sexta-feira, 5 de julho de 2019

Em vésperas das eleições à Assembleia Popular Suprema da Coreia


Discurso pronunciado ante aos eleitores da circunscrição de Sungho, dos distrito (gun) de Kangdong da província de Pyongan Sul, em 23 de agosto de Juche 37 (1948).

Queridos eleitores:

Permita-me agradecer a vocês, eleitores da circunscrição de Sungho do distrito de Kangdong, por haverem expressado sua confiança em mim ao me nomear candidato a deputado à Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia.

O 25 de agosto, dia das eleições à Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia, constitui uma data que marca o inicio de uma nova etapa na história da luta de nossa nação pela reunificação e a independência e se converterá em uma brilhante festa nacional. Ao eleger no dia 25 de agosto os deputados à Assembleia Popular Suprema, o povo coreano terá pela primeira vez em sua história um órgão supremo de poder composto por seus genuínos representantes e poderá estabelecer o governo democrático central da Coreia.

Transcorreram 3 anos desde que nossa nação foi libertada da dominação colonial do imperialismo japonês. Entretanto, devido ao complô de agressão à Coreia dos imperialistas ianques e as políticas vende-pátria dos pró-japoneses e traidores da nação no Sul da Coreia, ainda não foi estabelecido em nosso país o órgão supremo unificado do poder nem o governo central unificado.

A política de subjugação colonial dos imperialistas estadunidenses e a pérfida política vende-pátria de seus lacaios, pró-japoneses e renegados da nação, se tornam mais abertas ao ser efetuada a eleição separada no Sul da Coreia e instaurar-se o governo títere.

Apesar da resistência unânime do povo coreano do Norte e do Sul, os imperialistas ianques e seus lacaios levaram a cabo o jogo das eleições separadas que conduziriam o país à ruína mediante o terror massivo e a repressão violenta e estabeleceram o governo títere na Coreia do Sul. Da mesma maneira  hoje em dia nossa pátria enfrenta uma situação complexa e grave. Tropeça ainda com a crise da divisão nacional. As tropas estadunidenses instaladas na Coreia do Sul se negam a retirar-se e com seu amparo os pró-japoneses e traidores da nação ousam por em venda a pátria e a nação sem a menor vacilação.

Todo o povo patriótico debe levantar-se na luta em escala nacional para superar esta crise da divisão, para lograr a reunificação e a independência da pátria. Todas as forças patrióticas e democráticas devem se unir para liquidar por completo os pró-japoneses, traidores da nação e outras forças reacionárias vende-pátria.

Uma vez estabelecido o governo títere na Coreia do Sul, os imperialistas ianques tem hoje a intenção de exercer sua política agressiva contra a Coreia em nome deste governo fantoche e através das mãos dos traidores da nação e dos elementos pró-japoneses. Sob o aval do governo títere, “legalizarão” a permanência indefinida de suas tropas na Coreia do Sul e aplicarão mais astutamente sua política colonialista na Coreia do Sul, valendo-se do “convênio” que estabelecerão com o governo títere. Não é nada casual, por conseguinte, que ainda antes de instaurar-se ali o governo títere, os imperialistas ianques fizeram os preparativos para reconhecê-lo.

Precisamente foi com esse objetivo que os imperialistas estadunidenses frustraram, empregando todos seus meios, a resolução da Conferencia de Moscou dos Ministros das Relações Exteriores dos Três Estados, fizeram fracassar a Comissão Conjunta URSS-EUA, levando logo ilegalmente a questão coreana à Assembleia Geral da ONU, e fabricaram a “Comissão Provisória da ONU para a Coreia” a título da resolução da “Pequena Assembleia da ONU”.

As circunstâncias presentes em que se criou o “parlamento” ilegal e se estabeleceu o governo títere separado na Coreia do Sul exige aos habitantes patriotas levar a cabo a nova tarefa de tomar medidas decisivas para a salvação nacional.

