sexta-feira, 6 de março de 2020

Vençamos as dificuldades surgidas no caminho da construção do país


Discurso proferido ante aos trabalhadores da Fábrica Ferroviária de Pyongyang em 10 de novembro de Juche 34 (1945).

Camaradas ferroviários:

A Alemanha fascista e o Japão militarista, inimigos jurados da humanidade, foram derrotados, e a Segunda Guerra Mundial terminou com o triunfo das forças democráticas, amantes da liberdade e da paz. Como resultado, muitas nações pequenas e débeis e povos explorados foram libertados da escravidão imperialista e pavimentando o caminho da criação de uma nova vida.

Nosso povo recuperou sua liberdade após por fim à longa dominação colonialista do imperialismo japonês e marcha vigorosamente pelo caminho da democracia.

No passado os imperialistas japoneses não somente privaram o povo coreano de todos seus direitos políticos, mas também se mostravam loucos para suprimir todo o nacional que possuímos. Em especial, os pérfidos imperialistas japoneses recrutaram pela força numerosos jovens e homens de meia idade da Coreia para incorporá-los ao exército e ao trabalho forçado e, não contentes com saquear as riquezas naturais de nosso país, confiscaram incluso vasilhas e colheres de latão, para cobrir suas necessidade bélicas tanto de efetivos humanos como materiais depois de desencadear uma criminosa guerra agressiva.

Sob a dominação colonialista do imperialismo japonês nosso povo levou uma trágica vida de fome e miséria, foi objeto de todo gênero de menosprezo e maus-tratos por sua nacionalidade. Os ferroviários também foram objeto de uma cruel exploração e opressão por parte do imperialismo japonês e se viram obrigados a levar uma vida de escravos.

Apesar da cruel repressão dos imperialistas japoneses o povo coreano empreendeu durante longo tempo uma luta renhida para restaurar a pátria e lograr sua independência nacional. Os autênticos comunistas e patriotas da Coreia cumpriram a causa histórica da restauração da pátria ao desenvolver, com fuzil na mão, a heroica Luta Armada Antijaponesa.

Hoje, que logramos a libertação, nossa classe operária e nosso povo que recuperaram a pátria usurpada e passaram a ser seus donos. As fábricas, minas, ferrovias e todas as demais empresas industriais e meios de transporte, que os imperialistas japoneses utilizavam para saquear as riquezas da Coreia e sugar o suor e sangue dos trabalhadores, passaram a ser propriedade do povo e nos foi aberta a possibilidade de construir uma nova Coreia democrática na terra-pátria. Porém, não devemos pensar que os problemas serão todos resolvidos com facilidade pelo país haver sido liberado. Muitas dificuldades esperam nosso povo que empreendeu o caminho da construção de uma nova Coreia.

Nossa pátria, ainda que tenha sido libertada da dominação colonialista do imperialismo japonês, está dividida em dois, em Norte e Sul, pelo Paralelo 38 de latitude Norte e a situação do país é muito complexa. Os reacionários atuam brutalmente para obstaculizar a construção de uma nova pátria, aproveitando-se da complicada situação de hoje.

Na Coreia do Sul, os pró-japoneses, os traidores da nação e outros reacionários, ao amparo das tropas ianques, recorreram a toda classe de maquinação para impedir o desenvolvimento democrático do país.

Introduzem na Coreia do Norte elementos subversivos e sabotadores tratando de impedir a luta de nosso povo que está empenhado na construção de uma nova Coreia. Esse é um grande obstáculo para este trabalho.

Hoje em dia nos vemos também em uma situação muito difícil no plano econômico. A economia de nosso país não só é muito atrasada devido à política de saque colonialista praticada durante longo período pelo imperialismo japonês, mas também misérrima, de verdade, porque os imperialistas japoneses destruíram por completo, durante sua fuga, as poucas fábricas, minas e vias férreas que havia.

Agora o povo vive em grande pobreza. Carecemos de víveres e de todas as demais coisas e estamos em tal situação que nos vemos forçados a criar tudo, de cabo a rabo. O que resta são somente depósitos vazios e livros de contabilidade fechados. Temos que construir uma nova pátria do nada, só com estes depósitos e livros. Vencer ou não as dificuldades que agora afrontamos é uma questão importante da qual depende o futuro da pátria. Se não logramos superá-los agora, mais tarde encontraremos maiores dificuldades e nos veremos impossibilitados de construir uma nova Coreia democrática, rica e poderosa.

Ademais, vocês, camaradas, se encontram rendidos pela precária situação de alimentos. Alguns incluso nos reclamam da falta de arroz. Porém, que arroz podemos ter nós que combatemos durante longo tempo no monte Paektu contra os agressores imperialistas japoneses para recuperar o país usurpado? Hoje não somente os trabalhadores da Fábrica Ferroviária carecem de alimentos, mas também os de outras fábricas e incluso os camponeses. É de verdade uma vergonha e um problema sério que os camaradas trabalhadores que devem na dianteira da construção do país protestem sem resistir esta situação de alimentos. O arroz não chegará por reclamações, mas quando todos, estreitamente unidos, trabalhemos como é devido.

