quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Paek Son Haeng, patriota de Pyongyang


Próximo do pavilhão Ryongwang de Pyongyang há um edifício de granito de três andares que conserva o antigo aspecto original e um busto de uma mulher vestida de traje coreano com um capuz na cabeça. Se trata de Paek Son Haeng (19 de novembro de 1848-8 de maio de 1933), mulher patriota de Pyongyang respeitada pelas pessoas por haver doado para fins sociais todo o dinheiro acumulado com diligência, modéstia e poupança inimagináveis.

Nascida em Pyongyang, sofreu desde pequena a miséria e penúria. Perdeu seus pais muito cedo e se casou aos 13 anos. Porém, ficou viúva aos 16 anos. Desde então, até os oitenta anos se esforçou tenazmente para acumular dinheiro, sem voltar a se casar, e se tornou rica.

Acumulou fortuna fazendo trabalhos de todo tipo: fiar e tecer com algodão; vender brotos de feijão, coalhada de feijão e flores; criar cerdos; e incluso recolher e vender resíduos de comidas.

Ficou mais conhecida pelo apelido viúva Paek, que por seu nome e, por seu audaz e característico método de ganhar dinheiro, sempre esteve na língua do povo.

Segundo foi dito, teria comprado por um preço baixo a área da pedreira de calcário, pertencente à Fábrica de Cimentos de Sunghori, porque era um monte de pedra e não chamava a atenção de ninguém, e a vendeu aos capitalistas japoneses, dezenas de vezes mais caro.

Embora fosse endinheirada, não ansiava nem um pouco pelo luxo e vivia modestamente, comendo frugalmente, mas não poupava o dinheiro que acumulou ao longo da vida para o bem dos outros.

Primeiro, construiu uma ponte de pedra em 1908 ao ver o sofrimento das pessoas com a inundação da ponte de madeira na temporada de chuvas. Os moradores de Pyongyang, comovidos por sua virtude, a puseram o nome Paek Son Haeng que significa benfeitora e denominaram essa ponte como “Paksongyo”.

Por natureza, ela amava as crianças, motivo pelo qual investiu grande soma de dinheiro para o desenvolvimento da educação nacional. A escola primária Kwangsong, a escola Changdok e a feminina Sung-ui de Pyongyang e outras, mantiveram seu funcionamento com base nas dezenas de hectares de terras cultiváveis doadas por ela.

Costumava visitar as escolas que estavam sob seu patrocínio, ocasião em que dizia o seguinte para as crianças: “As crianças são filhos que se encarregarão do futuro da Coreia. Não durmam, não joguem nem deixem de lado o livro quando tenham sono, vontade de jogar ou tédio pelo estudo. Devem aprender com diligência. Se vocês estudam bem, nosso país se tornará independente”.

Naquela época, em uma área urbana de Pyongyang havia um clube público que somente os japoneses tinham acesso. Ao se informar disso, ela ficou tão indignada que propôs construir um só para os coreanos e doou sem hesitar grandes somas para esta obra encarregando-se sozinha de seu custo.

Naquele tempo não era fácil construir um edifício grande que exigia enorme soma de dinheiro somente pelo trâmite do projeto. Porém, ela, com grande magnanimidade e determinação firme, fez essa obra ser concluída.

Assim foi levantado em frente ao pavilhão Ryongwang um edifício de granito de três andares que conta com salas, biblioteca e sala de conferência  para 1.200 personas. Para comemorar eternamente sua virtude, as pessoas levantaram na porta dianteira do clube o busto dela com um capuz na cabeça.

No dia do seu funeral, embora não houvesse nenhum filho, a fila que seguia o seu caixão atingiu 4 quilómetros de comprimento com homens e mulheres, idosos e crianças, incluindo estudantes das escolas Changdok, Kwangsong e Sung-ui. Foi o funeral público de uma mulher nunca antes visto no nosso país, pois inúmeras pessoas ficaram tristes e compareceram à cerimónia fúnebre.

O Clube Público de Pyongyang foi posteriormente denominado como Museu Memorial de Paek Son Haeng.

Yang Ryon Hui

Naenara

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