quarta-feira, 25 de julho de 2018
A grande vitória na Guerra de Libertação da Pátria
Após a libertação da pátria em 15 de agosto de Juche 34 (1945), o povo coreano se viu novamente confrontado por uma força estrangeira com objetivo de escravizá-la, dando continuidade ao que fizeram os japoneses por mais de três décadas.
Em setembro de Juche 34 (1945), as tropas estadunidenses estacionadas no Japão sobre o pretexto da rendição do último, tomaram uma atitude unilateral de invadir e estabelecer seu comando militar no Sul da Coreia.
Em seguida, estabeleceram "Ordens" organizadas e planejadas diretamente de Washington com antecedência de acordo com seu plano de dominação de todo Pacífico, tomaram para si os órgãos anteriormente geridos pelos japoneses e puseram em prática uma política de aproximação e benefício aos traidores da pátria e também japoneses enquanto reprimiam todo tipo de manifestação política.
Esta política estadunidense de reprimir a liberdade de expressão, reunião e manifestação do povo sul coreano ao sul do Paralelo 38 por si explica que o destino da Coreia, como uma única nação (sem dois Estados), foi interrompido pela brutalidade dos imperialistas estadunidenses que estavam famintos por dominação de toda a Coreia para explorar seus recursos como colônia e a fazer de trampolim para seu plano de dominação mundial.
Após negarem ao povo do sul seu direito à autodeterminação os estadunidenses foram buscar Syngman Rhee, que vivia no Havaí e o impuseram em 1946 como presidente fictício do "Conselho Democrático Representativo", que tinha como principal sustentáculo os poucos colaboracionistas e traidores da pátria.
Pouco depois, passeatas tomaram várias partes do país e mortos, presos e torturados. Rebeliões ocorreram com mais intensidade com o passar do tempo e massacres que ficaram marcados na triste história do povo sul coreano ocorreram em várias ocasiões por conta da repressão das forças imperialistas e das forças militares dos fantoches sul coreanos.
Enquanto isso, no Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte as reformas democráticas eram feitas e esforços conjuntos de todos eram feitos para a construção de um Estado democrático e independente. O povo ao norte do Paralelo 38 passou a desfrutar do sistema socialista de tipo coreano, onde se tornaram mestres da sociedade e forjadores de seu destino. Sob orientação de Kim Il Sung, grandes esforços foram feitos também para uma reunificação pacífica e independente da Coreia, à medida que as forças fantoches sul coreanas de Syngman Rhee alardeavam a intenção de uma "Marcha ao Norte", vangloriando-se de seu amo estadunidense.
O Grande Líder camarada Kim Il Sung convocou a Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia em 19 de abril de Juche 37 (1948) que reuniu personagens patrióticos de todos os estratos do Norte e do Sul da Coreia juntos sob a bandeira da reunificação pacífica.
Porém, na contra-mão de seus esforços, a camarilha de Syngman Rhee organizou "eleições" separadas que tiveram enorme rejeição do povo sul coreano que rebelou-se em várias partes do país.
A tentativa de evitar a guerra fratricida foi infelizmente em vão e em um domingo pacífico, em 23 de julho de Juche 39 (1950) sob ordens de Syngman Rhee as tropas do exército fantoche sul coreano avançaram ao longo do Paralelo 38, de forma como nunca antes havia feito em seus atos provocativos anteriores e entre os dias 25 e 26 fizeram ataques de guerra contra as forças do Norte. Sem outra opção, Kim Il Sung fez um discurso em rádio informando ao povo o início da Guerra da Coreia e deu a ordem para a tomada de toda a Coreia pelas forças do Exército Popular da Coreia.
Neste momento, um número grandioso de voluntários a se juntar ao exército e a colaborar ativamente foi visto no Norte da Coreia, enquanto ao Sul os soldados foram enviados para a linha de frente para defender os interesses dos imperialistas, mesmo à contragosto.
