O comentarista de assuntos internacionais, Jong Kyong Chol, publicou em 2 de junho um artigo intitulado "Há que redobrar a vigilância ante os passos da OTAN para ampliar sua esfera de influência à região da Ásia-Pacífico".
Seu texto completo segue:
Recentemente, enquanto ao lançamento do satélite de reconhecimento militar por parte da RPDC, o secretário-geral da OTAN disse que condena categoricamente a tentativa da RPDC de lançar o satélite desse tipo fazendo uso da tecnologia de míssil balístico e isso agrava a tensão e cria uma ameaça grave para a segurança da região correspondente e fora dela.
Falando francamente, nosso lançamento constitui uma contramedida autodefensiva frente à ameaça militar cada vez mais aberta dos EUA e seus satélites da região da Ásia-Pacífico e nada tem a ver com a OTAN, para além do continente e do Oceano.
Se a OTAN está preocupada por nosso disparo, isso não passa de uma expressão clara de sua sinistra intenção de se intrometer na Ásia-Pacífico pretextando a inexistente "ameaça da Coreia do Norte".
Não é a primeira vez que o secretário-geral da OTAN critica o exercício do legítimo direito à autodefesa do Estado soberano intrometendo-se no problema da Península Coreana.
Suas palavras intervencionistas e provocativas não são desvinculadas com os recentes movimentos da OTAN que ao avançar frequentemente à região da Ásia-Pacífico, fora de seu teatro operacional, fomenta a preocupação pelo choque e conflito.
Levanta a guarda dos países regionais a intenção dessa "maquinaria de guerra" que marcha desenfreadamente à região da Ásia-Pacífico, como se não bastasse o flagelo de guerra que levou à Ucrânia como resultado de sua incessante expansão ao Leste.
Em abril e junho do ano passado, a OTAN despachou o presidente de sua comissão militar à Coreia do Sul e ao Japão para acordar o fortalecimento das relações de sócios e a cooperação militar. E a finais de junho, convidou pela primeira vez na história o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia e a Coreia do Sul à cúpula, efetuada em Madri, e anunciou que estreitará ainda mais a cooperação com os sócios regionais do Indo-Pacífico.
Durante sua visita à Coreia do Sul e ao Japão no começo do ano, seis anos após sua última visita, o secretário-geral da OTAN disse que são muito importantes para a Europa e a OTAN os acontecimentos da região e vice-versa, e advogou pela reação unida dos Estados "democráticos" frente à ameaça dos "autoritários".
Estas palavras anunciam oficialmente a intervenção aberta da OTAN no tempo de emergência nos acontecimentos da zona da Ásia-Pacífico e mostram o que perseguem os últimos movimentos da OTAN que se tornam cada dia mais frequentes na região.
Como avalia unanimemente a sociedade internacional, o avanço acelerado da OTAN a esta região tem como objetivo ampliar seu teatro operacional à luz da atual estrutura de relações internacionais, que se aproxima rapidamente da "nova Guerra Fria", e converter-se na "OTAN global" que serve ao cumprimento da estratégia dos EUA de tomar a hegemonia mundial.
A OTAN, que devia ter sido desintegrada com o fim da Guerra Fria, está obcecada para intervir militarmente na região da Ásia-Pacífico, sob a batuta dos EUA, fato que causa forte precaução dos países regionais e da sociedade internacional.
Como demonstram os fatos históricos, ocorreram sem falta o conflito interno, a guerra e a tragédia de massacre nos lugares onde pisaram as botas manchadas de sangue da OTAN, sob o pretexto de "direitos humanos, democracia e paz".
O mais preocupante é que existem na região algumas forças malignas que tentam obter proveitos do confronto geopolítico com sues rivais envolvendo a OTAN.
As provas típicas disso são a manobra de instalação das representações entre a OTAN, o Japão e a Coreia do Sul e os exercícios cibernéticos combinados e outros passos que se tornam intensos ultimamente. Esse é um sinal perigoso que mostra que está sendo colocado em prática o contubérnio militar entre as forças agressores do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico
Jamais se deve tolerar que a OTAN, principal culpada da guerra regional de grande envergadura no continente europeu, volte a provocar nova crise de guerra à região da Ásia-Pacífico.
Esta região não é um campo de recreação de guerra da OTAN.
Sem esquecer nunca a história dos martírios impostos pelas forças estrangeiras, os países regionais devem conhecer claramente as consequências catastróficas que emanem do movimento perigoso da "maquinaria de guerra" da OTAN em marcha desenfreada à região da Ásia-Pacífico e redobrar a vigilância ao máximo.
Se a OTAN não para sua corrida à guerra, os países independentes da região empreenderão a ação para frear a ameaça de guerra com uma força poderosa.
Caso a OTAN siga tratando de violar a soberania e os interesses de segurança da RPDC, a consideraremos como alvo a que devemos enfrentar da mesma maneira que os EUA.
Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia
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