O diretor-geral do Departamento de Organizações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Jo Chol Su, publicou em 2 de junho a seguinte declaração:
Protesto com seriedade pela "declaração" do secretário-geral da ONU, que condenou o lançamento do satélite de reconhecimento militar da RPDC, e rechaço categoricamente como ação muito parcial, desequilibrada e de intervenção nos assuntos internos sua conduta que viola o legítimo direito soberano de um país membro da ONU.
A igualdade de soberania, o respeito a ela e a não intervenção nos assuntos internos são a base de fundação da ONU e o espírito fundamental de sua Carta.
Se o secretário-geral Guterres considera como seu dever expor a posição sobre o lançamento de satélite da RPDC, deverá aprender primeiro a maneira de tratar com igualdade mais de 190 países membros da ONU conforme seu cargo determinado na Carta da ONU e explicar razoavelmente o motivo pelo qual critica somente o lançamento de satélite da RPDC sem questionar o mesmo de outros países.
Estou disposto a ouvir pacientemente o raciocínio ou razão convincente se o Secretário-Geral o tiver, à parte da insistência absurda dos EUA e seus seguidores que descrevem nosso lançamento de satélite como uma violação das "resoluções" do Conselho de Segurança da ONU por haver empregado a tecnologia de míssil balístico.
Porém, se tomo em conta a posição e atitude assimétricas e preconceituosas mantidas invariavelmente até agora pelo secretário-geral Guterres em relação com o problema da Península Coreana, não espero nenhuma resposta que possa aclarar a dúvida de nosso país e da sociedade internacional.
As "resoluções de sanção" anti-RPDC do Conselho de Segurança da ONU, que proíbem o legítimo direito ao desenvolvimento espacial do país membro da ONU, são produtos da política hostil dos EUA e seus satélites, encaminhada a acabar com a soberania da RPDC e seus direitos à existência e ao desenvolvimento. Pois não passam de ser documentos ilegais que infringem flagrantemente a Carta da ONU e outras leis internacionais.
O lançamento do satélite de reconhecimento militar por parte da RPDC significa uma reação lógica e natural à ameaça militar cada vez mais aberta dos EUA e seus aliados e constitui o exercício do direito universal do Estado soberano para defender sua soberania e integridade territorial.
Ele não tem autoridade ou qualidade para criticá-lo arbitrariamente, ainda que seja o secretário-geral da ONU.
Seguiremos exercendo com dignidade os direitos soberanos, incluindo o de lançamento de satélite de reconhecimento militar, para demostrar que a ONU não é propriedade dos EUA e que seu despotismo, arbitrariedade e unilateralismo não funcionarão mais no mundo.
Em minha opinião, o secretário-geral Guterres deve prestar maior atenção e empenho aos problemas internacionais cuja pronta solução é esperada pela sociedade internacional, em vez de intervir em vão no exercício natural da soberania dos países membros da ONU.
Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia
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