Em pouco tempo vimos um contra-ataque arrasador das forças do Norte, o que foi contra a expectativa de Syngman Rhee que teve que se esconder em Taejon quando o Exército Popular da Coreia tomou Seul. As forças estadunidenses envolvidas no primeiro momento foram derrotadas pelo feroz espírito dos soldados do EPC que não pensavam duas vezes em colocar em risco sua própria vida em defesa da pátria.
Vendo uma derrota iminente, os EUA passaram a reforçar as forças militares sul coreanas e aumentar o número de tropas na guerra, apelando até mesmo para bombardeios. Com isso, conseguiram controlar até o Paralelo Norte as forças norte coreanas que não desistiram e seguiram lutando com firme fé na vitória. Os Voluntários do Povo Chinês entraram ao lado do povo coreana e deram seu sangue para defender o povo coreano, fazendo uso de suas forças e táticas para derrotar, junto aos irmãos da RPDC, os fantoches sul coreanos e os imperialistas dos EUA.
Sem perspectiva de vitória e com grandes prejuízos em uma guerra que parecia de "vitória certa", os imperialistas estadunidenses foram obrigados a assinar o acordo de armistício em 27 de julho de Juche 42 (1953) que cessou a guerra que oficialmente ainda não terminou embora esforços positivos tenham sido feitos por postura iniciativa da RPDC.
Depois da Guerra de Libertação da Pátria, o povo sul coreano manteve sua firme resolução de se opor ao regime fantoche de Rhee e o derrubou após pressão máxima, mas teve de conviver com mais repressão sob as ditaduras consecutivas patrocinadas pelos EUA.
Enquanto na RPDC foi visto um milagre na reconstrução nunca antes visto, onde o país arrasado pela guerra se reconstruíu em pouco tempo e avançou uma marcha para seu desenvolvimento, tornando-se um dos países mais industrializados da época e muito mais próspero que o Sul por um determinado período.
Infelizmente a Coreia ficou e ainda está dividida em Norte e Sul, como dois estados separados, e ainda há muito trabalho a ser feito para que a reunificação pacífica e independente venha a acontecer.
Mas há se ressaltar o espírito heróico daqueles que lutaram pelo legítimo governo do povo coreano e defenderam os ganhos da revolução, mesmo contra a maior potência militar que se auto-intitulava de invencível.
Há muitas histórias heróicas tanto entre os militares como dos civis durante a Guerra de Libertação da Pátria como um aumento expressivo na produção para suprir as exigências da guerra, o trabalho de assistência médica gratuita e universal para atender ao povo que sofria com a guerra, os atos heróicos daqueles que deram a própria vida lançando-se como bombas humanas para causar grandes perdas entre os inimigos, dentre outras.
Neste período nasceu o "Espírito de Kunjari", uma comuna onde os trabalhadores se uniram para produzir armamentos necessários em túneis secretos, durante dia e noite.
Os veteranos de guerra receberam medalhas e muitos receberam prêmios de heróis da República por suas façanhas em defesa da pátria socialista e a eles foi garantida uma política de prioridade, dando-lhes toda assistência para tratar de sua vida. Mesmo hoje, os veteranos vivem uma vida cheia de orgulho sob os cuidados do Estado enquanto passam suas experiências para a geração mais jovem.
A Guerra de Libertação da Pátria, uma das mais sofridas para todo o povo coreano, em resumo geral, foi uma vitória da RPDC que conseguiu vencer os imperialistas estadunidenses que detinham as mais modernas forças, táticas e equipamentos militares.
Jamais deve ser jogada no esquecimento e tampouco distorcida, mas lembrada como uma guerra em que o povo coreano, recém libertado do domínio colonial do imperialismo japonês, derrotou uma grande potência militar. E se aproxima o dia em que oficialmente essa guerra acabará e a porta para a reunificação da Coreia se abrirá mais amplamente.
Por: 레난 쿠냐
Link: https://bit.ly/2NH4DMC
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