Até pouco tempo existia a possibilidade de avançar a luta de salvação nacional com a esperança de resolver o problema da Coreia entre os próprios coreanos, rejeitando a eleição separada da Coreia do Sul e retirando por igual as tropas tanto da União Soviética como dos Estados Unidos, em conformidade com a proposta do governo soviético. Todavia, dado que os imperialistas ianques e os vende-pátria fabricaram o “parlamento” pérfido e um governo títere na Coreia do Sul, ignorando a unânime oposição do povo coreano, e que pretendem manter perpetuamente as tropas ianques, não podemos permanecer com os braços cruzados esperando somente a retirada das tropas estadunidenses.

Nos cabe o dever de eleger uma Assembleia Popular Suprema que constitua o órgão legislativo máximo de toda a Coreia e represente o povo do Norte e do Sul, estabelecer um governo central unificado e lutar mais resolutamente na demanda, em nome deste governo central, da retirada das tropas estadunidenses.

O “parlamento” e o governo títere da Coreia do Sul não trepidarão em estabelecer qualquer pacto de traição com os imperialistas ianques e em aras dos interesses destes se atreverão a perpetrar qualquer ato de traição à nação. Como podemos tolerar que o “parlamento” e o governo títere da Coreia do Sul, covil de pró-japoneses e traidores da nação, se conduzam em nome do povo coreano?

Nos é preciso instituir sem falta o organismo supremo legislativo da Coreia e seu governo central para declarar logo, em nome deste governo legal, centralizado e de todo o povo coreano, que nenhum outro, salvo o governo central unificado da Coreia, tem autoridade para representar a vontade de seu povo. O governo central unificado da Coreia há de proclamar por si mesmo que o povo coreano não reconhecerá nenhum “decreto” que dite o governo títere da Coreia do Sul nem “pacto” algum que este firmou com os imperialistas ianques.

Os reacionários sul coreanos tratarão de voltar a tomar as terras dos camponeses norte coreanos, convertidos em donos da mesma; acabar com a jornada de 8 horas dos trabalhadores, com a igualdade de direitos dos homens e da mulheres, e com a escola democrática. Em poucas palavras, eles farão esforços desesperados para arrancar todos os êxitos das reformas democráticas do povo norte coreano.

Porém isto não passa de um sonho absurdo. Não há no mundo forças capazes de privar de sua liberdade e direitos conquistados o povo norte coreano, que se converteu no dono do Poder, experimentado pessoalmente os êxitos das reformas democráticas.

Queridos eleitores:

A questão sobre a liberdade e o direito democráticos não está limitada somente aos trabalhadores, camponeses, mulheres e jovens mas também constitui problema vital dos empresários, comerciantes, artesãos, religiosos e de todas demais classes e setores do povo.

Se os imperialistas estadunidenses convertem a toda a Coreia em sua colônia, não somente os trabalhadores, camponeses, mulheres e jovens se veriam submetidos novamente à vida de escravidão, mas também os empresários, comerciantes e artesãos seriam levados à bancarrota pelo capital monopólico dos Estados Unidos e a economia nacional se arruinaria sem reservas.

Enquanto aos religiosos se pode dizer o mesmo. Os imperialistas estadunidenses utilizam a religião como instrumento de sua política de agressão. Estes, mediante a propaganda religiosa, induzem a ideia de submissão servil aos estadunidenses e de adoração aos Estados Unidos. Hoje em dia, na Coreia do Sul, são alvos da repressão os religiosos patriotas que não confiam nos imperialistas ianques e amam a pátria e a nação. Por isso, se os imperialistas ianques colonizarem toda a Coreia, até os religiosos que amam a pátria e o povo se veriam perseguidos pelas desgraças.

Não há outro caminho para sair da crise da escravização colonial que não seja estabelecer o órgão supremo de poder que represente e defenda os interesses de todo o povo da Coreia do Norte e do Sul.

A Assembleia Popular Suprema de Coreia, que será constituída pela vontade geral do povo do Norte e do Sul, resguardará firmemente os êxitos das transformações democráticas da Coreia setentrional, defenderá os direitos dos trabalhadores, camponeses, empregados, intelectuais, mulheres, jovens, estudantes, empresários, comerciantes, artesãos, religiosos e as demais classes e setores populares assim como os interesses de todo o povo coreano.

