terça-feira, 20 de junho de 2023

O principal culpado por trás da crise dos refugiados


Em 1951, a ONU adotou a convenção sobre a posição dos refugiados e estipulou como dever do Direito Internacional de todos os Estados assegurar os direitos dos refugiados e, na Assembleia Geral da ONU realizada em dezembro de 2000, estabeleceu 20 de junho de 2001, dia que marca o 50º aniversário da adoção da convenção sobre a posição dos refugiados, como o Dia Mundial dos Refugiados.

Atualmente, apesar dos esforços da sociedade internacional, o assunto de posição e asseguramento de direitos dos refugiados está se agravando ainda mais com o passar do tempo, longe de ser vista a perspectiva de solução.

Segundo a recente informação de um jornal grego, um barco que levava a bordo entre 700 e 750 refugiados de Paquistão, Egito, Síria, etc. virou no mar da frente da Grécia do Mediterrâneo e, como resultado, 79 pessoas faleceram e 104 foram resgatadas, e entre estas 25 foram levadas ao hospital por causa de febre alta e hipotermia.

Além disso, ainda há centenas de outros presos no barco afundado e acredita-se que quarenta deles sejam crianças. Se confirmado, será o maior acidente de refugiados da história no Mediterrâneo.

Segundo os dados dos organismos da ONU, o número de refugiados e imigrantes que entraram na Itália, Espanha, Grécia, Malta, Chipre, etc. chega a mais de 720 mil.

Atualmente, os analistas estão apontando para deter a crise global de refugiados há que observar este problema de maneira global dos pontos de vista da solução de conflitos, da realização da estabilidade, da prevenção do tráfico de seres humanos e do desenvolvimento econômico sustentável.

O problema dos refugiados não é algo que ocorreu ontem ou hoje e sua raiz está nas manobras intervencionistas dos EUA e do Ocidente perpetradas sob o pretexto de “liberdade”, “democracia” e “defesa dos direitos humanos” e sua conduta de padrão duplo na solução do problema de refugiados.

Já desde muito tempo, os EUA e o Ocidente formaram as forças pró-EUA e pró-Ocidente e, instigando-as, se dedicaram às manobras intervencionistas para controlar e dominar os países e regiões que têm abundantes recursos humanos e materiais e grandes potencialidades econômicas, e promoveram os choques e conflitos entre grupos e fomentaram continuamente a instabilidade política.

Pescar no rio revolto depois de provocar a instabilidade política e criar novos focos candentes e mobilizar outros países à guerra por procuração com o agravamento da crise de segurança regional é precisamente a astuta política externa desumana e o modo de existência da lei da selva dos EUA.

Não é algo que ocorreu há muito tempo o fato de que devido à chamada “guerra contra o terrorismo” perpetrada pelos EUA e pelo Ocidente no Afeganistão, Iraque, Síria, etc. muitos civis se converteram em refugiados artificiais.

Os EUA e o Ocidente que, sob o pretexto de “liberdade”, “democracia” e “defesa dos direitos humanos”, provocaram uma séria crise de refugiados entregando-se às abertas intervenções nos assuntos internos de outros países e maquinações dominacionistas, tiraram a máscara de “cavalheiro dos direitos humanos” na solução do problema dos refugiados e mostram uma conduta de padrão duplo seguindo a arraigada política de discriminação racial.

A essência da “ordem de proteção temporária” que recentemente a União Europeia adotou elogiando a si mesma como “uma decisão histórica” consiste em permitir o livre trânsito dos refugiados da Europa no interior da União Europeia e atribuir imediatamente a eles os direitos de bem-estar social como os direitos de residência, ao trabalho, à saúde pública e à educação.

Em consequência, isso significa que as pessoas de outros países e regiões serão empurradas para trás no tratamento de refugiados.

Desta forma, por conta dos atos descarados dos EUA e dos países ocidentais que evadem abertamente a responsabilidade estatal sobre o asseguramento dos direitos dos refugiados, se propagam dia após dia todo tipo de crimes tomando como objetos os refugiados não europeus e eles estão passando os dias inquietos pelo medo de perder a vida a qualquer momento.

Este proceder dos EUA e do Ocidente é outro ato contra a humanidade que ocasiona novamente as desgraças e dores aos refugiados que são as vítimas diretas da instabilidade política e da crise socioeconômica causadas por eles.

Enquanto continuem as maquinações de intervenção nos assuntos internos e as condutas de padrão duplo dos EUA e do Ocidente, será interminável a fila dos refugiados do planeta.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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