De acordo com outras fontes, o número de pessoas forçadas a fugir dentro de seus próprios países será de 83,4 milhões em 2024. Desses, cerca de 90%, ou 73,5 milhões, fugiram devido a conflitos e violência. Na Faixa de Gaza, na Palestina, quase todos são refugiados.
A principal razão para o aumento dramático do número de refugiados é a constante e crescente ocorrência de guerras e conflitos em várias partes do mundo. No início deste ano, a União Africana revelou que as perdas causadas pelos conflitos no continente africano chegam a 18 bilhões de dólares por ano. Na África, existem atualmente 35 milhões de deslocados internos, 8,9 milhões de migrantes e 1 milhão de apátridas. A situação é mais grave na região da África Oriental.
Segundo dados coletados até o final do ano passado, o número de refugiados nessa região aumentou para 20,75 milhões. No Sudão, entre 20 de outubro e 13 de novembro do ano passado, cerca de 68.800 famílias foram forçadas a fugir devido a conflitos armados.
O número de refugiados na Etiópia, onde os conflitos violentos estão se intensificando, já chegou a 4,5 milhões. Desses, cerca de 56% estão vivendo como deslocados há mais de um ano, e 23% estão na condição de refugiados há 2 a 4 anos.
O número de refugiados na região da África Oriental continua aumentando, e mais de 8 milhões de crianças, além de 1,3 milhão de gestantes e mães de recém-nascidos, estão sofrendo com a desnutrição. As condições sanitárias são, sem dúvida, precárias, o que agrava ainda mais o sofrimento dessas pessoas.
Desastres naturais, como secas, chuvas intensas e inundações, causados pelo aquecimento global, bem como diversas doenças, também são fatores que contribuem para o aumento do número de refugiados.
Em maio, fortes chuvas causaram inundações em Mogadíscio, a capital da Somália, gerando um grande número de refugiados. Da mesma forma, na província de Quivu do Sul, na República Democrática do Congo, que também foi afetada por inundações, os refugiados vivem em condições extremamente precárias, sem acesso a água potável ou moradia adequada, o que aumenta o risco de propagação de doenças infecciosas.
Recentemente, na região de Assam, na Índia, 22 distritos foram submersos devido a inundações. Isso resultou em um grande número de refugiados. No estado de Níger, na Nigéria, muitas pessoas perderam suas casas devido às enchentes e estão vivendo em condições de grande insegurança.
No Sri Lanka, chuvas intensas causaram danos a cerca de 2.700 casas, e, para piorar a situação, um alerta de deslizamentos de terra foi emitido, forçando muitas pessoas a se deslocarem para áreas mais seguras.
Em 28 de março, um forte terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter abalou Mianmar, deixando muitas pessoas sem lar, forçadas a viver ao relento. A situação dos refugiados está se tornando cada vez mais desesperadora. A fome extrema, as doenças e a morte os perseguem a cada passo. Eles não têm lugar para viver nem em sua própria terra, nem nas terras de outros; esse é o triste destino dos deslocados.
Hoje, a crise dos refugiados se tornou uma emergência internacional, um problema global que está sendo debatido não apenas nas Nações Unidas, mas também em reuniões de organizações regionais e nas mesas de negociações entre países individuais.
No entanto, o problema dos refugiados continua sem solução. A opinião pública internacional afirma que, enquanto as causas que geram a crise dos refugiados não forem erradicadas, nunca será possível resolver o problema. Ou seja, é necessário acabar com os conflitos, erradicar a pobreza e a fome, e resolver as questões relacionadas às mudanças climáticas, que causam desastres naturais.
A base da solução, segundo muitos, está em cortar as "mãos malignas" do Ocidente, que alimentam e intensificam os conflitos e as tensões em várias regiões do mundo.
Ho Yong Min
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