terça-feira, 3 de março de 2020

Nossas tarefas para construir um novo Estado democrático


Discurso proferido no banquete de boas-vindas oferecido pelo Comitê Político Popular da província de Pyongan Sul em 18 de outubro de Juche 34 (1945).

Recebam meu cordial agradecimento e consideração vocês, membros do Comitê Político Popular da província de Phyongan Sul, que me ofereceram esse encontro significativo, e representantes de diferentes setores e trabalhadores de Pyongyang aqui presentes.

Quando eu tinha tinha treze anos cruzei o rio Amnok com a firme decisão de não voltar até que a Coreia fosse independente. Naquele dia, cantando a "Canção do rio Amnok", que não sei quem a compôs, pensei quando voltaria a pisar outra vez neste solo, quando chegaria o dia de meu retorno à terra onde nasci e onde estão as tumbas de meus antepassados. Pensando em tudo isso, mesmo ainda sendo uma criança, a tristeza tomou meu o coração.

Porém, aquele dia que tanto esperava por fim chegou e, de novo, voltamos a nos encontrar. É uma grande alegria!

Nem um só momento esquecemos vocês, que vivem na terra-pátria, enquanto lutávamos no exterior, após sermos obrigados a deixar o país. Sabíamos muito bem que vocês amam fervorosamente o país e nos expressavam sua simpatia e apoio enquanto combatíamos no exterior, o que nos deu grande vigor.

A libertação de nossa pátria foi lograda graças a várias formas de lutas levadas a cabo por um grande número de revolucionários e de patriotas da Coreia no exterior e no interior do país, com as armas na mão ou como vocês fizeram, na legalidade ou na ilegalidade contra o imperialismo japonês. A luta de vocês foi um grande estímulo para nossos combates fora do país.

Há um ditado que diz que um povo privado de seu país vale menos que um cão em uma casa em luto, e isso é verdade. O mais precioso para nós é a pátria. Isso, até a medula, o sentimos na terra alheia, enquanto lutávamos pela independência da pátria. Desde aqueles tempos, estávamos firmemente convencidos de que chegaria sem falta um dia de maior alegria, dia em que recuperaríamos a pátria, construiríamos um Estado e seríamos ditosos, e embora enfrentássemos todo tipo de dificuldades, lutávamos com valentia.

Nos demos conta de que a União Soviética, país vizinho, brindava sincera ajuda aos movimentos de libertação nacional dos povos oprimidos e estávamos seguros de que nos alçaríamos, sem falta, com a vitória se combatêssemos ao lado do povo soviético. Assim foi e lutamos até o fim sobrepondo-nos a múltiplas dificuldades e acabamos conquistando a liberdade e a libertação. Nosso objetivo de aniquilar o imperialismo japonês havia sido logrado.

Agora, nossa luta entrou em uma nova etapa. Se apresenta ante a nós uma grande tarefa, porém muito difícil, de construir um novo Estado democrático. Pois bem, o que devemos fazer para cumpri-la?

Antes de tudo, devemos extirpar pela raiz as tendências da luta entre grupos, que segue sendo crônica no movimento de libertação de nosso país. Por causa dessa luta houve um tempo em que incluso ficou em ruínas o país e nossa nação não pôde unir-se para combater o inimigo estrangeiros. De nenhuma maneira devemos repetir este erro. O que mais nos importa é a coesão. Todas as forças patrióticas e democráticas tem que estar unidas monoliticamente. Mesmo que ainda não contemos com a frente unida nacional. Nos cabe o dever de formar uma frente unida nacional democrática que agrupe compactamente todas as forças que amem o país e mantenham com firmeza posições democráticas.

Logo, devemos fortalecer com todos os meios a amizade e solidariedade com os países amigos. Fazer todos os esforços para fortalecer a amizade com a União Soviética. O Exército Vermelho não só derramou seu sangue em apoio ao nosso povo em sua causa de libertação mas também permanece em nosso país para facilitar a edificação de um Estado democrático, soberano e independente. Não devemos deixar estes amigos generosos fazer demasiados esforços, mas fortalecer nossa coesão e desta maneira estabelecer o quanto antes um novo Poder baseando-nos nas próprias forças. Desta forma devemos procurar que nosso país, como Estado por completo democrático e independente, marche ombro a ombro com os demais países amigos ocupando as mesmas posições na arena internacional.

Reconstruir a indústria, reabilitar e desenvolver a economia nacional é uma das tarefas mais apremiantes que temos. Devemos empreender a produção reparando e reabilitando o quanto antes as fábricas, minas e empresas destruídas pelos imperialistas japoneses em sua fuga. E desta maneira, estabilizar a vida dos trabalhadores e demais setores do povo dando emprego aos desempregados.

Para recuperar e desenvolver nossa economia nacional é necessário assegurar a livre atividade aos empresários e fomentar suas faculdades criadoras. A todos eles corresponde o dever de trabalhar honesta e tenazmente pelos interesses de sua pátria e povo.

Além da indústria, é de suma importância desenvolver a agricultura. Sem ela não é possível resolver o problema dos alimentos nem fomentar aquela.

Para cumprir com êxito estas tarefas é preciso inculcar solidamente a noção patriotismo nas pessoas. O imperialismo japonês pisoteou a dignidade nacional dos coreanos e semeou entre nossos jovens os hábitos de escravo. Para construir um país democrático e independente há que fazer ressurgir a dignidade nacional de nosso povo. Nós devemos abandonar para sempre os costumes de escravo colonial e marchar adiante com elevado orgulho nacional e com a confiança de que podemos realizar qualquer obra.


Empreendamos todos uma luta mais ativa pela construção de um novo Estado democrático, unindo nossas forças.

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