segunda-feira, 9 de março de 2020

ACNC comenta novo pretexto do envio de efetivos a ultramar pelo Japão


Recentemente, um navio das "forças marítimas de autodefesa" do Japão começou a recolhida de informações no Oriente Médio.

Assim foi posto em prática o envio das forças navais ao Oriente Médio que as autoridades japoneses vem impulsionando desde o ano passado apesar da séria preocupação e polêmica dentro e fora do país.

A conversão do Japão em potência militar e o subsequente avanço a ultramar vem sendo promovidos por longo período de tempo esquivando-se da vigilância da sociedade internacional e destruindo pouco a pouco a barreira legal.

O país insular reforça a presença militar em ultramar com vários pretextos como "defesa de aliado", "atividades da ONU para a manutenção da paz" e "treinamentos conjuntos" e até os fundamentos legais.

No ano passado, as "forças de autodefesa" escoltaram em mais de 10 ocasiões os navios e aviões dos EUA em virtude da "lei de segurança". E chegam a mais de 400 os dias de simulacros conjuntos que empreenderam junto com as tropas estadunidenses desde abril de 2018 até março de 2019.

Não tem fim a ambição militar do país insular.

O despacho de um navio ao Oriente Médio e sua coleta de informações constituem o primeiro envio de largo prazo cujo fundamento jurídico foi a "investigação e estudo", artigo principal da lei de instalação do Ministério da Defesa. Esta expedição entranha problemas como a compreensão errônea da lei e a tramitação que prescinde da autorização da Dieta.

A gravidade do caso reside em que se deu o precedente de enviar a qualquer momento e em qualquer lugar os efetivos ao abusar do ambíguo pretexto de "investigação e estudo".

Apesar da forte oposição e protestos contínuos no interior do país, os reacionários japoneses o levaram a cabo pela força, fato que persegue sua maligna intenção de preparar outra maneira de executar o avanço a ultramar das "forças de autodefesa" à vista da sociedade internacional.

As autoridades japonesas explicam que o navio enviado ao Oriente Médio cumprirá a "missão de guarda naval" que insinua o uso de armas no tempo de emergência. Apesar do aludido caráter independente do recolhimento de informações, compartilha este navio com as tropas estadunidenses. Tais fatos mostram que o objetivo do despacho não se limita ao "recolhimento de informações para a segurança".

Seja qual for o pretexto, todas as atividades militares ultramarinas do Japão se dirigem a satisfazer sua ambição expansionista.

A atual esfera da operação militar do Japão se ampliou muito mais que a "Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental", ou seja, se estende ao mundo inteiro e até ao espaço cósmico.

É natural que cada movimento militar do Japão chame a atenção da sociedade internacional.

Para não repetir o flagelo sofrido pela humanidade na primeira metade do século passado, há que levantar a guarda sobre os reacionários japoneses que fabricam novos pretextos para ampliar a presença militar no exterior.

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