As dificuldades que hoje afrontamos não se eliminam com a força de umas tantas pessoas. Agora, alguns ferroviários pedem a destituição do chefe do departamento administrativo culpando-lhe por não assegurar-lhes alimentos e salário; creio que devem refletir profundamente neste assunto. É óbvio que devem combater com dureza os casos de indiferença para com a vida dos trabalhadores e o trabalho burocrático. Porém, nestas condições tão difíceis que o país atravessa a respeito dos alimentos e da economia, o problema não é resolvido destituindo algum quadro. Vocês, camaradas, devem compreender corretamente a situação concreta de nosso país recém-liberado e portar-se com decência. Em vez de armar alvoroço pelas dificuldades que temos na construção de uma nova Coreia, devemos, unidas nossas forças, superá-las com valentia.

No passado, nossos revolucionários saíram vitoriosos na luta, que durou três lustros, contra o imperialismo japonês em condições indescritivelmente difíceis. Eles se sobrepuseram com valentia às dificuldades que surgiam a cada passo: se equiparam com as armas tomadas do inimigo e solucionavam tudo com suas próprias forças. Os guerrilheiros antijaponeses não se intimidaram nem um pouco ante às dificuldades, mas combateram até o fim com a bandeira da resistência antijaponesa bem alta, atravessando montanhas escabrosas e intrincadas cordilheiras, dormindo ao relento, e, as vezes, sem se alimentar durante vários dias.

Nos momentos difíceis se ofereciam voluntários para executar as tarefas mais difíceis e perigosas e cumpriram honrosamente missões revolucionárias vencendo todas as dificuldades. Incluso ao cair no combate contra o inimigo nas escabrosas montanhas de uma terra estrangeira desconhecida, gritavam em voz alta “Viva a independência da Coreia!”, “Viva a revolução coreana!” e sacrificaram sem vacilação sua juventude e sua vida à sagrada causa da liberdade e emancipação da pátria e do povo. É porque os guerrilheiros antijaponeses não sabiam o qual bom que é viver comodamente em quartos aquecidos junto a seus pais, esposas e filhos? Eles combateram oferecendo tudo para derrubar o bandidesco imperialismo japonês e recuperar a pátria perdida.

Nós devemos aprender com o exemplo dos guerrilheiros antijaponeses.

Incorporemo-nos todos à construção de uma nova Coreia democrática, vencendo as dificuldades.

A classe operária é a mais avançada e revolucionária. Precisamente ela foi a que no passado lutou valorosamente até o fim contra o imperialismo japonês em nosso país. Nossa classe operária, hoje dona do país, deverá consagrar todas suas forças à construção de um Estado democrático, soberano e independente, rico e poderoso pondo-se devidamente na vanguarda das massas.

Camaradas:

Para construir uma nova Coreia devemos restaurar o quanto antes as indústrias destruídas e reabilitar e fomentar a economia. Para isso, há que normalizar, antes de tudo, o transporte restabelecendo as vias férreas, artérias do país.

Sem um funcionamento normal da ferrovia não é possível melhorar a vida do povo, nem desenvolver a economia do país, nem construir com êxito uma nova Coreia democrática. Somente quando funcione normalmente a ferrovia será possível que as pessoas viajem livremente e que todos os materiais sejam transportados a tempo para onde se necessite, e assim estabelecer os cimentos econômicos da construção de um Estado soberano e independente. Por isso tem grande peso a tarefa dos trabalhadores do setor ferroviário na edificação de uma nova Coreia.

Hoje os trabalhadores e técnicos deste setor tem a importante tarefa de restaurar prontamente as vias férreas destruídas e normalizar o tráfego dos trens se encontra em estado de caos.

Após serem derrotados, os imperialistas japoneses destruíram as instalações ferroviárias de nosso país e levaram muitas locomotivas, vagões de mercadoria e veículos de passageiros. Por conta disso, agora o tráfego ferroviário não é regular com o resultado de que muitos materiais congestionados nas estações acabam estragando, e o trabalho de construção do país e a vida do povo se encontram dificultadas grandemente. Devemos concertar o mais rápido possível este estado anormal.

Para que funcione bem a ferrovia há que reparar locomotivas, vagões de mercadorias e veículos de passageiros destruídos, repor prontamente as vias, pontes e túneis. É obvio que é um trabalho difícil cumprir esta tarefa em condições em que faltam técnicos e trabalhadores qualificados nesta disciplina. Porém, se trabalhadores e técnicos somam sua inteligência, não cabe dúvida de que poderão levar a cabo dita obra. Os trabalhadores e técnicos do setor ferroviário deverão aplicar todos seus esforços para normalizar o tráfego ferroviário.

