreu enormes prejuízos.

Mas a África começou a despertar. Vários países da região se levantaram contra o domínio e a interferência externa. Estão expulsando as bases militares ocidentais, priorizando a construção econômica independente e acelerando seu desenvolvimento.

Hoje, não apenas na África, mas também em países de outros continentes, estão sendo adotadas medidas ativas para pôr fim à interferência nos assuntos internos e ao domínio político e econômico do Ocidente.

A realidade confirma que a época em que os imperialistas impunham à vontade a repressão e o saque por meio de políticas neocoloniais chegou ao fim — e que uma nova era está surgindo.

Assustadas com esses desdobramentos, as forças ocidentais fazem de tudo para manter sua posição anterior. Empregam ameaças e pressões contra os países em desenvolvimento, provocam divisões internas, sabotagens e até tentativas de derrubada de governos.

No entanto, nenhuma manobra do Ocidente poderá impedir o poderoso avanço da humanidade que, sob a bandeira da independência, busca forjar o próprio destino.

A política neocolonialista dos imperialistas está falindo.

Ri Hak Nam

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