Ainda assim, foi justamente esse passado de sofrimento que moldou sua consciência revolucionária. Ele se uniu às fileiras da revolução coreana como um simples trabalhador, e graças à confiança e à educação do General Kim Il Sung, cresceu política e ideologicamente até se tornar comissário político de regimento do Exército Revolucionário Popular da Coreia.
Sua lealdade inabalável ao líder foi a marca central de sua vida. Kim San Ho era conhecido por cumprir as ordens com absoluto senso de missão, sem hesitar diante de dificuldades. Um episódio notável foi quando, incumbido de comprar tecidos com dinheiro valioso entregue pelo General, recusou-se inicialmente a aceitar a quantia por saber da importância afetiva do valor — mas cumpriu a missão com total dedicação, realizando diversas viagens até obter tecido suficiente para vestir crianças do Corpo Infantil Maanshan e outros combatentes.
Além de sua função como comissário, o camarada Kim San Ho também atuou em tarefas logísticas, como responsável pela intendência, e participou de combates decisivos, inclusive liderando ações contra forças hostis. Ele esteve envolvido em atividades de propaganda, mobilização de quadros, ligação com organizações externas e contribuiu ativamente na preparação da Associação para a Restauração da Pátria. Sua figura era respeitada não apenas entre os coreanos, mas também entre camaradas chineses.
O camarada Kim San Ho morreu heroicamente em combate em 23 de março de 1937, durante um ataque surpresa inimigo. Mesmo gravemente ferido, usou seus últimos momentos de vida para dar ordens a seus subordinados, assegurando a continuidade da luta. Sua morte foi sentida profundamente pelo General Kim Il Sung, que a descreveu como uma das maiores perdas do ERPC, ressaltando que sua vida foi um símbolo de como a revolução transforma pessoas comuns em heróis notáveis. Até hoje, sua trajetória inspira o ideal de fidelidade absoluta ao líder como essência da luta revolucionária.
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