quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Ocorrem continuamente no Japão as críticas e preocupações com respeito à emissão forçada das águas radioativas da Usina de Fukushima ao mar


As autoridades japonesas decidiram em 22 de agosto a emissão de águas radioativas da Usna de Fukushima ao mar e, em 24, emitiram tais águas radioativas. A respeito disso, se eleva a voz de forte preocupação e crítica das entidades civis.

No dia 22, em Tóquio, foi realizado a manifestação de protesto dos cidadãos contra a emissão das águas radioativas ao mar. Mesmo em meio às fortes chuvas, centenas de participantes se reuniram diante da residência oficial do Primeiro-Ministro com cartazes que diziam “Não joguem águas contaminadas ao mar” e entoaram “ouçam a voz dos pescadores” e “não deixem o germe do mal para a próxima geração”.

No dia 24, em Hiroshima, foi realizada a manifestação contra a emissão das águas radioativas da Usina de Fukushima. Os manifestantes criticaram o injusto proceder das autoridades dizendo que não podem afirmar que não ocorrerão danos de saúde, que quando foi lançada a bomba atômica em Hiroshima muitas pessoas sofreram pela “chuva negra” que contém as substâncias radioativas e que suspendam a emissão ao mar, e realizaram atividades de coleta de assinaturas.

A “Associação Nacional de Enlace da Segunda Geração de Vítimas da Bomba Atômica”, composta pelos descendentes das vítimas da bomba atômica, realizou uma coletiva em Nagasaki e anunciou a declaração de protesto que diz que, como vítimas da bomba atômica, não podem tolerar a emissão de águas radioativas ao mar.

A “Associação contra a Emissão de Águas Contaminadas da Usina Nuclear” apontou que o Primeiro-Ministro e o Presidente da empresa elétrica de Tóquio são suspeitos de homicídio acidental na conduta durante o trabalho e pelo dano e apresentaram a carta de denúncia à procuradoria local de Tóquio. A carta de denúncia aclarou que as substâncias radioativas, como o trítio, não podem ser eliminadas pelo método de purificação ALP e isso prejudicará a saúde das pessoas que comem peixes.

Mais de 150 pessoas que vivem nas prefeituras de Fukushima e Miyagi acusaram o Estado e a empresa elétrica de Tóquio no tribunal local de Fukushima. Na denúncia escrita, demandaram a paralisação da emissão das águas radioativas ao mar dizendo que “ao mesmo tempo que prejudica o direito à vida dos cidadãos, também obstaculiza a recuperação da vida dos interessados na pesca".

Além disso, a Associação Nacional de Cooperativas de Pescadores do Japão, a Associação da Prefeitura de Aomori do Partido Social-Democrata, a União do Sindicato de Paz da Prefeitura de Aomori, e as entidades civis e os relacionados da prefeitura de Fukuoka expuseram sua indignação expressando como segue.

Jamais pode ser reconhecido o método que ignora as vozes dos habitantes e dos relacionados com a pesca e a realiza forçosamente Esta é uma violação da lei de proteção dos recursos marítimos e um ato criminoso. A empresa elétrica de Tóquio e os responsáveis do governo devem ser denunciados na corte penal.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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