Pretendemos fundar a Assembleia Popular Suprema não para a divisão da pátria mais em busca de sua reunificação. As eleições à Assembleia Popular Suprema marcarão um grande avanço na luta do povo coreano pela reunificação de nossa pátria.

Representantes de diversas classes e setores populares, de todos os partidos políticos e organizações sociais patrióticos foram propostos como candidatos a deputados para a Assembleia Popular Suprema, que serão eleitos em 25 de agosto. Entre nossos candidatos figuram representantes dos trabalhadores, camponeses, empregados, intelectuais, empresários, comerciantes, artesãos, religiosos e de todas as demais capas e setores do povo coreano assim como de todos os partidos políticos e organizações sociais. Por conseguinte, não é casual que todo o povo se mobilize unanimemente na presente campanha eleitoral.

Não cabe dúvida que o povo norte coreano participará como um só nas eleições de seu órgão supremo de poder. Uma vez eleita a Assembleia Popular Suprema da Coreia pela vontade geral do povo da Coreia do Norte e do Sul, e organizado o governo central coreano, nos veremos em condição de proclamar ante ao mundo que não pode haver em nosso país nenhum outro “parlamento” nem outro "governo".

Os deputados à Assembleia Popular Suprema da Coreia, que serão excelentes filhos e filhas do povo coreano, marcharão valentemente para a conquista da vitória final, pondo-se na vanguarda da luta do povo pela reunificação e a independência de nossa pátria e sua democratização.

Não estamos sozinhos nesta luta. O povo soviético e as forças democráticas do mundo inteiro estão ao nosso lado, apoiam e respaldam nossa luta. Isto constitui a firme base de apoio internacional que advoga pela independência e pela liberdade de nossa nação frente à invasão imperialista.

Queridos eleitores:

As eleições à Assembleia Popular Suprema da Coreia de 25 de agosto inaugurarão uma nova fase decisivamente favorável à lucha pela reunificação e independência de nossa pátria e sua democratização.

A Assembleia Popular Suprema da Coreia que elegemos consolidará e desenvolverá todos os êxitos das grandes transformações democráticas logrados pelo povo norte coreano durante os três anos posteriores à libertação.

A Assembleia Popular Suprema da Coreia, na atual situação política criada em nosso país, deverá acelerar mais a construção democrática na Coreia do Norte; dar um maior impulso à luta contra os imperialistas ianques e lacaios, pró-japoneses e traidores da nação; fazer todo o povo coreano se levantar na magna luta de salvação nacional pela reunificação e independência de nossa pátria e sua democratização.

A Assembleia Popular Suprema terá que trabalhar para canalizar o desenvolvimento da economia rural, da indústria e do transporte, baseando-se nos êxitos das reformar democráticas, para cimentar firmemente a base independente da economia nacional assim como melhorar a vida material-cultural do povo.

A Assembleia Popular Suprema deve defender necessariamente os bens dos privados e fomentar sua iniciativa criadora na industria e no comércio.

A Assembleia Popular Suprema da Coreia deve restaurar e desenvolver, além da economia, a cultura da nação, para fazer do nosso um país civilizado, rico e poderoso.

Em suma, a Assembleia Popular Suprema da Coreia que vamos a eleger deve consolidar os êxitos das transformações democráticas e acelerar a construção democrática na Coreia do Norte para assegurar com solidez la liberdade e a felicidade de seu povo; lutar para efetuar o futuro na Coreia do Sul as mesmas reformas democráticas e para que os compatriotas do sul possam gozar de liberdade e felicidade como o povo norte coreano.

As eleições da Assembleia Popular Suprema da Coreia assinalarão um grande acontecimento político, na história da luta do povo coreano para construir um Estado soberano, independente e democrático. Eleger os melhores filhos e filhas de nosso povo para a Assembleia Popular Suprema é um direito e um dever sagrados do povo coreano.

O ato de ser eleito como deputado ao órgão legislativo supremo constituirá máxima honra para os cidadãos. Aos deputados à Assembleia Popular Suprema lhes cabe uma árdua tarefa em serviço da pátria e do povo. Nossos deputados não são pessoas que pertençam a uma classe privilegiada, situadas acima do povo, mas filhos e filhas destes que respiram junto com eles e combatem pelos interesses do povo.

