domingo, 17 de agosto de 2025

Han Yong Ae

Han Yong Ae foi uma revolucionária coreana que se destacou desde os primeiros anos do movimento juvenil comunista na Manchúria. Estudante da Escola Feminina de Jilin, participou ativamente de associações estudantis, como a Ryugil, e se integrou à União da Juventude Comunista da Coreia logo após sua fundação em 1927. Apesar de seu temperamento discreto e reservado, revelou-se uma militante dedicada: mimeografava materiais de estudo, distribuía-os aos círculos de leitura e assumia papéis difíceis nas apresentações artísticas em prol da propaganda revolucionária. Sua devoção e responsabilidade a tornaram uma figura de confiança para Kim Il Sung, que a considerava uma camarada indispensável.

Ao longo de sua militância, Han Yong Ae cumpriu missões arriscadas em Harbin, onde ajudou a organizar a Sociedade de Amizade dos Estudantes Coreanos, círculos de leitura e, posteriormente, a filial local da União da Juventude Comunista. Encarregada de manter os contatos com organizações destruídas pela repressão e de restabelecer ligações com o Comitê Provincial do Partido da Manchúria, demonstrou firmeza em sua atuação. Mesmo diante das adversidades — como a pobreza extrema durante sua permanência em Harbin e a vigilância severa da polícia — manteve-se fiel às tarefas revolucionárias, chegando a sustentar Kim Il Sung com recursos e abrigo em momentos de grande perigo.

Sua trajetória também foi marcada por duras perseguições. Em 1930, foi presa enquanto executava tarefas organizacionais, resistindo bravamente aos interrogatórios e recusando propostas de traição. Diferente de outros que assinaram declarações de conversão, Han Yong Ae suportou torturas sem ceder, reafirmando sua lealdade aos princípios revolucionários. Posteriormente, trabalhou como sapateira em uma fábrica em Dandong, onde continuou sua militância organizando trabalhadores coreanos, difundindo canções revolucionárias e defendendo seus direitos. Sua vida sempre refletiu a firmeza ideológica que a caracterizava desde os dias em Jilin.

Durante a Guerra da Coreia, Han Yong Ae liderou uma organização feminina na região de Seul e contribuiu para o esforço revolucionário mesmo em condições extremamente difíceis. Após perder o marido, mudou-se para Pyongyang com os filhos, mas em agosto de 1951 faleceu tragicamente, junto com as crianças, em um bombardeio inimigo. Sua vida foi lembrada como a de uma mulher leal e íntegra, que nunca abandonou a convicção revolucionária nem em momentos de isolamento ou sofrimento. Han Yong Ae foi, até o fim, um exemplo de coragem, responsabilidade e fidelidade, sendo recordada como uma benfeitora que se manteve firme ao lado da causa revolucionária.

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