domingo, 15 de março de 2020

Tarefas que se apresentam aos intelectuais na construção do país


Discurso proferido ante aos professores e intelectuais da cidade de Pyongyang, 17 de novembro de Juche 34 (1945).

Nosso povo recuperou sua pátria perdida, expulsando o bandidesco imperialismo japonês, e hoje empreende o caminho de construção de uma nova Coreia.

Ante aos professores e intelectuais da Coreia liberada se apresentam tarefas muito importantes. Devem mobilizar-se para acometer a obra de construir o país e fazer ativa contribuição à construção de uma nova Coreia.

Se querem levar a feliz término as importantes tarefas da construção do país que tem pela frente devem, antes de tudo, conhecer claramente o caminho que nossa Coreia deve seguir.

Agora, alguns propõem que na Coreia se deve estabelecer uma república burguesa e marchar pelo caminho do capitalismo, e outros clamam para que a Coreia tome o caminho do socialismo, implantando de imediato o Poder da ditadura do proletariado. Ambos são propostas errôneas que confundem o povo mobilizado para a construção do país. Insistir no estabelecimento de uma república burguesa em nosso país é querer converter de novo nosso povo em escravo colonial dos imperialistas, e a alegação a favor da imediata implantação do Poder da ditadura do proletariado na Coreia é uma sugestão imbecil, pois é o mesmo que querer alimentar com soja um bebê sem dentes. Nós não podemos implantar de nenhuma maneira um regime capitalista na Coreia liberada, nem construir de imediato uma sociedade socialista pulando etapas de desenvolvimento da revolução.

Hoje nosso país se encontra na etapa da revolução democrática antimperialista e antifeudal. Temos o dever de construir, em todo caso, uma sociedade democrática progressista que concorde com o caráter da revolução em nosso país.

Nossa pátria se livrou do jugo colonial do imperialismo japonês, porém todavia subsistem, em grande medida, restos das forças, os quais são um grande obstáculo à construção de uma nova Coreia. Mesmo que com a derrota do imperialismo japonês que aplicou golpes contundentes nos lacaios e elementos pró-japoneses, estes se opõem às forças democráticas com energias muito consideráveis. As forças remanescentes do imperialismo japonês armam tramas para desviar o povo da luta pela construção de uma nova Coreia democrática e conduzi-lo pela rota da antidemocracia, assim como perpetram toda classe de manobras reacionárias.

Sem extirpar totalmente as forças sobreviventes do imperialismo japonês não é possível lograr a completa independência do país.

Hoje, em nosso país subsistem, além destas, não poucas forças feudais que estiveram confabuladas com o imperialismo japonês. As forças feudais são as reacionárias que no passado, sendo um importante sustento social para os agressores imperialistas japoneses, impediram o desenvolvimento da economia rural em nosso país e exploraram cruelmente os camponeses. Sem eliminá-las não é possível assegurar um desenvolvimento democrático da sociedade.

Devemos liquidar cabalmente os remanescentes das forças do imperialismo japonês e das forças feudais e construir um Estado democrático, soberano e independente. Com este fim devemos levar a cabo as tarefas da revolução democrática antimperialista e antifeudal e tomar o caminho de estabelecer uma República Popular Democrática.

Se queremos realizar bem o trabalho de construção do país, temos que reunir compactamente todas as forças patrióticas e democráticas. Devemos lograr a unidade de toda a nação, desde operário e camponeses até intelectuais e religiosos patriotas, assim como os capitalistas nacionais honestos.

Os distintos setores do povo que amam o país, a nação e a democracia deverão criar o quanto antes uma frente unida nacional e, em estrita união, mobilizar-se para o trabalho de construção do país.

Tenho percebido que agora alguns intelectuais refletem muito sobre qual caminho tomar na complicada situação política de hoje, porém o caminho que devem empreender os intelectuais da Coreia liberada é bem claro. Nossos jovens e intelectuais não devem de nenhuma maneira optar pelo caminho reacionário. Se serviram aos imperialistas, compactuando com os elementos pró-japoneses e traidores da nação como fazem certos intelectuais, cometeriam um grave crime ante à pátria e nação.

Se nossos intelectuais querem verdadeiramente servir ao país e ao povo, deverão, como é lógico, contribuir à construção de um Estado soberano e independente, unidos monoliticamente sob o estandarte da democracia. Devem compreender que este é o único caminho correto que devem tomar. No passado nossos professores e intelectuais viveram abatidos, sendo objeto de uma cruel opressão e um trato discriminatório por sua nacionalidade por parte dos imperialistas japoneses. Sob o domínio colonialista destes se considerava um “crime” que os professores e intelectuais da Coreia estudassem a história e geografia de nosso país, e lhes estava vedado por completo o caminho da pesquisa científica e a busca da verdade.

