quinta-feira, 5 de março de 2020
Acerca da fundação da Universidade
Conversa com funcionários do campo de ensino, em 3 de novembro de Juche 34 (1945).
No passado, os imperialistas japoneses privaram nosso povo de todos seus direitos e liberdades políticos, enquanto intensificavam a exploração e o saque colonialistas na Coreia. Incluso negaram o povo coreano a possibilidade de estudar. Não somente lhe impuseram a instrução escravista de tipo colonial, mas trataram também de submetê-lo ao pântano da ignorância e do obscurantismo.
Por conta da infame política de ensino escravista de tipo colonial, praticada pelo imperialismo japonês, hoje em nosso país poucas escolas estão em funcionamento. Vamos pegar como exemplo o caso de Pyongyang. Apesar de ser uma grande cidade de 400 mil habitantes, tem somente algumas escolas secundárias e especializadas. Tão somente este fato nos mostra claramente quão desastrosas são as consequências da política de escravização colonial do imperialismo japonês.
Hoje, que estamos liberados, temos que liquidar até o último vestígio do sistema de educação escravista de tipo colonial implantado por este imperialismo e desenvolver o ensino sobre uma base democrática.
Se queremos construir uma nova Coreia, são imprescindíveis muitos quadros nacionais. Somente dispondo deles poderemos edificar o Estado e desenvolver também a economia e a cultura do país. Agora os temos porém em número muito reduzido. Sua formação, em vasta escala, é um dos problemas mais candentes que demanda resolver a realidade da pátria liberada.
Devemos formar o quanto antes os quadros necessários para a construção de uma nova pátria. Com este propósito devemos fundar institutos de ensino superior, além de muitas escolas primárias e secundárias. Porém, a atual situação de nosso país não permite fundar muitos institutos de uma só vez. Urge começar pela criação da universidade.
Fundá-la é uma necessidade vital na situação atual de nosso país. Se a fundamos, nos será possível formar simultaneamente os quadros para todos os domínios: a política, a economia e a cultura. Se damos prioridade a sua fundação, poderemos, baseando-nos nela, criar também, com rapidez, muitos institutos no futuro. A universidade servirá de sólida base para formar quadros nacionais em nosso país e de entidade matriz dos institutos que iremos criar no futuro.
No curso da fundação da universidade surgirão muitos problemas difíceis. Agora não temos nem quadros educacionais, nem experiência em gestão e manejo de instituições de docência superior nem base material-técnica para sua fundação. Em tais condições não nos será nada fácil fundar sequer um instituto, ainda mais uma universidade. Todavia, temos que fundá-la a todo custo sobrepondo-nos a todas as dificuldades.
Para fundar e por em marcha a universidade devemos solucionar primeiro o tocante ao professorado. Antes de tudo, é preciso reunir todos os eruditos da Coreia do Norte e, se são poucos, convidar os cientistas progressistas de Seul. Então poderemos resolver o relacionado com os professores que se necessita para a universidade. Na fundação da universidade, os fundos financeiros poderão ser um freio. Porém poderíamos encontrar alguma solução de puséssemos em pleno jogo o zelo patriótico e as criativas faculdades das massas populares postas em pé para a construção de uma nova pátria.
Na universidade devemos admitir os filhos e filhas do povo trabalhador que no passado não tiveram aceso ao ensino devido à ignominiosa dominação colonialista do imperialismo japonês. Antes da libertação, os filhos e filhas dos operários, camponeses e outros trabalhadores não podiam ir, mesmo que quisessem, à escola por falta de recursos. Hoje, quando o país está liberado, querem estudar ao seu gosto.
Devemos dar satisfação a este ardente desejo dos filhos e filhas do povo trabalhador sedentos de estudo para que possam cursar na universidade.
No futuro este centro docente deverá formar os filhos e filhas do povo trabalhador como melhores quadros nacionais que sirvam com lealdade à pátria e ao povo. Para isso, há que dar aos estudantes uma instrução adequada às condições reais de nosso país e transmitir-lhes muitos conhecimentos vivos, úteis para a edificação de uma nova Coreia.
Assim devemos procurar que a universidade se converta em um autêntico corpo docente popular que instrua os filhos e filhas do povo trabalhador e forme quadros nacionais a serviço deste.
Desde agora devemos levar a cabo um bom trabalho preparatório para fundar a universidade.
Gostaria de aproveitar esta ocasião para frisar mais alguns problemas que se apresentam no trabalho de ensino.
Há que realizar bem o trabalho de instrução e educação dos jovens e crianças escolares.
O problema mais importante consiste em extirpar de suas mentes os vestígios ideológicos do imperialismo japonês. Devido à longa dominação e educação escravista de tipo colonial praticadas por este imperialismo subsistem em grande medida essas sequelas na mente de nossos jovens e crianças escolares. Sem extirpar de suas mentes estes vestígios ideológicos, não poderemos fazer deles excelentes trabalhadores do país. Devemos empreender um trabalho enérgico para extirpar das mentes dos alunos ditos vestígios e equipá-los com a ideologia democrática.
Outra coisa importante nesse trabalho de ensino e educação dos jovens e crianças escolares é procurar que tenham alto orgulho e dignidade nacionais.
No passado, impulsionados pelo desígnio de converter os coreanos em escravos coloniais, os imperialistas japoneses tergiversaram e pisaram na remota história e brilhante cultura nacional de nosso país e trataram de privar os coreanos de seu idioma e alfabeto, incluso de seus nomes e sobrenomes, sustentando que “Japão e Coreia são de um mesmo tronco” e que “os japoneses os coreanos descendem de uma mesma raiz”. Devido a isso, nossos jovens e crianças viveram em muitos casos sem o orgulho e dignidade nacionais.
Há que ensinar bem os alunos o idioma, o alfabeto, a história, a geografia e a cultura de nosso país. Somente então os jovens e crianças, com alto orgulho e dignidade nacionais, poderão amar o país e a nação e abnegar-se na luta para construir uma nova Coreia.
Para instruir e educar bem os jovens e crianças escolares é necessário preparar muitos professores competentes. Devemos tomar medidas para a formação de novos professores. Como no futuro prevemos criar muitas escolas secundárias, temos que criar também um instituto que se encarregue da formação dos professores necessários.
Ao tempo que preparemos muitos professores novos, temos que formá-los ativamente nas ideias democráticas. Há que estabelecer cursos para a recapacitação de professores.
Com vista a liquidar os vestígios do ensino escravista de tipo colonial do imperialismo japonês e instruir bem os alunos preparar novos manuais. Enquanto utilizemos por algum tempo manuais de Matemática, Ciências Naturais, etc. traduzidos, devemos redigir novos manuais de Língua Materna, História, Geografia, etc.
Devemos impulsionar o trabalho educacional para estabelecer mais adiante o sistema de ensino obrigatório. Deste modo daremos instrução escolar a todos nossos jovens e crianças e faremos deles sólidos pilares do país.
Enquanto realizamos bem o ensino dos jovens e crianças escolares, devemos também prestar profunda atenção à educação dos adultos.
No presente, os analfabetos constituem a absoluta maioria da população de nosso país. Se queremos construir um novo país, rico e poderoso, não deve haver nem um analfabeto. Estabelecendo muitas escolas de adultos daremos a todos os trabalhadores a possibilidade de aprender nosso alfabeto.
Hoje, que estamos liberados, temos verdadeiramente muitas coisas a fazer no campo de ensino. Por isso devemos aplicar todos nossos esforços para fomentar o ensino.
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