Na época, o movimento juvenil em Jiaohe estava dividido principalmente entre a Associação Juvenil Ryosin e a Associação Juvenil Lafa, que atuavam em áreas distintas do condado. Contudo, os jovens enfrentavam a confusão causada pelos discursos vazios de pseudomarxistas, que clamavam apenas por revolução proletária e hegemonia, sem apresentar caminhos práticos. Essa situação levou Kang Myong Gun a sentir a necessidade de buscar novas ideias e experiências, encontrando em Kim Il Sung um interlocutor que lhe transmitiu vivências concretas do movimento estudantil e juvenil em Jilin. Essa cooperação reforçou seu ardor revolucionário e sua disposição de organizar os jovens da região.
Em 1928, Kim Il Sung visitou pessoalmente Jiaohe, onde reencontrou Kang Myong Gun. Este lhe relatou que, embora tudo parecesse claro durante suas conversas em Jilin, ao retornar à sua base havia encontrado muitos obstáculos e problemas práticos. Mesmo assim, continuava empenhado em fortalecer a organização juvenil, mantendo vivo o espírito de luta apesar das dificuldades locais e das pressões externas. Essa parceria entre os dois revolucionários contribuiu para a difusão de um movimento juvenil mais consciente e combativo em Jiaohe e áreas vizinhas.
O destino de Kang Myong Gun, no entanto, foi marcado pela repressão e pela traição. Em 1929, ele foi preso repentinamente pelas autoridades militares chinesas após ter sido denunciado injustamente por faccionistas rancorosos, em represália ao protesto da Associação Juvenil Ryosin contra seus abusos na Federação Geral da Juventude Coreana na China. Acusado falsamente de envenenar um jovem falecido em Jiaohe, sofreu torturas cruéis antes de ser encarcerado. Mesmo debilitado, reencontrou Kim Il Sung na prisão, onde lamentou estar sendo punido sem motivo. Recebeu, então, o encorajamento de que um homem dedicado a uma grande causa não deveria desanimar, pois a luta determinada podia superar até mesmo a morte.
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