Naquele tempo, em sua maioria absoluta não tinham outra alternativa que servir nos organismos do imperialismo japonês, forçados por este para ganhar a vida, mesmo que abrigassem um sentimento antijaponês e consciência nacional. Porém hoje, que estamos liberados, sua situação mudou radicalmente. Nossos professores s e intelectuais se converteram, junto com os operários e camponeses, em donos do país e tem aberto de par em par o caminho para dedicar-se à investigação científica e a busca da verdade, para trabalhar em aras do povo, pondo em pleno jogo toda sua inteligência e suas capacidades.

Chegou o momento em que os intelectuais podem trabalhar em aras do país e da nação. Os professores e intelectuais devem dedicar, como é lógico, todos seus conhecimentos e sua técnica à construção da nova Coreia democrática. Os conhecimentos e a técnica só tem valor e realce quando se utilizam em aras do progresso do país e da felicidade do povos. Os intelectuais deverão prestar ativos serviços ao país e ao povo com seus conhecimentos e sua técnica e fazer todos os esforços pelo florescimento e desenvolvimento da pátria, pela prosperidade da nação.

Antes de tudo, os professores e intelectuais devem participar ativamente no trabalho de ilustrar e conscientizar as massas populares.

A edificação de uma nova Coreia democrática requer as energias das amplas massas populares, e para organizar e mobilizar ativamente sua potência no trabalho de construção do país é preciso despertá-las no político. Nosso povo não está todavia suficientemente preparado no político, nem sabe com clareza qual caminho tomar. Nestas condições temos que consagrar ingentes forças à educação das massas. Nesta tarefa devem desempenhar um papel importante, em especial, os professores e intelectuais.

Devem explicar e propagar bem entre as amplias massas o caráter e as tarefas de nossa revolução e desmascarar plenamente a natureza reacionária de todo gênero de maquinações dos elementos pró-japoneses e traidores da nação. Ademais, tem que explicar e difundir entre elas a necessidade de formar uma frente unida nacional democrática e lograr a unidade de todas as forças patrióticas e democráticas a fim de levar a cabo com êxito as tarefas da revolução democrática antimperialista e antifeudal e fundar, o quanto antes, uma República Popular Democrática. Deste modo, devem conseguir que todo o povo, unido ferreamente, tendo uma correta compreensão do caminho a seguir pela Coreia, participe ativamente na luta contra as sequelas do imperialismo japonês e do feudalismo que obstaculizam a construção do país.

O que devem prestar singular atenção, ao educar às massas, é a utilizar palavras  simples, que todos entendam. Se fazem entre as massas a propaganda empregando palavras difíceis, o povo não as compreenderá bem e nem irá escutar-lhes e, portanto, tal propaganda não terá nenhum êxito. Vocês devem realizar o Trabalho de propaganda com as palavras simples que nosso povo usa sempre, para que possam ganhar o coração das massas.

Com o objetivo de despertar as amplas massas há que empreender energicamente entre elas uma campanha de alfabetização.

No passado, os imperialistas japoneses praticaram em nosso país uma política de obscurantismo colonialista para converter a nação coreana em escrava perpétua. Como resultado muitos coreanos nem sequer puderam se aproximar da escola, ficando analfabetos, não sabendo sequer ler o próprio nome.

Nós devemos lutar para por fim o quanto antes nesta nefasta consequência da dominação colonialista do imperialismo japonês. Do contrário, nos seria impossível elevar o nível político e cultural do povo e, a longo prazo, não poderíamos estimular o entusiasmo das massas para a construção do país. Os professores e intelectuais devem desenvolver ativamente a campanha de alfabetização entre as amplas massas, sobretudo, entre os operários e camponeses. Desta maneira, devem conseguir que todas as pessoas aprendam o alfabeto de nosso país.

Logo, os professores e intelectuais deverão tomar parte ativa na luta para levantar a economia e cultura da nova Coreia.

Restaurar e desenvolver a economia e a cultura do país é uma questão muito premente que se apresenta na construção do país. Somente quando logremos prontamente restaurar as fábricas e as empresas destruídas pelo imperialismo japonês e desenvolver a economia nacional, nos será possível estabilizar e melhorar a precária vida do povo e assentar as bases econômicas para construir em Estado democrático, soberano e independente, rico e poderoso. Ao mesmo tempo, só restaurando e desenvolvendo a cultura nacional vexada pelo imperialismo japonês, poderemos elevar o orgulho e a dignidade nacionais do povo, dar ampla margem à sua consciência nacional, que havia sido oprimida, e construir uma nova Coreia civilizada.