Em particular, os trabalhadores e técnicos da Fábrica Ferroviária devem trabalhar intensamente para prepará-la com suas próprias forças. Os que saíram desta Fábrica a outros ramos de produção deverão voltar a seus postos de trabalho anteriores.

Agora todos os materiais e equipamentos da Fábrica Ferroviária passaram às mãos do povo e, vocês, camaradas, são donos dela. Os trabalhadores e técnicos desta Fábrica devem esforçar-se para de cuidar suas instalações, poupar os materiais e elevar o nível técnico e de qualificação, para reconstruir e reparar mesmo que seja só mais um vagão de mercadorias e um veículo de passageiros, assim como administrar e gerir bem a fábrica.

No futuro, quando normalizemos o tráfego ferroviário devemos, sobre esta base, incrementar mais ainda o transporte ferroviário. Devemos substituir as vias estreitas pelas amplas e eletrificar mais adiante a ferrovia. Os funcionários e setores do setor ferroviário deverão trabalhar tendo em conta esta perspectiva.

Para restabelecer prontamente as linhas férreas destruídas e desenvolver o transporte ferroviário é preciso eliminar por completo entre os funcionários e trabalhadores do setor os vestígios ideológicos do imperialismo japonês e estabelecer um estilo de esforçar-se com abnegação pela construção do país.

Neste momento entre os ferroviários permanecem bastantes vestígios ideológicos do imperialismo japonês. É dito que alguns trabalhadores da Fábrica Ferroviária só querem fazer trabalhos fáceis em vez de se dispor a realizar trabalhos difíceis em prol da construção de uma nova pátria, o que é uma manifestação desses vestígios ideológicos. Se todos os trabalhadores pensam dessa maneira, quem manterá o funcionamento da Fábrica e da ferrovia e quem sustentará a pátria liberada?

Agora nossa classe trabalhadora não mais trabalha para o imperialismo japonês e os capitalistas, mas pela felicidade de si mesma e de todo o povo, para construir uma nova Coreia, rica e poderosa, como autêntica dona do país. Por isso, os trabalhadores deverão se esforçar para trabalhar mais e considerar uma grande honra realizar atividades mais difíceis.

Há que erradicar o burocratismo entre os funcionários do setor ferroviário e fazer com que todos trabalhadores, profundamente conscientes de que são donos da ferrovia, se despojem por completo da mentalidade de meros assalariados que significa trabalhar como nos tempos de dominação do imperialismo japonês. Todos os funcionários e trabalhadores do setor ferroviário devem combater com dureza a atitude desonesta: o não zelar pelos bens do país, a ociosidade, a negligência no trabalho do transporte ferroviário, e os casos de indiferença em relação à obra de construção do país. Deste modo, deverão todos se esforçar para restaurar e preparar o quanto antes as instalações ferroviárias, administrar e gerir bem a ferrovia, e tomar parte ativa no trabalho de construção do país com fervoroso espírito patriótico.

A fim de assegurar com êxito o transporte ferroviário há que estabelecer uma disciplina rigorosa no setor ferroviário. Somente quando se estabeleça uma férrea disciplina e ordem neste campo será possível prevenir os acidentes ferroviários e assegurar que o transporte funcione com êxito. Todos os trabalhadores ferroviários tem que implantar rigoroso regime e ordem no trabalho, obedecer as ordens e instruções dos superiores e observar conscientemente a disciplina estabelecida.

Ao mesmo tempo, há que elevar a vigilância contra as manobras dos reacionários encaminhadas a obstruir a construção do país. Agora, estes, escondidos em nossas filas, difundem maus rumores e manobram para destruir as fábricas e as vias férreas que temos. Todos os funcionários e trabalhadores do setor ferroviário devem seguir com vigilância os movimentos dos reacionários, descobrir e frustrar a tempo suas maquinações subversivas e sabotagens para salvaguardar firmemente a Fábrica Ferroviária, as vias férreas e defender de modo consequente os êxitos alcançados na construção de uma nova pátria.

Se nossa classe trabalhadora quer desempenhar um papel de vanguarda na construção do país, tem que elevar sem cessar seu nível político e teórico, técnico e cultural. A realidade atual é distinta da anterior à libertação, na qual os trabalhadores viviam em total ignorância, afastados da política. Quem não sabe nada e tem um nível baixo, não pode prever o futuro, nem analisar e avaliar corretamente todos os problemas, nem fazer boa contribuição à construção do país. Vocês, camaradas, devem estudar para equipar-se com ideias avançadas e elevar seu nível político e teórico, técnico e cultural.

Estou seguro de que vocês, camaradas, farão todos os esforços para restabelecer o quanto antes as vias férreas, artérias do país, e assegurar o transporte ferroviário superando todas as dificuldades, como corresponde à sua condição de membro da classe trabalhadora da nova Coreia.

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