sábado, 24 de junho de 2023

Os imperialistas estadunidenses são os provocadores da Guerra da Coreia


A Guerra da Coreia na década de 1950 foi provocada pelos Estados Unidos em uma tentativa de esmagar a República Popular Democrática da Coreia e ocupar todo o território coreano.

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a humanidade desejava um mundo pacífico e livre de guerra e uma vida estável. Naquela época, na RPDC recém-fundada reinava um ambiente para criar uma nova vida.

Contudo, os EUA desataram uma guerra na Coreia indo contra a aspiração do povo coreano e outros amantes da paz.

Seu propósito era conquistar a hegemonia mundial.

Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA, que emergiram como caudilhos do imperialismo, recorriam à política de dar importância à Ásia e ao Extremo Oriente, pregoando a “missão de liderar o mundo”.

Fixando seus olhos na Coreia, situada na porta do continente asiático, se entregaram à intenção de ocupar a Coreia que havia sido libertada da ocupação militar japonesa em agosto de 1945.

Ocuparam ilegalmente a metade sul do território coreano sob o pretexto de “aceitar a capitulação do exército japonês” e distribuíram a maioria de suas tropas ocupantes na zona adjacente ao paralelo 38. Isso foi um prelúdio da Guerra da Coreia.

Os próprios estadunidenses reconheceram que “de fato, a guerra planejada por Wall Street contra o povo coreano começou em setembro de 1945 quando seus generais puseram os pés na Coreia do Sul”.

Após a "libertação" da Coreia, a liberdade e os direitos democráticos do povo passaram a ser violados impiedosamente e a política reacionária era aplicada abertamente na parte sul da Coreia sob a ocupação das tropas estadunidenses. Por outro lado, as bases democráticas eram fortalecidas ainda mais na parte norte da Coreia. Esta realidade causou grande inquietude aos imperialistas estadunidenses.

O representante presidencial estadunidense, Edwin W. Pauley, que visitou a Coreia do Sul entre finais de maio e princípios de junho de 1946, disse que a Coreia é um campo de luta ideológica do qual depende o "êxito" na Ásia. Wedemeyer, enviado especial do presidente estadunidense, que esteve em visita à Coreia do Sul, confessou que para os EUA a emergência da Coreia unificada e independente será uma grande ameaça em seus interesses estratégicos.

Os EUA organizaram as forças armadas títeres na Coreia do Sul, as equipou com seus armamentos e intensificou seu controle e comando sobre elas através de seu Grupo Conselheiro Militar, estimulando os preparativos de guerra.

Sua intenção de utilizar a RPDC como um trampolim para realizar sua ambição da hegemonia sobre o mundo foi revelada claramente no “ABC”, plano de guerra elaborado naquele tempo, segundo o qual a guerra foi dividida em três etapas: a primeira etapa (Plano A) era iniciar a guerra com a invasão à RPDC; a segunda (Plano B), expandir a guerra para a Manchúria; e a terceira (Plano C), ocupar toda Sibéria, incluindo Ural.

A eclosão da Guerra da Coreia era inimaginável à parte da grave crise que os EUA sofriam naqueles dias.

A indústria militar estadunidense, que engordou muito durante a Segunda Guerra Mundial, começou a decair rapidamente desde a segunda metade da década de 1940. A depressão, que começou no final de 1948, foi um grande golpe para a economia estadunidense em seu conjunto.

Quando os plutocratas monopolistas estadunidenses se encontravam afundados na armadilha da depressão e viram reduzidos notavelmente seus interesses, instaram o governo a dispor de outra agulha grande para avivar a economia.

“Um viva para o auge de guerra!” era o grito dos comerciantes de armas estadunidenses que estavam abatidos na crise econômica, e a saída para a economia estadunidense, protótipo da economia bélica.

Esta é outra razão pela qual os EUA provocaram a Guerra da Coreia em 1950 quando o pânico da depressão atingiu o pico.

Anteciparam o dia da guerra em junho do mesmo ano com a intenção sinistra de salvar o quanto antes a camarilha títere de Syngman Rhee que estava à beira do colapso.

A iniciativa e os esforços da RPDC para a reunificação e unidade nacionais contaram com o grande apoio do interior e exterior do país. Em tal situação, a camarilha de Syngman Rhee apenas ganhou algumas dezenas de cadeiras na eleição da “Assembleia Nacional” realizada em maio de 1950, enquanto as forças do “Grupo para a negociação Norte-Sul” mostraram seu absoluto predomínio.

Era óbvio que caso fosse realizada uma “eleição presidencial” na nova “Assembleia Nacional”, as forças pró-EUA sofreriam uma derrota, provocando uma situação muito desfavorável aos EUA que tentavam utilizar a camarilha de Syngman Rhee como seu escudo protetor. Ao receber um relatório urgente deste, os EUA tinham que operar rapidamente a máquina de guerra para impedir o colapso do governo títere pró-EUA.

Para este fim, o enviado especial do Departamento de Estado estadunidense chegou a Seul sem demora em 17 de junho de 1950 para dar uma ordem relacionada ao início da guerra. Em seguida, o plano para a guerra coreana foi confirmado finalmente nas conversações dos chefes do Departamento de Estado, do Departamento de Defesa e do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, efetuadas em Tóquio, Japão. Com base nessa preparação, os EUA desencadearam a guerra na madrugada de 25 de junho de 1950.

Este fato histórico evidencia que os EUA provocaram a Guerra da Coreia. A grande vitória do povo coreano na guerra de três anos frustrou a ambição dos EUA pela hegemonia mundial.

Sim Sang Hyon

Nenhum comentário:

Postar um comentário