Os professores e intelectuais progressistas, possuidores de conhecimentos e técnica, bem conscientes do honroso dever assumido na construção econômica e cultural do país, devem fazer ativos aportes à tarefa de assentar uma sólida base econômica da nova Coreia democrática, e ao florescimento e desenvolvimento da cultura nacional, dedicando todas suas forças e talento.

A tarefa mais importante que se apresenta ante aos professores é fazer dos membros da nova geração excelentes protagonistas da nova Coreia democrática.

Se queremos construir um Estado democrático, soberano e independente, rico e poderoso e conseguir a prosperidade da pátria e da nação, devemos formar bem os nossos sucessores que serão no futuro os pilares do país.

Os professores devem educar estritamente os alunos nas ideias democráticas. Só assim poderão formá-los como patriotas que amem fervorosamente e pátria e o povo e fiéis servidores do país. Se os professores logram educar bem seus alunos, poderão, através destes, educar também seus pais. Ao mesmo tempo que deem uma boa educação ideológica aos alunos, deverão ensinar-lhes conhecimentos vivos, necessários para a construção do país.

Para educar com êxito as gerações vindouras devemos construir muitas escolas e acondicioná-las com esmero, redigir novos manuais com nosso alfabeto. Os professores devem participar de forma ativa na habilitação de escolas e compilação de manuais.

Um problema importante que temos hoje no que diz respeito à educação das gerações vindouras é liquidar as sequelas do sistema de educação de escravidão colonialista do imperialismo japonês. Estes vestígios do passado subsistem em nossos centros de ensino. Se não os suprimimos, não poderemos fazer dos membros da nova geração magníficos trabalhadores da nova Coreia. Os professores devem lutar para eliminar totalmente as sequelas do imperialismo japonês em  todas as esferas do ensino e estabelecer um novo sistema educacional democrático.

Para fazer um aporte ao trabalho de construção do país, os professores e intelectuais devem erradicar os remanentes ideológicos do imperialismo japonês.

Mais do que nada, são eles os que tem mais arraigados ditos vestígios em vista de que no passado receberam uma educação de escravidão colonialista do imperialismo japonês e trabalharam também em seus organismos. Sem eliminar estas caducas sequelas ideológicas não poderão render bons serviços na construção de uma nova pátria nem ser verdadeiros trabalhadores da democracia. Todos os professores e intelectuais devem se esforçar ativamente para erradicar o veneno destas ideias caducas, semeadas pelo imperialismo japonês, e assumir as novas ideias democráticas.

Agora sua consciência política está em um nível muito baixo. Ultimamente, os intelectuais vem formulando perguntas sobre diversas questões políticas, e muitas delas são baseadas em uma limitada visão política.

Isso se deve em medida à dominação colonialista do imperialismo japonês e, particularmente, às maquinações de espúrios elementos infiltrados nas filas revolucionárias depois da libertação. Estes elementos, com toda classe de propagandas falsas e estratagemas, perturbaram a mente do povo inconsciente e provocaram sérias vacilações entre alguns intelectuais.

Os professores e intelectuais devem se esforçar de maneira incansável para elevar o nível de sua consciência política. Assim sendo, devem saber analisar e julgar acertadamente todos os problemas desde o ponto de vista político e desmascarar e frustrar a tempo todas as manobras dos reacionários.

Para elevar sua consciência política é de suma importância intensificar os estudos políticos. Através destes devem aprender, uma atrás da outra, as questões de por que é justo o caminho por onde avançamos hoje e como se deve construir uma nova Coreia democrática, assim como calibrar corretamente a situação externa e interna.

Enquanto elevam sem cessar sua consciência política, os professores e intelectuais devem se esforçar para adquirir conhecimentos científicos e técnicos avançados. Seria um grande erro se vocês acreditasse que possuem ricos conhecimentos. Na realidade, dos conhecimentos que nossos professores e intelectuais adquiriram sob a dominação do imperialismo japonês são poucos os que podem ser utilizados na construção da nova pátria. Se vocês não se dispõem a estudar com modéstia e acreditam que são suficientes os conhecimentos e a técnica que tem, não poderão estar à altura da realidade que progride nem contribuir à construção do país. Todos os professores e intelectuais devem fazer ativos esforços para elevar o nível de conhecimentos científicos e técnicos sem vaidade alguma.

A esperança que nosso povo deposita nos professores e intelectuais é muito grande. Vocês deverão cumprir magnificamente a importante tarefa que tem pela frente ao lutar com sumo vigor pela construção de uma nova Coreia democrática e para educar as jovens gerações.

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