A história moderna do Japão está manchada por invasões e saques contra outros povos. Desde há muito tempo, o Japão buscou uma saída por meio de invasões e pilhagens ilimitadas contra outros povos e planejou agressões ao exterior para oprimir e explorar outros países. Isso pode ser observado até mesmo na política de agressão ao exterior do Japão, que ficou infame na história sob o nome de “Memorial de Tanaka”.
De acordo com o plano de agressão discutido e aprovado na “Conferência do Oriente” de 1927, Tanaka Giichi, então primeiro-ministro, apresentou ao imperador japonês um documento secreto que mais tarde seria chamado de “Memorial de Tanaka”. Esse documento criminoso estava inteiramente centrado na ideia de que a política nacional fundamental do Japão deveria ser conquistar a Ásia a partir da Coreia, que já havia sido completamente transformada em colônia monopolista, expandindo-se para dominar a Manchúria e a Mongólia, e em seguida conquistar a China.
Naquela época, o Japão enfrentava uma crise política e um caos socioeconômico crescente devido a uma catastrófica depressão financeira. Buscando uma saída para a grave crise interna por meio da agressão ao exterior, o imperialismo japonês estabeleceu essa linha como política nacional.
Conforme revelado no “Memorial de Tanaka”, o Japão arquitetou o Incidente da Manchúria em 18 de setembro de 1931, e lançou uma invasão armada contra a região nordeste da China. Em 7 de julho de 1937, fabricou o Incidente da Ponte Lugou e deu início a uma invasão armada em grande escala contra o interior da China.
A ambição do imperialismo japonês de dominar o mundo foi posteriormente concretizada e sistematizada em 1940 sob a forma do infame “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental”.
O plano para a construção da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, elaborado pelo “Instituto de Pesquisa de Guerra Total”, subordinado ao comando militar japonês, estava dividido em três etapas principais.
A primeira etapa era a criação de uma “zona nuclear” da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, centrada no Japão e abrangendo a Coreia, a Manchúria, o norte da China, a região do baixo rio Yangtzé e o território marítimo do Extremo Oriente soviético. A segunda etapa era a criação de uma “pequena esfera de coprosperidade” que englobasse, além da “zona nuclear”, a Sibéria Oriental, todo o território chinês, a península do Sudeste Asiático e as ilhas do sul do Pacífico. A terceira etapa previa a expansão dessa esfera para formar uma “grande esfera de coprosperidade”, conectando a Austrália, a Nova Zelândia, a Índia e várias ilhas do Pacífico.
Além disso, o imperialismo japonês delirava com a ideia de uma “Zona de Expansão Comercial da Grande Ásia Oriental”, abrangendo o Oriente Médio, a África e as Américas.
O “Plano de Construção da Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental” entrou em plena fase de execução com a eclosão da Guerra do Pacífico.
Em 1942, o imperialismo japonês criou o chamado “Ministério da Grande Ásia Oriental”, reunindo os países ocupados, e em fevereiro de 1943 fabricou o chamado “Conselho Consultivo para a Construção da Grande Ásia Oriental”. Em maio do mesmo ano, elaborou o chamado “Esboço da Estratégia da Grande Ásia Oriental” e, em julho, as “Diretrizes Fundamentais para a Construção da Grande Ásia Oriental”.
O processo de implementação do “Plano de Construção da Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental” foi uma sucessão sangrenta de crimes.
Por onde passavam as botas militares do imperialismo japonês, o sangue de inocentes corria em abundância. Incontáveis pessoas da Coreia, da China e do Sudeste Asiático foram forçadas a uma vida miserável de escravidão e a uma morte brutal, sendo usadas como escudos humanos, objetos de prazer sexual e cobaias em experimentos médicos.
As atrocidades cometidas pelo imperialismo japonês em nome de suas ambições expansionistas causaram imensa infelicidade e sofrimento aos povos de nosso país e de outros países asiáticos.
Já se passaram 80 anos desde a queda do império japonês, que estava entorpecido pela ambição de dominar o mundo e se entregou a crimes contra a humanidade.
No entanto, mesmo com a passagem das gerações e dos séculos, há algo que não mudou: a política nacional do Japão, baseada na agressão ao exterior.
Os descendentes dos samurais afirmam até hoje que a causa de sua derrota foi a fraqueza militar, e ao invés de se desculparem ou oferecerem reparações, correm loucamente rumo à remilitarização. O Japão, que tem removido pouco a pouco todas as restrições que foram impostas a ele como país derrotado na guerra, agora avança abertamente no caminho direto da agressão ao exterior.
Ignorar a história e esquecer suas lições resulta inevitavelmente em amarga derrota e destruição.
A estrutura política mundial de hoje é fundamentalmente diferente daquela de um século atrás, quando o império japonês pisoteava livremente a Ásia.
Se o Japão, entorpecido novamente pela ilusão da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, for incapaz de aprender com sua história criminosa e voltar a empreender agressões, não escapará, sem dúvida, de uma destruição final.
Minju Joson
Nenhum comentário:
Postar um comentário