quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Uma violência imprudente visando a anexação territorial

Há alguns dias, o assessor de segurança nacional de Israel causou distúrbios na mesquita Al-Aqsa, localizada em Al-Quds Oriental, Palestina, defendendo a ocupação da Faixa de Gaza. Ele proferiu absurdos como: “É justamente daqui que devemos enviar o sinal. Esse sinal é de que devemos conquistar toda a Faixa de Gaza, declarar soberania sobre ela, eliminar todos os membros do Hamas e incentivar a emigração voluntária dos palestinos.”

Ficou ainda mais claro qual é o objetivo das frequentes invasões de altos funcionários israelenses à mesquita Al-Aqsa, apesar da forte oposição dos países do Oriente Médio.

Israel está deliberadamente complicando a situação para intensificar as tensões e provocar uma nova crise. Pretende tomar a mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos, judaizá-la e consolidar uma ocupação permanente sobre a Palestina.

Historicamente, a mesquita Al-Aqsa tem sido uma questão política sensível nas relações entre a Palestina, os países islâmicos e Israel, funcionando como catalisador para a escalada da situação na região. Suas raízes são diversas, mas o principal motivo está nas consequências do domínio colonial dos imperialistas e nas manobras brutais de Israel visando a anexação territorial.

Há muito tempo, Israel considera controlar a mesquita Al-Aqsa como um dos principais objetivos para realizar sua ambição expansionista, já que ela se encontra em Al-Quds, cidade sagrada para o islamismo, o judaísmo e o cristianismo. Com isso, vem sistematicamente promovendo ações para tomá-la.

Com o apoio dos imperialistas, durante a Guerra do Oriente Médio de 1967, Israel ocupou Al-Quds Oriental e, sob o pretexto de “manutenção da ordem”, assumiu o controle da mesquita. No entanto, não conseguiu estender suas garras até o interior do local. Os palestinos não permitiram que judeus entrassem na mesquita. Muçulmanos dos países vizinhos também exigiram firmemente que os judeus não realizassem orações ali.

Temendo a opinião pública internacional, Israel não pôde deixar de concordar com isso. Posteriormente, promulgou um dispositivo legal que supostamente “garante a todos os cidadãos liberdade de acesso a locais religiosos”, utilizando-o para incentivar o acesso de judeus à mesquita Al-Aqsa e sustentando isso com força.

Empurrando judeus para dentro da mesquita a fim de provocar confrontos com os palestinos, Israel mobiliza sua polícia sob o pretexto de conter a situação, para agredir palestinos e outros muçulmanos.

Um exemplo claro disso ocorreu em meados de abril de 2022, quando a polícia israelense invadiu a mesquita Al-Aqsa, ferindo mais de 160 palestinos e detendo cerca de 300. Desde então, a perseguição contra palestinos dentro da mesquita continuou.

Vários países declararam que nenhum crime de Israel poderia alterar o status do local sagrado do islamismo em Al-Quds Oriental, exigindo que os sionistas cessassem a repressão, mas Israel continuou agindo de forma intransigente.

No ano passado, surgiram até declarações defendendo a construção de uma sinagoga dentro do complexo da mesquita. Além disso, as autoridades israelenses apresentaram um plano para fornecer apoio financeiro a colonos judeus que atacassem a mesquita Al-Aqsa, despertando a indignação dos muçulmanos.

Em certa ocasião, o ministro da Segurança Interna de Israel levou cerca de 1.500 israelenses de extrema-direita para causar distúrbios na mesquita Al-Aqsa. Já em maio passado, o assessor de segurança nacional de Israel percorreu o local com colonos judeus, realizando atos extremamente provocativos contra os muçulmanos palestinos.

Os repetidos ataques e as chamadas “visitas” de extremistas israelenses à mesquita estão levando a situação a um estado cada vez mais perigoso.

Não é por acaso que muitos países afirmam que as ações de Israel se tornaram a raiz do agravamento do antagonismo e do conflito religioso, advertindo que isso intensificará ainda mais as tensões e lançará a região em um novo ciclo vicioso de violência.

A prolongada revolta popular dos palestinos contra Israel, que certa vez sacudiu o Oriente Médio, teve como estopim a entrada de Ariel Sharon, então líder da oposição e ex-primeiro-ministro, na mesquita Al-Aqsa acompanhado por policiais.

Israel, para transformar a mesquita Al-Aqsa em sua posse e realizar sua ambição de anexação territorial, vem agindo de maneira planejada, sistemática e brutal.

Atualmente, os países árabes denunciam que a tentativa de prejudicar o status religioso e histórico da mesquita é um ataque não apenas contra os palestinos, mas contra todos os muçulmanos do mundo, e defendem que sejam tomadas medidas decisivas para proteger o local sagrado do islamismo.

Devido à intenção maliciosa de Israel de judaizar a mesquita Al-Aqsa, a situação no Oriente Médio continua se agravando.

Ri Hak Nam

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