O grande Dirigente camarada Kim Jong Il ensinou:
"Os capitalistas, para entorpecer o pensamento independente das massas trabalhadoras e fazer com que as pessoas se submetam ao sistema de exploração capitalista, difundem de forma frenética ideias e culturas reacionárias e antipopulares, bem como um modo de vida burguês apodrecido." (Obras Selecionadas de Kim Jong Il, Vol. 9, p. 30)
A psicologia behaviorista é uma corrente reacionária da psicologia que foi inicialmente proposta através do artigo "A Psicologia do Ponto de Vista de um Behaviorista", publicado em 1913 pelo estadunidense Watson (1878–1958). Posteriormente, a psicologia behaviorista foi sendo modificada com a adição de "novos" conteúdos, espalhando-se por todos os países capitalistas. No campo da psicologia, a psicologia originalmente proposta por Watson é chamada de "behaviorismo clássico" (ou "behaviorismo inicial"), enquanto a psicologia que passou por mudanças a partir da década de 1930 é denominada "neobehaviorismo" (ou "behaviorismo posterior").
Embora as afirmações do behaviorismo inicial e posterior pareçam diferentes entre si, todas compartilham uma ideia comum: transformar a psicologia em uma "ciência do comportamento" ou uma "psicologia sem consciência", que estuda "objetivamente" apenas o comportamento em resposta a estímulos puros, excluindo completamente a consciência humana.
A principal origem do surgimento da psicologia behaviorista foi, antes de tudo, o contexto sócio-histórico das sociedades capitalistas da época.
Do final do século XIX ao início do século XX, nos Estados Unidos e em outros países capitalistas, o desenvolvimento econômico capitalista se acelerou, a indústria tornou-se altamente mecanizada, e a industrialização capitalista avançou. Com isso, grandes populações rurais migraram para as cidades, impulsionadas pelo movimento de urbanização, o que levou a um rápido aumento do número de trabalhadores industriais, ou seja, da classe proletária.
Essa realidade da sociedade capitalista ofereceu aos capitalistas a oportunidade de "educar" os trabalhadores para que adquirissem habilidades e técnicas básicas, transformando-os em "operários qualificados" treinados apenas em comportamentos mecânicos e automáticos — verdadeiros "seres humanos sem cérebro" — o que permitiria aumentar ainda mais a eficiência da produção.
Por outro lado, durante o período do capitalismo monopolista, a concentração e centralização do capital se intensificaram, acirrando ao extremo a contradição entre a classe capitalista, que buscava lucros monopolistas ainda maiores, e a classe trabalhadora, que resistia a essa exploração.
Diante disso, a classe capitalista intensificou a repressão contra as lutas de massa dos trabalhadores, e ao mesmo tempo passou a exigir, com urgência, teorias ideológicas reacionárias capazes de impedir o despertar político e o armamento ideológico das massas trabalhadoras — teorias que pudessem reduzi-las a meros seres instintivos, escravos do capital, interessados apenas em recompensas materiais.
Outra origem importante do surgimento da psicologia behaviorista foi o domínio, nos países capitalistas da época, de correntes filosóficas burguesas reacionárias como o positivismo, o pragmatismo e o neorrealismo.
A base filosófica da psicologia behaviorista foi, em primeiro lugar, o positivismo.
Os positivistas, sob os slogans enganosos de "liquidação da metafísica" e "filosofia positiva", pregavam que apenas os conhecimentos adquiridos nas ciências específicas como a física, a química e a biologia eram válidos. Assim, segundo eles, a ciência deveria se limitar à descrição dos fenômenos externos dos objetos, rejeitando a investigação de suas essências, que não podem ser percebidas pelos sentidos nem verificadas empiricamente.
Outro fundamento filosófico da psicologia behaviorista foi o pragmatismo.
Os pragmatistas, baseando-se em um "empirismo reinterpretado", afirmavam que a experiência humana não deveria ser compreendida em relação à sensação, mas sim em relação ao comportamento.
