sábado, 2 de setembro de 2023

O Japão deve tomar um rumo correto


A investigadora do Instituto de Assuntos Japoneses do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Sol Hwa, publicou em 2 de setembro uma declaração intitulada "O Japão deve tomar um rumo correto" que segue:

Está passando do limite o perigoso aumento de gastos militares do Japão.

Para citar um exemplo, à solicitação reiterada do país insular, os EUA aprovaram a venda do míssil ar-terra e dos equipamentos auxiliares.

O Japão planeja gastas 104 milhões de dólares para comprar 50 mísseis de cruzeiro de quase 900 quilômetros de alcance (JASSM).

Como se não bastasse, acelera o desenvolvimento do míssil de longo alcance de fabricação nacional.

Isso é exemplificado pela extensão para mais de mil quilômetros da distância do projétil teledirigido terra-mar de tipo 12, míssil de cruzeiro implantado nas "forças terrestres de autodefesa", e sua remodelação para poder usá-lo tanto na superfície terrestre como nos espaços aéreo e marítimo, assim como a produção massiva dos projéteis de planadores de alta velocidade e o estudo e desenvolvimento de outros teleguiados hipersônicos.

É consabido que o Japão vem renovando e ampliando a capacidade militar como a do tipo de ataque livrando-se do princípio da "defesa exclusiva", segundo o qual não pode possuir, em virtude da Constituição, as forças armadas para a guerra nem o direito à beligerância, somente a "capacidade defensiva na menor medida necessária".

Faz imaginar o tempo em vésperas da Guerra do Pacífico a conduta atual do país insular que trata de converter-se no capaz de cumprir a guerra ao assegurar a capacidade de ataque preventivo mediante a implantação massiva dos mísseis de alcance estendido.

Não é casual que um veículo de imprensa japonês tenha lamentado que "2023 será a véspera da nova guerra" e que não se sabe se o Japão se aproxima outra vez do "ponto de guerra impossível de reverter" ou já o ultrapassou.

Todos os fatos mostram claramente que o Japão recorre ativamente ao cumprimento da estratégia de segurança, doutrina de ataque preventivo e diretiva de guerra, emendada no final do ano passado, e está dando partida no navio chamado "Reinvasão", construído pelos militaristas japoneses.

O mais perigoso é que os EUA, caudilho de agressão e guerra, põe pouco a pouco a "lança" de reinvasão nas mãos do Japão, tomado pela ambição de tornar-se potência militar, com a intenção de usá-lo como brigada de choque para a realização da estratégia do Indo-Pacífico.

Para esse fim, elogia a posse da "capacidade de contra-ataque" pelo Japão como preparação da "faculdade de incrementar o dissuasivo regional" expondo assim a intenção de fortalecer a aliança militar com base nisso.

Ademais, trata de abastecer o Japão com 400 mísseis de cruzeiro Tomahawk com um alcance de 1.600 quilômetros.

Após se livrar, com o amparo dos EUA, do disfarce de "Estado pacifista", o Japão abriga a ideia de ressuscitar o "grande império japonês", que no passado sonhava com a hegemonia mundial ocupando o vasto continente asiático.

Os países regionais, que o Japão quer colocar dentro do alcance de seus mísseis de longo alcance, não são os débeis do século passado quando eram feitos de oferendas para a realização da ambição sobre a "esfera de coprosperidade da grande Ásia Oriental"

O Japão se encontra no dilema de ser arruinado pelo aumento injustificado de gastos militares ou coexistir pacificamente estabelecendo relações de boa vizinhança com os países vizinhos.

É questão de tempo o naufrágio do navio "Reinvasão" se o Japão o zarpa ignorando a reiterada advertência da sociedade regional.

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