sábado, 30 de agosto de 2025

A situação política no Oriente Médio, que se torna cada vez mais turbulenta com o passar dos dias

A existência cancerígena da paz no Oriente Médio - Israel

Há pouco tempo, Israel voltou a mobilizar grande número de tropas e equipamentos e iniciou um novo ataque contra a cidade palestina de Gaza. Com bombardeios e disparos de artilharia devastou áreas residenciais, avançou com tanques e ampliou as operações terrestres dentro e nos arredores da cidade.

Um porta-voz do exército israelense declarou abertamente que operações estavam de fato sendo conduzidas em áreas residenciais de Gaza, enquanto o primeiro-ministro Netanyahu alardeou que o objetivo do ataque era ocupar a cidade. O ministro da Defesa de Israel chegou a afirmar que a maior cidade da Faixa de Gaza seria destruída e proferiu absurdos de que em breve se abriria uma “porta do inferno”.

Analistas afirmam que o novo ataque indiscriminado de Israel contra Gaza empurrará a situação no Oriente Médio para um estágio ainda mais perigoso. Israel, com cálculos minuciosos, está expandindo intencionalmente a guerra em etapas.

Quando eclodiu a crise de Gaza em outubro de 2023, Israel alardeou que o objetivo de sua ação militar era o “resgate de reféns”. O próprio Netanyahu insistiu que não tinha intenção de ocupar permanentemente a Faixa de Gaza ou reassentar civis, mas sim que o essencial seria “eliminar o Hamas e libertar os reféns”.

No entanto, isso não passou de uma manobra enganosa destinada a desviar a atenção da comunidade internacional. Israel, de propósito, rompeu até mesmo a difícil trégua alcançada sob mediação internacional e desperdiçou a oportunidade de realizar a troca entre palestinos presos e seus reféns. Em seguida, ampliou o âmbito de suas operações militares não apenas para a Faixa de Gaza, mas também para o Líbano e países vizinhos.

Sob o pretexto de “eliminar o Hamas” e “remover forças de apoio”, atacou a representação diplomática do Irã na Síria, invadiu o Líbano e, com o uso de cerca de 200 caças em um ataque surpresa, destruiu alvos militares e importantes instalações energéticas em várias regiões do Irã, incluindo Teerã, além de assassinar altos oficiais das forças armadas iranianas.

Embalado pela arrogância, Israel agora iniciou o processo de ocupação total da Faixa de Gaza. Altos oficiais militares declararam publicamente que não interromperão as ações até alcançar todos os objetivos, incluindo o plano de emigração forçada dos moradores de Gaza, e que, diferentemente de ocasiões anteriores em que encerraram operações e se retiraram, desta vez o exército israelense não se retirará das áreas que conquistar.

Muitos países, inclusive até mesmo países ocidentais que antes apoiavam apenas Israel, manifestaram a intenção de reconhecer a Palestina como um Estado independente, mas os sionistas seguem agindo de forma completamente intransigente.

Não apenas aprovaram um vasto plano de expansão dos assentamentos judaicos, incluindo a legalização dos que já haviam sido construídos ilegalmente, como também defenderam de maneira bandidesca que a Faixa de Gaza deveria permanecer sob seu controle, ou seja, pretendem ocupar e anexar completamente Gaza. Desta vez, essa ambição entrou na etapa de execução, e a intensidade das ações militares aumentou ainda mais.

Israel busca, ao mesmo tempo que anexa o território palestino, tornar totalmente inútil a “solução de dois Estados” reconhecida pela comunidade internacional e estabilizar sua instável situação política interna.

Com os ataques militares indiscriminados de Israel contra a cidade de Gaza, a situação regional se agravou ainda mais. O número de palestinos mortos e feridos aumentou, a crise humanitária atingiu o extremo e cada vez mais pessoas morrem de fome.

Os países do Oriente Médio condenam fortemente os ataques militares de Israel, destinados ao massacre dos palestinos e à usurpação de seus territórios, e exigem que a comunidade internacional responda severamente a tais crimes.

As forças anti-Israel estão se preparando para passar a ações de retaliação em apoio ao povo palestino. Analistas afirmam que, devido à atual operação militar de Israel, os confrontos entre este país e o Hezbollah, organização de forças patrióticas do Líbano, assim como com as forças de resistência do Iêmen, se intensificarão, tornando ainda mais difícil o fim da guerra em Gaza.

A ofensiva militar de Israel está se expandindo para fora da região. No dia 24 passado, Israel, sob o pretexto de atacar as forças de resistência do Iêmen que apoiam a Palestina, realizou bombardeios contra o palácio presidencial, várias usinas elétricas e instalações de armazenamento de petróleo desse país.

A realidade confirma mais uma vez, de forma clara, quem é o verdadeiro destruidor da paz e da segurança no Oriente Médio.

Ri Hak Nam

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