terça-feira, 12 de agosto de 2025

Choe Tong O

Choe Tong O nasceu em 22 de julho de 1892, em Uiju, província de Pyongan, e faleceu em Pyongyang em 16 de setembro de 1963, aos 71 anos, sendo sepultado no Cemitério dos Mártires Patrióticos. Foi um importante educador, nacionalista e líder religioso ligado ao Chondoísmo. Atuou como diretor da Escola Uisuk Hwasong, uma escola voltada à formação de jovens para o movimento de independência coreano. Seu pensamento conciliava nacionalismo e fé, defendendo o lema Poguk anmin (“defender o país e assegurar o bem-estar do povo”) como princípio central de ação patriótica.

Durante sua gestão na Escola Uisuk Hwasong, Choe Tong O orientou e influenciou futuros líderes, incluindo Kim Il Sung, que estudou ali. Ele acreditava que a luta contra o domínio japonês exigia novas táticas e armamentos modernos, e que a juventude deveria liderar essa transformação. Embora se opusesse à leitura de textos comunistas como "O Manifesto Comunista" dentro da escola, incentivava o estudo das escrituras do Tonghak e da revista Kaebyok, sempre relacionando os fatos da história moderna coreana à doutrina Chondoísta. Sua liderança unia disciplina militar, formação moral e patriotismo.

Choe também teve papel ativo no movimento nacionalista fora da escola, participando de reuniões estratégicas em bases políticas na Manchúria e mantendo relações com várias organizações pró-independência, como o Kukmin-bu. Fluente em chinês e hábil diplomata, ocupou cargos de coordenação de relações exteriores, negociando com autoridades do Kuomintang. Mesmo em situações delicadas, como durante a prisão de antigos alunos seus, evitou dar declarações que pudessem comprometê-los, demonstrando lealdade e proteção aos que formara.

Após a libertação da Coreia e a Guerra de Libertação da Pátria, Choe Tong O manteve sua atuação política, integrando o Conselho Consultivo para a Reunificação Pacífica e participando da Conferência Conjunta Norte-Sul de 1948 ao lado de figuras como Kim Ku e Kim Kyu Sik. Sua vida simboliza a confluência entre fé, educação e nacionalismo, marcando-o como uma ponte entre diferentes correntes ideológicas, sempre com o objetivo de fortalecer a nação coreana.

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