Jo To On

Jo To On foi um destacado combatente antijaponês coreano na Manchúria. Sua habilidade em assobiar lhe rendeu o apelido "Jo assobiador", que se tornou famoso em Yanji e em toda a região leste da Manchúria. Mesmo após a guerra, o nome perdurou entre o povo, mostrando o carinho e respeito que tinham por ele. Apesar de sua velhice e de ter parado de assobiar, o apelido continuou a ser usado, e Jo To On sempre se sentia mais confortável sendo chamado assim do que por seu nome real, demonstrando a relação única que tinha com seus camaradas de luta.

Nascido em uma época em que a educação formal era distante para ele, Jo To On aprendeu a ler e escrever apenas em idade avançada. Isso não impediu seu envolvimento com a causa. Assim que adquiriu as habilidades básicas de leitura e escrita, ingressou no movimento guerrilheiro, tornando-se rapidamente um comandante de companhia. Seu envolvimento com a luta era tão profundo que ele mesmo realizava missões de reconhecimento, indo pessoalmente até os redutos inimigos, retornando para ordenar ataques e liderando-os na linha de frente, com coragem e dedicação notáveis.

Embora Jo To On tenha ficado impossibilitado devido a ferimentos quando a luta estava em sua fase mais vitoriosa, sua contribuição como combatente guerrilheiro foi imensurável. A sua incapacidade de lutar fisicamente no auge das operações militares não diminuiu seu valor como símbolo e inspiração para seus companheiros de luta. 

Além de sua coragem e habilidade militar, Jo To On era também uma figura carismática e atenciosa para com seus companheiros. Ele cuidava de feridos e sempre se mostrava presente e preocupado com os outros, como quando deu cuidados e remédios a camaradas feridos, incluindo figuras importantes como Choe Hyon. Sua generosidade e espírito de camaradagem estavam presentes em todas as suas ações, e sua personalidade se estendia até momentos mais leves, como as apresentações culturais realizadas pelo grupo guerrilheiro, onde ele demonstrava seu talento para o entretenimento. Isso evidenciava não apenas sua capacidade de luta, mas também a importância da arte e do espírito coletivo na resistência contra a ocupação japonesa.