Por isso os dignos primeiros deputados do povo de nosso país devem ser valerosos combatentes patriotas que dediquem todo seu entusiasmo e talento à luta pela pátria e povo sem intimidar-se ante às dificuldades.

Nossos deputados populares devem ser fiéis servidores do povo que sempre vivam em meio a eles, identificando-se com eles, lhes ensinem e ao mesmo tempo aprendam com eles; que saibam obedecer oportunamente suas exigências prestando atenção em seus opiniões.

O deputado à Assembleia Popular Suprema da Coreia é uma figura estatal. Como tal deve aprender a administrar o Estado, saber organizar e mobilizar o povo, assim como conduzi-lo incessantemente para novas vitórias. Os deputados devem estudar com afinco para adquirir tais destacadas aptidões e traços nobres, equipando-se firmemente com a correta concepção do mundo. De modo que os deputados eleitos pelo povo devem cumprir fielmente com os honrosos deveres perante à pátria e povo.

Os eleitores devem inspecionar sempre como os deputados cumprem as tarefas a eles designadas pelo povo. Se os deputados não cumprirem suas tarefas, os eleitores poderão os depor e eleger outros novos, dignos de confiança. Estas são as relações, baseadas nos princípios verdadeiramente democráticos, que regem entre os eleitores e os deputados.

Companheiros eleitores:

A história da prolongada luta do povo coreano contra os invasores estrangeiros e as experiências de luta de nossos antepassados dão prova de que o caminho que escolhemos é o correto.

Hoje existem dois caminhos para o povo coreano. Um caminho é o de se converter novamente em escravo colonial dos imperialistas e o outro é de desfrutar da liberdade e felicidade no seio de um Estado independente, democrático e unificado. Não há outra alternativa que não seja a segunda. O povo patriótico, que ama o país e a nação e aprecia a liberdade e independência, empreenderá naturalmente o segundo caminho.

Nossa nação não quer voltar à escravidão colonial nem deseja que as gerações vindouras sejam escravas apátridas. Portanto, sem exceção, todos os que amam a pátria e o povo, os que desejam que nossas gerações vindouras sejam protagonistas de uma Coreia livre e democrática, rica e poderosa, terão que tomar parte nas eleições de deputados à Assembleia Popular Suprema em 25 de agosto e votar pelos candidatos da Frente Unida Nacional Democrática.

Se lhes são valiosos os êxitos das grandes transformações democráticas logradas pelo povo norte coreano durante os três anos posteriores à libertação, se verdadeiramente amam nosso território de três mil ris, onde jazem os ossos de nossos antepassados, todos deverão participar com elevado zelo político nas eleições de 25 de agosto. Tomar parte nas ditas eleições é o dever sagrado de todo o povo patriótico da Coreia, os trabalhadores, camponeses, empregados, intelectuais, empresários, comerciantes, artesãos e religiosos.

Esta luta a nível nacional pela reunificação, independência da pátria e democratização do povo coreano enfrentará a frenética resistência dos pró-japoneses e dos traidores da nação. Os reacionários sul coreanos recorrerão a distintos meios e maneiras para frustrar as eleições à Assembleia Popular Suprema e perpetrarão toda classe de atos subversivos. Por isso, aumentando mais do que nunca a vigilância, nosso povo deve expor e frustrar a cada passo os astutos conatos inimigos.

A vitória está do lado do povo coreano patriótico. Estou firmemente convencido de que todo o povo coreano do Norte e do Sul, mancomunado solidamente, destruirá por completo todo tipo de maquinações subversivas dos imperialistas ianques, pró-japoneses e traidores da nação, e levará a cabo vitoriosamente as eleições à Assembleia Popular Suprema da Coreia, órgão legislativo supremo da República Popular Democrática da Coreia.

Participemos todos como um só nas eleições de 25 de agosto!

Viva a República Popular Democrática da Coreia!

Vivam as eleições à Assembleia Popular Suprema da Coreia, órgão legislativo supremo da Coreia!

Viva o povo coreano, levantado na luta pela reunificação e independência da pátria e pela democratização!

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