quinta-feira, 14 de agosto de 2025

A esperança de Seul não passa de uma vã ilusão

A República da Coreia tem um sonho doce e inoportuno.

Para citar um exemplo, seus meios de comunicação divulgaram no dia 12 uma conjectura infundada sobre a possibilidade de nossa opinião ser transmitida à parte estadunidense na Cúpula Rússia-Estados Unidos que será realizada em breve.

O sonho excessivo não é nada mais do que a megalomania, e a conjectura excessiva traz uma miscelânea de contradições.

Com que motivo deveríamos enviar uma mensagem à parte estadunidense?

Ao mundo que presta atenção nas informações falsas da RC, dizemos novamente que não temos nenhuma razão para nos sentar cara a cara com os EUA.

Já esclareci que a intimidade pessoal dos mandatários da RPDC e dos EUA nunca será refletida na política, e que se os EUA insistirem em um modo de pensamento ultrapassado, a Cúpula com a RPDC continuará sendo apenas uma "esperança".

Não temos nenhum interesse em conversas vinculadas ao passado irreversível, nem temos necessidade de explicar o porquê.

Aproveito esta oportunidade para questionar as desinformações da RC sobre a retirada de nossos alto-falantes instalados ao longo da fronteira sul.

A RC tenta enganar a opinião pública como se suas "medidas de boa fé" e sua "política benigna" fossem aplaudidas e suas relações com a RPDC estivessem "recuperando-se".

O presidente da RC disse que, em sua opinião, a RPDC retirou alguns alto-falantes ao observar a mesma medida na RC e desejou que as medidas recíprocas, como a eliminação dos "alto-falantes inúteis e caros", contribuíssem para o aprimoramento das relações "Sul-Norte".

Recentemente, o Estado-Maior Conjunto da RC publicou que detectou nossa tendência de retirar os alto-falantes nas proximidades da fronteira.

O mais ridículo é que as autoridades e especialistas da RC o qualificam como "resposta positiva" e "sinal de mudança".

Na verdade, é uma conjectura unilateral sem fundamento e uma manipulação midiática.

Não retiramos nem uma vez os alto-falantes instalados ao longo da fronteira, e também não temos a intenção de fazê-lo.

A meu ver, o atual governo da RC pretende suscitar a resposta de alguém, esperando que sua invalidade das medidas tomadas unilateralmente no mandato de Yoon Suk Yeol seja aceita de forma positiva, como se tivesse feito algo de valor.

Quanto aos exercícios militares conjuntos, estão desesperados para parecerem interessados na distensão, falando sobre coordenação e prolongamento, mas em vão.

Os politiqueiros de Seul difundem com fins determinados o rumor errado em defesa de sua nova política sobre a RPDC.

Segundo seu cálculo ridículo, seria bom ganhar a aceitação positiva da RPDC, ou, no caso contrário, poderiam mostrar seus "esforços pelo alívio da tensão", o que lhes permitiria ganhar o apoio do mundo e nos imputar a culpa pela exacerbação da situação.

Mas, sua astúcia não passa de uma "ilusão vã" e não atrai nossa atenção.

Não temos nada a ver com a retirada de alto-falantes, nem com a interrupção de transmissões, nem com prolongamento ou redução dos exercícios militares na RC.

A farsa suja nunca mais poderá ganhar popularidade.

Tenho certeza de que a política de Seul sobre a RPDC não mudou nada, nem mudará jamais.

É natural que o que é sujo cheire mal, mesmo bem embalado, e a RC não pode esconder suas entranhas más, por mais que finja ser justa.

Seus exercícios militares com os EUA, que começarão no dia 18, serão uma confirmação indiscutível de sua hostilidade à RPDC.

Reiteramos nossa vontade de não melhorar as relações com a RC, súdito e aliado fiel dos EUA, e essa posição conclusiva será reforçada na Constituição.

Esta é uma medida muito justa.

Ao registrar em seu código nacional a reunificação por meio da absorção da RPDC, a RC, junto com os EUA, criou o "grupo consultivo nuclear", que trama regularmente com o objetivo de desferir um golpe nuclear preventivo contra a RPDC. Ao mesmo tempo, realiza manobras bélicas de caráter agressivo e insiste na "desnuclearização", negando totalmente a Constituição da RPDC.

Esta é a realidade irrefutável das relações entre a RPDC e a RC, como observa o mundo.

Nossa posição sobre o Estado perigoso e vulgar que ameaça constantemente nossa segurança deve ser mais contundente, e devemos estabelecer permanentemente na legislação estatal da RPDC que a RC é a ameaça mais hostil por sua natureza.

Esperar ou adivinhar uma mudança em nossa concepção sobre o Estado mais hostil do mundo significa cultivar uma planta florida no deserto.

Kim Yo Jong, vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia

Pyongyang, 14 de agosto de 2025

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