Defendiam que a verdade seria "aquilo que é útil", sustentando que algo pode ser considerado verdadeiro mesmo que não corresponda à realidade, desde que seja útil — tese que acaba por justificar e racionalizar o comportamento reacionário e desumano dos capitalistas, que não medem meios para alcançar lucros gananciosos.
Outro fundamento filosófico do surgimento da psicologia behaviorista foi o neorrealismo.
O neorrealismo negava a existência da consciência como algo qualitativamente distinto da existência material e tentava fundir o conceito de consciência com o de comportamento do organismo. O objetivo dessa doutrina era apoiar-se no machismo (ideia de Ernst Mach), que pregava a eliminação da matéria, e negar os aspectos internos e conscientes do ser humano, reduzindo sua atividade à simples soma de estímulos e respostas.
Além disso, outra origem importante da psicologia behaviorista foram os resultados das ciências naturais, como a fisiologia.
A psicologia behaviorista, em primeiro lugar, incorporou como base a teoria dos reflexos condicionados de Pavlov.
Pavlov dedicou-se ao estudo das atividades nervosas superiores e realizou diversas experiências com animais e humanos utilizando o método dos reflexos condicionados, propondo as leis dessas atividades e aplicando-as para explicar todos os comportamentos de seres humanos e animais.
Ele defendia que os fenômenos psicológicos deveriam ser estudados por métodos objetivos como o dos reflexos condicionados, afirmando que todo comportamento subjetivo do ser humano era determinado por estímulos externos objetivos, e que os organismos estariam em constante adaptação ao ambiente. Assim, via psicologia e fisiologia de uma perspectiva unificada.
Os behavioristas, ao adotarem a teoria e os métodos do condicionamento de Pavlov, substituíram conceitos da psicologia como sensação, pensamento e emoção por termos da fisiologia, como movimento muscular, secreção de glândulas endócrinas e movimentos dos membros. Com isso, distorceram o conceito de reflexo condicionado ao reduzi-lo à fórmula comportamental de "estímulo-resposta", elevando-a a uma fórmula absoluta do comportamento humano, o que degradou o ser humano — um ser social — a um mero organismo biológico.
A psicologia behaviorista também se originou com base nos resultados de pesquisas científicas naturais sobre o comportamento animal.
O zoólogo e psicólogo britânico Morgan (1852–1936), em seus livros "Introdução à Psicologia Comparada" (1894) e "O Comportamento dos Animais" (1900), propôs uma lei de pesquisa do comportamento animal chamada "lei da parcimônia" (também conhecida como Lei de Morgan).
Os behavioristas adotaram essa abordagem de pesquisa do comportamento animal, alegando que, se era possível observar e descrever objetivamente o comportamento dos animais, o mesmo poderia ser feito com o comportamento humano. Com base nisso, negaram completamente a introspecção e até mesmo a própria existência da consciência.
Aplicar diretamente os métodos de estudo do comportamento animal à pesquisa do comportamento humano é uma abordagem baseada no evolucionismo que iguala seres humanos e animais, reduzindo o ser humano a uma simples criatura biológica — uma visão inaceitável.
O ser humano é, por essência, um ser social dotado de independência, criatividade e consciência.
O ser humano se diferencia qualitativamente dos animais instintivos porque possui consciência e é capaz de agir de forma independente e criativa.
Apesar disso, os psicólogos animais e os behavioristas, ao igualarem humanos e animais, distorcem o comportamento social humano ao aplicar métodos de pesquisa animal ao estudo do comportamento humano.
Dessa forma, a psicologia behaviorista surgiu como uma corrente reacionária da psicologia, formada a partir da degeneração crescente da realidade social dos países imperialistas, como os Estados Unidos, refletindo esse contexto sócio-histórico e baseando-se em todas as fontes ideológicas e filosóficas burguesas mais decadentes, sendo deformada em uma direção que melhor servisse aos interesses dos monopólios capitalistas.
Devido à fragilidade de suas bases iniciais, ao conteúdo limitado e à sua natureza reacionária de classe que serve às classes exploradoras, a psicologia behaviorista passou a ser criticada e rejeitada, enfrentando contradições internas crescentes e, atualmente, encontra-se em constante turbulência.
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